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Universidade de Brasília – UnB Física 2 – Experimental RELATÓRIO Nº 02 COEFICIENTE DE DILATAÇÃO LINEAR Grupo Nº 01 Vanessa L. Borges Viana – 110021096 Yago Henrique Melo Honda – 110042841 Laís de Souza Alves – 110055616 Brasília 2011 Coeficiente de dilatação linear Introdução Teórica: O fenômeno de dilatação térmica é observado quando ocorre uma mudança de temperatura sobre algum sólido. Quando o fenômeno acontece, o material pode expandir ou retrair seu volume. Isso ocorre porque a temperatura representa o grau de agitação dos átomos. Aumenta-se a temperatura, eles ficam mais agitados, ocorrem mais colisões entre eles, o que ocasiona no aumento do espaçamento entre esses átomos. No mundo macroscópico, isso se traduz em um aumento do volume do material. As propriedades de dilatação térmica de alguns materiais podem ter aplicações práticas. Alguns termômetros e termostatos utilizam a diferença da dilatação dos componentes de uma tira bimetálica. Os termômetros clínicos e meteorológicos se baseiam no fato de líquidos como o mercúrio e álcool se dilatam mais do que os tubos de vidro que os contêm. Se a temperatura de uma barra metálica de comprimento L aumenta de um valor ∆�, seu comprimento aumenta de um valor: ∆� = L.α . ∆T Essa fórmula demonstra a dilatação linear que um corpo sólido sofre. No caso seria uma barra. Objetivo: Os principais objetivos deste experimento é determinar o coeficiente de dilatação linear dos seguintes metais: latão, alumínio e aço. Materiais Utilizados: • Três dilatômeros lineares com tubos de latão, alumínio e aço; • Circulador de água com aquecedor e controle de temperatura; • Termômetro Procedimentos: Primeiramente foi medido o comprimento da barra de alumínio (L0). Em seguida a aparelhagem foi conferida. O relógio comparador foi testado, a tubulação que leva água do circulador ao tubo foi checada e foi acrescentada pequena quantidade de água no reservatório, afim de que essa ficasse aproximadamente dois dedos acima da serpentina. Após essa etapa, o controlador de temperatura foi ligado em sua menor temperatura e a temperatura (T0) da água foi medida com auxilio do termômetro. A temperatura do controlador foi sendo aumentada gradualmente, seguindo as instruções do roteiro do experimento, e com auxilio do relógio comparador, as respectivas variações do comprimento da barra anotadas. Foram feitas 10 medições. As medições da barra de aço e latão foram cedidas por outros grupos presentes no laboratório. Terminada a coleta de dados, foi construído o gráfico 1 (ver adiante), contendo as três curvas da variação fracional do comprimento dos tubos em função da variação da temperatura. A partir desse, foi feita a regressão e obtida equações das quais chegou-se aos valores do coeficiente de dilatação linear de cada metal tratado. Para concluir, calculou-se o erro do valor obtido, a fim de conferir se nosso experimento teve acurácia. Figura 1: Dilatômetro conectado ao circulador de água com controlador de temperatura Dados Experimentais: Temperatura inicial da água (T0): (26,5 ± 0,5) °C Comprimento da barra de alumínio a temperatura inicial (L0) : (640,000 ± 0,5) mm • Tabela 1 – Referente à: Temperatura, Variação da temperatura e Variação do comprimento da barra de alumínio. T (°C) ∆T = T – T0 (°C) ∆L = L - L0 (mm) 26,5 ± 0,5 0,0 ± 1,0 0,0 ± 0,005 31,5 ± 0,5 5,0 ± 1,0 0,055 ± 0,005 36,8 ± 0,5 10,3 ± 1,0 0,130 ± 0,005 41,5 ± 0,5 15,0 ± 1,0 0,180 ± 0,005 46,5 ± 