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Revista Arquitetura e aço n21-Aeroportos

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ARQUITETURA AÇOARQUITETURA AÇO&
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 21 março de 2010
Aeroportos
Uma publicação do Centro Brasileiro da Construção em Aço número 21 março de 2010
4 &ARQUITETURA AÇO
Mais do que portas de entrada, os aeroportos são hoje os grandes 
organizadores do fluxo de pessoas. Nunca antes se viajou tanto de avião. E 
este não é o único, mas um dos principais motivos da grande necessidade de 
expansão em que se encontram os aeroportos do mundo todo.
No Brasil, nos vemos agora diante de dois outros – e potentes – motiva-
dores para a ampliação da nossa malha aeroportuária: Copa do Mundo, em 
2014, e Olimpíadas, em 2016. Muitos planos já estão em andamento. Até 2014, 
a Infraero tem como missão ampliar pelo menos 16 aeroportos, aumentando 
em mais de 66% a capacidade dos terminais de cargas e passageiros, em 
obras que começam agora.
É a esta tipologia que se dedica a presente edição de Arquitetura&Aço, 
que amplia seu escopo editorial, trazendo, entre outras novidades, depoi-
mentos exclusivos de arquitetos conhecedores da área, como Sérgio Parada e 
Sergio Jardim, além de uma matéria técnica que radiografa a construção de 
edifícios-garagem para aeroportos.
O aeroporto Santos-Dumont, cartão-postal do Rio – epicentro dos eventos 
que colocarão o Brasil na pauta internacional –, é mais um dos destaques 
dessa edição. Dono de um dos terminais mais modernos do país, o Aeroporto 
Internacional de Brasília é outro destaque. Do outro lado do planeta, A&A 
traz o recordista em números: o Aeroporto Internacional de Pequim, cujos 
grandes vãos de seu terminal mais novo – estruturado e coberto em aço – 
alcançam uma área de 1,3 milhão de m2.
A revista apresenta, ainda, os projetos universitários selecionados para o 
concurso internacional organizado pelo Ilafa (Instituto Latinoamericano de 
Ferro e Aço), em 2009.
Em todos estes projetos o aço se apresenta como um material de excep-
cional versatilidade e capacidade estrutural.
Boa leitura.
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Para alçar
novos voos
1 &ARQUITETURA AÇO
sumário
Foto de capa: 
o Aeroporto JK, de Brasília
Arquitetura & Aço nº 21
março 2010
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14.10. 17.
20. 24. 32.04. 08.
04. O aço no aeroporto JK, de Brasília, permitiu uma transformação radical que priorizou a dinâmica de um 
dos terminais mais movimentados do país. 08. Sérgio Parada fala sobre os desafios no trabalho com arquitetura 
aeroportuária no Brasil. 10. Em Maceió, o aço viabilizou referências à cultura local na construção de um terminal 
mais sustentável e inovador. 14. A recuperação e a ampliação do Santos-Dumont, aeroporto que emoldura um dos 
mais belos cartões-postais do país. 17. Sergio Jardim comenta sua experiência nas reformas de alguns dos maio-
res aeroportos brasileiros. 20. Pequim: o maior terminal de passageiros do mundo é uma expressão da grandeza 
da China e das potencialidades do aço. 24. Concurso do Ilafa e a missão de aproximar estudantes de arquitetura 
da América Latina da construção industrializada e mais racional. 32. Matéria técnica detalha as peculiaridades da 
construção de edifícios-garagem de aeroportos.
ENDEREÇOS 34 
&ARQUITETURA AÇO4
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Eficiência 
O prOjetO arquitetônicO dO aerOpOrtO internaciOnal de 
Brasília – presidente juscelinO KuBitscheK resiste aO 
tempO e prOva a raciOnalidade da OpçãO pelO açO
Foi apenas em 1990 que o Aeroporto Internacional de Brasília – 
Presidente Juscelino Kubitschek começou a ganhar a forma atual, 
concebida pelo arquiteto Sérgio Roberto Parada: um corpo central e 
dois satélites para embarque e desembarque de passageiros, estrutu-
rados a partir de uma grande cobertura de aço em treliça espacial.
A partir da utilização do aço, o projeto de reforma, ampliação e 
modernização do antigo plano de 1956 otimizou a infraestrutura 
existente e viabilizou a construção em três etapas, sem provocar a 
interrupção das operações aéreas. Do 
projeto atual falta ainda construir o 
Satélite Sul, que irá permitir atender 
à demanda de cerca de 20 milhões de 
passageiros ao ano.
A primeira etapa foi inaugurada em 
1992 e incluiu a construção do viaduto 
de acesso ao terminal de passageiros 
a toda a prova
&ARQUITETURA AÇO 5 
e a cobertura de aço. Dois anos depois, 
foi inaugurado o Satélite Norte. Nessa 
segunda etapa da obra também foram 
entregues a reforma do corpo central 
do terminal de passageiros e nove 
pontes de embarque.
A conclusão da terceira fase da obra 
acrescentou uma nova área de embar-
que e desembarque internacional, um terraço panorâmico e uma 
praça de alimentação 24 horas. Com a instalação de uma galeria 
com espelhos d’água, jardins e espaço para exposições, a refor-
ma alcançou os atuais 17.285 m2. Em 2004, foi concluída a quarta 
etapa com a finalização da construção e a reforma da área sul do 
corpo central do terminal. Neste momento também foi concluída 
a expansão do terraço panorâmico para adaptação ao conceito 
de Aeroshopping.
O terraço panorâmico foi ampliado 
em 2004 para se adequar ao conceito 
de Aeroshopping. O projeto levou em 
consideração o máximo aproveita-
mento da luz e ventilação naturais 
6 &ARQUITETURA AÇO
A opção pelo aço no Aeroporto de Brasília foi determinante para minimizar os impactos negativos da obra na operação aeroportuária. 
Na praça de desembarque, acima, se destaca a leveza das estruturas espaciais em aço da cobertura. Abaixo, o pátio de manobras do 
aeroporto, onde é feito o manuseio das bagagens, e, à direita, vista da praça de alimentação
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&ARQUITETURA AÇO 7 
> Projeto arquitetônico: Sérgio 
Roberto Parada
> Colaboradores: arq. Antônio 
Henrique Sottovia, José 
Mauro de Barros Gabriel, 
Fabiana Torres Mendonça, Eni 
de Barros Gabriel, Rodrigo 
Marar, Suyene Arakaki, 
Marcelo Sávio, Igor Campos, 
Gustavo Costa, Carlos Weidler, 
Marcelo Gama, Débora Barros 
e Ailton Moraes
> Área de projeto: 100.000,00 m²
> Aço empregado: aço patinável 
de alta resistência mecânica e 
maior resistência à corrosão 
atmosférica
> Volume do aço: 2.200 
toneladas
> Projeto da estrutura metálica: 
eng. Welder Silva de Miranda
> Fornecimento, fabricação 
e montagem da estrutura 
metálica: CPC Estruturas 
Metálicas
> Execução da obra: Camargo 
Correa (1ª, 2ª e 3ª etapas) 
e Beter (4ª etapa)
> Local: Brasília, DF
> Data do projeto: 1990 – 2003
> Conclusão da obra: 
(4º etapa): 2004
De linhas modernas, o projeto, que 
originalmente utilizaria o concreto 
como sistema estrutural, foi alterado 
para o aço como consequência das 
condicionantes da obra: o curto prazo 
para sua conclusão e a necessidade de 
manter o fluxo aéreo e de passageiros.
