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2 PODERES ADMINISTRATIVOS

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1. PODERES ADMINISTRATIVOS
· Conjunto de prerrogativas e direitos que a Administração Pública confere aos seus agentes para que possam exercer as atividades públicas.
· (poder-dever) Carvalho Filho conceitua os poderes administrativos "como o conjunto de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins".
· São irrenunciáveis
· A Omissão é considerada uma espécie de Abuso de poder.
2. DEVERES DO ADMINISTRADOR:
São deveres do administrador público, entre outros: 
1) dever de eficiência;
2) dever de probidade (moral, ética); 
3) dever de prestar contas; 
4) poder-dever de agir.
3. ESPÉCIES DE PODER
• Poder Disciplinar;
 • Poder Hierárquico; 
• Poder Vinculado;
 • Poder Discricionário; 
• Poder de Polícia;
 • Poder Regulamentar.
3.1 PODER VINCULADO
· Justifica a prática de ato vinculado;
· Sem a prática de um fato não há ato administrativo;
· O agente público enquadra o fato na lei, e se a lei determinar a prática do ato, o ato é vinculado. O ato vinculado é algo mecânico, apenas obedece ao que a lei estabelece.
3.2 PODER DISCRICIONÁRIO
· O ato discricionário pode ser revogado → Critério de conveniência e oportunidade;
· O poder discricionário também fundamenta a revogação do ato administrativo, e se dá por conveniência ou oportunidade.
3.3 PODER HIERARQUICO 
· Graus de subordinação dentro da Administração;
· Prerrogativas: fiscalização, coordenação, delegação, revisão, avocação, remoção, exoneração.
· EXPEDIR UMA ORDEM:
· Geral – abstrata (poder regulamentar)
· Individual – trata de um assunto específico (escala de férias para o setor 01)
• CONSENTIMENTO: tem base no Poder Vinculado ou no Poder Discricionário. (quem pede para quem – subordinado para superior.)
• FISCALIZAÇÃO: Autotutela → legalidade e análise de mérito.
· CARACTERÍSTICAS: 
· Ocorre dentro da Adm.
· Não alcança os particulares; 
· Não há hierarquia entre Administração Direta e as entidades da Administração Indireta (autonomia administrativa). Há vinculação;
· Toda entidade é vinculada a um órgão da Administração Direta (vinculação administrativa). O único controle admitido entre a Administração Direta e Indireta é o chamado "supervisão ministerial" ou "controle finalístico".
Art. 12, Lei n. 9.784/99 Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 
Art. 13, Lei n. 9.784/99. Não podem ser objeto de delegação: I – a edição de atos de caráter normativo; II – a decisão de recursos administrativos; III – as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 
Súmula n. 510 STF. Praticado o ato por autoridade, no exercício de competência delegada, contra ela cabe o mandado de segurança ou a medida judicial (delegante/delegado). Art. 116, lei n. 8.112/1990. São deveres do servidor: (...) IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; (...) XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder
Art. 116, lei n. 8.112/1990. 
São deveres do servidor: (...) 
IV – cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; (...) XII – representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
3.4 PODER DISCIPLINAR 
· Prerrogativa da Administração para punir os agentes públicos e os particulares que estiverem sob sua disciplina, advindos de uma relação pretérita.
· Sanção: apurar e aplicar penalidade (PAD) ex. demissão.
· Sempre que a Administração for aplicar uma punição, deve atender: 
· Contraditório (é o momento de defesa);
· A ampla defesa (apresentação de provas lícitas para defesa), sob pena de nulidade da punição.
· Vedada a verdade sabida → inconstitucional.
Para o administrador aplicar uma penalidade, necessariamente deve ser dada a oportunidade de defesa ao punido. No princípio da verdade sabida, não precisava de qualquer contraditório ou ampla defesa, era aplicação sumária de uma penalidade. Hoje não existe mais esse princípio.
· Pode ser que o poder disciplinar seja derivado do poder hierárquico → penalidade aplicado a servidor público.
· Quando não é derivado do poder hierárquico → quando aplicar pena ao particular, vez que não há hierarquia entre administração e particular.
· Exemplo de punição com os particulares: um contratado, o Poder Público contrata uma empresa para construir uma ponte, mas essa empresa está trabalhando de forma irregular. Neste caso, o Poder Público pode aplicar uma penalidade, como uma multa contratual ou uma suspensão em contratar com a AP. Essa penalidade tem fundamento no poder disciplinar.
Atos Punitivos → visa punir;
· Pode ter fundamento no Poder de Polícia (alcança todos os particulares de maneira indiscriminada) ou no Poder Disciplinar (alcança os agentes públicos e particulares que estão sob disciplina da Administração pública e possuem vínculo com esta).
 ► O poder disciplinar é tipicamente discricionário.
 A medida da penalidade é discricionária, mas a instauração da investigação é obrigatória. 
