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UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS BACHARELADO DE ARQUITETURA E URBANISMO BRUNO KAUAN PINTO OLIVEIRA FELIPE TROCOLI HOHLENWERGER SOUSA GABRIELE MIRANDA DE OLIVEIRA SILVA MARIA HELENA DE JESUS VIANA PAULA MAIA SOUZA DA SILVA RELATÓRIO CRÍTICO DA CASA VALÉRIA CIRELL: PROJETO DA ARQUITETA LINA BO CARDI SALVADOR 2021 2 1. Introdução Lina Bo Bardi (1914) nasceu em Roma, onde cursou sua faculdade de Arquitetura. Mudou-se para Milão em 1940, lugar em que inaugurou seu primeiro escritório com o Arquiteto Carlo Pagani. Figura 1: Lina Bo Bardi Fonte: Bob Wolfenson. Imagem via Instituto Lina Bo e P. M. Bardi Seus planos para o futuro foram destruídos pelo bombardeio de seu escritório e caos da Segunda Guerra Mundial. Insatisfeita, aliou-se à resistência italiana contra os alemães e fundou a revista (A Cultura Della Vita), com o também arquiteto Bruno Zevi. No fim da Segunda Guerra, após todas as adversidades, ela então decide começar uma vida nova e em 1951, já casada com Pietro Maria Bardi, torna-se cidadã brasileira. Além de arquiteta, Lina também era artista plástica, cenógrafa, professora, dentre outros. Seu desejo era morar no Rio de Janeiro, pois era apaixonada pela arquitetura da cidade, mas seu destino acabou sendo São Paulo, onde ganhou muito reconhecimento pelas suas obras arquitetônicas. Por ser uma arquiteta modernista, prezava pela simplicidade e convívio das pessoas. Por fugir do tradicionalismo, torna-se uma grande influência, encontrando no 3 Brasil o território ideal para prática de suas ideias. Suas habilidades e características únicas foram o prato chefe para o futuro brilhante que estava por vir. Lina teve importância em 3 obras que representam o valor para a nossa cultura, sendo elas: o MASP — Museu de Arte de São Paulo — o Teatro Oficina e o SESC Pompeia. Lina não ficava só nos edifícios, mas também projetou muitas residências, durante sua infância e adolescência. Porém apenas sete residências chegaram a ser construídas: a Casa de Vidro (1950-1951), a Casa Valéria Cirell (1957-1859), a Casa do Chame-Chame (1958), a casa de hóspedes La Torraccia (1962) e três edifícios residenciais da Ladeira da Misericórdia (1987). A arquiteta gostava de colocar o nome dos donos nas residências que projetava. Em vista disso, a Casa Valéria Cirell pertencia a Valéria Piaccentini Cirell e seu filho Renato Cirell Czerna, professor de filosofia do direito da USP, que encomendaram sua casa para Bardi. Ao longo da sua carreira profissional, desenvolveu a concepção de que o homem pode viver em harmonia com a natureza e que um complementa o outro. Utiliza-se de técnicas construtivas mais avançadas às próprias do país, visto na relação madeira e concreto, relacionando o moderno com o popular brasileiro. A casa sofreu duas grandes reformas. A primeira, em 1970, para fazer a ampliação da cozinha e assim ter mais quartos na casa e a segunda, em 1997, para cessar um vazamento que tinha na Torraccia (casa de hóspedes), pois não tinha a devida inclinação necessária. Para a montagem de ambientes, Lina tinha como inspiração os aspectos culturais, singulares de ambos os países. Assim, com o uso de peças, itens decorativos e materiais de construção rústicos ou regionais, enaltecendo os costumes italianos e brasileiros. E foi isso que Lina deixou de inspiração para a nova geração de arquitetos: o simples é de fato belo. 2. Ficha Técnica Nome original: Casa Valéria Cirrel Czerna Nome atual: Casa Jardim Cristal Arquiteta: Lina Bo Bardi Localização: Rua Brigadeiro Armando Trompowsky, nº 65, Bairro Morumbi – São Paulo, SP. 4 Figura 2: Localização da Casa Valéria Cirell Fonte: Google Maps, 2021 Proprietários originais: Valeria Piacentini Cirrel e Renato Cirrel Czerna Data de construção: 1957-1959 Reformas: ▪ Casa principal (pavilhão próximo): Lina Bo Bardi (1964) ▪ Casa principal (anexo da cozinha): Ricardo Ramenzoni e Eduardo Suarez (1970) ▪ La Torracia: André Vainer e Marcelo Carvalho Ferraz (1997) Área do terreno: 1913 m² Área construída: 810 m² Estado de conservação: Parcialmente conservada 3. Qualificadores da Arquitetura Estando dentre os elementos essenciais da arquitetura, a luz e a sombra são básicas para produzir o efeito de volume nos objetos e no ambiente, podendo dar a sensação de profundidade ou altura a depender de como são utilizados, promovendo uma boa experiência para as pessoas no lugar em questão. 