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Inicial - Pensão por morte rural - segurado especial - companheira - comprovação da união estável

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) FEDERAL DA VARA FEDERAL DA SUBSEÇÃO JUDICIÁRIA DE ${processo_cidade}  
${cliente_nomecompleto}, já cadastrada eletronicamente, vem, com o devido respeito, perante Vossa Excelência, por meio de seu procurador, propor
AÇÃO PREVIDENCIÁRIA DE CONCESSÃO DE PENSÃO POR MORTE
em face do INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), pelos seguintes fundamentos fáticos e jurídicos que passa a expor:
DOS FATOS E FUNDAMENTOS JURÍDICOS
A Autora requereu, junto à Autarquia Previdenciária, a concessão do benefício de pensão por morte, em razão do falecimento do seu cônjuge, Sr. ${cliente_nome}, conforme certidão de óbito anexa.
O pedido administrativo foi indeferido por alegada não comprovação de dependência e não ausência de qualidade de segurado do instituidor. Tal decisão indevida motiva a presente demanda.
Dados do processo administrativo:
	1. Número do benefício (NB):
	${informacao_generica}  
	2. Data do óbito:
	${data_generica}  
	3. Data do requerimento (DER):
	${data_generica}  
	4. Razão do indeferimento:
	 Suposta falta da qualidade de dependente da Autora e ausência de qualidade de segurado do instituidor.
PENSÃO POR MORTE E REQUISITOS LEGAIS:
Da qualidade de dependente
A pensão por morte tem previsão no art. 74 da Lei 8.213/91, a qual regula que será devido o benefício ao conjunto de dependentes do segurado falecido, aposentado ou não.
De mesma banda, o artigo 16 da mesma lei define aqueles que são dependentes do segurado. Veja-se (grifado):
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado:
 I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental que o torne absoluta ou relativamente incapaz, assim declarado judicialmente;
(...)
4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
Com efeito, a Autora e o de cujus iniciaram relacionamento contínuo, duradouro e dotado de caráter conjugal, tendo permanecido por mais de vinte anos juntos. Prova disto é os dois filhos havidos em comum, ${informacao_generica}, ambos maiores de idade.
Além do mais, cumpre salientar que não apenas a Demandante e o de cujus uniram-se, bem como a relação conjugal perdurou até o óbito do Sr. ${cliente_nome}.
Aliás, insta salientar que tanto a autora quanto o falecido, eram desimpedidos de contrair união estável, uma vez que ela é divorciada (vide certidão de casamento em anexo) e ele era solteiro.
Portanto, diante do exposto e dos documentos anexos, resta comprovada a união estável da Autora e do falecido.
De toda forma, REQUER a realização de audiência de instrução e julgamento, a fim de comprovar que a Autora mantinha união estável com o de cujus da data do óbito há mais de vinte anos, sendo – portanto – dependente do mesmo.
Da carência e qualidade de segurado do Segurado Instituidor
Segundo a Lei de Benefícios da Previdência Social, a concessão do benefício de pensão por morte depende da ocorrência do evento morte e, além da dependência de quem objetiva a pensão, a demonstração da qualidade de segurado do de cujus.
O Sr. ${cliente_nome} era segurado especial na condição de agricultor em regime de economia familiar.
Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça (Tema 297) a prova exclusivamente testemunhal não basta para comprovação da qualidade de segurado especial, motivo pela qual a Parte Autora junta a esta exordial as notas fiscais de produtor rural referentes aos períodos de ${data_generica} a ${data_generica}, bem como o contrato de arrendamento rural em nome do de cujus.
Salienta-se que consoante a Súmula n° 577 do Superior Tribunal de Justiça, "É possível reconhecer o tempo de serviço rural anterior ao documento mais antigo apresentado, desde que amparado em convincente prova testemunhal colhida sob o contraditório". Assim, não há necessidade de que o início da prova material abranja integralmente o período postulado, sendo suficiente que seja contemporâneo ao reconhecimento que se pretende, desde que ampliada por prova testemunhal convincente.
A fim de corroborar a prova documental ora anexada, REQUER a realização de audiência de instrução e julgamento, a fim de que seja colhida prova testemunhal.