A tecnologia do aço foi a escolha 
natural. No caso da grande cobertura 
do acesso ao terminal, que protege a 
praça de desembarque, foi usada uma 
estrutura espacial. Por esta ser leve e 
de fácil construção, foi erguida sobre 
uma área em operação. “Com esta 
tecnologia foi possível minimizar os 
impactos negativos da obra na ope-
ração aeroportuária”, explica Parada. 
“Quanto à cobertura do terraço pano-
râmico, em 2004, também propus essa 
tecnologia porque tínhamos de cons-
truir a grande cobertura sobre estrutu-
ras existentes, e as cargas deveriam ser 
reduzidas para viabilizar o projeto.”
A cobertura do terraço panorâmi-
co, onde funciona o Aeroshopping, foi 
desenhada com grandes planos curvos 
e soltos,recebeu telhas metálicas zipa-
das e forro em chapa de aço corruga-
do, desenvolvido especificamente para 
a obra. Composta por vigas planas e 
perfis I soldados com seção variável, 
a estrutura metálica está apoiada em 
perfis tubulares de aço que convergem 
para os pilares de concreto.
Para completar, o fechamento do 
terraço em vidro laminado permite 
uma visão panorâmica de 360 graus 
do pátio de aeronaves, das pistas de 
pouso e decolagem e da área frontal de 
recepção e desembarque de passagei-
ros, além dos usuários poderem des-
frutar do pôr-do-sol de Brasília. (D.p.) M
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8 &ARQUITETURA AÇO
Em seu currículo, Sérgio Roberto 
Parada tem cerca de 15 projetos 
aeoroportuários, entre terminais 
de passageiros e de carga. Ele 
também é vencedor do concurso 
do Aeroporto Internacional de 
Wuxi Shuofang, na China
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Além da necessidade física (a estabilidade da 
edificação),o aço otimiza o tempo e amplia 
o emprego do processo industrializado
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&ARQUITETURA AÇO 9 
AA – Quais os principais princípios que nortearam o projeto do aero-
porto de Brasília?
SP – Desde os primeiros esboços que elaborei sempre tinha em 
mente a concepção de um edifício que pudesse aproveitar ao máxi-
mo tudo o que a natureza nos oferece, como luz e ventilação natu-
rais. Também quis integrar, com generosidade, o espaço externo e 
o interno do edifício, criando uma praça coberta que estabelecesse 
um ponto de encontro entre pessoas que chegam e que partem.
AA – Quais foram as maiores dificuldades da obra?
SP – A complexidade do projeto era muito grande e o plano diretor 
tinha muitas restrições. A principal era o terminal existente, que 
deveria continuar operando enquanto as obras de ampliação se 
desenvolvessem. Hoje, quando vemos a obra parcialmente pronta, 
não imaginamos a complexidade em se resolver um projeto de um 
terminal de passageiros e, principalmente, sendo construído sobre 
outro existente, com todas as interferências operacionais e constru-
tivas. Mas vencemos as dificuldades e, sem dúvida nenhuma, foi com 
o espírito de união e de realização de todas as equipes de trabalho.
AA – E como a reforma otimizou as possibilidades da infraestrutura 
existente e viabilizou a construção em etapas?
SP – Este projeto/obra me proporcionou um grande aprendizado, e 
acredito que para toda a equipe técnica. Desde o início do projeto, em 
1990, tínhamos uma vontade de realizar um trabalho e qualidade de 
obra muito grandes. Tínhamos que tomar por base que o aproveita-
mento máximo da infraestrutura existente era fundamental, princi-
palmente na questão do pátio de aeronaves, cuja construção é muito 
cara. Depois, o edifício sofreria uma metamorfose, ou seja, se transfor-
maria num terminal moderno e adequado às necessidades, com pon-
tes de embarque/desembarque, utilização de sistemas de controle do 
edifício de última geração, enfim, uma aposta na modernização.
AA – E o aço foi elemento definidor nesse processo?
SP – Para que tudo isso fosse realizado, a tecnologia de constru-
ção deveria atender às exigências de segurança, tempo adequa-
do, adaptações de operações etc. Sem dúvida, a técnica do uso do 
aço foi fundamental.
Com mais De três DéCaDas de 
profissão, o arquiteto Sérgio Roberto 
Parada tem em seu currículo diversos 
prêmios e homenagens, consequên-
cia das inúmeras obras projetadas nas 
mais diversas tipologias, que vão de 
edifícios comerciais a terminais de 
passageiros. Dentre suas obras mais 
recentes, a sede do Iphan, em Brasília, 
e o Aeroporto Internacional de Wuxi 
Shuofang, na China, são atestados 
de sua versatilidade. Curitibano de 
nascimento, considera-se brasiliense 
de coração desde 1997, quando mon-
tou seu escritório na capital federal. 
Parada fala nesta entrevista de seu 
processo de criação e da construção do 
Aeroporto Internacional de Brasília.
AA – Além de aeroportos, a Copa e 
os Jogos Olímpicos tornaram eviden-
tes a necessidade de uma gama de 
obras de infraestrutura. Como o sr. vê 
a participação da construção em aço 
diante dos desafios que o país tem 
pela frente?
SP – A tecnologia do aço se torna 
cada vez mais evidente e necessária. 
Dificilmente vemos, nos dias de hoje, 
edifícios com grandes vãos ou grande 
altura que não sejam pensados com 
a técnica do aço. Isso, porque além da 
tecnologia que atenderá a uma neces-
sidade física (a estabilidade da edi-
ficação), temos o tempo como fator 
primordial, e a possibilidade de uma 
maior industrialização do processo 
de construção.
