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ARQUITETURA AÇO& Residências Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 6 julho de 2006Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 6 julho de 2006 3ARQUITETURA AÇO&2 ARQUITETURA AÇO& 3ARQUITETURA AÇO& Flexibilidade O AÇO JÁ NÃO PODE SER VISTO como uma opção construtiva somente para indústrias, galpões e edifícios comerciais. A evolução tecnológica do material revelou sua versatilidade em atender também às mais diversas necessidades de projetos residenciais. Seja aparente, como personagem principal do projeto, ou de forma discreta, oculto pelos acabamentos, o aço é uma realidade para a casa brasileira. Nesta edição de Arquitetura & Aço, queremos mostrar essa diver- sidade. Aqui estão dez diferentes projetos, atendendo a variados pro- gramas, estilos e necessidades. A seleção reúne projetos despojados para casas de veraneio, urbanas ou cercadas de verde e soluções para o melhor aproveitamento de terrenos íngremes, além de residências esculturais, nas quais o aço se revela soberano. Seja qual for o estilo, todas têm em comum a construção rápida, limpa e racional. Algumas das obras, inclusive, são as próprias residências dos arquitetos entrevistados, como as casas de Consuelo Jorge e Jaques Suchodolski, ambas em São Paulo. O aço revelou-se como a melhor opção para esses profissionais, que souberam aproveitar o potencial técnico, plástico e criativo desse material. Conheça as obras e saiba por que o aço está ganhando espaço também em projetos residenciais. editorial para todo tipo de projeto 5ARQUITETURA AÇO&4 ARQUITETURA AÇO& Desenho industrial EM UM PROJETO RACIONAL E INTELIGENTE, O AÇO DÁ VIDA A UMA CASA COM ARES DE INDÚSTRIA > Projeto: Consuelo Jorge > Colaboradores: Elisio Filho e Euza Santos > Área construída: 452,13 m2 > Aço empregado: aço de maior resistência à corrosão > Cálculo estrutural: Systemac Sistemas Estruturais > Fornecedor da estrutura metálica: Systemac Sistemas Estruturais > Execução da obra: Consuelo Jorge Arquitetos Associados > Local: São Paulo, SP > Data do projeto: 2001 > Conclusão da obra: 2002 1. Panos de vidro conferem amplitude e ilumi- nação natural aos espaços 2. No projeto mini- malista, o aconchego é conferido pelas tex- turas e revestimentos 3. Passarela de vidro e metal faz a comunicação entre os blocos 4. A estrutura metálica cria amplos vãos livres e confere modernidade ao ambiente Lembrando um galpão industrial, a residência da arquiteta Consuelo Jorge abriga ambientes integrados, funcionais e bem iluminados QUANDO COMEÇOU a desenhar a própria residência, a arquiteta Con- suelo Jorge sabia que estava diante de um projeto especial. Em parceria com o marido, o engenheiro Sergio Cordeiro, ela tinha a missão de criar uma casa “com cara de fábrica”: há muito tempo, o sonho do casal era morar em um local amplo, funcional, com ambientes integrados e design sofisticado, que lembrasse um velho galpão industrial. Buscando facilidade de execução, já que o canteiro de obras era bastante pequeno, Consuelo optou pela estrutura metálica. Acabou ganhando também com a rapidez na execução (toda a obra foi realizada em apenas nove meses) e com o efeito estético que pode ser criado no interior da residência, onde perfis “I” de 300 mm e pilares de 150 x 150 mm permitem amplos vãos livres e conferem modernidade aos espaços. Para reforçar a idéia de amplitude, a casa possui uma quanti- dade mínima de paredes e explora grandes panos de vidro, que proporcionam a integração com o jardim e favorecem a entrada de luz natural. Elementos essenciais do projeto, como o forro da cobertura metálica curva e uma suntuosa passarela de vidro e metal, podem ser observados de todos os pavimentos. O foco na ecologia também norteou pontos importantes da obra. Com tecnologias simples, foram criados engenhosos sistemas de economia de água e energia elétrica. O “ar-condicionado ecológico”, por exemplo, desenvolvido pelo próprio Sergio, traz para o interior da residência o ar resfriado por duas cascatas que correm sobre chapas de aço. A ventilação acontece por meio de grelhas inseridas no piso e no teto, reduzindo a temperatura ambiente em até 5º C. (C.P.) M 1. 2. 3. 