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Defeito dos negócios Jurídicos

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PLANO DE ENSINO
· UNIDADE I– Noções iniciais
· Fato jurídico.
· Negócios jurídicos.
· Elementos de existência e validade.
· UNIDADE II –Negócio jurídico
· Defeitos.
· Invalidade.
· Elementos acidentais.
· UNIDADE III – Noções procedimentais
· Ato ilícito.
· Prescrição e decadência.
· Da prova do negócio jurídico.
DOS DEFEITOS DO NEGÓCIO JURÍDICO 
 Arts. 138 à 165 CC
· Ocorrem defeitos do negócio jurídico quando surgem imperfeições decorrentes de anomalias na formação da vontade ou em sua declaração. 
· Defeitos dos negócios jurídicos, correspondem aos fatos que podem tornar o negócio jurídico nulo. Há defeito em um negócio Jurídico quando não se respeita a vontade do agente, na medida em que esta vontade é a base ou o requisito necessário para a concretização da vontade expressa.
· SÃO CONSIDERADOS DEFEITOS:
· ERRO/IGNORÂNCIA 
· DOLO
· COAÇÃO
· ESTADO DE PERIGO
· LESÃO
· FRAUDE CONTRA CREDORES
DO ERRO / IGNORÂNCIA
Logo,
“Erro é compreendido quando uma das partes TEM IDEIA FALSA sobre o OBJETO DO NEGÓCIO, onde a outra parte INDUZ e FAZ ACREDITAR QUE ESTÁ TUDO CORRETO na realização do negócio jurídico.”
Por óbvio, se a parte que sofreu DANO soubesse da VERDADE, JAMAIS teria negociado.
QUER DIZER: O ERRO é essencial e pode ANULAR O NEGÓCIO JURÍDICO.
EXEMPLO: negócio jurídico da compra e venda de veículo o qual está lindo, em perfeito estado de conservação e aparantemente não apresenta qualqur defeito. Após a compra, descobre que o motor estava com problemas e FUNDIU, não sendo mais possível o uso. Levado o veículo em oficina mecânica, descobrem que o motor é de outro modelo e impróprio, sendo necessário a sua troca.
***HOUVE INDUÇÃO DO VENDEDOR a OMITIR INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS, fazendo com que o comprador tivesse ideia falsa de estar comprando veículo bom/perfeito.
***SE O COMPRADOR SOUBESSE DO DEFEITO OCULTO, JAMAIS TERIA COMPRADOR E FECHADO NEGÓCIO!!!
ERRO VICIA A VONTADE DE UMA DAS PARTES!!
IGNORÂNCIA
A IGNORÂNCIA ocorre quando uma das partes DESCONHECE/IGNORA todas as CIRCUNSTÂNCIAS DO NEGÓCIO JURÍDICO.
Exemplo: DESCONHECE AS CLÁUSULAS, AS CONDIÇÕES, SE HÁ ELEMENTOS ACIDENTAIS, SE HÁ MULTAS CONTRATUAIS, ou seja DESCONHECE O INTEIRO TEOR DO NEGÓCIO OCORRIDO.
*** HOUVE CONFIANÇA DE UMA DAS PARTES, BASEADA NA BOA-FÉ, mas a outra parte agiu de má-fé em NÃO ESCLARECER AS CONDIÇÕES REAIS DO NEGÓCIO.
Exemplo: Pessoa idosa que contrata empréstimo bancário consignado;sabe apenas do valor que solicitou, e valor da parcela. Desconhece os juros, demais taxas contratuais e também obrigações exigidas pelo agente financeiro com quem contratou.
***Aqui é necessário verificar a questão da clareza do negócio, dos direitos do consumidor.
ERRO & IGNORÂNCIA podem ocorrem JUNTOS!!! 
Continuando...
Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos, quando as declarações de vontade emanarem de erro substancial que poderia ser percebido por pessoa de diligência normal, em face das circunstâncias do negócio. 
Art. 139. O erro é substancial quando:
I - interessa à natureza do negócio, ao objeto principal da declaração, ou a alguma das qualidades a ele essenciais;
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial da pessoa a quem se refira a declaração de vontade, desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando recusa à aplicação da lei, for o motivo único ou principal do negócio jurídico.
Art. 140. O falso motivo só vicia a declaração de vontade quando expresso como razão determinante.
Art. 141. A transmissão errônea da vontade por meios interpostos é anulável nos mesmos casos em que o é a declaração direta.
Art. 142. O erro de indicação da pessoa ou da coisa, a que se referir a declaração de vontade, não viciará o negócio quando, por seu contexto e pelas circunstâncias, se puder identificar a coisa ou pessoa cogitada.
Art. 143. O erro de cálculo apenas autoriza a retificação da declaração de vontade. 