10 &ARQUITETURA AÇO
A marquise do aeroporto 
de Maceió tem estrutura 
metálica e fechamento em 
lona e é um dos marcos 
do projeto arquitetônico
Cultura e sustentabilidade 
Projeto do AeroPorto de MAceió incorPorou eleMentos regionAis 
Ao seu desenho de AcentuAdA PlAsticidAde
&ARQUITETURA AÇO 11 
A linguAgem contemporâneA e a 
acentuada plasticidade são duas mar-
cas importantes do projeto arquitetô-
nico do Aeroporto Internacional Zumbi 
dos Palmares, em Maceió (AL). Assinado 
por Mário Aloísio Barreto Melo, o aero-
porto da capital alagoana é uma das 
mais modernas obras aeroportuárias 
brasileiras. Além da climatização, um 
mesmo sistema regula desde a intensi-
dade da iluminação e do ar refrigerado 
até a velocidade das escadas rolantes. 
Em operação desde 2005, tem capaci-
dade para receber 1,2 milhão de passa-
O amplo hall de entrada, com pé-direito triplo, abriga um jardim sob uma grande claraboia. Localizada na cobertura central, a abertura proporcio-
na iluminação ao ambiente interno. A estrutura de sustentação principal é aparente, marcando o rasgo longitudinal como uma espinha dorsal
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geiros por ano, expansível para 2,5 milhões até 2014.
Dentre suas inovações, destaca-se o sistema de cogeração de 
energia ambientalmente limpa a partir da utilização de gás natu-
ral. Este sistema foi projetado com dois grupos de geradores movi-
dos a gás natural, que abastecem todo o aeroporto. Por meio desse 
processo, a água quente, utilizada para o arrefecimento dos gera-
dores, é reaproveitada e vertida em água gelada por meio de um 
chiller de absorção.
Implantado sobre um planalto, o novo terminal do Aeroporto 
Internacional Zumbi dos Palmares é um edifício de três pavimen-
tos principais e dois andares técnicos, formado por dois blocos 
curvos. Na cobertura, em sistema metálico, destacam-se a grande 
abertura zenital em vidro, e as telhas em tom de verde, que busca 
reproduzir a cor do mar.
Corte longitudinal
12 &ARQUITETURA AÇO
Ao alto, vista aérea do complexo do Aeroporto 
Internacional Zumbi dos Palmares. Os detalhes 
do projeto homenageiam a cultura local. A 
cobertura metálica reproduz um escudo africa-
no. Abaixo, ponte de embarque e desembarque
Como em toda a obra do arquiteto, a cultura alagoana está pre-
sente em diversos detalhes, como nas coberturas tensionadas e no 
desenho dos postes de iluminação do pátio, que lembram as velas e 
os mastros das jangadas.
E é neste contraste entre revestimentos metálicos e artesanais 
que encontramos a marca dessa interação entre o aeroporto, equi-
pamento contemporâneo e funcional, e os valores locais simboliza-
dos por cores e texturas.
O grande átrio central do terminal, com o pé-direito de 13 m de 
altura, é formado por dois arcos locados nas extremidades laterais. 
No centro, o conjunto das circulações verticais concentra os fluxos 
e leva os passageiros diretamente ao embarque ou à praça de ali-
mentação. Um vazio de contorno elíptico abre a praçade alimen-
tação, estabelecendo contato visual e integração entre o nível das 
lojas e o fluxo dos passageiros que lá desembarcam. A intenção, de 
acordo com a equipe de arquitetos, foi criar impacto visual para 
quem chega à cidade.
E completando o impacto perseguido pelo projeto de arquitetura 
apresenta-se a marquise, com estrutura metálica e fechamento em 
lona que marca a face frontal do prédio, voltada para o norte. (D.p.) M
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> Projeto arquitetônico: Mário 
Aloísio Barreto Melo
> Colaboradores: arq. Tiago Amaral 
e Henrique Gennari; Mariana 
Estay, André Venceslau, André 
Coelho e Bruno Damasceno
> Área: 22.423,62 m²
> Aço empregado: aço patinável 
de alta resistência mecânica 
e maior resistência à 
corrosão atmosférica
> Volume do aço: 580 t
> Projeto estrutural: Technica 
Consultoria e Projetos Industriais, 
Pengec Engenharia Consultoria, 
Consep Consultoria Engenharia 
e Projetos
> Fornecimento, fabricação 
e montagem da estrutura 
metálica: Hispano
> Execução da obra: OAS
> Local: Maceió, AL
> Data do projeto: 2001
> Conclusão da obra: 2005
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14 &ARQUITETURA AÇO
Respeito à paisagem
RefoRma de SeRgio JaRdim pReSeRvou a leveza e atualizou a funcionalidade 
do pRoJeto hiStóRico doS iRmãoS RobeRto
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Respeito à paisagem
Foi de dentro de uma precária 
cabana de madeira no canteiro de 
obras que os arquitetos Marcelo e 
Milton Roberto acompanharam, nos 
anos 1930, a construção do Aeroporto 
Santos-Dumont, no Rio de Janeiro. O 
pequeno e elegante projeto dos irmãos 
Roberto é considerado um dos símbo-
los da arquitetura modernista brasilei-
Com cobertura em telha metá-
lica tipo sanduíche e clara-
boias de vidro que permitem 
a entrada de luz natural no 
interior de pé-direito triplo, a 
reforma racionalizou o con-
sumo de energia elétrica
ra e se destaca pela relação com a cidade. O hall transparente, em 
vidro, “aproxima” a Baía de Guanabara, as pistas e os aviões.
Com o tempo, o projeto foi sofrendo reformas e adaptações até 
que, em 1998, foi parcialmente destruído por um incêndio. O projeto 
de recuperação foi feito por Sergio Jardim, especialista em obras aero-
portuárias, e o Santos-Dumont foi tombado pelo Instituto Estadual 
do Patrimônio Artístico e Cultural (Inepac). Em 2004, quando sua 
capacidade de 1,8 milhão de viajantes por ano já excedia 3 milhões, 
ele foi novamente ampliado com projeto de Sergio Jardim.
16 &ARQUITETURA AÇO
O aeroporto foi construído em um 
espaço tão representativo quanto o 
próprio terminal: a praça em frente 
ao aeroporto e o Aterro do Flamengo 
são projetos assinados pelo paisa-
gista Burle Marx; o Museu de Arte 
Moderna, de Afonso Eduardo Reidy, e 
o Monumento aos Mortos da Segunda 
Guerra Mundial, projeto arquitetô-
nico de Marcos Konder Netto e Hélio 
Ribas Marinho.
