Buscar

LEG APLICADA À PMERJ I

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 91 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
1 | P á g i n a 
 
Sumário 
 
Introdução ................................................................................. Erro! Indicador não definido. 
Aula 1 – Introdução ao Estatuto da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro- O Servidor 
Policial Militar; Bases Constitucionais, Da Hierarquia e Da Disciplina. .................................... 3 
1. Considerações Iniciais Sobre o Servidor Público Policial Militar. ....................................... 3 
2. Da Hierarquia e Disciplina ................................................................................................... 6 
Aula 2 – Estatuto PMERJ - do Valor, da Ética, dos Deveres do Policial Militar, Direitos e 
Prerrogativas. ...................................................................................................................... 9 
1. Do Valor Policial Militar. ..................................................................................................... 9 
2. Da Ética Policial Militar. .................................................................................................... 10 
3. Dos Deveres Policiais Militares. ........................................................................................ 11 
4. Dos Direitos e das Prerrogativas dos Policiais Militares. .................................................. 12 
Aula 3 – Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e Cerimonial Militar das 
Forças Armadas (RCont). .................................................................................................... 19 
1. Introdução. ........................................................................................................................ 19 
2. Da Finalidade: ................................................................................................................... 20 
3. Dos Sinais de Respeito e da Continência .......................................................................... 21 
Aula 4 – RCONT: da Continência e da Apresentação. ........................................................... 26 
1. Da Continência .................................................................................................................. 26 
2. Da Apresentação ............................................................................................................... 31 
Aula 5 – RCONT: da Continência da Tropa e das Honras Militares. ....................................... 35 
1. Da Continência da Tropa: .................................................................................................. 35 
2. Das Honras Militares ......................................................................................................... 38 
3. Da Bandeira Nacional ........................................................................................................ 39 
Aula 6 – Regulamento Disciplinar da Policia Militar (RDPM) - Introdução e Bases Legais Para 
Seu Emprego. .................................................................................................................... 41 
1. Constituição Federal ......................................................................................................... 42 
2. Constituição do Estado do Rio De Janeiro ........................................................................ 43 
3. Estatuto da PMERJ ............................................................................................................ 43 
4. Generalidades ................................................................................................................... 43 
5. Princípios Gerais da Hierarquia e da Disciplina ................................................................ 45 
6. Esfera de Ação do Regulamento Disciplinar e Competência para sua Aplicação ............. 45 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
2 | P á g i n a 
 
Aula 7 – Transgressões Disciplinares Análise e Modalidades; DRD; Comportamento Policial 
Militar. .............................................................................................................................. 50 
1. Das Transgressões ............................................................................................................. 50 
2. Documento de Razões de Defesa- DRD ............................................................................ 51 
3. Julgamento das Transgressões ......................................................................................... 51 
4. Modalidades de Punições ................................................................................................. 52 
5. Licenciamento e Exclusão a bem da Disciplina ................................................................. 54 
6. Comportamento Policial Militar ....................................................................................... 54 
Aula 8 – Apresentação de Recursos, Recompensas, Preceitos Administrativos. ................... 55 
1. Da Apresentação de Recursos .......................................................................................... 56 
2. Das Recompensas ............................................................................................................. 58 
3. Preceitos Administrativos ................................................................................................. 59 
Aula 9 – Procedimentos Administrativos Disciplinares. ....................................................... 61 
1. Procedimentos Administrativos Disciplinares - PAD ........................................................ 61 
Aula 10 – RDPM: Procedimentos Administrativos Disciplinares: Rol das Transgressões 
Disciplinares . .................................................................................................................... 69 
1. Anexo “I” do RDPM- Rol de condutas consideradas Transgressão Disciplinar. ................ 69 
Aula 11 – Regulamento de Uniformes da PMERJ- RUPMERJ ................................................ 71 
1. Bases Estatutárias Referentes aos Uniformes na PMERJ: ................................................ 71 
2. O RUPMERJ ....................................................................................................................... 72 
3. Dos Distintivos .................................................................................................................. 76 
4. Das Condecorações ........................................................................................................... 80 
Anexos .............................................................................................................................. 83 
Bibliografia ........................................................................................................................ 91 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
3 | P á g i n a 
 
Aula 1 – Introdução ao Estatuto da Polícia Militar do Estado do Rio 
de Janeiro- O Servidor Policial Militar; Bases Constitucionais, Da 
Hierarquia e Da Disciplina. 
 
1. Considerações Iniciais Sobre o Servidor 
Público Policial Militar. 
 
Inicialmente, com o objetivo de esclarecer a 
você, Aluno do Curso de Formação de Soldados da 
Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - AL 
CFSD/ PMERJ, quanto a sua nova atividade 
profissional de Agente Público executor de uma das 
obrigações mais importantes, afetas ao Estado 
brasileiro – a manutenção da ordem pública, a 
incolumidade das pessoas e em decorrência, prover a 
segurança pública, conforme o que diz o Art. 144, 
caput, da Constituição da República Federativa do 
Brasil- CRFB/88. 
O referido artigo, também discrimina as 
atribuições constitucionais de todas as Instituições 
que atuam nessa área, dentre elas: as Polícias 
Militares dos Estados, Territórios e do Distrito 
Federal, cuja missão é especificada no § 5º do citado 
artigo. 
Nessa abordagem, mostra-se indispensável que, 
apresentemosessas breves considerações, a respeito 
O Servidor Público 
Policial Militar 
A PMERJ tem suas 
atribuições de polícia 
preventiva, inseridas na 
Constituição Federal. 
Devido às peculiaridades 
dessa complexa missão, as 
relações da Instituição com 
seus Policiais Militares 
possuem condições 
especialíssimas, sendo 
reguladas por um Estatuto, 
onde são apresentados os 
direitos, prerrogativas e 
garantias afetas a estes, 
como também, os deveres e 
obrigações que devem ser 
obedecidos e 
conscientizados pelos 
citados Servidores 
Militares Estaduais. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
4 | P á g i n a 
 
do Agente Público - Policial Militar, que no seu dia a dia, desempenha a missão maior 
da Instituição PM - Preservação da Ordem Pública e Execução do Policiamento 
Ostensivo, além de ser força Reserva e Auxiliar do Exército brasileiro. 
Desta forma, Doutrinadores do Direito Administrativo, caracterizam o Policial 
Militar como Servidor Público, integrante da Administração Direta, desempenhando 
função típica de Estado e em razão de sua atividade, possuindo relações especialíssimas 
com a sua Instituição, que são reguladas por um Estatuto. 
No esteio do Art. 42 da CFFB/88, o Policial Militar é denominado como Servidor 
Militar Estadual. 
Sendo relevante ressaltar que a única via de acesso para esta atividade pública, 
ocorre mediante a aprovação em Concurso Público, conforme o especificado no Art. 
37, II da CRFB/88 e em idêntica previsão, no âmbito da Constituição do Estado do Rio 
de Janeiro, em seu Art. 77, “II”. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
5 | P á g i n a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Na sequência, em razão da necessidade de conhecermos detalhadamente as bases 
constitucionais e institucionais que respaldam a existência das Polícias Militares nos 
moldes atuais e dos dispositivos constantes do Estatuto que devem ser obedecidos pelos 
Policiais Militares é que passaremos a estudar tais dispositivos. 
ACONTECEU... 
 
“Quem quer ser Funcionário Público?” 
Mais da metade dos cariocas já fez concurso público pelo menos uma vez, diz 
pesquisa. 
Pesquisa encomendada pelo caderno Boa Chance do O Globo à Unicarioca, 
cujo objetivo, foi o de entender a percepção dos cariocas em relação ao 
funcionalismo público, revelou os seguintes resultados dos candidatos a um 
emprego público: 
1) 64% são do sexo masculino; 
2) 74 % com nível médio de ensino; 
3) Os interessados passam na média, a partir da terceira tentativa de concurso; 
4) Buscam como atrativos: em primeiro lugar a estabilidade, seguidos da 
remuneração e da carga horária reduzida. 
 
Fonte: Jornal O Globo. 
http://oglobo.globo.com/economia/emprego/quem-quer-ser-um-funcionario-
publico-14205272 
 
Observe que: Em análise, podemos observar que o estudo não abrangeu o real 
conhecimento dos candidatos quanto às peculiaridades da vida funcional do 
"emprego" pretendido, suas futuras responsabilidades funcionais e até mesmo a 
adaptação dos candidatos às novas rotinas e atribuições. Notadamente, numa 
atividade como a desenvolvida pela PMERJ, onde os óbices enfrentados não se 
resumem apenas àqueles de ordem burocrática, mas voltados às ações de forte 
exposição ao público, com alto risco de vida, submetidos às condições extremas, 
ligadas à função de servidor policial, com dedicação integral ao serviço, regime 
extenuante de trabalho, com folgas que muitas das vezes, podem ser reduzidas. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
6 | P á g i n a 
 
2. Da Hierarquia e Disciplina 
 
Após as considerações técnicas sobre o servidor Policial Militar, chegamos ao 
necessário estudo das bases institucionais da Polícia Militar; a Hierarquia e a Disciplina, 
presentes no Estatuto PMERJ e nos fundamentos constitucionais dos Art. 42 e 144, 
ambos da CF, já mencionados anteriormente e cujo teor apresentamos abaixo: 
Art.42 - Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros 
Militares, instituições organizadas com base na hierarquia e 
disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Territórios. 
 § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Territórios, além do que vier a serem fixadas em lei, as disposições do 
Art. 14, § 8º, do art. 40, § 9 º e do Art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei 
estadual específica dispor sobre as matérias do Art. 142, § 3º, inciso 
X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos 
governadores. 
Art. 144 § 6° – As polícias militares e corpos de bombeiro militares, 
forças auxiliares e reserva do Exército, subordinam-se, juntamente 
com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito 
federal e dos Territórios. 
O Art. 91 da Constituição do Estado do Rio de Janeiro 
denomina os Policiais Militares e Bombeiros Militares como 
sendo "servidores militares estaduais". 
 