0,5 20,0 ± 1,0 0,245 ± 0,005 52,0 ± 0,5 26,5 ± 1,0 0,320 ± 0,005 56,5 ± 0,5 30,0 ± 1,0 0,370 ± 0,005 63,0 ± 0,5 36,5 ± 1,0 0,450 ± 0,005 66,5 ± 0,5 40,0 ± 1,0 0,485 ± 0,005 71,5 ± 0,5 45,0 ± 1,0 0,560 ± 0,005 • Tabela 2 – Referente à: Temperatura, Variação da temperatura e Variação do comprimento da barra de aço. T (°C) ∆T = T – T0 (°C) ∆L = L - L0 (mm) 24,0 ± 0,5 0,0 ± 1,0 0,0 ± 0,005 29,0 ± 0,5 5,0 ± 1,0 0,010 ± 0,005 34,0 ± 0,5 10,0 ± 1,0 0,045 ± 0,005 39,0 ± 0,5 15,0 ± 1,0 0,080 ± 0,005 44,0 ± 0,5 20,0 ± 1,0 0,120 ± 0,005 49,0 ± 0,5 25,0 ± 1,0 0,155 ± 0,005 54,0 ± 0,5 30,0 ± 1,0 0,200 ± 0,005 59,0 ± 0,5 35,5 ± 1,0 0,235 ± 0,005 64,0 ± 0,5 40,0 ± 1,0 0,280 ± 0,005 69,0 ± 0,5 45,0 ± 1,0 0,320 ± 0,005 • Tabela 3 – Referente à: Temperatura, Variação da temperatura e Variação do comprimento da barra de latão. T (°C) ∆T = T – T0 (°C) ∆L = L - L0 (mm) 26,0 ± 0,5 0,0 ± 1,0 0,0 ± 0,005 31,0 ± 0,5 5,0 ± 1,0 0,040 ± 0,005 36,0 ± 0,5 10,0 ± 1,0 0,090 ± 0,005 41,0 ± 0,5 15,0 ± 1,0 0,125 ± 0,005 46,0 ± 0,5 20,0 ± 1,0 0,180 ± 0,005 51,0 ± 0,5 25,0 ± 1,0 0,220 ± 0,005 56,0 ± 0,5 30,0 ± 1,0 0,280 ± 0,005 61,0 ± 0,5 35,5 ± 1,0 0,329 ± 0,005 66,0 ± 0,5 40,0 ± 1,0 0,350 ± 0,005 71,0 ± 0,5 45,0 ± 1,0 0,400 ± 0,005 • Gráfico 1 – Gráfico referente aos dados da tabela 1, 2 e 3 ; Contendo as três curvas da variação fracional do comprimento dos tubos em função da variação da temperatura. Foi feita uma regressão linear dos pontos representados no gráfico, uma reta para cada tipo de material utilizado. Com isso, podemos comparar a equação Lo/∆L = α*∆T a uma equação de reta Y = A + B.X e então achar o coeficiente de dilatação linear. Análise de Dados: Para calcular a dilatação, usaremos a relação Lo/∆L = α*∆T. Fazendo uma regressão linear pelo gráfico, vamos obter o coeficiente de dilatação linear, usando a relação Y =A + B.X. Assim, o coeficiente de dilatação linear vai ser o coeficiente angular “B”, que será dado pela fórmula da regressão linear. -Alumínio Y= 0,000011111 + 0,000192.X Como o α está em milímetros, convertendo para metros, o α fica: 19,2.10^-6 C° − 1 -Latão Y= -0,00052222 + 0,00012.X Como o α está em milímetros, convertendo para metros, o α fica: 13,5.10^-6 C° − 1 -Aço Y=0,00013889+0,00013533.X Como o α está em milímetros, convertendo para metros, o α fica: 12,0.10^-6 C° − 1 Para calcular o erro de α, usaremos a seguinte relação: ����� , �, . . ��� =����� , �, . . ��� � � � �� . ∆ � ∆α = � ���(Lo/(L.T)).∆Lo + � �� (Lo/(L.T)).∆(∆L) + � �� (Lo/(L.T)).∆T ∆� = ��∆.� . ∆ ! + �#�$.∆� . ∆�%� + �#�.∆�$ . ∆(∆L) -Erro Alumínio ∆α = 1,83. 10^-6 -Erro Latão ∆α = 3,8.10^-6 -Erro Aço ∆α = 1,44.10^-6 Conclusão: Latão = (13,5.10^-6 +/- 3,8.10^-6) C° − 1 Aço = (12,0.10^-6 +/- 1,44.10^-6) C° − 1 Alumínio = (19,2.10^-6 +/- 1,83. 10^-6) C° − 1 Pela tabela de coeficientes de restituição, os coeficientes dos materiais podem variar entre: Alumínio – (21 a 25). 10^-6 Latão – (18 a 21). 10^-6 Aço – (10 a 14). 10^-6 Considerando o erro, os valores encontrados para o Alumínio e o Aço ficam de acordo com a tabela, demonstrando que o experimento teve a acurácia. Já para os valor do Latão, o coeficiente encontrado não ficou dentro da margem esperada, apesar de ter ficado próximo da margem mínima. Assim, para medir o coeficiente angular do latão, faltou acurácia no experimento. Essa acurácia pode ter sido resultado de uma medição incorreta da temperatura ou de um possível erro na hora de utilizar o relógio comparador.
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