As estruturas em aço foram a solu-
ção para preservar a leveza e a trans-
parência do projeto original. Por sua 
facilidade de se agregar a estruturas 
existentes, a reforma teve o cronogra-
ma acelerado e sem nenhum contra-
tempo. O prédio original concentrou 
a função de desembarque, enquanto 
um novo edifício ficou com a função 
de embarque dos passageiros. Ligando 
os dois espaços, está uma edifica-
ção elíptica com 287,5 m de compri-
mento, construída em tubos de aço e 
vidro, onde se concentram as salas de 
embarque e as pontes metálicas (fin-
gers), que hoje dividem os fluxos de 
embarque e desembarque. O novo ter-
minal funciona somente para embar-
que, deixando o anterior com a função 
de desembarque. (F.L.) M
> Projeto arquitetônico: Sergio 
Jardim
> Área construída: 33 mil m² 
 > Aço empregado: aço patinável 
de alta resistência mecânica e 
maior resistência à corrosão 
atmosférica; lajes tipo steel 
deck; tubos estruturais de 
aço sem costura
> Volume de aço: 340 t
> Projeto estrutural: Figueiredo 
Ferraz (projeto 2007) 
> Fornecimento e montagem 
da estrutura metálica: 
CPC Estruturas Forte Metal 
e Sanebras Estruturas; 
coberturas: Perfilor e Dânica; 
conectores e stud-bolts: 
Ciser – Crescenza
> Execução da obra: Consórcio 
Odebrecht/Carioca/Construcap
> Local: Rio de Janeiro, RJ
> Data do projeto: 1996
> Conclusão da obra: 2007
O embarque foi transferido para o novo terminal, com três pavimentos e um sub-
solo, onde um túnel envidraçado abriga as salas de embarque e corredores de 
ligação. As pontes de embarque e desembarque de passageiros organizam, hoje, 
o trânsito de 8 milhões de passageiros por ano 
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17 &ARQUITETURA AÇO
Além do Santos-Dumont, no Rio, 
e Congonhas e Guarulhos, em São 
Paulo, Sergio Jardim é autor dos 
projetos do Aeroporto de Macapá, 
de Salvador e de Palmas
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Formado peLa FacuLdade de 
Arquitetura da Universidade Federal 
do Rio de Janeiro (UFRJ) em 1976, Sergio 
Jardim é um especialista em obras 
aeroportuárias. Ao longo de mais de 
três décadas, o arquiteto e diretor do 
escritório Planorcon realizou projetos 
de reformas e ampliações de alguns 
dos mais importantes aeroportos do 
país, como o Aeroporto Internacional 
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de Congonhas (SP), o Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP) e 
o Aeroporto Santos-Dumont (RJ). Na entrevista que se segue, Sergio 
Jardim comenta os desafios de sua obra mais famosa e reflete sobre 
o trabalho com arquitetura aeroportuária no Brasil.
AA – Quais os principais desafios em projetar aeroportos no Brasil?
SJ – Por força justamente das dimensões continentais do país, o 
desafio está na identificação das características regionais de onde se 
encontra o aeroporto e na elaboração de um projeto em obediência 
a essas características, principalmente no que se refere ao clima.
18 &ARQUITETURA AÇO
Passageiros –, o aeroporto estava com-
pletamente descaracterizado, com inter-
ferências desastrosas levadas a cabo ao 
longo dos anos. Resgatada a volumetria 
original, o prédio foi finalmente protegi-
do pelo Inepac. Cumprida essa etapa, nos 
coube, anos depois, projetar a ampliação 
do Terminal de Passageiros com o míni-
mo possível de intervenções no prédio 
existente, mantendo o máximo da trans-
parência do projeto original. Esse foi o 
maior desafio. 
AA – O projeto investe na “convivên-
cia” de construções com cerca de 70 
anos de diferença. O sr. enxerga essa 
consciência nas gerações de profissio-
nais que devem assumir nos próxi-
mos anos a mais importante leva de 
reformas na infraestrutura pela qual o 
Brasil já passou? 
SJ – Somos um país novo e os jovens 
arquitetos estão cada vez mais preocu-
pados com a preservação da memória 
arquitetônica e em encontrar destina-
ções, utilidades e funções contemporâ-
neas para as edificações. Isso demanda 
intervenções, e o aço, por suas inúmeras 
possibilidades de aplicação, vem a ser 
um excepcional facilitador. (F.L.) M
AA – Os projetos para aeroportos sofreram muitas mudanças ao 
longo das últimas décadas?
SJ – Sem dúvida. A utilização das estruturas em aço passou a permi-
tir ousadias estruturais, estéticas e operacionais, o que representouuma mudança fundamental para a arquitetura aeroportuária. Um 
exemplo é a marquise do Terminal de Passageiros do Aeroporto 
de Palmas (Tocantins), com um vão livre de 23 m, permitindo a 
circulação de veículos, passageiros e transeuntes, protegidos e sem 
qualquer obstáculo.
AA – Quais os desafios de reestruturar um conjunto complexo como 
o aeroporto Santos-Dumont?
SJ – Até 1998 - quando um incêndio quase destruiu o Terminal de 
A utilização das estruturas 
em aço passou a permitir 
ousadias estruturais, estéticas e 
operacionais, o que representou 
uma mudança fundamental para 
a arquitetura aeroportuária
“
“ 
Sergio Jardim sonha com a possibilidade de aeroportos sustentáveis, inseridos 
dentro de uma malha urbana igualmente consciente. "Assim, chegaríamos à 
condição de intermodalidade, apontando para um futuro economicamente equi-
librado, em que todos pudessem ser atendidos e transportados com conforto e 
segurança, transitando por espaços harmônicos, belos e funcionais"
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&ARQUITETURA AÇO 19 
O aço Usiminas estará presente na 
Copa de 2014. Nos estádios e em 
qualquer outro projeto que precise 
de soluções completas em aço.
Uma equipe de profissionais jogando juntos para oferecer soluções completas e sob medida para construções em aço. É 
com esse time que a Usiminas está preparada para executar, do começo ao fim e em todas as etapas, os projetos que irão 
preparar o Brasil para a Copa de 2014.
Unindo alta capacidade técnica e tecnologia de ponta, a Usiminas transforma cada obra em uma referência de agilidade, 
qualidade e sustentabilidade. Afinal, o aço Usiminas significa baixo desperdício, potencial de reciclabilidade acima de 90% 
e flexibilidade para se adaptar com facilidade a outros materiais, permitindo sua utilização no fechamento, cobertura e 
acabamento da obra.
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20 &ARQUITETURA AÇO
O dragão de aço
ConCluído em 2008, o Terminal 3 do aeroporTo inTernaCional de pequim é, Com seus 
1,3 milhão m², um símbolo da robusTez e ambição Chinesas. o maior aeroporTo do mundo 
Congrega passageiros sob uma CoberTura de aço que se espraia em uma área de 360 mil m²
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&ARQUITETURA AÇO 21 
Na página ao lado e acima, as ripas de aço que separam a cobertura, cujo 
revestimento externo alcança 275 mil m2 do T3 do Aeroporto de Pequim. Abaixo, 
passageiros após o desembarque em um dos mais modernos controles de 
bagagem do mundo
O maiOr aerOpOrtO do mundo 
tinha mesmo de ser construído no país 
mais populoso. Em março de 2008, a 
China viu a área total do Aeroporto 
Internacional de Pequim chegar a 
4,7 mil hectares. O Terminal 3 havia 
sido concluído – e em menos de qua-
tro anos. Juntamente com o Centro 
de Transportes Terrestres (CTT), o T3 
ocupa uma área de 1,3 milhão m2.