Acrescenta ainda o dito artigo: 
 
§ 5º- Ao servidor militar são proibidas a sindicalização e a greve. 
 
Os recortes constitucionais que acabamos de mencionar fundamentam os Art. 1º e 
2º do Estatuto da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro - Lei nº 443 de 01 de julho 
de 1981 - que passamos a comentar: 
 
Art. 1º - O presente Estatuto regula a situação, obrigações, deveres, 
direitos e prerrogativas dos Policiais Militares do Estado do Rio de 
Janeiro. 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
7 | P á g i n a 
 
Art. 2º - A Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, subordinada 
ao Secretário de Estado de Segurança Pública, é uma Instituição 
permanente, organizada com base na hierarquia e disciplina, 
destinada à manutenção da ordem pública no Estado do Rio de 
Janeiro, sendo considerada Força Auxiliar, Reserva do Exército. 
 
O Estatuto PMERJ retrata em seu Art. 12 a Hierarquia e a Disciplina como sendo 
as bases institucionais da Polícia Militar. 
Acrescentam ainda que a autoridade e a responsabilidade crescem com o grau 
hierárquico. 
Em seu § 1º, define a hierarquia policial militar, como sendo: a ordenação da autoridade 
em níveis diferentes, dentro da estrutura da Polícia Militar. A ordenação se faz por postos ou 
graduações; dentro de um mesmo posto ou de uma mesma graduação se faz pela 
antiguidade no posto ou na graduação. 
O presente parágrafo enfatiza ainda, que o respeito à hierarquia é consubstanciado 
no espírito de acatamento à sequência da autoridade. 
 No § 2º apresenta a disciplina policial militar, da seguinte forma: 
 
É a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, 
regulamento, normas e disposições que fundamentam o organismo 
policial militar e coordenam seu funcionamento regular e harmônico, 
traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos 
e de cada um dos componentes desse organismo. 
 
A disciplina e o respeito à hierarquia devem ser mantidos em todas as 
circunstâncias da vida, entre policiais militares da ativa, da reserva remunerada e 
reformados. 
Desta maneira, concluímos que o nosso Estatuto PMERJ preconiza as bases da 
Instituição que são a HIERARQUIA e a DISCIPLINA, com respaldo na Constituição 
Federal e na do Estado do Rio de Janeiro. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
8 | P á g i n a 
 
SAIBA MAIS... 
 
Em face da abordagem do presente estudo, oportuno se faz citarmos o texto 
extraído do livro “Direito Administrativo da Ordem Pública”, coordenado por José 
Cretella Júnior e escrito por um seleto grupo de doutrinadores, dentre eles: Álvaro 
Lazzarini, Caio Tácito, Hely Lopes Meirelles e outros, ao abordarem na citada obra, 
o assunto sobre a “Polícia de Manutenção da Ordem Pública e a Justiça”, em sua p. 
39, com muita propriedade, definem o Policial Militar, da forma seguinte: 
“O policial militar é a própria força pública, ou melhor, integra a própria 
força pública do Estado, onde está investido legalmente.Não é nenhum 
encarregado ou empregado particular. Os seus direitos e deveres, as suas 
prerrogativas decorrem da sua própria e específica situação estatutária, que o 
vincula à Administração Pública, do qual é servidor público. Não é um simples 
colaborador de um serviço público de polícia. É, isto sim, quem o exerce, na forma 
da lei. 
Não se confunde com vigilantes e guardas particulares, com detetives 
particulares, guardas bancários, guardas metroviários e outros que tais que, para 
as suas atividades, podem depender de prévia licença da autoridade policial 
competente, estes sim agentes da autoridade policial, pois, com ela colaboram no 
serviço público referente à atividade policial, isto é, são colaboradores da força 
pública do Estado e, como tais, podem e devem ser considerados como agentes da 
autoridade policial”. (LAZZARINI, 2003). 
Nessa correlação, podemos verificar que a função da PM é típica de Estado, 
por mandamento Constitucional e em razão disso, não pode ser delegada, 
substituída ou exercida por outro Órgão Público. Em decorrência, o papel do 
Servidor Policial Militar, assume grande relevância, na medida em que este é o 
executor da missão preponderante da Instituição a que pertence, com várias 
peculiaridades, acrescentando o caráter estatutário que regula suas relações 
profissionais, inseridas aí, as suas garantias deveres e obrigações, tudo isso, em prol 
de possibilitar que essa importante atividade, possa ser executada, com isenção e 
tendo como único objetivo, servir e proteger a coletividade, onde atua.
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
9 | P á g i n a 
 
Aula 2 – Estatuto PMERJ - do Valor, da Ética, dos Deveres do 
Policial Militar, Direitos e Prerrogativas. 
 
Vejamos a seguir, os Artigos do Estatuto que tratam do valor, da ética, dos 
direitos, deveres policiais militares: 
1. Do Valor Policial Militar. 
 
De acordo com o Art. 26 do Estatuto da 
PMERJ, são manifestações essenciais do valor 
Policial Militar: 
I- O patriotismo, traduzido pela vontade 
inabalável de cumprir o dever policial militar 
e pelo solene juramento de fidelidade à 
Pátria e integral devotamento à manutenção 
da ordem pública, até com o sacrifício da 
própria vida; 
II- O civismo e o culto das tradições 
históricas; 
III- A fé na elevada missão da Polícia; 
IV- O espírito de corpo, orgulho do policial 
militar pela organização onde serve; 
V- O amor à profissão policial militar e o 
entusiasmo com que é exercida; 
VI- O aprimoramento técnico profissional. 
O Estatuto da PMERJ 
 O Estatuto em questão 
regula os direitos, deveres, 
obrigações e prerrogativas 
dos Policiais Militares. 
Realça em seu conteúdo 
as bases institucionais da 
Corporação (hierarquia e 
disciplina), além de 
enfatizar dispositivos que 
tratam da ética, dos valores 
e deveres a que seus 
integrantes devem aceitar, 
defender e praticar, sob pena 
de tornarem-se moralmente 
incompatíveis para 
permanecerem nessa 
Instituição. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
10 | P á g i n a 
 
2. Da Ética Policial Militar. 
 
O Estatuto da PMERJ estabelece em seu Art. 27 que: 
O sentimento do dever, o pundonor policial militar e o decoro da classe, impõe a cada um dos 
integrantes da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, conduta moral e profissional 
irrepreensíveis, com observância dos seguintes preceitos da ética policial militar: 
I- Amar a verdade e a responsabilidade como fundamento de dignidade pessoal; 
II- Exercer com autoridade, eficiência e probidade as funções que lhe couberem, em decorrência 
do cargo; 
III- Respeitar a dignidade da pessoa humana; 
IV- Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, as instruções e as ordens das autoridades 
competentes; 
V- Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e na apreciação dos méritos dos subordinados; 
VI- Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual, físico e, também, pelo dos subordinados, 
tendo em vista o cumprimento da missão comum; 
VII- Empregar todas as suas energias em benefício do serviço; 
VIII- Praticar a camaradagem e desenvolver permanentemente o espírito de cooperação; 
IX- Ser discreto em suas atitudes, maneiras e em sua linguagem escrita e falada; 
X- abster-se de tratar, fora do âmbito apropriado, de matéria sigilosa de qualquer natureza; 
XI- Acatar as autoridades civis; 
XII- Cumprir seus deveres de cidadão; 
XIII- Proceder de maneira ilibada na vida pública e particular; 
XIV- Observar as normas da boa educação; 
XV- Garantir assistência moral e material ao seu lar e conduzir-se como chefe de família 
modelar; 
XVI- Conduzir-se, mesmo fora do serviço ou quando já na inatividade, de modo que não sejam 
prejudicados os princípios da disciplina, do respeito e do decoro policial militar; 
XVII- Abster-se de fazer uso do posto ou da graduação para obter facilidades pessoais de 
qualquer natureza ou para encaminhar negócios particulares ou de terceiros; 
XVIII- Abster-se, na inatividade, do uso das designações hierárquicas: 
1. Em atividades político partidárias; 
2. Em atividades comerciais; 
3. Em atividades industriais; 
4. Para discutir ou provocar discussões pela imprensa, a respeito de assuntos políticos ou 
policiais militares, excetuando-se os de natureza exclusivamente técnica, devidamente 
autorizado; e 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
11 | P á g i n a 
 
5. No exercício de cargo ou função de natureza não policial militar, mesmo que seja da 
Administração Pública; 
XIX- Zelar pelo nome da Polícia Militar e de cada um de seus integrantes, obedecendo e 
fazendo obedecer aos preceitos da ética policial militar. 
 
 
 
3. Dos Deveres Policiais Militares. 
 
O Art. 30 do Estatuto que ora estudamos, apresenta os deveres policiais militares 
que emanam de um conjunto de vínculos racionais bem como morais, que ligam o 
Policial Militar à Pátria, à comunidade estadual e à sua segurança e compreendem, 
essencialmente: 
I- a dedicação integral ao serviço policial militar, salvo as exceções 
previstas em lei, e a fidelidade à Pátria e às Instituições a que 
pertence, mesmo com o sacrifício da própria vida; 
 
Nova redação dada pela Lei 2216/94: 
II- O culto aos símbolos nacionais; III- A probidade e a lealdade em 
todas as circunstâncias; IV- A disciplina e o respeito à hierarquia; V- 
O rigoroso cumprimento das obrigações e ordens; e VI- A obrigação 
de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade. 
 