4. Fo to s Lu la 6 ARQUITETURA AÇO& 7ARQUITETURA AÇO& Pilares de aço aparente sustentam a residência, que tem um programa complexo, distribuído em três pavimentos. A sala em balanço e os pórticos delgados por baixo dos dormitórios evi- denciam a resistência do aço como elemento estrutural. “Com outros materiais seria bem mais difícil conseguir o resultado desejado. Toda a casa foi montada e parafusada rapidamente por um serralheiro e somente a fundação foi feita de concreto”, conta o arquiteto, lembrando que as peças tiveram de ser içadas por cordas presas a uma grua na parte mais alta do terreno, pela dificuldade de acesso. Telhas metálicas em curva formam a cobertura, que recebeu forro termoacústico. As lajes foram fundidas in loco e o fechamen- to das paredes foi feito de alvenaria de cerâmica convencional na parte externa e de bloco de concreto celular na interna. O resultado é uma casa totalmente integrada à paisagem. Além dos proprietários e do arquiteto, a própria natureza parece estar satisfeita, tanto que alguns macacos e muitos pássaros, vizinhos da família, visitam constantemente o terraço da residência. (V.S.) M 1. A forma geométrica triangular surge em vários traços do projeto, como nesta grande abertura junto à varanda 2. A vista lateral destaca a sala que se projeta em balanço, os pavimentos e a cobertura de aço sobre o amplo mirante 3. Sala com pé-direito duplo mostra a estrutura metálica, o fechamento de concreto e o piso de pedra natural 3. Os perfis de aço per- mitiram a construção rápida, precisa e de baixo impacto para o terreno Observatório da paisagem A CIDADE DE NOVA LIMA, próxima a Belo Horizonte, tem muitos acidentes geográficos. E a casa projetada pelo arquiteto João Diniz foi implantada em um terreno bastante íngreme, com inclinação acima de 45º, num condomínio fechado que tem legis- lação severa para o controle do meio ambiente. Diniz afirma que não have- ria outra opção senão o aço para garantir a integridade do terreno. Dessa forma, as árvores puderam ser preservadas, pois a casa foi ergui- da com mínima interferência no ter- reno. Em função da altitude, é deslum- brante a paisagem que se vê de todos os ângulos, pois a implantação voltou a casa para o vale verde. PARA AMENIZAR O IMPACTO E APROVEITAR MELHOR O TERRENO BASTANTE INCLINADO, A CASA FOI TOTALMENTE SUSPENSA ACIMA DA COPA DAS ÁRVORES 1. 2. 3. 4. > Projeto: João Diniz > Colaboradores: Adriana Aleixo, Clarissa Bastos, Cristiano Cezarino, Marcelo Maia > Área construída: 360,28 m2 > Aço empregado: ASTM A36 > Cálculo estrutural: Sebastião Mendes > Execução da obra: Eng. Gabriel Lustosa e Bi Lustosa > Local: Nova Lima, MG > Data do projeto: 2000 > Conclusão da obra: 2001 Fo to s M ar cí lio G az zi ne lli e J oã o Di ni z 8 ARQUITETURA AÇO& 9ARQUITETURA AÇO& Em frente ao cartão-postal PUREZA CONCEITUAL TRADUZIDA EM PRECISÃO GEOMÉTRICA E SENSIBILIDADE DETERMINAMPROJETO QUE PRIVILEGIA E PROCURA RESPEITAR A DESLUMBRANTE PAISAGEM DO RIO DE JANEIRO EM UM CENÁRIO QUE TEM como pano de fundo o Corcovado, a Lagoa Rodrigo de Freitas, o Morro Dois Irmãos e a Baía de Guanabara, a premiada residência do Jardim Botânico, projetada pelos arquitetos Luiz Eduardo Indio da Costa e Claudia Amorim, insere-se generosamente na paisagem, valorizando ainda mais a beleza do seu entorno. Concebido em dois volumes sobrepostos per- pendicularmente, o projeto tira partido de trans- parências, grandes vãos e amplos espaços fluidos para privilegiar a admirável vista panorâmica do terreno. O resultadoé um harmonioso diálogo com a natureza, que embaralha os limites entre o interior e o exterior da residência. Em contraste com essas características, que, segundo Claudia Amorim, induzem a um pre- meditado impacto emocional, o partido arqui- tetônico segue uma tendência racional. Definido a partir da opção pelo uso da estrutura metálica, seus traços são marcados por uma pureza conceitual que se expressa por meio de ordem, simetria e precisão geométrica. Modulado em perfis de aço, o sistema estru- tural está explícito em toda a edificação, sendo determinante para a plasticidade da casa. Além disso, como destaca a dupla de arquitetos, a opção pelo aço possibilita a leveza desta resi- dência de grandes proporções e fortalece o con- traste entre emoção e racionalidade. Com vista privilegiada, a varanda ganha ares de mirante nesta residência de projeto profundamente influenciado pelas belezas naturais