Maria Sylvia Zanella Di Pietro, ao lecionar o tema, ressalta que "a administração não tem liberdade de escolha entre punir e não punir, pois, tendo conhecimento de falta praticada por servidor, tem necessariamente que instaurar o procedimento adequado para sua apuração e, se for o caso, aplicar a pena cabível. Não o fazendo, incide em crime de condescendência criminosa, previsto no artigo do Código Penal, e em improbidade administrativa, conforme art. 11, inciso II, da Lei n. 8.429, de 02/06/1992".
1. A prerrogativa da administração de impor sanções a seus servidores, independentemente de decisão judicial, decorre imediatamente do poder disciplinar e mediatamente do poder hierárquico.
→. Em "independentemente de decisão judicial" há a autoexecutoriedade dos atos administrativos. Aqui está a presença de poder disciplinar, que é a possibilidade de impor sanções a seus servidores; e como essa relação atinge o servidor, está presente o poder hierárquico também.
2. Constitui manifestação do poder disciplinar da administração pública a aplicação de sanção a sociedade empresarial no âmbito de contrato administrativo.
→. É importante lembrar do exemplo dado acima, quando a AP contratou uma empresa e esta praticou ilegalidade, que levou a AP a impor alguma sanção, com a presença do poder disciplinar
3. O poder hierárquico está relacionado à apuração de infrações e à aplicação de penalidades aos servidores públicos, ao passo que o poder disciplinar se vincula às sanções impostas a particulares.
 →. Nesta questão não se descreve poder hierárquico, que seria apenas fiscalização; descrevesse poder disciplinar, que está relacionado à apuração de infrações
4. Sobre o exercício do poder disciplinar da Administração Pública, é correto afirmar que tal poder Parte superior do formulário 
a. é exercido somente em face de servidores regidos pelas normas estatutárias, não se aplicando aos empregados públicos, regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho.
 b. admite a aplicação de sanções de maneira imediata, desde que tenha havido prova inconteste da conduta ou que ela tenha sido presenciada pela autoridade superior do servidor apenado. – Verdade sabida.
c. é aplicável aos particulares, sempre que estes descumpram normas regulamentares legalmente embasadas, tais como as normas ambientais, sanitárias ou de trânsito. – poder de polícia
d. É extensível a sujeitos que tenham um vínculo de natureza especial com a Administração, sejam ou não servidores públicos.
 e. não contempla, em seu exercício, a possibilidadede afastamentos cautelares de servidores antes que haja o prévio exercício de ampla defesa e contraditório. → Afastamento cautelar pode ser determinado pela AP, para que o servidor não venha prejudicar as investigações, mas isso não é considerado uma punição. – o afastamento ocorre com o recebimento de remuneração.
3.5 PODER REGULAMENTAR
· Criar decreto pelo chefe do poder executivo → prefeito, governador e presidente.
· Decreto de execução → detalhar a lei para sua fiel execução
· Ato secundário (primeiro vem a lei, se precisar de um complemento, o decreto surge)
· Não pode ser contra a lei (contra legem)
· Não pode extrapolar o limite da lei – criar uma nova situação jurídica (ultra legem)
· Deve ser geral e abstrato – não específico para uma pessoa, mas sim sobre uma situação em si, tal como: parcelamento de férias.
Exemplo:
LEI N. 14.751, DE 28 DE MAIO DE 2008 DISPÕE SOBRE A IMPLANTAÇÃO DE PROGRAMA DE RESTRIÇÃO AO TRÂNSITO DE VEÍCULOS AUTOMOTORES PESADOS, DO TIPO CAMINHÃO, NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. 
Art. 1º Fica implantado, em caráter experimental, o Programa de Restrição ao Trânsito de Veículos Automotores Pesados, do tipo caminhão, no Município de São Paulo. (...) 
Art. 9º O Executivo (prefeito) regulamentará (decreto) esta lei no prazo de 30 (trinta) dias, a partir da data de sua publicação.
DECRETO N9 58.584, DE 20 DE DEZEMBRO DE 2018 
Fica regulamentado e denominado Rodízio Municipal o programa objeto das Leis n. 12.490, de 3 de outubro de 1997, e n. 14.751, de 28 de maio de 2008, que consiste na proibição da circulação de veículos automotores, inclusive caminhões, nas vias públicas do Município de São Paulo, de segunda a sexta-feira, exceto feriados, nos períodos compreendidos entre 7h00 (sete horas) e 10h00 (dez horas) e entre 17h00 (dezessete horas) e 20h00 (vinte horas), com base no dígito final da placa do veículo, independentemente de sua localidade de licenciamento, na seguinte conformidade: 
I – Segundas-feiras: dígitos finais 1 e 2;
 II – Terças-feiras: dígitos finais 3 e 4; 
III – Quartas-feiras: dígitos finais 5 e 6;
IV – Quintas-feiras: dígitos finais 7 e 8;
V – Sextas-feiras: dígitos finais 9 e 0
· Muitos desses Atos Legislativos também precisam sofrer regulamentação, gerando os Atos Administrativos, que são normas secundárias. A partir daqui a ideia é garantir a fiel execução, que significa detalhar lacunas que a lei deixou. Para que seja um ato administrativo recorrente do Poder Regulamentar, os atos precisam ser gerais, atos que sejam abstratos.