 
Além deste, outros artigos dizem respeito aos deveres policiais militares. São eles: 
 
Art. 37 - Os Cabos e Soldados são, essencialmente, os elementos de 
execução. 
Art. 39 - Cabe ao Policial Militar a responsabilidade integral pelas 
decisões que tomar, pelas ordens que emitir e pelos atos que praticar. 
Art. 40 - A violação das obrigações ou dos deveres policiais militares 
constituirá crime, contravenção ou transgressão disciplinar, conforme 
dispuserem a legislação específica ou peculiar. 
Art. 45- O Regulamento Disciplinar da Polícia Militar especificará e 
classificará as transgressões disciplinares e estabelecerá as normas 
relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, à 
classificação do comportamento policial militar e à interposição de 
recursos contra as penas disciplinares. 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
12 | P á g i n a 
 
4. Dos Direitos e das Prerrogativas dos Policiais Militares. 
 
Dentre os direitos e prerrogativas presentes no Art. 48 do Estatuto dos Policiais 
Militares do Estado do Rio de Janeiro, destacamos como os principais: 
A garantia da patente, em toda a sua plenitude, com as vantagens, prerrogativas 
e deveres a ela inerentes, quando oficial, nos termos da legislação específica (inciso I); 
A percepção de remuneração correspondente ao grau hierárquico superior ou 
melhoria da mesma quando, ao ser transferido para a inatividade, contar mais de 30 
(trinta) anos de serviço ou nos casos previstosno inciso II e III, do art. 96, (inciso II); 
A assistência médico hospitalar para si e seus dependentes, assim entendida, 
como o conjunto de atividades relacionadas à prevenção, conservação ou recuperação 
da saúde, abrangendo serviço profissional médicos, farmacêuticos e odontológicos, bem 
como o fornecimento, a aplicação de meios e os cuidados e demais atos médicos e 
paramédicos necessários (Inciso IV); 
As férias, os afastamentos temporários dos serviços e as licenças; (Inciso IV); 
Além destes, outros artigos dizem respeito dos direitos e prerrogativas policiais 
militares. São eles: 
 
Art. 62 - Os Policiais Militares têm direito, ainda, aos seguintes 
períodos de afastamento total do serviço, obedecidas as disposições 
legais e regulamentares, por motivo de: 
I- Núpcias: 08 (oito) dias; 
II- Luto: 08 (oito) dias; 
III- Instalação: 10 (dez) dias; 
IV- Trânsito: até 15 (quinze) dias. 
Art. 64 - Licença é a autorização para o afastamento total do serviço, 
em caráter temporário, concedida ao Policial Militar, obedecidas as 
disposições legais e regulamentares. 
§ 1º- A licença pode ser: 
1. Especial; 
2. Para tratar de interesse particular; 
3. Para tratamento de saúde de pessoa da família; 
4. Para tratamento de saúde própria. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
13 | P á g i n a 
 
Agora que você conheceu os fundamentos administrativos de sua profissão, como 
também os fundamentos constitucionais presentes no Estatuto dos Policiais Militares, 
passaremos ao estudo do Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito e 
Cerimonial Militar das Forças Armadas. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
14 | P á g i n a 
 
ACONTECEU... 
 
Comandante do 37º BPM palestra sobre direcionamento estratégico 
 
Visando destacar as novas diretrizes determinadas pelo Comando-Geral, o 
comandante do 37º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Wagner 
Cristiano Moretzsohn, ministrando palestras sobre direcionamento estratégico para 
Oficiais e Praças da unidade e convidados. As reuniões acontecem no Ciep 
Professora Ivany de Oliveira Chaves, no bairro Campo da Aviação, até hoje – 
totalizando três dias de instrução. Os assuntos abordados são pertinente às novas 
determinações do Comandante-Geral da PM, coronel Alberto Pinheiro Neto, 
publicado no Boletim da Corporação. 
O Tenente-Coronel Moretzsohn frisou sobre as marcas de qualidade da nova 
gestão com o lema “Não mentir, não matar e não roubar!”. Dentre os temas 
levantados durante o encontro, estão: autoridade, hierarquia e disciplina; valores 
institucionais – virtudes morais e éticas; melhorias do clima institucional e da 
qualidade de vida do Policial Militar; legalidade e direitos humanos; integração 
sistêmica com as instituições; inteligência policial; estratégica diferenciada de 
prevenção de delito; prevenção proativa do policial; e repressão qualificada do 
crime (uso legítimo e comedido da força). 
De acordo com o comandante do 37º BPM, a nova visão é a implantação da 
polícia de proximidade em todo o Estado do Rio de Janeiro, sendo referência no 
Brasil em planejamento e gestão desta atividade até 2018. “A Instituição já é 
referência no País em função do sistema de metas e das Unidades de Polícia 
Pacificadoras (UPP’s). Para dar continuidade ao processo de renovação, os 
valores morais e éticos devem ser fontes de respeito e credibilidade. O 
comportamento do policial militar e o bom relacionamento entre os colegas de 
farda refletem nas abordagens de rua preparadas. Por isso, também precisamos 
saber quais são as necessidades dentro dos alojamentos para que possamos buscar 
melhorias nas instalações. O bem estar do agente é primordial para um bom 
convívio nas comunidades. As questões sobre mudanças nas escalas e salariais são 
reivindicadas por toda a classe. No entanto, estamos empenhados para começar 
atendendo as necessidades básicas para um ambiente de trabalho digno.” 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
15 | P á g i n a 
 
ACONTECEU... 
 
[...] “A restauração das dependências internas e a motivação policial através do 
cumprimento de metas com premiações são pontapés iniciais. O policial militar 
fardado na rua é o primeiro defensor da cidadania e, por isso, deve estar 
preparado para abordagens com educação, respeito e cautela. Os agentes também 
possuem famílias e amigos e devem pensar que todos fazem parte da sociedade, que 
deseja a sensação de segurança”, enfatizou. 
Ele também salientou que o profissional de segurança precisa estar atento à 
nova consciência disseminada pelas evoluções social e tecnológica. “Hoje, as ruas 
estão repletas de câmeras de monitoramento que flagram as ações dos criminosos, 
bem como a conduta dos PMs. As pessoas ainda carregam celulares que filmam os 
passos da polícia, que podem ser considerados heroicos ou truculentos. Em frações 
de segundo, o agente pode passar de herói a vilão. Quem não acompanhar a 
mudança sobre o conceito de policiamento, deve temer críticas, punições e até 
expulsão da Corporação. A profissão requer também que as decisões extremas 
(exemplo: atirar contra um alvo que causa risco à sociedade) sejam feitas com 
precisão e prudência. Antes, o foco policial era a repressão e, nos dias atuais, é a 
prevenção. Os serviços de inteligência são fundamentais para a análise da mancha 
criminal. As operações são deflagradas a partir de levantamentos sobre os 
principais locais de crimes e as características e a forma de agir dos marginais. A 
repressão qualificada funciona com o emprego dos dados de inteligência, estudos 
logísticos e das equipes táticas”, recomendou. 
Moretzsohn encerrou a palestra lembrando que a integração entre as forças 
policiais é essencial para o combate à criminalidade. “O sistema integrado é a soma 
de informações e esforços realizados entre a PM, a Polícia Civil, o Poder 
Judiciário, o Ministério Público e a sociedade. Todos podem colaborar para a 
manutenção da segurança pública através de denúncias e ações de cidadania”, 
finalizou. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
16 | P á g i n a 
 
ACONTECEU... 
 
Observe que: A ação de Comando da Unidade noticiada foi objeto de destaque no 
periódico local, haja vista a relevância do fato, pois essa proximidade do 
comandante com a sua Tropa é bastante salutar, na medida em que o profissional de 
segurança pública recebe diretamente de seu Chefe, sem qualquer distorção, as 
orientações do Comando da Corporação, tendo possibilidade de buscar 
esclarecimentos sobre eventuais dúvidas, suas dificuldades, anseios, como também, 
fica ciente dos objetivos a serem alcançados pela Instituição. No caso presente, 
observamos que, além das orientações operacionais, o efetivo do 37º, sediado em 
Resende - RJ, foi orientado das novas ações que o Comandante Geral espera de seus 
Policiais Militares, como também, foram relembrados velhos conceitos que 
continuam em vigor na PMERJ e que inclusive, abordamos nessa aula. Dessa forma, 
constatamos ante a repercussão positiva da notícia veiculada, a importância de 
constantemente reavivarmos os conceitos inseridos nas bases institucionais da 
PMERJ e nos princípios Morais e Éticos em vigor na Corporação. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
17 | P á g i n a 
 
 
SAIBA MAIS... 
 
Na presente Unidade, abordamos os artigos do Estatuto PM, que versam sobre 
as Normas de Comportamento Ético, que devem ser obedecidas pelos Policiais 
Militares e nesse conteúdo, tomamos conhecimento de expressões, que até então 
desconhecíamos, tais como: Honra pessoal, Sentimento do Dever, Pundonor Policial 
Militar e Decoro da Classe e assim, com o fim de enriquecer nosso estudo, vamos à 
definição dessas expressões? 
Com respaldo na Portaria PMERJ, nº 407, de 10 de Fev. 2010, que 
regulamenta a instauração e o funcionamento dos Conselhos de Revisão Disciplinar 
na PMERJ e dá outras providências, em seu art. 4º, parágrafo único, vemos 
contempladasessas definições; a saber: 
 
a. Honra Pessoal: “qualidade íntima do militar estadual que se conduz com 
integridade, honestidade, honradez e justiça, observando com rigor os deveres 
morais que tem consigo e com seus semelhantes”; 
b. Sentimento do Dever: “consiste no envolvimento a uma tomada de consciência 
perante o caso concreto, ou seja, realidade, implicando no reconhecimento da 
obrigatoriedade de um comportamento militar coerente, justo e equânime”; 
c. Pundonor Policial Militar: “é o sentimento de dignidade própria, procurando o 
militar estadual ilustrar e dignificar a Corporação, através da beleza e retidão 
moral que se conduz, resultando honestidade e decência” e 
d. Decoro da Classe: “é a qualidade do militar estadual baseada no respeito 
próprio, dos companheiros e da comunidade para qual serve, visando o melhor e 
mais digno desempenho da profissão militar”. 
 