A construção do novo terminal foi 
acelerada pela admissão da China na 
Organização Mundial do Comércio, em 
2001, acontecimento que lhe abriu os 
mercados internacionais, e pelos Jogos 
Olímpicos de 2008, que atraíram os 
olhos do mundo para a sua capital. Era 
preciso que as portas de entrada e saída 
do país sintetizassem as ideias de ino-
vação e grandeza que a China queria 
transmitir ao mundo.
Como nos aeroportos de Stansted, 
em Londres, e de Chek Lap Kok, em 
Hong Kong, o projeto do escritório 
Foster and Partners, do arquiteto inglês 
Norman Foster, seguiu alguns princí-
pios construtivos eficientes: uma cober-
tura grande e unificadora; simplicidade 
de organização para o fluxo de passa-
geiros; luz natural abundante e um sis-
tema de transporte terrestre integrado.
Alguns pontos importantes do pro-
jeto de Pequim, entretanto, diferem 
dos de Londres e Hong Kong. Os vários 
andares que abrigam as instalações 
aeroportuárias em Chek Lap Kok deram 
lugar a uma distribuição horizontal e 
mais equilibrada em ambas as asas 
em “Y” do T3 – as suas duas estruturas 
triangulares, conectadas por um setor 
satélite que é a espinha dorsal do ter-
minal. Esse arranjo aproveita melhor o 
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22 &ARQUITETURA AÇO
espaço e aumenta o número de plataformas dos aviões, com vagas 
para 126 aeronaves.
Outra mudança foi concentrar os voos domésticos ao longo da 
asa norte, onde está localizado o CTT, e da área satélite. A medida 
reduz o taxiamento dos aviões, que ficam abrigados próximos aos 
prédios determinados. O desembarque dos viajantes internacionais 
também é diferente do que se vê em outros aeroportos. Em vez 
de atravessar um sem-fim de corredores e escadas rolantes, quem 
aporta em Pequim desce no andar superior da extremidade norte e 
é recebido em um oceânico teto de aço.
O Automated People Mover, trem que liga as duas pontas do 
aeroporto, leva o viajante, em menos de dois minutos, pelos 3,25 km 
que separam o desembarque do CTT, de onde ele pode seguir para 
o centro urbano da cidade.
A cobertura do T3 foi criada de 
modo a permitir que a luz do dia entre 
continuamente no edifício. Ela consis-
te numa construção em aço feita com 
módulos triangulares soldados ou apa-
rafusados, que produzem as diferen-
tes curvaturas do teto. A estrutura é 
revestida internamente com tiras de 
aço pintadas de branco, mantidas a 
uma distância suficiente para que a 
luz externa que trespassa as claraboias 
chegue ao interior do aeroporto.
Essa superfície contínua parece 
aumentar ainda mais a extensão da 
enorme cobertura. Sua estrutura é sus-
tentada por colunas tubulares de aço, 
de comprimentos variáveis. O ponto 
mais alto é o centro das duas estruturas 
triangulares; a partir dali, a cobertura 
cai suavemente em direção às pare-
des côncavas e à espinha do terminal. 
A impressão de andar por um espaço 
interminável é reforçada pelas filei-
ras das gigantescas colunas brancas, 
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Dividido em três áreas, o T3 está anexo ao Centro de Transportes Terrestres (acima), com uma cobertura de vidro de mais de 27 mil m2. 
Abaixo, a perspectiva renderizada do T3. A ligação do desembarque internacional com o CTT é feita por um trem que chega a 80 km/h 
&ARQUITETURA AÇO 23 
separadas por uma distância de 36 m.
Durante o dia, a luz entra no termi-
nal através das altas paredes de vidro, 
com suas robustas colunas treliçadas 
de aço – inclinadas para fora para redu-
zir o reflexo –, e das claraboias, visíveis 
pelo teto ripado. A luz natural destaca 
as cores intensas da estrutura, pintada 
em 16 variações de tons valorizados na 
cultura chinesa: do vermelho imperial 
dos balcões de check-in às sombras em 
laranja e amarelo no fim do terminal 
internacional.
Os dados da construção do T3 são 
tão impressionantes como ele próprio. 
No pico das obras, mais de 50 mil pes-
soas trabalharam simultaneamente 
naquele terreno. A estrutura da cober-
tura é feita de 18.950 toneladas de aço; 
as colunas que a sustentam exigiram 
26.850 toneladas do mesmo material. 
Números condizentes com um ter-
minal cujas estatísticas mostram que 
receberá 50 milhões de passageiros por 
ano até 2020. (F.a.) M
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As paredes côncavas, escolta-
das por colunas de aço, definem 
o corpo do T3, com capacidade 
para receber até14 mil pas-
sageiros de voos domésticos e 
internacionais a cada hora
Nas imagens abaixo, a vasta cobertura do T3. O primeiro terminal do aeroporto de Pequim foi construído em 1959, numa área de 78 mil 
m2. O T2 foi concluído depois de 40 anos e se estende por 326 mil m2. A construção do T3 – com seus 10,6 milhões de m3 de terraple-
nagem – foi realizada inteiramente por companhias chinesas
24 &ARQUITETURA AÇO
O Ilafa – InstItutO latInOamerIcanO de ferrO e açO – é uma InstItuIçãO nãO 
gOvernamental sem fIns lucratIvOs sedIada nO chIle que, entre dIversas Outras ações, 
e de fOrma sImIlar aO cBca, amplIa seu apOIO à cadeIa dO açO. a InstItuIçãO realIza 
anualmente um cOncursO de arquItetura entre as unIversIdades latInOamerIcanas
A primeirA edição do ConCurso ilAfA de Desenho em Aço para 
Estudantes de Arquitetura, ocorrida em 2008, teve como tema pavi-
lhões de exposições e convenções, na qual a equipe do Peru sagrou-se 
campeã. Em 2009, sob o tema aeroportos, conferiu o primeiro lugar 
ao projeto da equipe da Universidad Mayor de Santiago e reafirmou 
o objetivo de incentivar o desenvolvimento do ensino e a ampliação 
do conhecimento do uso do aço entre os estudantes de arquitetura 
e engenharia da América Latina. Além do projeto chileno, que ficou 
com o primeiro lugar, foram classificadas propostas de universidades 
do Brasil, Argentina, Peru, Venezuela, México e Equador. A premiação 
deste ano propõe os centros públicos como objeto do projeto.