do entorno Ti ag o M or ae s 11ARQUITETURA AÇO&10 ARQUITETURA AÇO& > Projeto: Luiz Eduardo Indio da Costa e Claudia Amorim > Colaboradores: Carlota Sampaio, Ligia Cury e Christian Smith > Área construída: 880 m2 > Aço empregado: aço de maior resistência à corrosão > Cálculo estrutural: Welt Engenharia > Fornecedor da estrutura metálica: Metalfenas > Execução da obra: Pedroza Joppert Engenharia > Local: Rio de Janeiro, RJ > Data do projeto: 2000 > Conclusão da obra: dezembro de 2001 SITUAÇÃO CORTE LONGITUDINAL Seguindo uma lógica funcional, as áreas sociais e de serviço foram dispostas no pavimento térreo, que se eleva aproximada- mente 1 metro acima do terreno natural, sobre um porão ventilado por onde correm as instalações elétricas e hidráulicas, facilitando a manutenção. No segundo nível encontram-se as áreas íntimas, totalmente preservadas. Na cobertura do volume inferior, um espelho d’água funciona como elemento de proteção das variações de temperatura, além de valorizar a estética do conjunto refletindo o morro do Corcovado. A engenhosa escolha do sistema estrutural, o equilíbrio da forma adotada e sua precisa inserção na paisagem garantiram ao projeto o título de melhor residência de 2003, concedido pelo júri da 41a premiação anual do IAB/RJ. (C.P.) M 0 1 5 10 1. Disposto em dois volumes que se sobrepõem perpendicularmente, o pro- grama arquitetônico criado a partir da estrutura metálica segue uma tendência racional e geométrica 2. Transparências, grandes vãos e amplos espaços fluidos favorecem o diálogo entre a residência e a paisagem do entorno 3. Da varanda principal é possível vislumbrar a cidade de um ângulo privilegiado. Na cobertura do primeiro pavimento, um espelho d'água funciona para equilibrar as tem- peraturas internas 1. 2. 3. Fo to s Ti ag o M or ae s > 13ARQUITETURA AÇO&12 ARQUITETURA AÇO& Estrutura viva CRIADA A PARTIR DE UM DESENHO SIMPLES E ORGANIZADO, MALHA ESTRUTURAL DEFINE O VOLUME DE UMA RESIDÊNCIA NADA CONVENCIONAL > Projeto: Jaques Suchodolski > Área construída: 461 m2 > Aço empregado: aço de maior resistência à corrosão > Cálculo estrutural: Eng. Paulo Roberto Gianesi > Montagem da estrutura metálica: Construtora Becker Ltda. > Execução da obra: Alexandre Buchman > Local: São Paulo, SP > Data do projeto: 2002 > Conclusão da obra: 2004 Fo to s Ar na ld o Pa pp al ar do Na pág. ao lado, para aproveitar ao máximo o potencial do terreno, o programa foi dividido em quatro pavimentos, adotando a verticalização típica de uma townhouse. Por todo o volume, a estrutura de aço pintado de vermelho também funciona como elemento plástico. Acima, desta- que para a carpintaria interna, que provém de eucalipto, madeira de reflorestamento: junta- mente com o aço, a opção reflete os conceitos de racionalização de materiais e sustentabili- dade ecológica QUEM OBSERVA A RESIDÊNCIA do arquiteto Jaques Suchodolski percebe, ao primeiro olhar, que ali o aço exibe sua marca. Pintada na cor vermelha, a estrutura metálica é exposta (ou melhor, “superexposta”, como define seu criador), para explorar ao máxi- mo as possibilidades plásticas que o material oferece. Por dentro ou por fora, a leitura do esqueleto estrutural está sempre presente na compreensão do volume, que se expressa em um arranjo simples, ortogonal nas três dimensões e de apenas 12 pilares. “Fundamentalmente, o aço é o elemento estrutural desta obra. Todo o partido arquitetônico advém de ele cumprir essa função”, afirma Suchodolski. Com a utilização de perfis metálicos eletrossoldados, a obra se tornou extremamente parametrizada e veloz, consumindo apenas 12 meses. Para a fundação, a escolha também recaiu sobre o aço. “Optamos pelas estacas metálicas para ter intervenções rápidas, que não envolvessem o risco de gerar trincas nas construções anti- gas do entorno”, explica o projetista. Desenvolvido sob medida para sua própria família, o programa de Suchodolski previa uma residência confortável, com piscina, amplos jardins e cinco suítes dispostas em ambientes fluidos e espaçosos. Para acomodar todos esses elementos em um lote retangular de 10 x 35 metros, o potencial construtivo do terreno foi aproveitado integralmente: adotando a verticalização típica de uma townhouse americana, a casa foi disposta em quatro 14 ARQUITETURA AÇO& CORTE AA ní ve l d a ca lç ad a >jardim jardim pavimentos, incluindo um semi-sub- solo para abrigar veículos. Imponente, a edificação se destaca das construções tradicionais do entor- no, chamando ainda mais atenção por não se esconder atrás de muros e grades. “Eu fujo da tendência da ar- quitetura de se fechar, de as pessoas precisarem ser convidadas para pode- rem usufruir os benefícios plásticos que ela pode proporcionar”, afirma o arquiteto, que explorou a semipermea- bilidade visual da casa fazendo o fechamento frontal do lote com gradis de madeira que deixam entre- ver luzes e movimentos internos. Dentro de um conceito de sus- tentabilidade e consciência ecológica, além da utilização do aço, toda a ma- deira utilizada é de reflorestamento, como o eucalipto, empregado no inte- rior da residência, e a teca brasileira, utilizada na área externa, incluindo fachadas, gradis e deques. (C.P.) M Fachada frontal: de todos os ângulo, a leitura do esqueleto estrutural está pre- sente na compreensão do volume da residência Fo to s Ar na ld o Pa pp al ar do 0 1 5 LIVING STEEL Living Steel é um programa internacional que tem o objetivo de desenvolver o uso do aço na construção habitacional de forma sustentável. São promotoras deste programa as seguintes siderúrgicas: Arcelor, Baosteel, Bluescope Steel, Grupo Celsa, Corus, Erdemir, Imidro, Mittal, Posco, Ruuki e Tata Steel. Além das siderúrgicas, o CBCA esta presente, juntamente com vários Institutos internacionais: Center of Steel Construction, European Convention for Constructional Steelwork, Fondazione Promozione Acciaio, Institute for Steel Development and Growth, International Zinc Association, Korea Iron & Steel Association e The Steel Construction Institute. Living Steel (www.livingsteel.org) é um programa administrado pelo IISI - International Iron and Steel Institute. OBJETIVOS DO CONCURSO Living Steel promove este concurso para arquitetos, e lança o desafio de desenvolverem soluções inovadoras para necessi- dades habitacionais locais. O objetivo do concurso Living Steel é de se construir um edifício demonstração em conjunto com a cadeia produtiva local. Já foi realizado o concurso para a India e Polônia e o resultado foi anunciado em 20 de junho de 2006 em Vancouver - Canadá, por ocasião do Fórum Mundial da ONU- Habitat sobre a sustentabili- dade das cidades. JURI INTERNACIONAL - UIA Os vencedoresforam selecionados por um juri independente da União Internacional dos Arquitetos (UIA) presidido pelo arquiteto australiano Glen Murcutt e com a participação de Charles Correa (Índia), James Berry (Reino-Unido), Andrew Ogorzalek (Polônia), Jaime Lerner (Brasil) e Nicholas de Monchaux (Estados-Unidos). PREMIOS Cada uma das vinte equipes selecionadas para o concurso rece- beu um prêmio de 10 000 euros. E cada um dos autores dos dois projetos vencedores recebeu um prêmio de 50 000 euros. Os dois projetos vencedores, um na Índia e o outro na Polônia serão realizados com a ajuda de Living Steel e dos parceiros locais. O Brasil faz parte dos países candidatos para o segundo concur- so que será lançado em 2007. Para maiores informações sobre o concurso internacional Living Steel, “press-book” e entrevista com os vencedores, acesse o site www.livingsteel.org PROJETO VENCEDOR Polônia: Cepezed b.v, Kick Start - Holanda Índia: Piercy Conner, Symhouse Mk1 – Reino Unido 18 ARQUITETURA AÇO& 19ARQUITETURA AÇO& Fachada posterior, onde fica evidente a geometria retilínea do projeto estruturado em aço e com vedação com tijolos aparentes Uma casa de família PROJETO COM ESTRUTURA METÁLICA BUSCA VALORIZAR CONVIVÊNCIA E INTERAÇÃO FAMILIAR > Projeto: Eduardo de Almeida > Colaborador: Leonardo Sette > Área construída: 250 m2 > Aço empregado: ASTM A36, com pintura epóxi > Cálculo estrutural: Éder Pascoal Besson > Fornecedor da estrutura metálica: Juresa > Montagem da estrutura metálica: Projecta > Execução da obra: EPS > Local: São Paulo, SP > Data do projeto: 2002 > Conclusão da obra: 2004 LOCALIZADO EM UM BAIRRO DA ZONA OESTE da capital paulista, o sobrado com formato de caixa retangular parece flutuar sobre um terreno de 432 metros quadrados (12 m x 36 m). A casa eleva- da, concebida pelo arquiteto Eduardo de Almeida para a família de seu filho, traduz em aço e alvenaria características dos próprios moradores, como leveza, simplicidade e