Numa rápida análise, concluímos que a obediência a esses preceitos, tem por 
objetivo manter um ambiente institucional sadio, onde o profissional de polícia 
militar possa ser prestigiado e acreditado, não só no âmbito interno da Corporação, 
como também, perante a comunidade a que serve, trazendo assim dividendos 
positivos para si e para a PMERJ. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
18 | P á g i n a 
 
SAIBA MAIS... 
 
Em decorrência é indispensável que o Policial Militar acredite, defenda, 
pratique ou corrija sua conduta dentro dessas ideias; até mesmo, pelo fato de não 
enquadrar-se na essência de tais princípios, pode acarretar a sua submissão a 
Procedimento Administrativo Disciplinar, conforme previsão do Art. 4º, item “I”, 
letra “C” da Portaria em questão, cujo objetivo é avaliar se o militar estadual em 
julgamento possui condições morais para permanecer na Instituição. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
19 | P á g i n a 
 
Aula 3 – Regulamento de Continências, Honras, Sinais de Respeito 
e Cerimonial Militar das Forças Armadas (RCont). 
 
 
1. Introdução. 
 
O Regulamento de Continências, Honras, Sinais 
de Respeito e Cerimonial Militar das Forças 
Armadas- RCont está previsto Decreto Federal, nº 
6.806 de 25 de março de 2009. 
Embora não seja esta uma legislação oriunda da 
Polícia Militar, o seu emprego regulando o 
formalismo entre os Policiais Militares e Militares das 
demais Corporações Federais e Estaduais constitui-se 
na espinha dorsal para cultivarmos os preceitos 
básicos de nossa Instituição. 
Mas como uma Legislação de âmbito federal, 
pode ser adotada por uma Corporação policial militar, 
com atuação restrita e subordinada a um Estado da 
Federação? 
Bem, para melhor esclarecer, cabe inicialmente, 
recorremos ao Estatuto da PMERJ, com enfoque no 
Art.154, que retrata o seguinte: 
 
Art. 154- São adotados na 
Polícia Militar, em matéria não regulada na Legislação Estadual, as 
leis e regulamentos em vigor no Exército Brasileiro, no que lhe for 
pertinente. 
Continuando, chegamos à Constituição Federal e Estadual, onde na previsão do 
Art. 42 (Constituição Federal) e Art. 91 (Constituição Estadual), ambos já discutidos na 
RCont. 
 
O RCont. regula as 
situações diárias da vida 
castrense, estando o militar 
de serviço ou não, em área 
militar ou em sociedade. 
Tendo como base a 
Hierarquia e a Disciplina, 
bases de toda Instituição 
Militar, procura desenvolver 
na tropa (abrangendo 
Superiores e Subordinados) 
a adequação e o respeito a 
esses princípios, por 
intermédio da prática diária 
dos dispositivos nele 
elencados. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
20 | P á g i n a 
 
Unidade “I” desta matéria, vemos que os Policiais Militares têm caracterizados a sua 
condição de militares estaduais, com semelhantes prerrogativas, deveres e direitos da 
profissão inerente aos militares das Forças Armadas. 
E assim, calcados na previsão estatutária do Art. 154 e em Norma Constitucional, 
Federal e do Estado do Rio de Janeiro, ora relatadas, podemos chegar à conclusão de 
que a citada legislação federal oriunda do Exército Brasileiro pode ser recepcionada 
pela PMERJ, sem qualquer incompatibilidade, até mesmo porque, a Corporação possui 
o seu ambiente militar, como as demais Forças Militares em atividade no país. 
Acrescentando ainda, outra norma constitucional, também já comentada, esta do art. 
144, § 5º, onde estipula, como missão subsidiária das Polícias Militares, a sua condição 
de Força Reserva e Auxiliar do Exército Brasileiro. 
Antes de comentarmos sobre os artigos do RCont, mostra-se relevante, esclarecer 
o seguinte: 
O não cumprimento dos dispositivos inseridos neste Regulamento acarreta ao 
profissional de polícia militar responsabilidades administrativas e penais. 
No entanto, esse servidor militar deve ter o entendimento de que a obediência ao 
RCont não deve ocorrer por simples temor a uma eventual sanção, mas sim pela sua 
conscientização de que o Regulamento está intimamente ligado ao respeito às bases 
institucionais que tradicionalmente sustentam essa bicentenária Corporação. 
Assim, sua vida profissional, deverá ser pautada em obediência aos procedimentos 
nele elencados, a exemplo dos demais militares, integrantes de outras Forças Federias 
ou Estaduais, independente do posto, graduação e instituição a que pertençam. 
Vejamos alguns artigos do RCont, com comentários e destaques importantes: 
2. Da Finalidade: 
 
Art. 1º Este regulamento tem por finalidade: 
I - estabelecer as honras, as continências e os sinais de respeito, que 
os militares prestam a determinados símbolos nacionais e às 
autoridades civis e militares; 
II - regular as normas de apresentação e de procedimento dos 
militares, bem como as formas de tratamento e precedência. 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
21 | P á g i n a 
 
3. Dos Sinais de Respeito e da Continência 
 
Podemos verificar no RCONT que o respeito e o fiel cumprimento da Disciplina 
Militar, não acarretam ao profissional humilhação. Pelo contrário, revela sua adequação 
ao trabalho e o compromisso com as tradições militares. 
3.1 Generalidades 
O parágrafo 3º do art. 3º preconiza que os sinais de respeito devem ocorrer, tanto 
no âmbito militar, como no âmbito civil. 
Veja nos artigos abaixo encontrados no Título II, do citado Regulamento: 
Art. 2º - Todo militar, em decorrência de sua condição, obrigações, 
deveres, direitos e prerrogativas, estabelecidos em toda a legislação 
militar, deve tratar sempre: 
I - Com respeito e consideração os seus superiores hierárquicos, 
como tributo à autoridade de que se acham investidos por lei; 
II - com afeição e camaradagem os seus pares; 
III - com bondade, dignidade e urbanidade os seus subordinados. 
§ 2º As demonstrações de respeito, cordialidade e consideração, 
devidas entre os membros das Forças Armadas, também o são aos 
integrantes das Polícias Militares, dos Corpos de Bombeiros 
Militares e aos Militares das Nações Estrangeiras. 
Art. 3º O militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, 
pares e subordinados: 
I - pela continência; 
II - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado; 
III - observando a precedência hierárquica; 
IV - por outras demonstrações de deferência 
§ 1º Os sinais regulamentares de respeito e de apreço entre os 
militares constituem reflexos adquiridos mediante cuidadosa 
instrução e continuada exigência. 
§ 2º A espontaneidade e a correção dos sinais de respeito são índices 
seguros do grau de disciplina das corporações militares e da 
educação moral e profissional dos seus componentes. 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
22 | P á g i n a 
 
3.2 Dos Sinais de Respeito 
Leia os artigos presentes no Título II do RCONT, que dizem respeito aos Sinais 
de respeito para que você saiba quando e como utilizá-los: 
Art. 4º Quando dois militares se deslocam juntos, o de menor 
antiguidade dá a direita ao superior. 
Parágrafo único. Se o deslocamentose fizer em via que tenha lado 
interno e externo, o de menor antiguidade dá o lado interno ao 
superior. 
Art. 5º Quando os militares se deslocam em grupo, o mais antigo fica 
no centro, distribuindo-se os demais, segundo suas precedências, 
alternadamente à direita e à esquerda do mais antigo. 
§ 3º- Os sinais de respeito e apreço são obrigatórios em todas as 
situações, inclusive nos exercícios no terreno e em campanha. 
Art. 6º Quando encontrar um superior num local de circulação, o 
militar saúda-o e cede-lhe o melhor lugar. 
§ 1º Se o local de circulação for estreito e o militar for praça, 
franqueia a passagem ao superior, faz alto e permanece de frente 
para ele. 
§ 2º Na entrada de uma porta, o militar franqueia-a ao superior; se 
estiver fechada, abre-a, dando passagem ao superior e torna a fechá-
la depois. 
Art. 7º Em local público onde não estiver sendo realizada solenidade 
cívico-militar, bem como em reuniões sociais, o militar cumprimenta, 
tão logo lhe seja possível, seus superiores hierárquicos. 
Parágrafo único. Havendo dificuldade para aproximar-se dos 
superiores hierárquicos, o cumprimento deve ser feito mediante um 
movimento de cabeça. 
Art. 8º - Para falar a um superior, o militar emprega sempre o 
tratamento “Senhor ou Senhora”. 
§1º Para falar formalmente ao Ministro de Estado da Defesa, o 
tratamento é “Vossa Excelência” ou “Senhor Ministro”; nas relações 
correntes de serviço, no entanto, é admitido o tratamento de 
“Ministro ou Senhor”. 
§2º Para falar formalmente, a um oficial general, o tratamento é 
“Vossa Excelência”, “Senhor Almirante”, “Senhor General ou 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
23 | P á g i n a 
 