5 A iluminação na casa principal e Torraccia são trabalhadas de formas diferentes. Na primeira, a arquiteta usa de artifícios como muxarabi (janela), portas e abertura zenital, trabalhando a entrada de luz equilibrada, trazendo funcionalidade ao lugar sem necessitar de acessórios como cortinas - que reduzem a iluminação. É importante frisar que na segunda reforma, em 1970, os materiais foram modificados para vidro, transformando a abertura zenital em claraboia e as janelas e portas, antes de muxarabi. Tal alteração redefiniu o conceito inicial de luz equilibrada. Figura 3: Iluminação Zenital Fonte : Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 Figura 4: Claraboia (1970) Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 6 Já na Torraccia, seu formato de um cilindro, porém com recorte frontal reto– inspirado em ruínas antigas – Lina utilizou de materiais mais modernos como janelas de vidro para receber a iluminação natural e reduzir a quantidade de lâmpadas necessárias no interior da casa de hóspedes. As paredes do cilindro fecham um pouco as laterais do fachada Norte que aparenta diminuir a incidência solar diretamente na sala de jantar e sala de estar, entretanto, não diminui a iluminação natural matutina. Figura 5: Demonstração das janelas em muxarabi Foto: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 Assim como a iluminação, cores e texturas podem dar diversas sensações ao ambiente como calma e acolhimento ou totalmente ao contrário, deixando desânimo e frustação. Isto acontece porque o cérebro humano tem percepções e sentimentos diferentes com cada cor e cada contraste feito. Nas construções, não houve pintura intencional da fachada, sendo estas todas produzidas pelas texturas provenientes das pedras, cacos de cerâmica, cimento e madeira (Casa Principal e Fachada Sul da Torraccia), além das vegetações como musgos e trepadeiras que ocultam as paredes. Entretanto, na fachada Norte da casa de hóspedes, houve coloração da fachada através da técnica de caiação (pintura a base de Cal), intencionalmente usada para contribuir na entrada de luz natural do ambiente 7 Figuras 6: Fachada Noroeste Fonte: Pedro Vannucchi, 2010 Figura 7 e 8: Fachada Norte e Fachada Sul da Torraccia 8 Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 Já na parte interior, Lina optou por tons e texturas que se sobressaem, ao contrário do exterior que se camufla nos elementos vegetais e naturais. Por se tratar de uma arquitetura contemporânea e funcional, a casa principal traz um pé direito duplo com teto branco, alinhado a iluminação natural das aberturas, promove uma sensação de que a casa é mais alta do que realmente é. Na Torraccia, o telhado antes de barro e, posteriormente, mudado para tijolo de barro carrega uma tonalidade avermelhada que rebaixa o teto produzindo um sentimento de ninho e proteção. Em 1958, com suas técnicas avançadas, ela fez uso também de materiais vernaculares para o local, trazendo tijolos de barro, troncos de madeira, pedras, cacos de cerâmica, vigotas de concreto e blocos cerâmicos. Misturando o novo com o insigne, a arquiteta criou um modelo híbrido que conseguia trazer o novo, mas ao mesmo tempo se prendendo aos costumes. 