informalidade. A obra foi dividida longitudinalmente, de forma que do lado direito concentraram-se as áreas de serviço e quartos e do lado esquerdo, os espaços comuns. O arquiteto explica que a estrutura de aço possibilitou a articulação desses espaços com mais liberdade. “A casa não deve ser um obstáculo, mas um meio através do qual sua vida passe”, comenta o arquiteto. Para solu- cionar a questão da privacidade e do controle luminoso, Almeida optou por chapas de aço perfuradas que fun- cionam como venezianas, filtrando a luz. A estrutura elevada e também estas venezianas possibilitam uma ventilação cruzada muito eficiente para o conforto térmico. Segundo o arquiteto, a casa é um convite à integração. Um elemento que ilustra bem esta idéia é a escada de aço posicionada junto à entrada social, que, além da utilidade prática de união entre os andares, funciona como uma escultura, de onde se pode vislumbrar toda a composição. E a co- zinha centralizada no piso térreo rei- tera a convivência dos moradores e mesmo o partido arquitetônico toma- do por Eduardo de Almeida – o de um espaço desfrutado por todos. (I.G.) M A partir da estrutura metálica aparente, muito precisa, optou-se por tijolos de barro artesanais para o fechamento. Outro aspecto fundamental da obra é a transparência. A casa não é encos- tada em nenhuma das divisas do ter- reno e se revela como um cristal, com seus caixilhos brancos e esquadrias com vidros temperados, pelos quais se pode ver a paisagem do entorno. 1. Escada metálica ganha destaque, centralizando as atenções e o programa da casa 2. Vista do segundo andar, de onde se pode observar a valorização dos espaços livres e da divisão funcional da casa 1. 2. Fo to s N el so n Ko n 21ARQUITETURA AÇO&20 ARQUITETURA AÇO& e fácil manutenção. A casa em steel frame pode ter acabamento com materiais tradicionais, como a tinta acrílica ou com lâminas vinílicas que dispensam a pintura. Na cobertura, podem ser usadas tanto as telhas cerâmicas, como as metálicas ou em shingle A estrutura de steel frame é montada sobre um radier, laje que dispensa fundações. Os fechamentos em OSB e as paredes internas em gesso acartonado são de rápida instalação Fo to s Ro dr ig o Br itt es > Projeto: Arq. Luciano Setim Freitas > Área do terreno: 362,64 m2 > Área construída: 271,57 m2 > Aço empregado: ZAR 230 > Cálculo estrutural: Eng. Civil Adriano Etcheverry > Fornecedor da estrutura metálica: Ananda > Construção: J. A. Baggio > Local: Curitiba, PR > Data do projeto: setembro de 2005 > Conclusão da obra: junho de 2006 AINDA RECENTE, a construção de casas em steel frame está se difun- dindo no Brasil, e uma evidência disso é a adoção da técnica por em- presas que trabalhavam até então só com o sistema construtivo tradicio- nal. A construtora Seqüência, de São Paulo, foi uma das primeiras a adotar o sistema e virou referência no mer- cado. Outras empresas seguem cami- nho semelhante, passando a oferecer o steel frame como opção para seus clientes. É o caso da construtora curitibana J. A. Baggio, com 25 anos de atuação na região Sul, que entre- gou recentemente sua primeira residência com estrutura do tipo light steel frame. A aposta no seg- mento pretende atender à demanda cada vez maior por esse tipo de cons- trução, que utiliza elementos pré- fabricados, como o perfil de aço gal- vanizado, as chapas de madeira tipo OSB e o painel de gesso acartonado. O arquiteto Luciano Setim Freitas, responsável pelo projeto, afirma que, ao contrário do que alguns profissionais possam pen- sar, “o sistema steel frame dá total liberdade para a escolha dos materiais de acabamento, garantindo um projeto personalizado”. A casa, situada num condomínio de Curitiba, está distribuída em dois pavimentos, que somam 272 metros quadrados. O sis- tema permitiu a construção da casa em apenas 120 dias, signifi- cando economia de tempo e de mão-de-obra. A construtora criou, especialmente para atender ao público interessado nesta tec- nologia, a divisão Steel House Baggio. Segundo o arquiteto, por se tratar de um projeto industrializa- do, “todas as soluções precisam ser bem planejadas durante o projeto, sem deixar nada para resolver durante a obra. Desse modo, quando chegar a etapa do canteiro de obras, será realizada apenas a montagem da casa, de forma rápida e precisa”. Outra vantagem