A educação
para o aço
Como parte deste esforço de apro-
ximar o Brasil de uma construção mais 
industrializada, e menos artesanal, o CBCA 
promoveu, em 2008 e 2009, um concurso 
nacional em que os vencedores foram os 
representantes brasileiros no concurso do 
Ilafa. Nesta edição, apresentamos seis dos 
sete projetos finalistas da edição 2009 do 
concurso do Ilafa, escolhidos por um júri 
composto por representantes dos países 
participantes. (A.W. e f.A.)
&ARQUITETURA AÇO 25 
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ão 1º lugar: aeroporto sem Vento
país: Chile/universidad mayor de santiago
autores: luis Haro, markos Huincahue, 
José ripeti e luciano Valdivia
profs. orientadores: Cristian Winckler e pablo sari
A escolha de Punta Arenas, com as baixas temperaturas e os ventos 
intensos da região, levaram os estudantes a projetar um aeroporto sob o 
lema “sem vento”.
A proposta dos vencedores do concurso do Ilafa consiste em escavar 
2,5 m do solo, criando-se um abrigo do vento. Devido ao rigor do clima 
local, o projeto prevê o controle da entrada de ar e de luz. Uma cobertura 
é proposta sobre a área escavada. Essa estrutura metálica projeta-se a 
partir do nível original do terreno e ganha altura, num plano inclinado até 
o final do edifício e os hangares dos aviões.
Estendendo-se para fora da cobertura e atravessando-a terminal adentro 
estão dois tipos de claraboias. A primeira tem as extremidades abertas, 
o que permite a entrada do ar externo no aeroporto. A segunda cria 
ambientes dentro do terminal. Sobre a cobertura foi proposto um green 
roof, ou teto verde, composto de vegetação baixa,e que ajuda na absorção 
da chuva e na climatização do aeroporto.
Nas duas páginas, a proposta dos alunos da 
Universidad Mayor de Santiago, do Chile, que 
levou em consideração a configuração atual do 
aeroporto de Punta Arenas, e propõe a incor-
poração das três pistas existentes ao projeto 
vencedor do concurso de 2009
Corte A
26 &ARQUITETURA AÇO
Corte transversal
O projeto argentino para o aeroporto de Córdoba aproveita o terreno 
e as pistas da Escola de Aviação Militar da cidade e traça uma seção 
transversal, em aço, semelhante a uma coluna.
Ela funciona como um eixo do qual saem as “costelas” – vigas de 
diferentes formas e tamanhos que sustentam a cobertura. Cada um 
destes conjuntos constitui um módulo independente, que é ligado ao outro 
pelas pontas das vigas. Uma malha de aço é colocada sobre as vigas, 
sustentando a cobertura do aeroporto.
O eixo central orienta espacialmente os usuários, que podem atravessar 
diretamente as duas pontas do terminal, reduzindo a aglomeração 
de pessoas. Aliado ao aço, este sistema modular torna possível uma 
expansão mais simples do aeroporto: basta criar novos módulos e 
acomodá-los ao lado dos anteriores.
2º lugar: Coluna de aço
 país: argentina/Faculdade de 
arquitetura, urbanismo e desenho da 
universidad nacional de Córdoba
autores: ramiro Veiga 
e Federico urfer
profs. orientadores: Celina Caporossi, 
maría del Carmen e Fernández saiz
O desenho do aeroporto de Córdoba baseia-se 
na fuselagem dos aviões, e o vidro na cobertura 
e paredes destaca o aço das vigas transversais 
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&ARQUITETURA AÇO 27 
aeroporto de ribeirão preto
país: brasil/universidade são Judas 
tadeu
autores: anderson Carneiro noris, 
elis mariam duarte david de souza, 
Fernanda Ferreira da silva, gislaine 
moura do nascimento, rafael gustavo 
rodrigues e Wellington tohoru nagano
Consultor de cálculo estrutural: eng. 
arquimedes Costa
prof. orientador: leonardo shieh
Os alunos da Universidade São Judas 
Tadeu, em São Paulo, criaram um projeto 
que ultrapassa a proposta do concurso. 
Além do terminal de passageiros para o 
Aeroporto Estadual Dr. Leite Lopes, em 
Ribeirão Preto, eles sugerem também 
hangares e um terminal de cargas.
O terminal brasileiro é construído em 
estruturas modulares em perfis de aço, 
que podem ser reproduzidas e adicionadas 
à construção. Um espelho d'água ao seu 
redor esfria o ar que chega às paredes de 
vidro duplo – que, por sua vez, criam um 
“colchão”, fazendo o ar mais quente subir 
e se dissipar no alto do edifício. Estas 
medidas ajudam a reduzir a necessidade 
de climatização no terminal.
Os pórticos em aço vencem vãos de 42 m. 
Eles saem da área de desembarque, no 
térreo do aeroporto, cobrem o terraço 
atirantado do terceiro pavimento e se 
debruçam sobre o espaço de embarque, 
no segundo andar.
Corte transversal
Acima, visão transversal dos três níveis da 
proposta para o aeroporto de Ribeirão Preto, 
com seus pórticos de aço distantes 12,5 m 
entre si. Ao lado, a área de desembarque, o 
espelho d’água – que reduz a temperatura 
interna do edifício – e a esplanada de acesso 
ao terminal
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28 &ARQUITETURA AÇO
Construída sobre uma área de intensa atividade tectônica, a cidade de 
Arequipa foi escolhida pelos alunos peruanos para receber este ambicioso 
projeto. Eles se valeram de princípios de eletromagnetismo para tensionar o 
terminal de passageiros e fazê-lo, literalmente, flutuar.
Um conjunto de anéis de aço imantados, de polaridades opostas, é o 
elemento central da proposta. Cabos fixados ao chão são estendidos até 
as vigas curvas, que formam a estrutura do terminal. Na ponta de cada um 
dos cabos há um anel de carga elétrica inversa à de seu respectivo anel 
na viga. Polaridades diferentes atraem-se continuamente e tensionam-se 
mutuamente: os cabos, assim, tracionam as vigas sem que haja nenhum 
contato entre as estruturas.
O mesmo princípio físico é aplicado à sustentação das vigas. Duas âncoras 
cravadas ao chão são magnetizadas e, atraindo as pontas das vigas para 
direções opostas, mantêm a estrutura “presa” à terra. Como o terminal não 
toca o solo, o aeroporto seria menos impactado em caso de terremotos.