Senhor Brigadeiro”, conforme o caso; nas relações correntes de 
serviço, é admitido o tratamento de “Almirante”, “General” ou 
“Brigadeiro”, conforme o caso, ou ainda, de “Senhor”. 
§3º- Para falar formalmente, ao Comandante, Diretor ou Chefe de 
Organização Militar, o tratamento é “Senhor Comandante”, “Senhor 
Diretor”, “Senhor Chefe”, conforme o caso; nas relações correntes 
de serviço, é admitido o tratamento “Comandante”, “Diretor” ou 
“Chefe”. 
§4º- No mesmo posto ou graduação, poderá ser empregado o 
tratamento “você”, respeitadas as tradições e peculiaridades de cada 
Força Armada. 
Art. 9º- Para falar a um mais moderno, o superior emprega o 
tratamento “Você”. 
Art. 10 - Todo militar, quando for chamado por um superior, deve 
atendê-lo o mais rápido possível, apressando o passo quando em 
deslocamento. 
Art. 12. Nos ranchos de praças, ao neles entrar o Comandante, 
Diretor ou Chefe de Organização Militar ou outra autoridade 
superior, a praça de serviço, o militar mais antigo presente ou o que 
primeiro avistar aquela autoridade comanda: "Rancho Atenção!" e 
anuncia a função de quem chega; as praças, sem se levantarem e sem 
interromperem a refeição, suspendem toda a conversação, até que 
seja dado o comando de "À vontade". 
Art. 13- Sempre que um militar precisar sentar-se ao lado de um 
superior, deve solicitar-lhe a permissão. 
 
Para que você compreenda melhor, treine os procedimentos acima com o seu 
professor! 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
24 | P á g i n a 
 
ACONTECEU... 
 
Polícia Militar assume escolas estaduais em Goiás 
 Numa região marcada pela violência, duas escolas da rede estadual de Goiás, 
nos arredores de Brasília, municípios de Valparaíso e Novo Gama, começaram o 
ano letivo sob o comando da Polícia Militar. A mudança provocou uma reviravolta 
na rotina de 2,4 mil alunos estudantes. 
Desde janeiro, eles estão submetidos a um código disciplinar que proíbe falar 
gírias, mascar chicletes, etc. Como acontecem em escolas militares, aprendem a 
marchar e prestam continência, além de ficarem de pé, sempre que um professor 
entra em sala de aula e a cada semana, um aluno assume a função de chefe de turma, 
cabendo a ele apresentar a turma, informando as ausências. 
Os professores continuam os mesmos, ficando a parte pedagógica, a cargo da 
Secretaria de Educação, mas o diretor de cada escola é um Oficial da PM. 
Relatam alunos e professores de ambas os estabelecimentos de ensino que 
antes da PM o cenário era outro, com problemas com o tráfico de drogas, cenas de 
violência, inclusive com o homicídio de um ex-aluno, ocorrido no interior de uma 
das escolas. 
Fonte : http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/posts/2014/04/16/policia-militar-
assume-escolas-estaduais-em-goias-531353.asp 
 
http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/posts/2014/04/16/policia-militar-assume-escolas-estaduais-em-goias-531353.asp
http://oglobo.globo.com/blogs/educacao/posts/2014/04/16/policia-militar-assume-escolas-estaduais-em-goias-531353.asp
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
25 | P á g i n a 
 
ACONTECEU... 
 
Observe que: A PMGO, a fim de restabelecer a ordem nas citadas escolas, não 
adotou qualquer aparato policial, mas procedimentos da caserna, que enfatizam a 
hierarquia e a disciplina, transformando o dia a dia das duas escolas que, outrora se 
mostrava inseguro, para os professores e alunos, num ambiente sadio, propiciando 
uma melhoria no meio de convivência nos citados espaços público, além de 
aumentar a qualidade do ensino ministrado. 
É certo que os policiais militares, por dever de ofício, desenvolvem todo esse 
formalismo, em obediência aos preceitos basilares da PMERJ, amparados pelo 
RCONT e pelo Regulamento Disciplinar, cumprindo assim uma tradição típica das 
Instituições Militares. 
É de se admirar, que aqueles jovens alunos, sob a aquiescência de seus pais, 
submeteram-se, informalmente, a esse regime de ordem, em busca de um ambiente 
sadio, ordeiro e seguro influenciando na melhoria da qualidade do ensino, objetivo 
de todos na busca de uma vida melhor. 
 
VAMOS REFLETIR! 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
26 | P á g i n a 
 
Aula 4 – RCONT: da Continência e da Apresentação. 
 
 
1. Da Continência 
 
Os artigos abaixo são apresentados no Título 
II do RCONT e dizem respeito à Continência, 
quem tem Direito a esse cumprimento militar e de 
que forma deve ser prestada: 
 
Art. 14 - A continência é a 
saudação prestada pelo 
militar e pode ser individual 
ou da tropa. 
§ 1º A continência é 
impessoal; visa a autoridade 
e não a pessoa. 
§ 2º A continência, parte 
sempre do militar de menor 
precedência hierárquica; em 
igualdade de posto e 
graduação, quando ocorrer 
dúvida sobre qual seja o de menor precedência, deve ser executada 
simultaneamente. 
§ 3º Todo militar deve, obrigatoriamente, retribuir a continência que 
lhe é prestada; se uniformizado, presta a continência individual; se 
em trajes civis, responde-a com um movimento de cabeça, com um 
cumprimento verbal ou descobrindo-se, caso esteja de chapéu. 
Art. 15 - Tem direito à continência: 
I - A Bandeira Nacional; 
Da Continência 
 
A continência militar 
constitui-se em forma de 
cumprimento utilizado pelos 
militares, conforme previsão do 
RCONT. 
O gesto de “prestar” 
continência envolve Superiores, 
Pares, Subordinados a quem 
cabe reconhecer e adotar a ação 
adequada, à luz do citado 
Regulamento, perante outros 
militares, Símbolos Nacionais e 
autoridades civis devidamente 
constituídas. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
27 | P á g i n a 
 
II - O Hino Nacional, quando executado em solenidade militar ou 
cívica; 
III - O Presidente da República; 
VIII - Os Governadores de Estado, de Territórios Federais e do 
Distrito Federal, nos respectivos territórios, ou, quando reconhecidos 
ou identificados, em qualquer parte do País, em visita de caráter 
oficial; 
X - Os militares da ativa das Forças Armadas, mesmo em traje civil; 
neste último caso, quando for obrigatório o seu reconhecimento, em 
função do cargo que exerce ou, para os demais militares, quando 
reconhecidos ou identificados; 
Art. 16 – O aperto de mão é uma forma de cumprimento que o 
superiorpode conceder ao mais moderno. 
Parágrafo único. O militar não deve tomar a iniciativa de estender a 
mão para cumprimentar o superior, mas se este o fizer, não pode se 
recusar ao cumprimento. 
Art. 17- O militar deve responder com saudação análoga quando, ao 
cumprimentar o superior, este, além de retribuir a continência, fizer 
uma saudação verbal. 
Art. 18 § 2º- A continência individual é devida a qualquer hora do dia 
ou da noite, só podendo ser dispensada nas situações especiais, 
conforme regulamento de cada Força Armada. 
Art. 19- A atitude, o gesto e a duração, são elementos essenciais da 
continência individual, variáveis conforme a situação dos 
executantes. 
 
1.1 Do Procedimento Normal 
Abaixo, apresentamos os Art. 20 a 29, que indicam como você deve proceder, 
para prestar sua continência em situações ali especificadas: 
Art. 20. O militar, desarmado, ou armado de revólver ou pistola, de 
sabre-baioneta ou espada embainhada, faz a continência individual 
de acordo com as seguintes regras: 
I - mais moderno parado e superior deslocando-se: 
a) posição de sentido, frente voltada para a direção perpendicular à 
do deslocamento do superior; 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
28 | P á g i n a 
 
b) com cobertura: em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado 
da cobertura, tocando com a falangeta do indicador a borda da pala, 
um pouco adiante do botão da jugular, ou lugar correspondente, se a 
cobertura não tiver pala ou jugular; a mão no prolongamento do 
antebraço, com a palma voltada para o rosto e com os dedos unidos e 
distendidos; o braço sensivelmente horizontal, formando um ângulo 
de 45º com a linha dos ombros; olhar franco e naturalmente voltado 
para o superior. Para desfazer a continência, baixa a mão em 
movimento enérgico, voltando à posição de sentido; 
c) sem cobertura: em movimento enérgico, leva a mão direita ao lado 
direito da fronte, procedendo similarmente ao descrito na alínea "b", 
no que couber; 
d) a continência é feita quando o superior atinge a distância de três 
passos do mais moderno e desfeita quando o superior ultrapassa o 
mais moderno de um passo; 
Il - mais moderno deslocando-se e superior parado, ou deslocando-se 
em sentido contrário: 
- se está se deslocando em passo normal, o mais moderno mantém o 
passo e a direção do deslocamento; se em acelerado ou correndo, 
toma o passo normal, não cessa o movimento normal do braço 
esquerdo; a continência é feita a três passos do superior, como 
prescrito no inciso I, alíneas "b" e "c", encarando-o com movimento 
vivo de cabeça; ao passar por este, o mais moderno volta a olhar em 
frente e desfaz a continência; 
III - mais moderno e superior deslocando-se em direções 
convergentes: 
- o mais moderno dá precedência de passagem ao superior e faz a 
continência como prescreve o inciso I, alíneas "b" e "c", sem tomar a 
posição de sentido; 
IV - mais moderno, deslocando-se, alcança e ultrapassa o superior 
que se desloca no mesmo sentido: 
- o mais moderno, ao chegar ao lado do superior, faz-lhe a 
continência como prescrito no inciso I, alíneas "b" e "c", e o encara 
com vivo movimento de cabeça; após três passos, volta a olhar em 
frente e desfaz a continência; 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
29 | P á g i n a 
 