3.5.1 FUNDAMENTO
Art. 84, CF. Compete privativamente ao Presidente da República (Chefe do Executivo): (...) 
IV – sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução; 
Obs.: o Decreto é a forma do ato, o conteúdo é justamente o regulamento. 
CONTROLE EXTERNO:
Art. 49, CF. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...)
 
V – sustar (tirar a validade) os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
3.5.2 DECRETO AUTÔNOMO 
· Estes são considerados atos primários, porque o Decreto Autônomo que nasce da CF não precisa da lei primeiro, já e fundamentado na CF). 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
VI – dispor, mediante decreto, sobre:
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
· Então o decreto autônomo não pode suprir a omissão do Poder Legislativo de maneira alguma.
· Consta, no parágrafo único do art. 84, da CF, que o Presidente da República poderá delegar a competência de editar decreto autônomo aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados nas respectivas delegações.
1. MINISTRO
2. PGR
3. AGU
Obs.: Poder Normativo tem competência para editar ato normativo (regimento interno, instrução normativa, deliberação, resolução, decreto e portaria). 
Dentro do Poder Normativo está o Poder Regulamentar. O mais comum é a divisão do decreto do poder regulamentar que foi estudado, mas a professora Di Pietro trata o decreto, como também todos os atos normativos, pertencendo ali ao poder normativo. 
Então o Poder Normativo, para a autora, é mais amplo que o Poder Regulamentar, porque o Poder Normativo representa a competência de várias autoridades para edição de atos normativos, que entra aí o decreto. Já o Poder Regulamentar serve apenas para editar decreto, apenas nas mãos dos Chefes do Executivo.
3.6 PODER DE POLÍCIA
· Para Meirelles, “poder de polícia é a faculdade de que dispõe a Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado”. 
Exemplo: veículo parado em local proibido
· Polícia administrativa é matéria abordada pelo Direito Administrativo. A polícia judiciária, por sua vez, está relacionada ao Direito Penal
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da Administração Pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou obtenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, no exercício das atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do poder público, à tranquilidade pública ou o respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
· O CTN autoriza cobrança de taxa para a Administração Pública efetivar tal prática. Exemplo: pagamento de taxas para transferir veículo.
Segundo a CF:
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
I – impostos; 
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
· Consideram-se exemplos de polícia administrativa: polícia de trânsito (Detran), polícia sanitária, polícia de zoonose etc. 
· A polícia judiciária atinge a liberdade do ser humano quando há prática de crime ou de contravenção. As atividades da polícia judiciária são praticadas por órgãos corporativos, como a Polícia Federal, a Polícia Civil etc. 
Para Hely Lopes Meireles, a polícia administrativa incide sobre bens, direitos e atividades, ao passo que outras atuam sobre pessoas, individual ou indiscriminadamente. 
A polícia administrativa é inerente e se difunde por toda a Administração Pública, enquanto as demais são privativas de determinados órgãos (Polícias Civis) ou corporações (Polícias Militares). 
No mesmo sentido, José Carvalho dos Santos Filho assevera que a polícia judiciária é executada por “órgãos de segurança (polícia civil e militar), ao passo que a polícia administrativa o é por órgãos administrativos de caráter mais fiscalizador”.
 A distinção entre polícia administrativa e judiciária é perfeitamente abordada por José do Santos Carvalho Filho: Quando agentes administrativos estão executando serviços de fiscalização em atividades de comércio, ou em locais proibidos para menores, ou sobre as condições de alimentos para consumo, ou ainda em parques florestais, essas atividades retratam o exercício de Polícia Administrativa. Se, ao contrário, os agentes estão investigando a prática de crime e, com esse objetivo, desenvolvem várias atividades necessárias à sua apuração, como oitiva de testemunhas, inspeções e perícias em determinados locais e documentos, convocação de indiciados etc. são essas atividades caracterizadas como polícia judiciária, eis que, terminada a apuração, os elementos são enviados ao Ministério Público para, se for o caso, providenciar a propositura da ação penal (2008, p. 75-76).
Ciclo de Polícia Administrativa(Ordenação Lógica dos Atos) 
1) A ordem de polícia – além da lei + os atos administrativos infralegais 
· Atos normativos (portarias, atos, resoluções).
· Geral - Abstrata
2) O consentimento de polícia – é o que a doutrina costuma chamar de limitações administrativas (licenças e autorizações). O consentimento de polícia configura prática de ato negocial: 
• Licença – ato vinculado. (Ex. emissão CNH)
• Autorização – ato discricionário. (Ex. porte de arma)
• Permissão – ato discricionário. (Ex. bar colocar mesas na calçada)
Obs.: os atos negociais representam atividade preventiva do Estado. 