Art. 144. O erro não prejudica a validade do negócio jurídico quando a pessoa, a quem a manifestação de vontade se dirige, se oferecer para executá-la na conformidade da vontade real do manifestante.
DOLO
Art. 145. São os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a sua causa.
Art. 146. O dolo acidental só obriga à satisfação das perdas e danos, e é acidental quando, a seu despeito, o negócio seria realizado, embora por outro modo.
Art. 147. Nos negócios jurídicos bilaterais, o silêncio intencional de uma das partes a respeito de fato ou qualidade que a outra parte haja ignorado, constitui omissão dolosa, provando-se que sem ela o negócio não se teria celebrado.
Art. 148. Pode também ser anulado o negócio jurídico por dolo de terceiro, se a parte a quem aproveite dele tivesse ou devesse ter conhecimento; em caso contrário, ainda que subsista o negócio jurídico, o terceiro responderá por todas as perdas e danos da parte a quem ludibriou.
Art. 149. O dolo do representante legal de uma das partes só obriga o representado a responder civilmente até a importância do proveito que teve; se, porém, o dolo for do representante convencional, o representado responderá solidariamente com ele por perdas e danos.
Art. 150. Se ambas as partes procederem com dolo, nenhuma pode alegá-lo para anular o negócio, ou reclamar indenização.
ENTENDA:
 
NO DOLO, existe MÁ-FÉ de uma das partes que tentará se beneficiar ou beneficiar outrem!!
Exemplos:
1. Uma pessoa quer adquirir um veículo, e procura numa concessionária. O vendedor faz mil e uma propostas, oferecendo juros baixos em detrminado período e depois, elevação dos mesmos conforme o aumento do dólar, elevando os valores do bem com ÚNICO INTUITO DE RCEBER MAIS COMISSÃO PELA VENDA e também fazer a concessionária lucrar.
2. Venda de imóvel que parece estar em perfeito estado de conservação, porque está pintado, mas na verdade, está cheio de fissuras, infiltrações e problemas elétricos.
O vendedor age com MÁ-FÉ porque quer vender e obter vantagem
causando prejuízos ao comprador.
***O AGENTE USA DE MÁ-FÉ, MENTE, OMITE, INDUZ EM ERRO 
O OUTRO*** 
Continuando...
 
COAÇÃO
· Coação é um dos vícios do consentimento nos negócios jurídicos, caracteriza-se pelo constrangimento físico ou moral para alguém fazer algum ato sob o fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família ou a seus bens (Art. 151 do CC).
· A coação é a hipótese mais grave de vício de consentimento. Nestes casos uma das partes faz uso de violência psicológica (ameaça), para utilizando do temor infundido na vítima como instrumento, tomar vantagem em negócio jurídico para si ou para outrem.
· É por conta deste medo que a parte coagida faz uma declaração de vontade não condizente com sua real intenção, era o que os romanos chamavam mentis trepidatio (a mente estremecida).
· Há parte da doutrina que considere a coação, seja de via física (absoluta) ou moral (compulsiva), causa que torne inexistente o ato negocial, pois ao incidir profundamente no psicológico do sujeito, limita veementemente suas possibilidades de escolha, afetando assim o principal pressuposto dos negócios jurídicos, a própria declaração de vontade.
· Elementos Constitutivos
· Dispõe o art. 151 que a coação para tornar o negócio jurídico anulável deverá ter agido de modo determinante, sendo de natureza grave, dizer respeito a dano atual ou iminente, e constituir ameaça de prejuízo a pessoa e/ou bens da vítima e/ou de sua família.
· I) causa determinante: aqui se avalia a preponderância da coação, ela deve ter se dado de tal modo que o negócio não seria concretizado sem a ameaça ou violência.
· II) natureza grave: deve efetivamente incutir temor na vitima, a ameaça deve ter o potencial de fazer o declarante se sentir coagido. Conforme art. 152 será utilizado o critério concreto, ou seja, serão considerados os aspectos particulares da vitima.
· III) dano atual e eminente: nas palavras de Clóvis Bevilaqua:
· a ameaça de um mal impossível, remoto ou evitável, não constitui coação capaz de viciar o ato. Aquilo que não está prestes a acontecer, permite socorro,elidindo os efeitos da coação”. 
· IV) bens pessoais ou de família: O parágrafo único do art. 151 esclarece que além dos laços de consanguinidade ou afinidade, é considerada coação a ameaça feita contra pessoa, que mesmo fora do vínculo familiar, tenha por sua proximidade e circunstância do caso, a aptidão de sensibilizar o declarante
COAGIR significa AMEAÇAR, AMEDRONTAR, PRESSIONAR alguém de forma FÍSICA e PSÍQUICA a PRÁTICAR NEGÓCIO JURÍDICO
Legislação: Da Coação
Art. 151. A coação, para viciar a declaração da vontade, há de ser tal que incuta ao paciente fundado temor de dano iminente e considerável à sua pessoa, à sua família, ou aos seus bens.