V - mais moderno deslocando-se, é alcançado e ultrapassado por 
superior que se desloca no mesmo sentido: 
- o mais moderno, ao ser alcançado pelo superior, faz-lhe a 
continência, como prescrito no inciso I, alíneas "b" e "c", desfazendo-
a depois que o superior tiver se afastado um passo; 
Art. 22. O militar, quando tiver as duas mãos ocupadas, faz a 
continência individual tomando a posição de sentido, frente voltada 
para a direção perpendicular à do deslocamento do superior. 
§ 1º Quando apenas uma das mãos estiver ocupada, a mão direita 
deve estar livre para executar a continência. 
§ 2º O militar em deslocamento, quando não puder corresponder à 
continência por estar com as mãos ocupadas, faz vivo movimento de 
cabeça. 
Art. 23 O militar, isolado, armado de metralhadora de mão, fuzil ou 
arma semelhante faz continência da seguinte forma: 
I - quando estiver se deslocando: 
a) leva a arma à posição de "Ombro Arma", à passagem do superior; 
b) à passagem de tropa formada, faz alto, volta-se para a tropa e leva 
a arma à posição de "Ombro Arma"; 
c) com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma a posição de 
sentido, com sua frente voltada para a direção perpendicular à do 
deslocamento do superior. 
II - quando estiver parado: 
a) na continência aos símbolos e autoridades mencionadas nos 
incisos I a VIII do Art. 15 e a oficiais-generais, faz "Apresentar 
Arma"; 
b) para os demais militares, faz "Ombro Arma"; 
c) à passagem da tropa formada, leva a arma à posição de "Ombro 
Arma"; 
d) com a arma a tiracolo ou em bandoleira, toma apenas a posição de 
sentido. 
Art. 24 - Todo militar, faz auto para a continência à Bandeira 
Nacional, ao Hino Nacional e ao Presidente da República. 
§ 1º- Quando o Hino nacional for tocado em cerimônia religiosa o 
militar participante da cerimônia não faz a continência individual, 
permanecendo em atitude de respeito. 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
30 | P á g i n a 
 
§ 2º- Quando o Hino Nacional for cantado a tropa ou militar presente 
não faz a continência, nem durante a sua introdução, permanecendo 
na posição de “Sentido”, até o final de sua execução. 
Art. 25. Ao fazer a continência ao Hino Nacional, o militar volta-se 
para a direção de onde vem a música, conservando-se nessa atitude 
enquanto durar sua execução. 
Art. 28. O Comandante, Chefe ou Diretor de Organização Militar 
tem, diariamente, direito à continência prevista no artigo anterior, na 
primeira vez que for encontrado pelas suas praças subordinadas, no 
interior de sua organização. 
Art. 29. Os militares em serviço policial ou de segurança poderão ser 
dispensados de procedimentos sobre continência individual 
constantes desse regulamento. 
 
1.2 Do procedimento em Outras Situações 
 
Existem também procedimentos que devem atender às situações diferenciadas. 
Na íntegra do RCONT, esta seção é composta pelos Art. 30 a 40, porém, destacaremos 
apenas os mais importantes. 
 
Art. 30. O militar em um veículo, exceto bicicleta, motocicleta 
procede da seguinte forma: 
I - Com o veículo parado, tanto o condutor como os passageiros 
fazem a continência individual sem se levantarem, e; 
II - Com o veículo em movimento, somente o passageiro faz a 
continência individual. 
§ 1º Por ocasião da cerimônia da Bandeira ou da execução do Hino 
Nacional, se no interior de uma Organização Militar, tanto o 
condutor como o passageiro saltam do veículo e fazem a continência 
individual; se em via pública, procedem do mesmo modo, sempre que 
viável. 
§ 2º Nos deslocamentos de elementos transportados por viaturas, só o 
Comandante e o Chefe de cada viatura fazem a continência 
individual. Os militares transportados tomam postura correta e 
imóvel enquanto durar a continência do Chefe da viatura. 
Art. 33. Procedimento do militar em outras situações. 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
31 | P á g i n a 
 
VI - Quando um militar entra em um recinto público, percorre com o 
olhar o local para verificar se há algum superior presente; se houver 
o militar faz-lhe a continência, do lugar em que est; 
VII - Quando um militar entra em um recinto público, os militares 
mais modernos que ai estão levantam-se ao avistá-lo e fazem-lhe a 
continência; 
 VIII - Quando militares se encontram em reuniões sociais, festas 
militares, competições desportivas ou em viagens, devem apresentar-
se mutuamente, declinando posto e nome, partindo essa apresentaçãodaquele de menor hierarquia; 
IX - Seja qual for o caráter - oficial ou particular – da solenidade ou 
reunião, deve o militar, obrigatoriamente, apresentar-se ao superior 
de maior hierarquia presente, e ao de maior posto entre os oficiais 
presentes de sua organização Militar; e, 
X - Quando dois ou mais militares, em grupo, encontram-se com 
outros militares, todos fazem a continência individual como se 
estivessem isolados. 
 
2. Da Apresentação 
 
A apresentação pessoal é utilizada constantemente na vida profissional do policial 
militar e por isso você deve treinar sempre. 
Seguem abaixo, os artigos do RCONT que, abordam a Apresentação do Militar: 
 
Art. 41 - O militar para se apresentar a um superior, aproxima-se 
deste até a distância do aperto de mão; toma a posição de “sentido”, 
faz a continência individual, como a descrita nesse Regulamento e diz, 
em voz claramente audível, seu grau hierárquico, nome de guerra e 
Organização Militar a que pertence, ou função que exerce, se estiver. 
No interior de sua Organização Militar, desfaz a continência e diz o 
motivo da apresentação, permanecendo na posição de “sentido” até 
que lhe seja autorizado tomar a posição de “descansar” ou de “à 
vontade”. 
Art. 42. Para se retirar da presença de um superior, o militar faz-lhe 
a continência individual, idêntica à da apresentação, e pede 
permissão para se retirar; concedida a permissão, o oficial retira-se 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
32 | P á g i n a 
 
normalmente, e a praça, depois de fazer "Meia Volta", rompe a 
marcha com o pé esquerdo. 
 
 
SAIBA MAIS... 
 
Com o fim de ilustrar o assunto pertinente sobre a continência militar, 
buscamos a interessante pesquisa realizada pelo Historiador, Rainer Sousa, que 
apresenta a origem e a evolução da continência militar, ao longo dos tempos, 
disponível no site: www.vidacaserna.blogsport.com/...08/o-significado.da. 
O militarismo tem algumas peculiaridades e sem dúvidas, além do fascínio 
pelas armas e fardas, uma das coisas que mais chama a atenção é a maneira que os 
militares se cumprimentam. A famosa continência militar. Mas afinal, qual é a 
origem da continência militar? 
Tudo começou na Idade Média quando os cavaleiros, antes de participarem 
de duelos ou irem para os confrontos trajando suas robustas armaduras, 
cumprimentavam o rei. Como eles utilizavam o Elmo, uma espécie de capacete 
medieval, precisavam levantar a viseira para que a majestade olhasse seus rostos. 
Um sinal de respeito ao soberano. Além disso, esse movimento precisava ser feito 
com a mão direita, já que era a mão que impunha a espada. De certa maneira, um 
gesto simbólico de paz, uma vez que a mão desarmada dificilmente seria utilizada 
para uma ação hostil. Frutos de uma sociedade isolada e tementes às terríveis 
invasões bárbaras, os cavaleiros eram um dos mais notórios integrantes do mundo 
feudal. Dedicado ao uso das armas e à proteção de propriedades, o cavaleiro 
deveria honrar pela sua posição mostrando pronta disposição para participar de 
uma luta ou defender as terras de seu senhor. Mais do que a bravura e o poder 
bélico, esse intrigante personagem medieval também se distinguia por uma série de 
rituais que reafirmavam sua condição. 
 
 
 
http://www.vidacaserna.blogsport.com/...08/o-significado.da
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
33 | P á g i n a 
 
SAIBA MAIS... 
 
Segundo alguns historiadores, para assinalar suas origens, os cavaleiros se 
singularizavam através de símbolos, acessórios e gestos. É nesse momento que 
podemos sugerir uma resposta sobre a gênese das saudações militares. Na Idade 
Média, quando passava por membro de mesma condição, o cavaleiro costumava 
levantar o visor de seu elmo em sinal de respeito e amizade. Ao olhar diretamente 
para seu próximo, buscava reafirmar a partilha de habilidades e valores com o 
outro cavaleiro. Ao longo da formação das monarquias nacionais, entre os fins da 
Idade Média e o início da Idade Moderna, essas saudações foram mantidas como 
meio de indicar a subordinação à hierarquia militar organizada no interior dos 
exércitos. Nas fileiras do Exército Britânico, por voltas do século XIX, o soldado 
poderia executar a continência tocando seu chapéu com a ponta dos dedos ou 
retirando o mesmo da cabeça. Na década de 1890, em plenas minúcias da Era 
Vitoriana, o governo da Inglaterra decretou que a continência fosse realizada 
quando um subordinado estivesse portando algum tipo de boné ou chapéu. 
Com o tempo esse ato foi se tornando cada vez mais comum e não apenas 
utilizada diante dos reis, mas também entre os demais integrantes do exército: a 
mão levada à testa era o início de um aceno amigável; servia também como uma 
espécie de senha, pois tinha muitas variações para confundir os inimigos. 
Apesar dessa reverência ser comum entre as organizações militares de todo o 
mundo, algumas forças tem ou tiveram maneiras particulares de realizar a 
continência. A Alemanha nazista, por exemplo, era famosa pelo vibrante “Heil, 
Hitler”, proferido enquanto o braço direito era estendido para o alto. Na Polícia 
Militar – ao contrário do que muita gente imagina – prestamos (nunca “batemos”) 
continência erguendo a mão direita até a altura da têmpora e não à frente da testa. 
Aficionado pelo esplendor militar do antigo Império Romano, Adolf Hitler 
resolveu trocar a continência clássica pelo “Ave, César” dirigido ao imperador 
Júlio César. Nessa continência, o subordinado deveria erguer o braço direito em 
uma inclinação de quarenta e cinco graus. No caso, a saudação sonora foi 
devidamente substituída pelo “Heil, Hitler”, que também era ruidosamente 
reproduzida por vários cidadãos alemães durante os comícios do Fuhrer. 
 