Nessa senda, após a colheita da prova oral, não restará dúvidas com relação a sua condição de segurado.
No que se refere à carência, insta salientar que está é dispensada para o benefício de pensão por morte, uma vez que não é necessária a comprovação de um período mínimo de contribuições, conforme o que estabelece o art. 26, I, da Lei 8.213/91:
Art. 26.  Independe de carência a concessão das seguintes prestações:
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente;  (grifo nosso)
Contudo, faz-se mister reparar para o que estabelece o art. 77, V, c, item 6, da Lei 8.213/91, vejamos:
Art. 77. A pensão por morte, havendo mais de um pensionista, será rateada entre todos em parte iguais
[...]
V - para cônjuge ou companheiro:
[...]
c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas 18 (dezoito) contribuições mensais e pelo menos 2 (dois) anos após o início do casamento ou da união estável:
[...]
6) vitalícia, com 44 (quarenta e quatro) ou mais anos de idade.  (grifo nosso)
Sendo assim, considerando que o de cujus laborou na condição de segurado especial desde ${data_generica} e a Demandante possui ${cliente_idade} anos, deve ser concedido de forma vitalícia o benefício.
DA AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO OU DE CONCILIAÇÃO
Considerando a necessidade de produção de provas no presente feito, a Parte Autora vem manifestar, em cumprimento ao art. 319, inciso VII do CPC/2015, que não há interesse na realização de audiência de conciliação ou de mediação, haja vista a iminente ineficácia do procedimento e a necessidade de que ambas as partes dispensem a sua realização, conforme previsto no art. 334, §4º, inciso I, do CPC/2015.
DA TUTELA DE URGÊNCIA
A Autora necessita da concessão do benefício em tela para custear a sua vida, tendo em vista que a renda advinda do de cujus integrava de forma insubstituível seu sustento.
Assim, após a instrução processual, ficará claro que a Autora preenche todos os requisitos necessários para o deferimento da Antecipação de Tutela, em sede de sentença, uma vez que se fará prova inequívoca quanto à verossimilhança das alegações vestibulares. O periculum in mora, de outra banda, se configura pelo fato de que se continuar privada do recebimento do benefício, a Autora terá seu sustento drasticamente prejudicado.
De qualquer modo, o caráter alimentar do benefício traduz um quadro de urgência que exige pronta resposta do Judiciário, tendo em vista que nos benefícios previdenciários resta intuitivo o risco de ineficácia do provimento jurisdicional final. Assim, imperioso o deferimento deste pedido antecipatório em sentença.
PEDIDOS
EM FACE DO EXPOSTO, REQUER a Vossa Excelência:
1. O recebimento e o deferimento da presente petição inicial, bem como a concessão de prioridade na tramitação, com fulcro no art. 71 da Lei 10.741/03 (Estatuto do Idoso), tendo em vista que a Autora conta com mais de 60 anos;
2. O deferimento do benefício da Gratuidade da Justiça, pois a Autora não tem condições de arcar com as custas processuais sem o prejuízo de seu sustento e de sua família;
3. A não realização de audiência de mediação ou de conciliação, pelas razões acima expostas;
4. A citação do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, para, querendo, apresentar defesa;
5. A produção de todos os meios de prova admitidos, principalmente documental e testemunhal, para comprovação da dependência da Autora em relação ao falecido e da qualidade de segurado especial do instituidor;
6. O julgamento da demanda com TOTAL PROCEDÊNCIA, condenando o INSS a:
1. Conceder o benefício de pensão por morte à parte Autora, desde o óbito do segurado instituidor,nos termos do art. 74, inciso I, da Lei 8.213/91;
2. Pagar as parcelas vencidas e vincendas, monetariamente corrigidas desde o respectivo vencimento e acrescidas de juros legais e moratórios, incidentes até a data do efetivo pagamento;
3. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios, nos parâmetros do art. 85, §3º, I, do Código de Processo Civil.
 
Nesses Termos;
Pede Deferimento.
  
Dá à causa o valor[1] de R$ ${processo_valordacausa}.
 
${processo_cidade}, ${processo_hoje}.
 
${advogado_assinatura}
[1] Valor da causa = 12 parcelas vincendas + parcelas vencidas

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