Parágrafo único. Se disser respeito a pessoa não pertencente à família do paciente, o juiz, com base nas circunstâncias, decidirá se houve coação.
Art. 152. No apreciar a coação, ter-se-ão em conta o sexo, a idade, a condição, a saúde, o temperamento do paciente e todas as demais circunstâncias que possam influir na gravidade dela.
Art. 153. Não se considera coação a ameaça do exercício normal de um direito, nem o simples temor reverencial.
Art. 154. Vicia o negócio jurídico a coação exercida por terceiro, se dela tivesse ou devesse ter conhecimento a parte a que aproveite, e esta responderá solidariamente com aquele por perdas e danos.
Art. 155. Subsistirá o negócio jurídico, se a coação decorrer de terceiro, sem que a parte a que aproveite dela tivesse ou devesse ter conhecimento; mas o autor da coação responderá por todas as perdas e danos que houver causado ao coacto.
EXEMPLOS:
1. Pai força a filha a casar com pessoa que escolheu a fim de receber o dote;
2. Filho ameaça psicologicamente a mãe de que “vai se matar e que não cuidará mais da mesma” se ela não doar-lhe todos os seus bens;
3. Marido força/ameaça a esposa fisicamente a assinar contrato de compra e venda de imóvel; ou a vender suas joias e bens pessoais.
ESTADO DE PERIGO !!
Art. 156. Configura-se o estado de perigo quando alguém, premido da necessidade de salvar-se, ou a pessoa de sua família, de grave dano conhecido pela outra parte, assume obrigação excessivamente onerosa.
Parágrafo único. Tratando-se de pessoa não pertencente à família do declarante, o juiz decidirá segundo as circunstâncias.
ENTENDA...
· ESTADO DE PERIGO representa o MOMENTO em que se ACEITA OBRIGAÇÃO MUITO ONEROSA (PREJUDICIAL) em virtude de NECESSIDADE para o fim de SALVAR A SI PRÓPRIO ou a OUTREM.
· Elementos constitutivos:
· NECESSIDADE
· RISCO PARA SI
· ou
· RISCO PARA OUTREM
Continuando...
LESÃO
· Art. 157. Ocorre a lesão quando uma pessoa, sob premente necessidade, ou por inexperiência, se obriga a prestação manifestamente desproporcional ao valor da prestação oposta.
· § 1 o Aprecia-se a desproporção das prestações segundo os valores vigentes ao tempo em que foi celebrado o negócio jurídico.
· § 2 o Não se decretará a anulação do negócio, se for oferecido suplemento suficiente, ou se a parte favorecida concordar com a redução do proveito.
Continuando:
FRAUDE CONTRA CREDORES
Art. 158. Os negócios de transmissão gratuita de bens ou remissão de dívida, se os praticar o devedor já insolvente, ou por eles reduzido à insolvência, ainda quando o ignore, poderão ser anulados pelos credores quirografários, como lesivos dos seus direitos.
· § 1 o Igual direito assiste aos credores cuja garantia se tornar insuficiente.
· § 2 o Só os credores que já o eram ao tempo daqueles atos podem pleitear a anulação deles.
· Art. 159. Serão igualmente anuláveis os contratos onerosos do devedor insolvente, quando a insolvência for notória, ou houver motivo para ser conhecida do outro contratante.
· Art. 160. Se o adquirente dos bens do devedor insolvente ainda não tiver pago o preço e este for, aproximadamente, o corrente, desobrigar-se-á depositando-o em juízo, com a citação de todos os interessados.
· Parágrafo único. Se inferior, o adquirente, para conservar os bens, poderá depositar o preço que lhes corresponda ao valor real.
· Art. 161. A ação, nos casos dos arts. 158 e 159, poderá ser intentada contra o devedor insolvente, a pessoa que com ele celebrou a estipulação considerada fraudulenta, ou terceiros adquirentes que hajam procedido de má-fé.
· Art. 162. O credor quirografário, que receber do devedor insolvente o pagamento da dívida ainda não vencida, ficará obrigado a repor, em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores, aquilo que recebeu.
· Art. 163. Presumem-se fraudatórias dos direitos dos outros credores as garantias de dívidas que o devedor insolvente tiver dado a algum credor.
· Art. 164. Presumem-se, porém, de boa-fé e valem os negócios ordinários indispensáveis à manutenção de estabelecimento mercantil, rural, ou industrial, ou à subsistência do devedor e de sua família.
Art. 165. Anulados os negócios fraudulentos, a vantagem resultante reverterá em proveito do acervo sobre que se tenha de efetuar o concurso de credores.
· Parágrafo único. Se esses negócios tinham por único objeto atribuir direitos preferenciais, mediante hipoteca, penhor ou anticrese, sua invalidade importará somente na anulação da preferência ajustada.

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