da utilização do sistema é a facilidade de realizar manutenção ou reformas, pois os materiais são de fácil manipu- lação e substituição, de forma limpa e seca. O engenheiro José Luiz Campanholo, diretor técnico e de obras da construtora, afirma que a mão-de-obra foi escolhida entre os funcionários que já trabalhavam com a aplicação do gesso acar- tonado na construção tradicional, os quais puderam ser treinados para atender ao sistema steel frame. Agora, a construtora pode oferecer um sistema seguro e inovador para seus clientes. (V.S.) Steel frame conquista clientes no Sul do país CONSTRUTORA TRADICIONAL APOSTA EM SISTEMA STEEL FRAME PARA PROJETOS RESIDENCIAIS 23ARQUITETURA AÇO&22 ARQUITETURA AÇO& Para as horas de folga DOIS PAVIMENTOS SOB UMA COBERTURA curva formam o Pavilhão Freiberg, área de lazer anexa a uma residência paulis- tana. O local abriga espaço de convivência no térreo, integrado à área da piscina, além de mezanino com sala de jogos e de música, que tiveram acústica favorecida pelo formato em concha da cober- tura. E ainda, para melhor aproveitamento da área, no subsolo foram instalados a sauna e o vestiário. A rapidez na montagem – cerca de 20 dias – e as possibilidades estéticas do aço foram dife- renciais na escolha do material pelo arquiteto Roberto Loeb, que já o utilizou em obras como o Espaço Natura, em São Paulo. O aço permitiu uma construção leve, com pé-direitode 6 metros de altura e beirais de 1,3 metro. A leveza do projeto se completa com o fechamento com portas de vidro, que permitem a inte- gração visual com a casa, a piscina e a quadra de esportes. O espaço livre de pilares, substituídos por tirantes de aço tracionados e ligados à viga superior, ajuda a enfatizar o aspecto de liber- dade, que, afinal, é tudo o que se busca nos momentos de lazer. As peças metálicas já chegaram ao terreno prontas para montagem, assim como a escada em caracol que liga o mezanino ao térreo. O fecha- mento é feito de alvenaria, desta- cando-se o forro da cobertura abau- lada, todo de ripas de madeiras diversas. Além do efeito visual inte- ressante junto à mesa de bilhar, a madeira permite melhor absorção do som no recinto. (V.S.) M 1. PAVILHÃO ESTRUTURADO EM AÇO COMBINA ESTÉTICA E FUNCIONALIDADE VALORIZANDO ÁREA DE LAZER > Projeto: Roberto Loeb > Colaboradores: Luis Capote, Francisco Cassimiro, Nicola Pugliese, Damiano Leite, Fernanda Pinha, Maria Fernanda Nogueira > Área construída: 192 m2 > Execução da obra: Cempla Construções e Engenharia > Cálculo estrutural: Osmar Souza e Silva e Eduardo Kouznetz Souza e Silva > Estrutura Metálica: Contrato Engenharia > Aço empregado: aço de maior resistência à corrosão > Local: São Paulo, SP > Data do projeto: 2002 > Conclusão da obra: 2003 1. A área de convivência no piso térreo está totalmente integrada ao bar e à piscina, com a marquise sustentada por tirantes tracionados 2. Todos os elementos de aço chegaram ao terreno com pintura eletrostática e prontos para montagem, inclusive a escada em caracol. A obra ficou pronta em 20 dias 2. Fo to s Lú ci a Lo eb CORTE TRANSVERSAL 0 1 5 25ARQUITETURA AÇO&24 ARQUITETURA AÇO& Pode-se dizer que a construção pré-fabricada de residências chegou ao Brasil em 1895, ano em que se iniciaram as obras da casa-grande do Engenho São João, propriedade da família Brennand nos arredores de Recife, Pernambuco. A casa demorou alguns anos para ser montada, pela falta de mão-de-obra qualificada, mas até hoje resiste às investidas dos ventos que sopram do rio Capibaribe. Tudo começou quando Francisco Lacerda, proprietário da Usina Central São João da Várzea, encontrou em Nova York uma empresa que representava fundições belgas fabricantes de estruturas de ferro fun- dido para casas. As casas eram vendidas a toda a zona algodoeira ame- ricana, com grandes varandas, pórticos e dois pavimentos. Lacerda encomendou logo uma casa de grande porte à matriz, na Bélgica. A conclusão da parte térrea demo- rou cerca de três anos, em razão de dificuldades financeiras e de traba- lho. “Poucas reformas foram feitas e a estrutura de ferro fundido se mantém intacta”, garante o artista plástico Francisco Brennand sobre o patrimô- nio da família. Ainda hoje, a residên- cia e seus jardins, planejados por Burle Marx em 1938, são perfeita- mente conservados por seu irmão Cornélio, atual