 
 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
34 | P á g i n a 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS... 
 
Os militares franceses, por exemplo, até hoje se cumprimentam com a palma 
da mão voltada para frente; já os brasileiros batem continência à prussiana, com a 
palma da mão para baixo. Atualmente, a reverência militar deve ser feita em pé com 
a movimentação da mão direita até a cabeça. Rompendo as fronteiras da esfera 
militar, a continência hoje é também utilizada por facções terroristas e grupos 
paramilitares, como as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). 
Contudo, podemos ainda falar sobre alguns casos em que se tentou desviar dessa 
célebre tradição. 
Após conhecermos a história da continência, com facilidade, chegamos à 
ilação de que, a continência, representa, mais do que um mero gesto de 
cumprimento, uma obrigatoriedade; mas sim, efetivamente, traduz-se em um 
compromisso, uma demonstração de fidelidade e respeito, a exemplo do gesto que 
os cavaleiros medievais, adotavam perante seus soberanos. 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
35 | P á g i n a 
 
Aula 5 – RCONT: da Continência da Tropa e das Honras Militares. 
 
 
Na aula anterior, nos reportamos à 
continência do militar isolado, isto é: quando 
ele, individualmente, adota os procedimentos 
que discorremos nessa unidade; e agora, quando 
você, na mesma condição de militar, encontra-
se, sob comando, integrando o efetivo de uma 
tropa. 
Na previsão do Regulamento de 
Continências, a Tropa deve adotar as mesmas 
rotinas, perante a Bandeira Nacional, o Hino 
Nacional, Bandeiras e Hinos de Nações 
Estrangeiras, às autoridades civis e militares, 
conforme o Art. 15 do RCONT, como também, 
à outra tropa. 
Nesse contexto, passamos a comentar os 
artigos mais relevantes sobre o assunto: 
1. Da Continência da Tropa: 
 
Art. 44- Para efeito de 
continência, considera-se 
tropa a reunião de dois ou 
mais militares 
devidamente comandados. 
Art. 51- No período compreendido entre o arriar da Bandeira e o 
toque de alvorada no dia seguinte, a tropa presta continência à 
Da Continência da Tropa 
 
A Tropa, de acordo com o 
RCONT, adota procedimentospeculiares em relação ao seu 
deslocamento, apresentação, 
continência e quando atua como 
Guarda de Honra. 
O militar integrante do efetivo 
de uma tropa, age sempre, 
mediante comando do 
comandante desta, diferentemente 
do militar isolado, que por sua 
iniciativa, adota o movimento 
militar, correspondente à situação 
em que se depara, sendo que em 
ambos os casos a persistência nos 
exercícios e o constante 
treinamento, propicia 
conhecimento e agilidade na ação 
a ser adotada. 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
36 | P á g i n a 
 
Bandeira Nacional, ao Hino Nacional, ao Presidente da República, às 
bandeiras e hinos de outras nações e a outra tropa. 
Art. 52- A tropa em forma e parada, à passagem de outra tropa, 
volta-se para ela e toma a posição de sentido. 
Parágrafo único. Se a tropa que passa conduz Bandeira, ou se seu 
Comandante for de posto superior ao do Comandante da tropa em 
forma e parada, esta lhe presta a continência indicada no Art. 53; 
quando, do mesmo posto e a tropa que passa não conduz Bandeira, 
apenas os Comandantes fazem a continência. 
Art. 53- Uma tropa a pé firme presta continência aos símbolos, às 
autoridades e a outra tropa formada, nas condições mencionadas no 
Art. 15, executando os seguintes comandos: 
I - na continência a oficial subalterno e Intermediário: 
- “Sentido!” 
II - na continência a oficial-superior: 
- "Sentido! Ombro Arma!”. 
III - na continência aos símbolos e autoridades mencionadas nos 
incisos I a VIII do Art. 15, a Oficiais-Generais ou autoridades 
equivalentes: "Sentido! Ombro Arma! Apresentar Arma! Olhar a 
Direita (Esquerda)!". 
§ 2º No caso de tropa desarmada, ao comando de "Apresentar Arma!" 
todos os seus integrantes fazem continência individual e a desfazem 
ao Comando de "Descansar Arma!". 
 
1.1 Da Continência da Tropa em Deslocamento 
 
Art. 56- A tropa em deslocamento faz continência aos símbolos, às 
autoridades e a outra tropa formada, relacionados nos incisos I, III a 
IX e XI a XV do Art. 15; 
Art. 57- Na continência a outra tropa, procede-se da seguinte forma: 
I - se as duas tropas não conduzem a Bandeira Nacional, a 
continência é iniciada pela tropa cujo Comandante for de menor 
hierarquia; caso sejam de igual hierarquia, a continência deverá ser 
feita por ambas as tropas; 
II - se apenas uma tropa conduz a Bandeira Nacional, a continência é 
prestada à Bandeira, independente da hierarquia dos Comandantes 
das tropas; 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
37 | P á g i n a 
 
III - se as duas tropas conduzem a Bandeira Nacional, a continência é 
prestada por ambas, independente da hierarquia de seus 
comandantes. 
Art. 58- A tropa em deslocamento faz alto para a continência ao Hino 
Nacional e aos Hinos das Nações Estrangeiras, quando executados 
em solenidade militar ou cívica. 
Art. 59- A tropa em deslocamento no passo acelerado ou sem 
cadência faz continência às autoridades e a outra tropa formada, 
relacionadas nos incisos III a IX, XI e XIII a XV do Art. 15, ao 
comando de "Batalhão (Companhia, Pelotão, Seção) Atenção!", dado 
pelos respectivos comandantes. 
Parágrafo único. Para a continência à Bandeira Nacional e às 
Bandeiras das Nações Estrangeiras, a tropa em deslocamento no 
passo acelerado ou sem cadência retoma o passo ordinário e procede 
como descrito no Art. 56 Parágrafo único. Para a continência à 
Bandeira Nacional e às Bandeiras das Nações Estrangeiras, a tropa 
em deslocamento no passo acelerado ou sem cadência retoma o passo 
ordinário e procede como descrito no Art. 56. 
 
1.2 Da Continência da Guarda 
 
Art. 70 - A guarda formada presta continência: 
I - Aos símbolos, às autoridades e à outra tropa formada, referidos 
nos incisos I à X, XII e XIII do art. 15 deste regulamento; 
IV - Aos Oficiais Generais, /Oficiais Superiores e ao Comandante, 
Chefe ou Diretor, qualquer que seja o seu posto, nas Organizações 
Militares; 
VI - À guarda que venha rendê-la. 
§ 1º- As normas para prestar continência, pela guarda formada, a 
oficiais de qualquer posto serão reguladas pelo cerimonial de cada 
força. 
§ 2º- A continência é prestada por ocasião da entrada e saída da 
Autoridade. 
Em relação ao parágrafo 2º, é necessário um breve comentário. O costume na 
Corporação, em virtude da previsão do RCONT anterior é o seguinte: estando presente 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
38 | P á g i n a 
 
ao quartel ou estabelecimento militar, seu Comandante, Chefe ou Diretor, a guarda não 
forma para continências a Oficiais de posto igual ou inferior ao mesmo. 
 
Art. 72 - A guarda forma para prestar continência à tropa de efetivo 
igual ou superior à subunidade, sem bandeira que saia ou regresse ao 
quartel. 
Art. 75 - Uma vez presente em uma organização militar, autoridade 
cuja insígnia esteja hasteada no mastro principal, apenas o 
Comandante, Diretor ou Chefe da organização e os que forem 
hierarquicamente superiores à referida autoridade, tem direito à 
continência da guarda formada. 
Art. 76 - A sentinela de posto fixo, armada, presta continência: 
I - Apresentando arma, aos símbolos e autoridades referidos no Art. 
15 deste Regulamento; 
§ 1º- O militar que recebe uma continência de uma sentinela faz a 
continência individual para respondê-la. 
Art. 77- Os marinheiros e soldados, quando passarem por uma 
sentinela, fazem a continência individual, à qual a sentinela responde, 
tomando a posição de ”sentido”. 
Art. 78- No período compreendido entre o arriar da Bandeira 
Nacional e o toque de alvorada, do dia seguinte, a sentinela só 
apresenta armas à bandeira nacional, ao Hino Nacional, ao 
Presidente da República, às bandeiras e hinos de outras nações e à 
tropa formada, quando comandada por Oficial. 
Parágrafo único. No mesmo período, a sentinela toma a posição de 
“sentido”, à passagem de um superior pelo seu posto ou para 
corresponder à saudação militar de marinheiros e soldados. 
2. Das Honras Militares 
 
Finalizando esta unidade, trataremos agora sobre Honras militares, destacando os 
aspectos mais importantes: 
Art. 99 - Honras Militares são homenagens coletivas que se tributam 
aos militares das Forças Armadas, de acordo com sua hierarquia e às 
altas autoridades civis, segundo o estabelecido neste Regulamento e 
traduzido por meio de: 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
39 | P á g i n a 
 
I - Honras de Recepção e Despedida; 
II - Comissão de Cumprimentos e de Pêsames, e; 
III - Preito da Tropa. 
Art. 100- Tem direito a Honras Militares: 
I - O Presidente da República; 
II - O Vice Presidente da República; 
III - O Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal, quando 
incorporados; 
IV - Os Ministros de Estado e os Comandantes da marinha, do 
Exército e da Aeronáutica; 
V - O Superior Tribunal Militar, quando incorporado; 
VI - Os Militares das Forças Armadas; 
VII - Os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e; 
VIII - Os chefes de Missão Diplomática. 
Art. 112 Parágrafo único. A Guarda de Honra pode formar a 
qualquer hora do dia ou da noite. 
 
