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O Oralismo surgiu por volta do século XVIII e a partir das resoluções do Congresso de Milão

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O Oralismo surgiu por volta do século XVIII e a partir das resoluções do Congresso de Milão (1880). Na época a língua de sinais foi oficialmente proibida nas escolas e a comunidade surda foi excluída da política e instituições de ensino. Essa proposta pretendia que os surdos fossem reabilitados, ou “normalizados”, pois, a surdez era considerada uma patologia, uma anormalidade. Eles deveriam comportar-se como se ouvissem, ou seja, deveriam aprender a falar. A oralização foi imposta a fim de que eles fossem aceitos socialmente. Como nem todos eram capazes de desenvolver a oralidade, muitos eram excluídos da possibilidade educativa e do meio social. Portanto, a maioria dos surdos vivia de forma clandestina. Para os oralistas, a linguagem falada é prioritária como forma de comunicação dos surdos, sendo indispensável para o desenvolvimento integral das crianças. Sinais e alfabeto digitais são proibidos, recomenda-se que a comunicação seja feita pela via auditiva e pela leitura orofacial. Por quase um século essa abordagem não foi questionada, embora a maioria dos surdos profundos não desenvolvesse a fala satisfatoriamente, conforme era exigido pelos ouvintes. Essa filosofia educacional desencadeava um atraso global no desenvolvido, que resultava em falta de estímulo e evasão escolar. Os alunos frequentavam a escola mais para aprender a falar do que propriamente para receber os conteúdos escolares. Na oralização, a pessoa surda consegue viver em uma sociedade de falantes passando por menor diferenciação, se incluindo mais. No entanto, ela é obrigada a aprender uma língua que não é a melhor pra ela, e basicamente mudar para que os outros não mudem. Já no bilinguismo, a pessoa aprende sinais e a linguagem oral, conseguindo usar cada um para os contextos mais adequados, e usar qual sente mais confortável. No entanto, acaba sendo um trabalho muito maior com as pessoas, porque é o ensino de duas línguas muito diferentes, e novamente adequando o mesmo para uma sociedade que não mudou por ele. A Educação Bilíngue surgiu em contra versão ao Oralismo e a Comunicação Total e é a que mais atende as peculiaridades da surdez tendo seus pontos positivos, como a comunicação: torna-se mais fácil compreender e se fazer compreendido, tanto pela família como pela sociedade em geral; Culturalmente os surdos bilíngues têm acesso a duas culturas diferentes; quanto mais conhecimento, mais desenvolvido será o raciocínio de uma criança bilíngue; Oportunidade de trabalho: pessoas bilíngues têm mais chances de conseguirem um bom emprego. O Bilinguismo não robotiza o surdo, não o obriga a ser o que não é ou não deseja e reconhece que é nas diferenças que somos todos iguais. Os pontos negativos com relação ao Bilinguismo não estão na pessoa surda, mas na pessoa ouvinte, entretanto são poucos com relação ao oralismo: Poucos profissionais ouvintes intérprete de Libras atuando; Escolas despreparadas para receberem alunos surdos; Poucos professores instrutores atuando. Contudo e tais aspectos negativos podem deixar de sê-los, desde que haja sensibilização e interesse pela surdez da sociedade como um todo. A Educação Inclusiva é válida (como também uma escola para surdos, para que possam aprofundar seus conhecimentos linguísticos concernentes à Libras, escola esta que não seja prioritariamente fora da instituição regular de ensino, caso seja possível), como também o Bilinguismo que já mostrou que é atualmente a maneira mais eficaz e correta de conceber o surdo na sociedade. O Bilinguismo traz maior amplitude de conhecimento, abrindo um campo maior de oportunidades para as pessoas surdas, só o fato de poder estudar duas línguas é um grande feito, e uma porta aberta para um novo horizonte.
Referências Bibliográficas
https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/idiomas/surdo-educacao-inclusiva-e-bilingue-argumentos-positivos-e-negativos-no-ensino/21285
http://br.guiainfantil.com/bilinguismo/104-vantagens-do-bilinguismo-na-infancia-.html

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