proprietário. PRIMEIRA CASA COM ESTRUTURA PRÉ-FABRICADA DE FERRO FUNDIDO FOI MONTADA EM PERNAMBUCO, NO FINAL DO SÉCULO 19 O PALACETE DO ENGENHO CASA-GRANDE DO ENGENHO SÃO JOÃO (VÁRZEA, PE) CASA-REFERÊNCIA OBRA PROJETADA EM 1981 É DIVISOR DE ÁGUAS NA TRAJETÓRIA PROFISSIONAL DO ARQUITETO MARCOS ACAYABA memória RESIDÊNCIA JANDER KÖU (BARUERI, SP) Estrutura de pilares e vigas de aço rompem a regularidade volumétrica, com melhor aproveitamento do terreno Fo to s M ar co s Ac ay ab a Or la nd o Az ev ed o/ re pr od uç ão d o liv ro B re nn an d Em 1981, quando o arquiteto Marcos Acayaba foi procurado para proje- tar uma residência em Alphaville (Barueri, SP), os clientes queriam que a inspiração fosse uma obra de Marcel Breuer, a Koefer House, em Ascona, Suíça. Aceita a sugestão, esta casa, segundo Acayaba, ao contrário de todos os seus projetos anteriores, rompeu a regularidade volumétrica e utilizou diversas técnicas e materiais até então inéditos em sua arquitetura, como pilares e vigas de aço. Para solucionar a junta articulada entre a alvenaria e a estrutura de aço, Acayaba baseou-se na residência Berlink, em São Paulo, dos arquitetos Arnaldo Martino e Eduardo de Almeida, que estava em andamento na época. (I.G.) A casa do engenho segue o estilo art nouveau das residências que eram vendidas para a zona algo- doeira dos Estados Unidos, com grandes varandas. Algumas delas ainda existem no Quarteirão Francês de Nova Orleans 27ARQUITETURA AÇO&26 ARQUITETURA AÇO& aço mostrou-se a melhor opção construtiva. A agilidade permitida pelo material também foi decisiva na escolha: a montagem da estru- tura foi realizada em apenas 30 dias. A estrutura de aço é formada por pórticos paralelos que definem a cobertura em uma água. O formato privilegia a abertu- ra da varanda no térreo e do mezanino para a área externa. O con- traste acontece com o fechamento das paredes, feito com pedras do próprio terreno. “A estrutura principal de aço favorece a inte- gração visual, com muita leveza, formando um grande abrigo que caracteriza o volume principal da casa. E a alvenaria e a pedra, mais pesadas, concentram os espaços privados, que demandam maior compartimentação”, explica Maciel. Com as áreas de serviço e dormitório fechadas em um único bloco, definiu-se o mezanino sobre os quartos, que é um mirante para as montanhas mineiras, com saída para um deque sobre a varanda do piso inferior. “A conformação do mezanino permite a visualização de toda a estrutura de aço e a cobertura, aparentes internamente”, explica o arquiteto. M 1. A residência foi implantada na cota mais alta do terreno de 5 mil m2. O volume sólido remete à idéia de projetar um abrigo com vista para o verde do con- domínio 2. Os pórticos metálicos paralelos estão aparentes no interior da casa, formando a cobertura em uma água. O mezanino é formado em cima do bloco dos dormitórios 3. A disposição da cobertura e dos perfis de aço favoreceram a formação da varanda no térreo Combinando contrastes A IDÉIA INICIAL era bem simples: uma casa para as férias, uma espécie de galpão com mezanino para avistar a bela paisagem que se abria a partir da cota mais alta do terreno. O arqui- teto Carlos Alberto Maciel cumpriu o pedido do cliente, porém criando um projeto que alia a pedra e o aço, combi- nando solidez e leveza, tradição local e inovação. A residência situa-se num terreno de 5 mil metros quadrados, no condomínio Cachoeiras do Tangará, na zona rural de Rio Acima, próximo a Belo Horizonte. O local, que até há pouco tempo não contava com energia elétrica, convida ao descanso e à con- templação. Como a construção deveria causar o menor impacto ao terreno, o A LEVEZA DO AÇO INDUSTRIALIZADO E A RUSTICIDADE DA PEDRA SE INTEGRAM NUMA CASA DE CAMPO 1. 2. 