9 Figura 9: Pé direito duplo da Casa PrincipalFonte: Pedro Vannucchi, 2010. Figura 10: Telhado de barro Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 10 4. Sustentabilidade da Arquitetura 4.1. Quais elementos construtivos são sustentáveis? Sustentabilidade na construção civil é descrita como os processos realizados antes, durante e após a obra que visam minimizar os impactos desta no meio ambiente, ao mesmo tempo que são possíveis de serem realizadas (custo de produção viável) e ainda, promovem uma boa qualidade de vida aos usuários ou residentes. Em vista disso, pode-se citar como exemplo de sustentabilidade da Casa a presença de gárgulas de drenagem. Isto é, peças pensadas por Lina para o escoamento de água pluvial (da chuva) nos jardins de ambas as lajes. Com isso, há um aproveitamento dessa água escoada para outros fins. Figura 11: Gárgulas de Drenagem Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 4.2. Qual a relação da obra com a natureza? É possível observar várias referências à natureza desde a repetição de formas naturais já existentes, como na escolha dos materiais (no âmbito da própria construção), até a sua finalização (através de elementos decorativos). Como, por exemplo, as plantas que ornam toda a estrutura, juntamente com o uso de pequenas pedras, conchas, cacos de cerâmica, madeira e nas decorações de artesanato, sempre remetendo à simplicidade e objetividade, possibilitando uma integração da casa com o ambiente externo. 11 Figura 12:Detalhe nos cacos de cerâmica e pequenas pedras. Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 Figura 13: Detalhe da platibanda com pequenas pedras. Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileira, 2015 Igualmente visto na singularidade de preferência ao uso de tijolos de barro, originário de uma técnica antiga e muito comum nas áreas rurais brasileiras. Sendo, portanto, sustentável ao: utilizar como base a própria terra para a criação de peças; é mais econômico (se comparado aos tijolos de cimento); o barro é um material reutilizável (pois, quando não cozido, pode ser despedaçado e umedecido para voltar ao estado inicial); passa por um processo natural (sol) de “cozimento” para ficar apto ao uso. 12 Desse modo, tal técnica também faz referência ao trabalho manual e artesanal, visto que é fabricado de forma individual (um a um), por pequenos produtores, gerando tijolos com tamanhos e formas diferentes. Figura 14: Processo de fabricação do tijolo de barro (cozimento). Fonte: Revista AdNormas, 2020 E, claro, a existência da piscina remete à ideia de água e lago (ambiente natural), sendo o formato arredondado, escolhido pela arquiteta, uma alusão à movimentação da água. Figura 15: Piscina com forma curvada. Fonte: Marcelo Ferraz,1993 13 4.3. Como a Casa se encaixa em meio ao verde? A Casa se conecta com o ambiente exterior natural de árvores, flores e mata ao trazer tais elementos, ou uma nova versão deles para seu interior, visto em: 1. Paredes verdes – trazem a ideia de verticalidade, pois são grandes jardins verticais, onde toda essas gramíneas “sobem” na estrutura, tomando-a por inteira. Com isso, entende-se que há uma “camuflagem” da edificação, causando a sensação de aconchego, possibilitada pela natureza do entorno. 2. Jardins na laje – estão presentes em ambos os módulos (casa principal e La Torracia), funcionando como mais uma das formas encontradas por Lina de integrar o verde à casa. Figuras 16 e 17: Jardim na laje da casa principal. Fonte: Peter C. Sheler. Acervo Instituto Lina Bo e P M Bardi, 2012-2013 Fonte: Peter C. Sheler. Acervo Instituto Lina Bo e P M Bardi 2012 -2013 14 4.4. Área do terreno X área construída A Casa conversa com o terreno original a todo tempo. É percebido, incialmente, com a quantidade de área original do terreno preservada: são cerca de 2 mil m² de terreno para 810 m² de área construída, atualmente. Tal fator se deve pela inspiração de Lina ao estilo purista (advindo do Cubismo) que defende a apreciação das artes, incluindo a Arquitetura. Dessa forma, a obra pode ser vista como uma forma de apreciação do homem aos seus mínimos detalhes construtivos, tornando-a única. Além disso, o projeto é pensado para acompanhar a declividade do terreno, diferentemente de outras obras arquitetônicas que optam pela técnica de “nivelamento”. Figura 18: Modelo de situação da casa no entorno. Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 15 Figura 19: Situação topográfica do Terreno Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 Isso é percebido também na piscina que tem sua parte mais rasa na frente (próximo às colunas de concreto) e mais profunda ao andar em direção a La Torraccia. Figura 20: Profundidade da piscina em relação à declividade natural do terreno. Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 16 Figura 21: Corte transversal da piscina Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileira, 2015 5. Componentes da Arquitetura e Articulações Espaciais 5.1. Estrutura A casa principal e o anexo são compostos por formas puras, o primeiro, um quadrado e o segundo, um retângulo, sendo ambos rodeados de toras que atuam como pilastras. Na piscina, sobre bases de concreto submersas (lembrando um pouco as palafitas), essas toras operam como sustentação para a parte suspensa do deck. Figura 22: Estrutura de sustentação na piscina Fonte: Peter C. Sheler. Acervo via Lina Bo e P. M. Bardi 17 A casa de morar é constituído por um pé direito duplo com mezanino – ambiente situado entre o térreo e o primeiro andar – construído acima da sala de jantar, sendo usado como biblioteca e escritório. As paredes dos dois volumes (casa principal e dependência de empregada) são estruturas de tijolos de barro com finalização interna em Cal. O ambiente suspenso possui uma estrutura toda de madeira: • Sustentação - Tronco de madeira posicionado na diagonal do quadrado com colunas de madeira dispostos ortogonalmente. • Piso – Tacos de Madeira. A escada, em estilo caracol ou helicoidal, também composta em madeira, foi apoiada na viga que vai do teto ao chão, causando a sensação de flutuação dos degraus. Tal percepção também é observada no corrimão, constituído de aço. Figura 23: Estrutura da Escada e do Mezanino Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 Lina emprega um elemento externo chamado Platibanda – tem função de ocultar o telhado promovendo noção de linearidade da fachada. Porém essa estrutura na casa foi usada de forma decorativa (pois o telhado não é composto por águas, mas sim, uma laje), trazendo uma altura maior do que a concepção atual da arquitetura 18 (platibandas de, no mínimo, 80cm). A reforma em que foi feita o anexo da cozinha (1970), emprega-se a altura padronizada, mostrando nitidamente que esse “puxadinho” não foi da obra original. Figura 24: Estrutura da Platibanda na Casa Principal e no anexo Fonte: Pedro Vannuchi, 2010 5.2. Planos e Coberturas No interior da casa principal, tem-se dois níveis: • Térreo - onde se situam a sala de estar, a sala de jantar e a cozinha (posteriormente, transferida para anexo). • Mezanino - com vista para a sala de estar, encontram-se a biblioteca/quarto e uma casa de banho. A dependência de empregada, outro volume situado no mesmo nível da casa principal, compreende somente térreo e consiste em dois quartos com banheiro entre eles. Após reforma, essa extensão se converte em quartos utilizados por hóspedes. Em outro nível, um pouco mais baixo do terreno, encontra-se a casa de hóspedes ou ateliê (Torraccia). O terceiro volume contém um banheiro, uma sala de estar, uma sala de serviço e um quarto. Platibanda da casa original Platibanda Padronizada 19 Figura 25 e 26: Planta Térreo e Mezanino20 Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 Tanto a cobertura da casa Valéria Cirell, quanto da Torraccia possuem cobertura em laje