3) A fiscalização de polícia – atividade material do Estado representando atividade preventiva por meio de fiscalização. 
· Verifica se as ordens estão sendo cumpridas
· Preventivo
4) A sanção de polícia – refere-se à aplicação de multa, interdição ou retirada, logo apresenta atividade repressiva.
· Repressivo
ATRIBUTOS PODER DE POLÍCIA
1. DISCRICIONARIEDADE (existem atos vinculados)
2. AUTOEXECUTORIEDADE (não precisa de autorização do judiciário)
· Ex. apreender e interditar.
· Multa → não possui autoexecutoriedade, porque se a pessoa não pagar deverá acionar o poder judiciário.
3. COERCITIVO 
· Não representa uma opção ao particular;
· O poder de polícia é obrigatório. Não representa uma opção para o particular. A partir do momento que a administração emite o ato, ele deverá ser prontamente cumprido. Se o particular não aceitar a determinação da administração, pode até utilizar uma força física, proporcional à gravidade do fato.
PRESCRIÇÃO
Perda do direito da ação.
Se o particular praticar alguma ilegalidade, a administração não pode punir o infrator passados 5 anos. 
Observe como está disposto na Lei n. 9.873/1999. 
Art. 1º Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor, contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em que tiver cessado. 
§ 2º Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.
QUESTÃO!
O prazo prescricional para que a administração pública federal, direta e indireta, no exercício do poder de polícia, inicie ação punitiva, cujo objetivo seja apurar infração à legislação em vigor, é de cinco anos, contados da data em que o ato se tornou conhecido pela administração, salvo se se tratar de infração dita permanente ou continuada, pois, nesse caso, o termo inicial ocorre no dia em que cessa a infração. → ERRADA!
Tese de Repercussão Geral (Info 793/2015 STF) 
“É constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício de poder de polícia de trânsito, inclusive para imposição de sanções administrativas legalmente previstas.” 
O STF entende ser constitucional a atribuição, pelo município, do exercício do poder de polícia de trânsito a guardas municipais, inclusive no que se refere à imposição de sanções administrativas legalmente previstas.
5. PODER NORMATIVO	
O poder normativo ou regulamentar é a prerrogativa reconhecida à Administração Pública para editar atos administrativos gerais para fiel execução das leis. Tradicionalmente, é reconhecida a possibilidade de órgãos e entidades localizadas institucionalmente fora do âmbito do Poder Legislativo exercerem, também, poder normativo. 
Trata-se, em verdade, de uma consequência do caráter relativo do princípio da separação de poderes que, segundo a doutrina do checks and balances, permite a cada um dos “Poderes” o exercício de funções atípicas de forma a controlar o outro “Poder”. Ou seja, cada “Poder” exerce funções típicas, correspondentes ao seu nome (Poder Executivo executa a lei; o Legislativo cria as leis, inovando na ordem jurídica; e o Judiciário resolve, com definitividade, as lides, além de controlar a constitucionalidade de leis e atos normativos), bem como funções atípicas que seriam, em princípio, inerentes aos outros “Poderes” (o Chefe do Executivo pode exercer poder normativo com caráter inovador mediante a edição, v.g., das medidas provisórias e da lei delegada, conforme previsto, respectivamente, nos arts. 62 e 68 da CRFB).
O poder normativo da Administração Pública pode ser exercido basicamente por meio da delegação legislativa ou do próprio poder regulamentar. Enquanto a delegação legislativa possibilita a prática de ato normativo primário, com força de lei (ex.: medidas provisórias e leis delegadas, previstas, respectivamente, nos arts. 62 e 68 da CRFB), o poder regulamentar encerra uma atividade administrativa, de cunho normativo secundário. Em verdade, o poder normativo das entidades administrativas, exercido com fundamento em norma legal, não decorre da delegação propriamente dita operada pelo legislador, mas, ao contrário, é inerente à função administrativa e pode ser exercido dentro dos limites fixados em lei. 
É conferido à Administração Pública o poder de regulamentar a legislação, esclarecendo-a e detalhando-a, de forma a possibilitar a sua concretização. Em algumas situações, a própria Constituição da República confere a possibilidade de a Administração editar regulamentos sem a necessidade de intermediação legislativa, como se analisará no tópico abaixo.
5.1. Regulamentos 
Saliente-se que Regulamento e Decreto são referências ao mesmo ato normativo. Isso porque o Regulamento é o ato normativo privativo do chefe do Poder Executivo e Decreto é a sua forma. Em outras palavras, pode-se dizer que o Regulamento é expedido por meio de um Decreto.
· Os regulamentos são atos privativos do chefe do Poder Executivo.