3. > Projeto: Carlos Alberto Maciel – Arquitetos Associados > Colaboradores: Manoela Beneti, Igor Macedo e Fernanda Faria > Aço empregado: ASTM A572 > Fornecedor da estrutura metálica: Pórtico > Local: Rio Acima, MG > Data do Projeto: 2002 > Conclusão da obra: 2005 Fo to s Ca rl os A lb er to M ac ie l 29ARQUITETURA AÇO&28 ARQUITETURA AÇO& Casa flutuante PARA ACOMODAR UMA RESIDÊNCIA AO ACENTUADO DECLIVE DO TERRENO, ARQUITETA EXPLORA AS POSSIBILIDADES DO AÇO E CRIA UMA CASA QUE PARECE SUSPENSA NO AR O PRINCIPAL DESAFIO DO PROJETO desta residência em um con- domínio fechado em Arujá, na região metropolitana de São Paulo, era criar um programa de planta térrea que se assentasse em um terreno com 12 metros de declive. A engenhosa solução adotada pela arquiteta Renata Prado, que não queria realizar uma terraple- nagem, foi desenhar uma edificação estruturalmente elevada, que parece flutuar sobre o solo. A opção pelo aço foi feita em conjunto com a definição dopar- tido. Segundo o engenheiro Antonio Gattai, responsável pelo cál- culo, fabricação e montagem da estrutura, nenhum outro material responderia tão bem às necessidades do projeto, que previa man- ter toda a extensão da casa, ao longo de seus mais de 25 metros, no mesmo nível da fachada frontal. “Os primeiros 16,5 metros de profundidade estão apoiados em apenas dois pontos, pois a sensação de vão livre era o objetivo do cliente”, explica o engenheiro. Sob o vão, destaca-se um jardim que qualifica o espaço e respeita o declive natural do lote. No nível inferior, foram implantadas a garagem e a área de lazer, restando Para acomodar a casa de planta térrea ao acentuado declive do terreno, a solução foi criar uma estrutura elevada, o que permitiu manter toda a extensão da casa (ao longo de seus mais de 25 metros) no mesmo nível da fachada frontal 1. 2. 1. Na fachada frontal, a ausência de aberturas deixa em destaque a escultura geométrica sobre o espelho d’água 2. Em contraposição, a transparência é explorada nos fundos da residência, estruturalmente elevada sobre o terreno de 12 metros de declive > Projeto: Arq. Renata Prado > Colaboradores: Arq. Rafael Lucena, Eng. Carolina Vestri > Área construída: 444 m2 > Aço empregado: ASTM A572 > Cálculo estrutural: Engo Antonio Gattai > Fornecedor da estrutura metálica: Gattai Estruturas de Aço > Execução da obra: Lucena & Vestri Construções > Local: Arujá, SP > Data do projeto: 2004 > Conclusão da obra: 2005 Fo to s Si dn ei P al at ni k 30 ARQUITETURA AÇO& ainda outro nível, pronto para a implantação de uma quadra de squash, desejo do proprietário. O programa da residência parte de uma divisão bem definida, marcada por uma parede de pedra que surge no exterior da casa, perpendicular à facha- da frontal, e invade seu interior, acom- panhando o eixo do corredor central. Do seu lado esquerdo, estão dispostos os quartos e as áreas íntimas. Do direi- to, a área de serviço. No fundo ficam as salas, valorizadas por um desnível que aumenta o pé-direito e um amplo painel de vidro que garante vista per- manente para a Serra do Mar. Para complementar a linguagem única que se desenvolve em todos os detalhes do projeto, o mobiliário foi criado sob medida pela própria ar- quiteta, proprietária de uma fábrica de móveis. (C.P.) MELEVAÇÃO LESTE ELEVAÇÃO OESTE 33ARQUITETURA AÇO&32 ARQUITETURA AÇO& expediente Revista Arquitetura & Aço Uma publicação trimestral da Quadrifoglio Editora para o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço) CBCA: Av. Rio Branco, 181 – 280 andar 20040-007 – Rio de Janeiro/RJ Tel.: (21) 2141-0001 cbca@ibs.org.br www.cbca-ibs.org.br Conselho Editorial Alcino Santos – CST Arcelor Catia Mac Cord Simões Coelho – CBCA/IBS Marcelo Micali – CSN Paulo Cesar Arcoverde Lellis – Usiminas Roberto Inaba – Cosipa Ronaldo do Carmo Soares – Gerdau Açominas Supervisão Técnica Sidnei Palatnik Publicidade Sidnei Palatnik – tel.: (11) 8199-5527 arquiteturaeaco@ajato.com.br cbca@ibs.org.br Quadrifoglio Editora Rua Lisboa, 493 – 05413-000 – São Paulo/SP Tel.: (11) 6808-6000 cbca@arcdesign.com.br Coordenação Cristiano S. Barata e Winnie Bastian Redação Carine Portela, Isis Gabriel e Vânia Silva Revisão Andrea Caitano Projeto Gráfico e Editoração Cibele Cipola Pré-impressão e Impressão Gráfica Eskenazi Endereço para envio de material: Revista Arquitetura & Aço – CBCA Av. Rio Branco, 181 – 28o andar 20040-007 – Rio de Janeiro/RJ É permitida a reprodução total dos textos, desde que mencionada a fonte. 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É necessário o envio das seguintes informa- ções em mídia digital: desenhos técnicos do projeto, fotos da obra, dados do projeto (local, cliente, data do projeto e da construção, autor do projeto, engenheiro calculista e construtor) e dados do arquiteto (endereço, telefone de contato e e-mail). Apoio:
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