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Gastrite Crônica
Ref. Teórico: Tratado de Gastroenterologia
Aluna: Ana Lívia de Souza Barbosa 
Gastrite : condição inflamatória da mucosa gástrica tendo com principal causador, o H.pylori (estando mais comum no antro do que no corpo do estômago). Na gastrite há presença de linfócitos e plasmócitos, além de neutrófilos (na inflamação ativa). 
Figura 1
A gastrite pode vir acompanhada de atrofia (perda das glândulas em consequência de um processo inflamatório prolongado), de modo que, a atrofia costuma se iniciar na área da incisura-angular (importante área biopsiada) e pode dar lugar à metaplasia (há a metaplasia intestinal e a pseudopilórica, de modo que, a intestinal é a que dá risco de câncer) que é um marcador importantíssimo de câncer gástrico. 
Sequência comum de eventos: gastrite aguda gastrite crônica atrofia gástrica metaplasia displasia câncer gástrico. 
H.Pylori é a maior causa de gastrite 
A prevalência de gastrite se dá com o aumento da idade e em países com baixa higiene ambiental (subdesenvolvidos), de modo que, nesses países quase todas as crianças são infectadas até os 10 anos. Após a infância é difícil ter H.Pylori
Sistema Sidney: sistema usado mundialmente e que apresenta 2 divisões para se estudar a gastrite: histológica (topografia, morfologia e etiologia) e endoscópica 
Topografia: distribuição da gastrite (antro, corpo, todo o estômago...)
Morfologia: descreve detalhes (inflamação, atividade, atrofia, metaplasia, H.Pylori). Há as formas leve, moderada e acentuada. Também há três modelos morfológicos com relação ao tipo de gastrite: Gastrite aguda (rara e principalmente com infiltrado de neutrófilos), gastrite crônica (infiltrado principalmente de linfócitos e plasmócitos e pode vir acompanhada de atrofia ) e formas especiais (há implicações clínicas e patológicas estabelecidas em que o epitélio ou o infiltrado inflamatório tem um modelo reconhecido)
Etiologia: causa (doença autoimune, H.Pylori)
Endoscopia: recomenda-se cinco amostras de biópsia 
1- Grande e pequena curvatura do antro distal
2- Pequena curvatura na incisura angularis 
3- Paredes anterior e posterior do corpo proximal
Sistema OLGA: sistema que relata o estágio da gastrite através da combinação da extensão da atrofia e da localização. 
Figura 2
Princípios básicos para o OLGA é que ele detecta a atrofia gástrica que é um MARCADOR para câncer gástrico. Ele também visa ter uma quantidade definida de biópsias. 
Coisas em comum entre o OLGA e o Sidney: ambos visam uma quantidade definida de biópsias e incluem informações sobre a etiologia (Ex. H.Pylori, d autoimune).
OLGA é o resultado do cruzamento da pontuação total do antro com a pontuação total do corpo dando resultados em 4 estágios (Ver figura 2) . Assim, faz-se biópsia das 5 amostras observadas no sistema de Sidney e soma as 3 amostras do Antro, separado das 2 amostras do corpo. Os resultados se encaixam em um dos 4 tipos de atrofia: 
 Sem atrofia: 0 pontos 
 Atrofia leve: 1 ponto
 Atrofia moderada: 2 pontos 
 Atrofia acentuada: 3 pontos 
O resultado do nível de atrofia do corpo é cruzado com o resultado do nível de atrofia do antro, gerando um dos estágios do sistema OLGA e que são:
Estágio 0: não há atrofia, 
Estágio 1: lesões detectadas em poucas amostras. O resultado de H.pylori deve ser explicitado
Estagio 2: resultado de diferentes combinações e localizações da atrofia, mas sendo mais detectado no antro do que no corpo. Tem baixo risco de câncer. O resultado de H.pylori deve ser explicitado
Estágio 3: resulta de ao menos uma atrofia moderada em um dos compartimentos. O resultado de H.pylori deve ser explicitado
Estágio 4: resulta de atrofia em ambos os compartimentos o que é chamado de gastrite panatrófica. 
Relação da gastrite crônica com doenças gástricas 
1- Câncer: o H.pylori provoca alterações genotípicas e fenotípicas na mucosa a partir de uma reação inflamatória que pode persistir por toda a vida, de modo que, o sistema imune não consegue dar conta, deixando o hospedeiro vulnerável a fatores como supercrescimento bacteriano, formação de compostos como N-nitroso a partir d uma dieta rica em sal, tabagismo, álcool.....
2- Doença ulcerosa péptica: em muitos casos a gastrite parece preceder a úlcera, sugerindo que é a gastrite é um fator de risco para a geração de úlcera
3- Outras doenças: pólipo, carcinoma, anemia pernicioso (esta última gera atrofia da mucosa).
Quadro clínico: Gastrite crônica é assintomática mesmo em gastrite acentuada, de modo que, as queixas são muito variáveis como náusea, vômito, por epigástrica desconforto, estufamento pós-pandrial. Mas, um quadro sintomático específico ainda é difícil. 
Diagnóstico: é feito pela biópsia gástrica, porém a inflamação macroscópica visto pelo EDA é diagnosticado por uma ou mais anormalidades visíveis como: edema, enatema, friabilidade, exsudato, erosão plana, erosão elevada, nodulosidade, hiperplasia das pregas, atrofia das pregas, área de hemorragia intramural e visibilidade do padrão vascular. Dependendo das características encontradas, teremos diferentes tipos de gastrite de acordo com a divisão endoscópica do Sistema de Sidney e que são: enatematosa/exudativa, pregas hiperplásicas da mucosa, erosões planas, hemorrágica, erosões elevadas, refluxo, atrófica. 
Prevenção do câncer gástrico: se dá primeiro pelo rastreamento do grupo de risco, diagnóstico e tratamento. Em pacientes com estágio 3 e 4 do OLGA, se faz necessário uso do EDA. Mas, sendo o EDA oneroso, pode-se fazer uso d testes sorológicos como dosagem de pepsinogênio e de gastrina. Em câncer de corpo gástrico o pepsinogênio 1 está baixo (atrofia das glândulas do corpo) e a gastrina está alta (produzida pelo antro e que estimula a produção de ácido pelas oxínticas do corpo.

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