	ESPÉCIES DE REGULAMENTO
	Regulamentos executivos
	São aqueles editados para a fiel execução da lei. Este regulamento não pode inovar o ordenamento jurídico, mas somente pode complementar a lei. Art. 84, IV da CF.
	Regulamentos Autônomos
	São Regulamentos que atuam substituindo a lei e têm o condão de inovar o ordenamento jurídico, determinando normas sobre matérias não disciplinadas em lei. 
Em consonância com o entendimento majoritário da doutrina e jurisprudência brasileiras, só são admissíveis duas espécies de Regulamentos Autônomos no ordenamento jurídico pátrio, quais sejam, as duas situações previstas no art. 84, VI da Carta Magna. São exceções à regra geral de que o chefe do Poder Executivo edita decretos para fiel execução da lei, sem o caráter de inovação da ordem jurídica (organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos).
5.2. Poder regulamentar e poder regulatório
O poder regulamentar não se confunde com o poder regulatório. De um lado, o poder regulamentar possui as seguintes características:
1. Competência privativa do chefe do Executivo (art. 84, IV, da CRFB);
1. Envolve a edição de normas gerais para fiel cumprimento da lei;
1. Conteúdo político.
Por outro lado, o poder regulatório apresenta as seguintes características:
1. Competência atribuída às entidades administrativas, com destaque para as agências reguladoras (art. 174 da CRFB);
1. Engloba o exercício de atividades normativas, executivas e judicantes;
1. Conteúdo técnico.
1. 
5.3. Reserva da Administração 
A liberdade de conformação do legislador encontra limites no texto constitucional. Entre esses limites, costuma-se apontar, no Direito Comparado, a existência da denominada “reserva de administração” como um verdadeiro “núcleo funcional da administração ‘resistente’ à lei”. Daí a Constituição, em situações específicas, determinar que o tratamento de determinadas matérias fica adstrito ao âmbito exclusivo da Administração Pública, não sendo lícita a ingerência do parlamento.
A reserva de administração pode ser dividida em duas categorias:
	Reserva geral de administração
	Fundamenta-se no princípio da separação de poderes e significa que a atuação de cada órgão estatal não pode invadir ou cercear o “núcleo essencial” da competência dos outrosórgãos, cabendo exclusivamente à Administração executar as leis, especialmente no exercício da discricionariedade administrativa;
	Reserva específica de administração
	Quando a Constituição destaca determinadas matérias, submetendo-as à competência exclusiva do Poder Executivo
No Brasil, o Supremo Tribunal Federal já reconheceu a existência de um verdadeiro princípio constitucional da reserva de administração, com fulcro no princípio da separação de poderes, cujo conteúdo impediria “a ingerência normativa do Poder Legislativo em matérias sujeitas à exclusiva competência administrativa do Poder Executivo”. 
 	Na doutrina de Rafael Carvalho, o art. 84, VI, “a”, da CRFB, alterado pela EC 32/2001, consagra hipótese de reserva de administração, uma vez que a organização da Administração Pública Federal (por simetria, estadual e local também) deixou de ser tratada por lei e passou para o domínio do regulamento, evidenciando uma verdadeira deslegalização efetivada pelo próprio texto constitucional. A ideia, como se vê, foi retirar do legislador essa matéria, transferindo-a, com exclusividade, para o âmbito do regulamento a ser editado pelo chefe do Executivo. Em consequência, hoje, a atuação legislativa nesse campo é considerada inconstitucional.
*#OUSESABER: O Poder Executivo Federal pode emitir atos regulamentadores de leis que estão sujeitas ao controle do Poder Legislativo e do Poder Judiciário, inclusive quanto à omissão junto a este último. Certo ou errado?
O poder normativo, também chamado de poder regulamentar, é conferido ao administrador (em geral, ao chefe do Poder Executivo) para a elaboração de normas que complementem a lei, permitindo, assim, sua execução.
A doutrina reconhece dois tipos de regulamentos:
a) Regulamento executivo: Previsto no art. 84, IV, da CF/88, o regulamento executivo busca complementar a lei, para que esta tenha integral execução. Esta espécie não pode inovar na ordem jurídica, mas apenas detalhar as regras para a fiel execução da lei.
b) Regulamento autônomo: Também chamado de regulamento “independente”, este tem o poder de inovar na ordem jurídica, não completando lei anterior, mas normatizando matérias até então não foram disciplinadas por lei. São os previstos no art. 84, VI, da CF/88. No que pese a celeuma sobre o tema, prevalece, na doutrina, o entendimento de que, no Brasil, o regulamento autônomo pode existir, apenas, de forma excepcional e quando expressamente autorizado pelo texto constitucional. 
A CF assevera no art. 49, V, que o Congresso Nacional tem competência para sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa.
Da mesma forma, o art. 102 afirma que compete ao STF processar e julgar, originariamente, a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal.
Já sobre o controle na omissão dos atos normativos, o art. 103, §2º, dispõe que: Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias.