3. Da Bandeira Nacional 
 
Abaixo, apresentamos alguns artigos que dizem respeito a procedimentos afetos à 
Bandeira Nacional: 
Art. 150- A Bandeira Nacional pode ser hasteada e arriada a 
qualquer hora do dia ou da noite. 
§ 1º Normalmente, em Organização Militar, faz-se o hasteamento no 
mastro principal às 08:00 e a arriação às 18:00 ou ao pôr-do-sol. 
§ 2º No dia 19 de novembro, como parte dos eventos comemorativos 
do Dia da Bandeira, a Bandeira Nacional será hasteada em ato 
solene às 12:00, de acordo com os cerimoniais específicos de cada 
Força Armada. 
§ 3º Nas Organizações Militares que não mantenham serviço 
ininterrupto, a Bandeira Nacional será arriada conforme o 
estabelecido no parágrafo 1º ou ao se encerrar o expediente, o que 
primeiro ocorrer. 
§ 4º Quando permanecer hasteada durante a noite, a Bandeira 
Nacional deveser iluminada. 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
40 | P á g i n a 
 
Art . 151- Nos dias de Luto Nacional e no dia de Finados, a Bandeira 
é mantida a meio mastro. 
§ 1º Por ocasião do hasteamento, a Bandeira vai até o topo do 
mastro, descendo em seguida até a posição a meio mastro; por 
ocasião da arriação, a Bandeira sobe ao topo do mastro, sendo em 
seguida arriada. 
§ 2º Nesses dias, os símbolos e insígnias de Comando permanecem 
também a meio mastro, de acordo com o cerimonial específico de 
cada Força Armada. 
 Art. 152- Nos dias citados no Art. 151, as Bandas de Música 
permanecem em silêncio. 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
41 | P á g i n a 
 
Aula 6 – Regulamento Disciplinar da Policia Militar (RDPM) - 
Introdução e Bases Legais Para Seu Emprego. 
 
 
O Regulamento Disciplinar da Polícia 
Militar do Estado do Rio de Janeiro - RDPM é 
Norma fundamentada em nosso Estatuto, como 
também, em dispositivos da Constituição 
Federal e Estadual, em vigor. 
Embora, seja um Decreto Estadual, datado 
do ano de 1983, ao longo dos anos, sofreu 
imperiosas mudanças, com o fim de ser 
enquadrado ao atual Ordenamento 
Constitucional, notadamente, aquelas previstas 
no Título “II” da CFRFB/88, que falam “Dos 
Direitos e Garantias Fundamentais”, em 
especial os constantes do Art. 5°, LIV e LV que 
preconizam o necessário respeito aos Princípios 
do Devido Processo Legal, Ampla Defesa e do 
Contraditório, indispensáveis em todo Processo 
Administrativo Disciplinar. 
Dessa forma, as Normas Disciplinares, 
enumerados no RDPM, além de cumprirem seu 
papel de preservação da Hierarquia e da 
Disciplina na PMERJ, atuam como um 
moderador de condutas dos Policiais Militares, 
O RDPM 
O Regulamento Disciplinar da 
PM constitui-se em uma 
importante ferramenta para a 
preservação da Hierarquia e da 
Disciplina. 
Sua utilização na Corporação 
tem amparo em preceitos 
Constitucionais e trazem em seu 
conteúdo, dispositivos que 
preveem sanções disciplinares 
àqueles servidores militares que 
adotarem comportamento 
contrário às citadas bases 
Institucionais, como também, aos 
demais dispositivos que buscam 
preservar direitos e valorizar tais 
servidores, sendo imprescindível 
que estes entendam da 
necessidade de terem uma conduta 
ilibada e enquadrada nos rígidos 
padrões exigidos pela PMERJ. 
 
 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
42 | P á g i n a 
 
sendo que, tanto essas Normas quanto as presentes nos Procedimentos Administrativos 
Disciplinares existentes no âmbito da Corporação, devem ser aplicados, respeitando-se 
os aludidos Princípios Constitucionais, enfatizando assim as necessárias garantias ao 
cidadão Policial Militar. 
Preliminarmente, para o estudo do Regulamento Disciplinar, vejamos os 
fundamentos sobre o tema. 
 
1. Constituição Federal 
 
Art. 5º 
LIV- Ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal; 
LV- Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos 
acusados em geral são assegurados o contraditório e a ampla defesa, 
com os meios e recursos a ela inerentes; 
LXI - Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, salvo 
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei. 
Art. 42 – Os membros das polícias militares e corpos de bombeiros 
militares, instituições organizadas com bases na hierarquia e 
disciplina, são militares dos estados, do Distrito Federal e dos 
territórios. 
§ 1º- Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do 
art. 14, § 8º, do art. 40, §9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo à lei 
estadual específica dispor sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso 
x, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos respectivos 
governadores. 
Art. 142, parágrafo 2º- “não caberá habeas corpus em relação a 
punições disciplinares”. 
Art. 144, § 6º- as polícias militares e corpos de bombeiros militares, 
forças auxiliares e reserva do exército, subordinam-se, juntamente 
com as polícias civis, aos governadores dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios. 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
43 | P á g i n a 
 
2. Constituição do Estado do Rio De Janeiro 
 
Art. 25- aos litigantes e aos acusados em processo administrativo ou 
judicial, o poder público garantirá o contraditório e a ampla defesa, 
com os meios e recursos inerentes. 
Art. 29- ninguém será preso, senão em flagrante delito ou por ordem 
escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, salvo 
nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, 
definidos em lei. 
Art. 90 - O Estado do Rio de Janeiro garantirá, através de lei e dos 
demais atos de seus órgãos e agentes a imediata e plena efetividade 
dos direitos e garantias individuais, mencionados na Constituição da 
República. 
 
3. Estatuto da PMERJ 
 
Art. 45- O regulamento disciplinar da polícia militar especificará e 
classificará as transgressões disciplinares e estabelecerá as normas 
relativas à amplitude e aplicação das penas disciplinares, à 
classificação do comportamento policial militar e a interposição de 
recursos contra as penas disciplinares. 
§ 2º- As penas disciplinares de detenção ou prisão não podem 
ultrapassar a trinta dias. 
 
Após elencarmos as bases de sustentação para o emprego do Regulamento 
Disciplinar, iniciaremos o seu estudo. Conforme relatamos acima, o Regulamento 
Disciplinar da PMERJ tem origem no Decreto nº 6.579, datado de 05 de março de 
1983. 
4. Generalidades 
 
Na linha de seu Art. 1º, o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado 
do Rio de Janeiro - RDPM traz em seu bojo as seguintes finalidades: 
 Especificar e classificar as transgressões disciplinares; 
 Estabelecer normas relativas à amplitude e à aplicação das punições disciplinares; 
 A classificação do Comportamento Policial Militar das Praças; 
LEGISLAÇÃO APLICADA À PMERJ I 
 
 
44 | P á g i n a 
 
 Interposição de recursos contra a aplicação das punições. 
O parágrafo único do aludido artigo diz que este regulamento trata, em parte, das 
recompensas especificadas no Estatuto da PMERJ. 
E assim, enfatizamos que os dispositivos do Regulamento citado, não se limitam 
apenas àqueles que tratam das sanções disciplinares, mas também, outros que buscam 
garantir a plena defesa do Policial Militar, alterar o seu comportamento militar, além 
das recompensas que o servidor pode fazer jus, por bons serviços prestados. 
Seguimos apresentando os demais artigos, com alguns comentários: 
Art. 2º - A camaradagem torna-se indispensável à formação e ao 
convívio da Família Policial Militar, cumprindo existir as melhores 
relações sociais entre os Policiais Militares. 
Parágrafo Único - Incumbe aos superiores incentivar e manter a 
harmonia e a amizade entre seus subordinados. 
Art. 3º - A civilidade é parte da Educação Policial Militar e, como tal, 
de interesse vital para a disciplina consciente. Importa ao superior 
tratar os subordinados, em geral, os recrutas, em particular, com 
urbanidade e justiça, interessando-se pelos respectivos problemas. 
Em contrapartida, o subordinado é obrigado a todas as provas de 
respeito e deferência para com seus superiores, em conformidade com 
os Regulamentos Policiais Militares. 
Parágrafo Único - As demonstrações de camaradagem, cortesia e 
consideração, obrigatórias entre os Policiais Militares, devem ser 
dispensadas reciprocamente aos militares de outras corporações. 
Art. 4º - Para efeito deste regulamento, todas as atuais Organizações 
Policiais Militares, previstas na Lei de Organização da Polícia 
Militar, bem como as que foram criadas posteriormente, serão 
denominadas OPM. 
Parágrafo Único - Para efeito deste regulamento, os Comandantes, 
Diretores e Chefes de OPM

Continue navegando