Elevação frontal
Planta geral
graVidade Zero
país: peru/universidad ricardo 
palma
autores: luis enrique Cueva 
Collantes, paolo díaz santisteban 
e Willinson maita mesías
profs. orientadores: Félix 
mayorca e Walter león
Abaixo, planta do terminal peruano, 
desenho inspirado nas asas do con-
dor. A torre de controle, como todo o 
aeroporto, é suspensa por um sistema 
eletromagnéticoIm
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&ARQUITETURA AÇO 29 
aeroporto de paCHuCa
país: méxico/escola superior de 
engenharia e arquitetura ipn
autores: eduardo benitez Chavira, 
rodolfo Franco Zamudio, Xavier ivan 
garcia allende, luis nemorio gress 
luna e alfonso edén gutiérrez Vásquez
prof. orientador: mario 
martinez Valadez
Pachuca, devido aos fortes ventos que sopram na cidade, é conhecida 
como “Bella Airosa”. Lá, os estudantes mexicanos decidiram instalar o 
segundo aeroporto para atender a região da Cidade do México.
Para amenizar os ventos foi pensado o desenho em elipse: o formato 
aerodinâmico do edifício ajuda a reduzir o impacto do vento sobre a 
construção. Pequenas perfurações na cobertura e nas paredes do 
aeroporto, auxiliado por uma película de vidro, ajudam a absorver o 
ruído dos aviões, diminuindo o desconforto sonoro dos usuários e a 
vibração no prédio.
Colunas de aço sustentam a estrutura tubular da cobertura. Os 
tubos estão unidos de modo a permitir uma ligeira movimentação da 
estrutura, de acordo com os ventos e com a dilatação do aço. Dobradiças 
instaladas nestas junções fazem com que a cobertura e as paredes se 
movimentem juntas, sem comprometer a integridade da estrutura ou a 
dos usuários, já que o piso permanece imóvel.
Acima, os módulos triangulares do 
projeto para o aeroporto mexicano, cuja 
estrutura tubular de aço, em forma de 
elipse, abriga seus três pavimentos 
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30 &ARQUITETURA AÇO
aerosombras
país: Venezuela/universidad Central de Venezuela
autores: Karla montauti e Yamandú meléndez
prof. orientador: Juan Castillo y edwing otero
Os ventos de Porto Cabello, cidade localizada à beira do mar do Caribe, 
também foram determinantes para o projeto dos alunos venezuelanos. O 
sol intenso da região foi igualmente importante para definir a disposição 
do aeroporto.
Para evitar a incidência direta do sol sobre as estruturas, a cobertura do 
terminal tem uma superfície “dobrada”. A maleabilidade do aço permite 
que se crie uma estrutura que, não sendo atingida perpendicularmente 
pelos raios, absorve menos o calor externo, amenizando a temperatura 
dentro do edifício.
A localização do terminal em relação ao 
oceano também foi considerada para 
reduzir o desconforto térmico dos usuários. 
Os ventos do mar e do continente entram 
no aeroporto pelo piso térreo, onde estão as 
áreas de acesso e check-in, e pelo primeiro 
pavimento, que abriga o embarque e 
desembarque. O ar mais frio retira calor do 
ambiente e sobe, dispersando-se acima da 
cobertura. Segundo os alunos, a ventilação 
cruzada e o aproveitamento da luz natural 
são inspirados nos preceitos do arquiteto 
venezuelano Carlos Raúl Villanueva, 
que projetou a Universidade Central da 
Venezuela, frequentada por eles.
Corte transversal
Corte longitudinal
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&ARQUITETURA AÇO 31 
32 &ARQUITETURA AÇO
Além dAs estruturAs pArA terminAis de passageiros e cargas, 
os aeroportos demandam uma intensa rede de infraestrutura para 
seu funcionamento. Atualmente, há uma grande preocupação com 
a ampliação do número de vagas para estacionamento de veículos 
nos aeroportos, que hoje já não dispõem de grandes áreas para tal 
finalidade. Assim, a construção de edifícios-garagem é uma solução 
para aumentar o número de vagas sem a necessidade do aumento 
da área projetada de terreno.
Os edifícios-garagem estruturados em aço são uma alternativa que 
permite um menor prazo de obra, já que o processo de fabricação das 
peças metálicas ocorre paralelamente à execução das fundações da 
obra. Além disso, uma obra em aço permite um melhor aproveitamen-
to das áreas de estacionamento, já que com este tipo de construção é 
possível aumentar o espaçamento entre colunas e reduzir a seção dos 
Edifícios-garagem
Rampa reta entre meio-pisos alternados
pilares, facilitando o layout e diminuindo 
o número de manobras que os motoristas 
necessitam executar. Fatores como segu-
rança para os usuários e redução do custo 
das fundações também são vantagens 
deste tipo de construção.
A escolha do tipo de rampa de acesso 
(retas entre dois pavimentos, retas entre 
meio-pisos alternados ou helicoidais) 
deve ser feita de acordo com as caracte-
rísticas do terreno. A declividade máxi-
ma não deverá ultrapassar 20%. Para 
uma operação mais segura, as rampas de 
subida e descida devem ser separadas.
estruturados em aço
Rampa helicoidal Rampa reta entre dois pavimentos
Por Rosane Bevilaqua
&ARQUITETURA AÇO 33 
A estrutura de um edifício-garagem é 
bastante simples, composta de vigas, 
pilares, lajes e fachadas. O correto posi-
cionamento de vigas e colunas tem 
influência direta no número de vagas 
e na quantidade de manobras para o 
estacionamento dos veículos. Assim, 
arquitetos e projetistas devem avaliar 
cuidadosamente as possibilidades e 
optar por aquela que ofereça a melhor 
relação custo/benefício.
As lajes, juntamente com as vigas metá-
licas, compõem o sistema de piso da 
garagem. Existem vários tipos de lajes, 
que se adaptam às diferentes necessi-
dades de cada projeto, podendo confi-
gurar um sistema estrutural misto ou 
isolado. Qualquer tipo de laje utilizada 
na obra fica exposta a intempéries, já 
que as fachadas precisam de uma gran-
de área aberta:
• O caimento do piso evita o empoça-
mento da água, que deve ser encami-
nhada à rede pluvial por canaletas;
• A impermeabilização de todos os 
pavimentos é essencial.
As fachadas ou fechamentos laterais deverão possuir 2/3 de sua 
área aberta, de forma a permitir a ventilação e dissipação de gases 
tóxicos em caso de incêndios. Com esta consideração, não se faz 
necessário o uso de proteção contra fogo na estrutura em aço.