Assim, é possível que o Poder Judiciário possa determinar a adoção de providências junto ao Poder Executivo, quando este for omisso, seja através de ADI por omissão, seja por meio de Mandado de Injunção, o que torna a questão verdadeira.
RESPOSTA: CERTA! 
6. PODER DE POLÍCIA
É a prerrogativa que tem o Estado de restringir, frenar, limitar a atuação do particular em razão do interesse público. É fruto da compatibilização do interesse público em face do privado. 
· Poder de polícia em sentido amplo – qualquer ato de qualquer dos poderes que limite direito individual (lei, por exemplo). 
· Poder de polícia em sentido estrito – somente atividade administrativa. 
Não devemos confundir os conceitos de polícia-administrativa (polícia-função) com polícia-corporação. Esta indica uma unidade administrativa (um órgão administrativo), decorrente do processo de descentralização, vinculada ao sistema de segurança pública, cuja função típica é a prevenção de delitos, de condutas ofensivas à ordem pública, sendo atividade preponderantemente repressiva; aquela (polícia-função) traduz a ideia de atividade administrativa, sendo exercida por diversos órgãos, além da polícia-corporação, cuja principal função é a prevenção da perturbação do interesse público, a exemplo da proteção ao patrimônio público.
#CONCEITOLEGAL: o CTN define o Poder de Polícia como função da Administração Pública de limitar ou disciplinar direitos, regulando a prática de ato ou abstenção de fatos, em razão do interesse da coletividade, concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, ao exercício de atividades econômicas que dependem de autorização e concessão, bem como aos direitos individuais e coletivos.
6.1. Características
a) Incide sobre os direitos à liberdade e à propriedade: não retira o direito. O Estado apenas define a forma de se exercer o direito. Ex.: só pode construir até seis andares. Não há indenização se a sua manifestação for legítima. Incide sobre bens, direitos e atividades, mas não atinge diretamente as pessoas.
b) Há possibilidade de cobrança de taxa de polícia art. 78 do CTN e não preço público. Taxa é tributo vinculado à contraprestação estatal, de forma que só pode ser cobrada se houver o efetivo exercício do poder de polícia. Há exercício do poder de polícia na concessão de licença e também na sua renovação, desde que diante da existência de estrutura administrativa capaz de verificar a continuidade da existência das condições para o exercício do poder[footnoteRef:1]. [1: *#CAIUEMPROVA: Peculiaridade que foi cobrada e considerada INCORRETA na prova do TRF3/2016: Segundo o STF, a taxa de renovação de licença de funcionamento é constitucional, desde que haja o efetivo exercício do poder de polícia, não bastando para sua demonstração a mera existência de órgão administrativo que possua estrutura e competência para a realização da atividade de fiscalização. A decisão do STF: “Nos termos da jurisprudência da Corte, a taxa de renovação de licença de funcionamento é constitucional, desde que haja o efetivo exercício do poder de polícia, o qual é demonstrado pela mera existência de órgão administrativo que possua estrutura e competência para a realização da atividade de fiscalização”.] 
c) O poder de polícia é, em regra, um poder de polícia negativo, isto é, normalmente no exercício do poder de polícia há uma abstenção; uma obrigação de não fazer. Ex.: não ultrapassar 60km/h. Contudo, também pode assumir feições positivas, como, por exemplo, a obrigação de fazer consistente em ajustar edificações que estejam em descompasso com regras de acessibilidade.
d) Pode ser praticado em três momentos: preventivo – definir a quilometragem/ fiscalizatório – condições sanitárias/ repressivo – penalização diante do descumprimento. 
e) pode se expressar através de atos normativos (gerais: portarias, resoluções) ou punitivos (multas, licenças, autorizações).
f) A competência para o exercício do poder de polícia precisa de previsão legal. Se o interesse é nacional a competência para legislar é da União. Regional do estado e local do município. No caso de competência concorrente pode haver gestão associada, por meio da celebração de convênio ou consórcios públicos. Súmula 19 STJ – A fixação do horário bancário, para atendimento ao público, é da competência da União. Súmula 645 STF – É competente o Município para fixar o horário de funcionamento de estabelecimento comercial. 
g) Fundamento: O poder de polícia é exercício da supremacia geral, ou seja, a atuação do poder público que não depende de vínculo jurídico anterior. É diferente de supremacia especial, que é a atuação do poder público que decorre de vínculo jurídico anterior. Ex. pena decorrente de contrato não cumprido. 
 
#DISCUSSÃO #IMPORTANTE: Elenão pode ser delegado a pessoas privadas, sob pena de comprometer a segurança jurídica. O STF analisou essa questão na ADI 17171, na qual afirmou que os conselhos de classe não poderiam fazer parte da esfera privada, por exercerem poder de polícia. No entanto, é possível a delegação de atos materiais, atos instrumentais e atos preparatórios, através de contrato com pessoas privadas. Elas são responsáveis unicamente pelas constatações de fato, como, por exemplo, os pardais de trânsito. Pode ser delegado, no entanto, às pessoas da Administração indireta que exerçam função pública (poder de polícia delegado. Originário seria o das pessoas políticas), através de previsão legal, apenas para fiscalizar, não podendo criar qualquer norma. Nesse caso, pouco importa o regime de dos agentes públicos, estatutário ou celetista.