de concreto com teto jardim, sendo o da primeira acessível por uma escada situada na fachada sudoeste. Em 1997, é realizada uma reforma na Torraccia, pelo arquiteto André Vainer, que teve como principal objetivo sanar o vazamento do telhado que antes, coberto por sapé, foi substituído por uma laje de concreto feita sobre forma de tijolos e revestida 21 por tijolos, mantendo a inclinação da cobertura original do projeto de Lina. Foi transformado em um terraço inclinado, visitável, de onde se tem a melhor vista para o jardim. Figura 27: Planta da Cobertura Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 5.3. Aberturas Abertura é definida como todo e qualquer rasgo feita na construção. Dessa forma, na casa principal, esse elemento se dá em forma de janelas, portas e claraboia que aparentam terem sido propositalmente posicionadas nas fachadas colaterais (Nordeste, Sudeste, Noroeste e Sudoeste), recebendo a iluminação do nascer e do pôr do sol lateralmente, conforme figura 6. O posicionamento das aberturas coopera também para a ventilação da casa. Nesta, a arquiteta utiliza da ventilação natural cruzada, ou seja, as janelas se dispõem em paredes contrárias as portas, contribuindo para a fluidez do vento e utilizando de um recurso natural e renovável. 22 Figura 28 e 29: Esquemas da ventilação cruzada Fonte: Magdalena Reches Peressotti, 2009 23 A dependência de empregada possui duas portas (acesso aos quartos), duas janelas e a porta do banheiro adentradas pelo Sudoeste da casa. Aberturas bem localizadas, visto que se colocadas em outra posição, provavelmente, seriam encobertas pela altura da casa principal. Por fim, na Torraccia, as aberturas consistem em: portas, janelas fixas -uma mais alta, junta ao telhado, e outras duas mais baixa, vista na direção Oeste e Leste - e janelas de abrir (fachada Sul). Essas janelas fixas direcionadas ao ponto Cardeal Norte foram postas entre o telhado e a parede com acabamento em vidro, recebendo diretamente a luz solar, mas reduzido pela parede circular que envolve o miolo da residência, como visto na figura 7. Figura 30: Janela fixa entre telhado e parede na Torraccia Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 Figura 31 e 32: Varanda visada na direção Leste e Oeste 24 Fonte: Acervo Pesquisa Casas Brasileiras, 2015 5.4. Dimensões e Proporções As dimensões da obra consistem em: Figura 33 e 34: Planta Baixa da Térreo e do Mezanino 25 Fonte: Madgdalena Reches Peressotti , 2009 Tendo isso em vista, infere-se que a Casa Valéria Cirrel é um símbolo de residência atemporal que, curiosamente, diverge do estilo usado por Lina em suas ilustres e prestigiadas produções. Ela se distingue por conceber a natureza como parte da Arquitetura. Além disso, equitativamente, a arquiteta consegue trazer isso para o interior do lar, finalizando a partir de elementos artesanais, conferindo originalidade à Casa. 26 Referências Bibliográficas CARRANZA, Edite Galote. Casa Valéria Cirell: uma obra alternativa. 2010. Disponível em: http://revista5.arquitetonica.com/index.php/magazine- 1/arquitetura/casa-valeria-cirell-uma-obra-alternativa . Acesso em: 10 mar. 2021. XX, Casas Brasileiras do Século. CASA CIRELL-CZERNA Arquiteto Lina Bo Bardi. 2010. Disponível em: http://www.casasbrasileiras.arq.br/csaczerna.html . 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Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/800798/classicos- da-arquitetura-casa-valeria-cirell-lina-bo-bardi. Acesso em 09 de março de 2021. SUSTENTABILIDADE NA CONSTRUÇÃO CIVIL: ENTENDA A IMPORTÂNCIA E COMO APLICAR. Mobuss Construção. 2020. Disponível em: https://www.mobussconstrucao.com.br/blog/sustentabilidade-na-construcao-civil/ . Acesso em 10 de março de 2021. GÁRGULA. Engenharia Civil. Disponível em: https://www.engenhariacivil.com/dicionario/gargula . 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