O artigo “edifícios-garagem estruturados em aço” (disponível para 
download no site do CBCA) fornece as principais informações sobre 
tipologias dos edifícios, componentes estruturais, exigências dos 
órgãos públicos e taxas de consumo de aço para empreendimentos 
destinados ao estacionamento de veículos. M
O estacionamento criado no projeto de 
expansão do Shopping Center Flamboyant 
foi concebido por Bernardo Figueiredo, 
em 2006, e teve a utilização do aço como 
principal diretriz arquitetônica
Si
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Rosane Bevilaqua, engenheira civil, mestre em estruturas metálicas pela Universidade Federal de 
Minas Gerais, MBA em gerenciamento de projetos pela FGV, trabalha na área de estruturas metálicas 
desde 2003, em empresas como Medabil e Roll-on. Atua como engenheira consultora da Gerdau desde 
2008. E-mail rosane.bevilaqua@gerdau.com.br
Pilar 
metálico
Pilar metálico
Pilar metálico
Lajes
Rampa
Fechamento 
lateral
Vigas 
secundárias
Viga 
principal
Endereços
 
 
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y 12 - Cidade do México (México)
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Ciudad Universitaria, 
s/n Los Chaguaramos
Caracas (Venezuela)
Tel./Fax: (58212) 
605.4190 / 4201
E-mail: bvirtual@sicht.ucv.ve
www.ucv.ve
Universidad Mayor de Santiago 
Américo Vespucio Sur, n° 357, 
Las Condes – Santiago (Chile)
Tel.: +(56-2) 328-1604
www.umayor.cl 
Universidad Nacional 
de Córdoba
Haya de la Torre, s/nº, 
Pabellón Argentina 
Córdoba (Argentina)
Tel.: +(54) 433-2091 
www.unc.edu.ar 
Universidad Ricardo Palma
Av. Benavides, n° 5.440 
Lima (Peru)
Tel.: +(51) 1708-0000
www.urp.edu.pe
Universidade São Judas Tadeu
Rua Taquari, n° 546 
São Paulo (SP)
Tel.: (11) 2799-1677 
www.usjt.br 
&ARQUITETURA AÇO34
&ARQUITETURA AÇO 35 
Unidade Marau:
Rodovia RS 324, km 82
99150-000
Marau - RS
Fone/fax: (54) 3342.7400
adm@metasa.com.br
Unidade Santo André:
Av. Industrial, 2558 - Bairro Campestre
09080-501
Santo André - SP
Fone/fax: (11) 2191.1300
metasasp@metasa.com.br
Escritório Comercial RS:
Av. Cristóvão Colombo, 2394
90560-002
Porto Alegre - RS
Fone/fax: (51) 2131.15000
comercial@metasa.com.br
Escritório Comercial SP:
Alameda dos Nhambiquaras, 1518
Conjuntos 122/12 - Bairro Moema
04090-003 - São Paulo - SP
Fone/fax: (11) 3795.1400
comercialsp@metasa.com.br
www.metasa.com.br
Construindo o futuro em aço
Fotos da Vallourec & Sumitomo Tubos do 
Brasil (VSB) em Jeceaba/MG;
8000 toneladas de estruturas metálicas.
A METASA sente-se muito honrada em ser escolhida para fabricar as 
estruturas metálicas da primeira aciaria do mundo projetada em estruturas 
tubulares, com tubos produzidos pela V & M do BRASIL. 
Fotos: Thiago Fernandes.
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36 &ARQUITETURA AÇO
expediente
Números aNte rio res:
Os núme ros ante rio res da revista 
arquitetura & aço estão dis po ní veis para 
down load na área de biblio te ca do site: 
www.cbca-iabr.org.br
próximas edições:
Copa do Mundo de 2010 – junho de 2010
Habitação de Interesse Social – setembro de 2010
Obras Metroviárias – dezembro de 2010
material para publi ca ção:
Contribuições para as próximas edições 
podem ser enviadas para o CBCA e serão ava-
liadas pelo Conselho Editorial de arquitetura 
& aço. Entretanto, não nos comprometemos 
com a sua publicação. O material enviado 
deverá ser acompanhado de uma autorização 
para a sua publicação nesta revista ou no site 
do CBCA, em versão eletrônica. Todo o mate-
rial recebido será arquivado e não será devol-
vido. Caso seja possível publicá-lo, o autor 
será comunicado.
É necessário o envio das seguintes informa-
ções em mídia digital: desenhos técnicos do 
projeto, fotos da obra, dados do projeto (local, 
cliente, data do projeto e da construção, autor 
do projeto, projetista estrutural e construtor) 
e dados do arquiteto (endereço, telefone de 
contato e e-mail).
Revista Arquitetura & Aço 
Uma publi ca ção tri mes tral da Roma Editora 
para o CBCA (Centro Brasileiro da Construção em Aço)
CBCA: Av. Rio Branco, 181 – 28º andar
20040-007 – Rio de Janeiro/RJ
Tel.: (21) 3445-6332
cbca@acobrasil.org.br
www.cbca-iabr.org.br
Conselho Editorial
Catia Mac Cord Simões Coelho – CBCA/IABr
Marcelo Micali – CSN
Paulo César Arcoverde Lellis – Grupo Usiminas
Roberto Inaba – Grupo Usiminas
Ronaldo do Carmo Soares – Gerdau Açominas
Silvia Scalzo – ArcelorMittal Tubarão 
Supervisão Técnica
Sidnei Palatnik
Publicidade
Ricardo Werneck
tel: (21) 3445-6332
cbca@acobrasil.org.br 
Roma Editora 
Rua Lisboa, 493 – 05413-000 – São Paulo/SP
Tel.: (11) 2808-6000
cbca@arcdesign.com.br
Direção
Cristiano S. Barata
Coordenação Editorial
Ana Weiss
Redação
Ana Weiss, Deborah Peleias, Fabrício Andrade 
e Fernanda Lopes
Revisão
Deborah Peleias
Editoração
Cibele Cipola (edição de arte), Mariana 
Zanarelli e Phillipe Guedes (estagiários)
Pré-impres são e Impres são
Cantadori / Ibep
Endereço para envio de material:
Revista Arquitetura & Aço – CBCA
Av. Rio Branco, 181 – 28º andar
20040-007 – Rio de Janeiro/RJ
cbca@quadried.com.br
É per mi ti da a repro du ção total dos tex tos, desde que men cio na da a fonte.
É proi bi da a repro du ção das fotos e dese nhos, exce to median te auto ri za-
ção ex pres sa do autor.
37 ARQUITETURA AÇO&
38 &ARQUITETURA AÇO
PERFIS GERDAU AÇOMINAS. 
FUNDAMENTAIS PARA AS MELHORES OBRAS.
Toda obra pede uma excelente fundação e uma ótima 
estrutura, e os Perfis Gerdau Açominas são os 
melhores para isso. Além de custo competitivo, 
eles garantem limpeza no canteiro de obra, rapidez 
na construção e inteligência no processo de instalação. 
E você conta com a qualidade Gerdau Açominas 
por dentro da sua obra.
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