#DEOLHONAJURISPRUDÊNCIA: O STF definiu a tese de que é constitucional a atribuição às guardas municipais do exercício do poder de polícia de trânsito, inclusive para a imposição de sanções administrativas legalmente previstas (ex: multas de trânsito). STF. Plenário.RE 658570/MG, rel. orig. Min. Marco Aurélio, red. p/ o acórdão Min. Roberto Barroso, julgado em 6/8/2015 (Info 793).
*#STJ: Profissionais de empresas privadas que exerçam atividade de prevenção e combate ao incêndio podem adotar a nomenclatura “bombeiro civil”. O art. 2º da Lei nº 11.901/2009 dispõe que são “bombeiros civis” os empregados contratados tanto por empresas públicas quanto privadas que exerçam atividade de prevenção e combate ao incêndio. A Lei nº 12.664/2012 não revogou a Lei nº 11.901/2009, mas apenas proibiu o uso de uniformes que possuam insígnias, distintivos e emblemas representativos das instituições públicas. STJ. 1ª Turma. REsp 1.549.433-DF, Rel. Min. Benedito Gonçalves, julgado em 09/04/2019 (Info 648).
6.2. Ciclos de Polícia
	De acordo com o Prof. Diogo Figueiredo, o poder de polícia pode ser dividido em quatro ciclos:
	Ordem de Polícia
	É a norma legal que estabelece, de forma primária, as restrições e as condições para o exercício das atividades privadas;
	Consentimento de polícia
	É a anuência do Estado para que o particular desenvolva determinada atividade ou utilize a propriedade particular. Nesse caso, o consentimento estatal pode ser dividido em, pelo menos, duas categorias:
	
	Licença: trata-se de ato vinculado por meio do qual a Administração reconhece o direito do particular (ex.: licença para dirigir veículo automotor ou para o exercício de determinada profissão); e
	
	Autorização: é o ato discricionário pelo qual a Administração, após a análise da conveniência e da oportunidade, faculta o exercício de determinada atividade privada ou a utilização de bens particulares, sem criação, em regra, de direitos subjetivos ao particular (ex.: autorização para porte de arma);
	Fiscalização de polícia
	É a verificação do cumprimento, pelo particular, da ordem e do consentimento de polícia (ex.: fiscalização de trânsito, fiscalização sanitária etc.). A atividade fiscalizatória pode ser iniciada de ofício ou por provocação de qualquer interessado; e 
	Sanção de polícia
	É a medida coercitiva aplicada ao particular que descumpre a ordem de polícia ou os limites impostos no consentimento de polícia (ex.: multa de trânsito, interdição do estabelecimento comercial irregular, apreensão de mercadorias estragadas etc.).
	O que o professor Diogo de Figueiredo vai nos dizer é que algumas fases do ciclo de polícia, como não se relacionam com o exercício do poder de império, poderiam ser delegadas para particulares, para pessoas jurídicas de direito privado.
	As fases consideradas delegáveis assim o são sob a justificativa de que não envolveriam o poder de império do Estado.
· Obs.: Somente as fases de ordem de polícia e de fiscalização de polícia estarão obrigatoriamente presentes em todo e qualquer ciclo de polícia.
	*#OUSESABER - Concessionária pública possui poder de polícia?
No intuito de garantir os direitos individuais dos cidadãos e exigir o cumprimento dos seus deveres, o Estado dispõe de ferramentas para fazer valer a supremacia do interesse público sobre o privado. Através da sua Administração Pública, o Estado fiscaliza os atos individuais dos seus administrados para que estes não venham a prejudicar os interesses da sociedade como um todo. O direito-dever que tem o Poder Público de intervir nas ações ou omissões dos particulares em prol da coletividade é exercido através do seu Poder de Polícia. Este poder possibilita a limitação do exercício dos direitos e garantias individuais do cidadão diante da necessidade de tutelar um interesse maior, coletivo. 
A doutrina é divergente quanto à possibilidade de delegação de poder de polícia.
O STJ, no REsp 817.534/MG (julg. 10/11/09), discutindo a possibilidade de sociedade de economia mista (pessoa jurídica de direito privado) exercer o poder de polícia (no caso, aplicação de multa de trânsito por sociedade de economia mista), esclareceu que as atividades que envolvem o exercício do poder de polícia podem ser de forma sumária divididas em 4 grupos: (1) Poder de legislar (é a legislação que define determinada situação); (2) Poder de consentimento (a corporificação da vontade do Poder Público); (3) Fiscalização; (4) Aplicação de sanção.
Segundo o STJ, podem ser transferidos ao particular somente os atos de consentimento (como a concessão de CNH) e os atos de fiscalização (como instalação de equipamentos eletrônicos de velocidade).
*#DEOLHONAJURIS #DIZERODIREITO: O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT detém competência para a fiscalização do trânsito nas rodovias e estradas federais, podendo aplicar, em caráter não exclusivo, penalidade por infração ao Código de Trânsito Brasileiro, consoante se extrai da conjugada exegese dos arts. 82, § 3º, da Lei nº 10.233/2001 e 21 da Lei nº 9.503/1997 (Código de Trânsito Brasileiro). STJ. 1ª Seção. REsp 1.588.969-RS, Rel. Min. Assusete Magalhães, julgado em 28/02/2018 (recurso repetitivo) (Info 623) #CONCURSOSFEDERAIS
6.3. Atributos
· DISCRICIONARIEDADE - A discricionariedade é compreendida como a liberdade estabelecida em lei ao administrador para decidir perante o caso concreto e só pode ser reconhecida como atributo do poder de polícia quando este for entendido em sentido amplo.
· AUTOEXECUTORIEDADE - A autoexecutoriedade está frequentemente presente nas medidas de polícia onde a Administração pode executar suas próprias decisões sem interferência do Poder Judiciário.
#ATENÇÃO! Ressalte-se, por oportuno, que alguns atos de polícia não possuem o atributo da autoexecutoriedade. É o caso da multa que não pode ser satisfeita (adimplida) pela vontade unilateral da Administração e a respectiva cobrança é realizada, normalmente, por meio da propositura da execução fiscal.
· COERCIBILIDADE - A Coercibilidade torna o ato obrigatório, devendo este ser obedecido independente da vontade do administrado, caso em que a Administração pode usar meios indiretos de coerção para cumprir a determinação.
de atividades eminentemente técnicas.
Pontos para revisar: Retirado de questões da UFPR
1. O poder judiciário pode apreciar a legalidade dos atos administrativos vinculados e discricionários;
2. Liberdade de escolha de conveniência e oportunidade – Poder Discricionário;
3. Chefes de Executivo de explicar a lei para sua correta execução, ou de expedir decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não disciplinada por lei – Poder Regulamentar
4. Poder que a Lei confere à Administração Pública para a prática de ato de sua competência, determinando os elementos e requisitos necessários à sua formalização – Poder Vinculado.
5. Quando uma autoridade administrativa interdita um estabelecimento comercial privado – Poder de Polícia
6. Um dos fundamentos do poder de polícia é a supremacia do interesse público sobre o particular.
7. O poder de polícia é uma manifestação OBJETIVA da Administração Pública;
8. Segundo a teoria dos motivos determinantes do ato administrativo, o motivo do atodeve sempre guardar compatibilidade com a situação de fato que gerou a manifestação da Administração Pública, pois, se o interessado comprovar que inexiste a realidade fática mencionada no ato como determinante da vontade, estará ele irremediavelmente inquinado de vício de legalidade.
9. Motivo é a situação de fato e de direito que leva o agente a agir. Já, motivação é a exteriorização do motivo.
10. Ato administrativo cometido praticado por autoridade competente com excesso de poder: É NULO.
OUTRAS BANCAS
1. o Poder Legislativo, no exercício do poder de polícia que incumbe ao Estado, cria, por lei, ao exercício das liberdades públicas as LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS.
 
· Limitação administrativa: imposição de ordem pública genérica, fundada no poder de polícia do Estado, restringindo, com base na lei, o exercício do direito de propriedade no interesse da coletividade.
· Já caiu em prova: A limitação administrativa, mesmo que advinda de normas gerais e abstratas, decorre do poder de polícia propriamente dito.
2. Conceito de poder de polícia: PRF/2020
· Clássico - garantir a segurança - concepção liberal do século XVIII,
· Moderno - garantir interesse público
3. o poder de polícia é aquele por meio do qual a Administração condiciona a liberdade e a propriedade dos indivíduos, podendo ensejar a cobrança de taxa.
4. O atributo do ato administrativo que impõe a coercibilidade para seu cumprimento ou execução é a IMPERATIVIDADE.
· obrigar terceiros a fazer algo, independentemente de concordância ou não;
5. hierárquico: é o poder de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções de seus órgãos e a atuação de seus agentes, estabelecendo, assim, a relação de subordinação.
6. Os atributos dos atos administrativos, genericamente considerados, são apontados como sendo a presunção de legitimidade e veracidade, a autoexecutoriedade, a imperatividade e a tipicidade.
Por sua vez, a doutrina costuma apontar como características marcantes do poder de polícia: a autoexecutoriedade, a coercibilidade e a discricionariedade.
7. Há atributo do ato administrativo que afasta a ideia da presunção absoluta de legalidade dos atos administrativos.
· Trata-se de uma presunção relativa de veracidade

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