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Unidade 1 Apêndice 2 - U1 / Desenvolvimento humano: aspectos gerais Apêndice Gabaritos comentados com resposta-padrão Unidade 1 Desenvolvimento humano: aspectos gerais Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 1.1 1. Alternativa D. Resposta Comentada: A resposta “Clareza de que a diferença é algo esperado dentro de uma turma [...]” é a correta, pois parte do pressuposto que a diferença é uma condição humana. A resposta que menciona “Respaldo administrativo do sistema [...]” se pauta em uma visão homogeneizante da turma, segundo a qual todos deveriam ter as mesmas competências, e quem não tem “destoa”. A alternativa “Experiência com educação infantil [...]” está equivocada, pois considera um aluno que tenha deficiência intelec- tual como aquele que deve fazer atividades para crianças mais novas. Na verdade, o que beneficiará, de fato, Henrique é o fato de ser considerado pela sua diferença e características únicas. Além disso, a convivência com alunos da sua faixa etária é fundamental para que possa estabelecer relações mais horizontais e enfrentar a super- proteção familiar, como acontece com muitas crianças com algum tipo de deficiência. A resposta “Um olhar inclusivo, pois é um ato de amor aceitar crianças com defici- ência na escola” postula que o olhar inclusivo está relacionado à benemerência e não ao direito à educação. Finalmente, a alternativa “Determinação, pois não há escolas especiais para todas as crianças com deficiência que precisam” defende que o mais adequado é a exclusão de Henrique da escola comum, portanto, está completamente inadequada. 2. Alternativa B. Resposta Comentada: A partir do percurso teórico que realizamos, vimos que os seres humanos se tornam humanos por fazerem parte de uma cultura humana. Assim, não nascemos humana- mente prontos e sim nos tornamos humanos pela inserção na cultura e incorporação de comportamentos, sentimentos e atitudes que aprendemos uns com os outros. Ainda que os primatas tenham comportamentos sociais sofisticados e um código genético semelhante ao humano, eles não transmitem conhecimentos simbólicos como os seres humanos fazem. A resposta correta, portanto, é a alternativa que indica “As semelhanças genéticas entre seres humanos e primatas [...]”. Importante diferenciar que o comportamento grupal não é exclusivo dos humanos, portanto, a resposta “Os seres humanos, assim como os gorilas [...]” está incorreta. A U1 / Desenvolvimento humano: aspectos gerais - 3 alternativa que fala sobre os comportamentos sociais e culturais dos seres humanos serem herdados geneticamente está incorreta, uma vez que afirma justamente o contrário da resposta correta, conforme explicação anterior. A afirmação que tergiversa sobre o recebimento de habeas corpus pela gorila Cecília, fato afirmado no enunciado, em absoluto auxilia na resposta à pergunta feita acerca da definição de ser humano. Por fim, ainda que se possa concordar com o que é dito na resposta sobre as implicações das formas degradantes no trato com animais, a própria ideia de ética precisaria ser melhor explicada para definir o que é um ser humano, o que não está exposto na alternativa. 3. Alternativa C. Resposta Comentada: Mesmo com os limitados recursos disponíveis à época, suspeitou-se que Victor não tinha um tipo de deficiência intelectual. O mais provável era que ele apresentava comportamentos regredidos por não ter tido um processo de socialização adequado. Assim, a alternativa que levanta a hipótese de deficiência visual explica de maneira insuficiente sua condição. O mesmo pode ser dito sobre a resposta que apresenta a hipótese de Victor sofrer de alguma síndrome genética. Não se pode concluir que Victor não aprendeu nada, como afirmado em “Não seria possível educar Victor [...]”. Como explicitado no relato, ele aprendeu algumas ações básicas e teve dificuldade para dominar aprendizagens mais abstratas, portanto, essa alternativa não procede. Quanto à alternativa que aborda a relação de Victor com jogos e brinquedos, novamente refere-se a um conceito estabelecido por Vygotski de maneira equivocada. Além disso, por serem atividades abstratas e que requer algum tipo de simbolização, aspectos em que Victor tinha dificuldade, ele demonstrava desinteresse muito prova- velmente por não conseguir compreender, seja por ter algum tipo de deficiência, seja por falta de um convívio social. Ou seja, não guardam relação direta com a noção de zona de desenvolvimento próximo. Assim, a alternativa correta é a que diz “Ainda que uma criança tenha boas condições orgânicas [...]”, uma vez que as questões orgânicas não explicam tão bem a situação de Victor quanto à falta de estímulos e de convi- vência com outros humanos em períodos sensíveis do seu desenvolvimento. Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 1.2 1. Alternativa D. Resposta Comentada: Considerando as informações trazidas pela reportagem, observamos que a afirmação (1) é verdadeira, pois refere-se à capacidade da escola em aprender e se transformar para ensinar Samuel. Também é verdadeira a afirmação (4), uma vez que o texto critica o modelo homogeneizador de ensino. Já a afirmação (2) é falsa, dado que pressupõe que alunos com deficiência intelectual sempre terão dificuldades, e contradiz o que a 4 - U1 / Desenvolvimento humano: aspectos gerais reportagem expõe. Por fim, a afirmação (3) também é falsa ao afirmar que os apoios da educação especial foram responsáveis principais pelo sucesso de Samuel, quando o texto nem aborda essa questão. 2. Alternativa A. Resposta Comentada: De forma sintética, a Classificação Internacional de Doenças e de Problemas relacio- nados à Saúde (CID) tem foco na incapacidade e incompletude apresentada pela pessoa com deficiência, bem como nos aspectos orgânicos apresentados por ela. Já a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) ressalta a funcionalidade de cada pessoa, considerando os impedimentos sensoriais, físicos e intelectuais, ou seja, procura captar como se dá a interação entre a pessoa com deficiência e as barreiras existentes no meio. Assim, enquanto a CID fornece os códigos para mortalidade e morbidade, a CIF fornece os códigos para descrever a variação de estados funcio- nais que capturam a experiência completa de saúde. Dessa forma, o correto preenchi- mento das lacunas é: I. A CID classifica e registra a enfermidade e a CIF a complementa com as infor- mações de funcionalidade. As duas classificações são complementares e os profissionais devem utilizá-las de forma conjunta no caso de pessoa com de deficiência. II. A CIF mede a capacidade da pessoa com deficiência em superar diferentes níveis de dificuldades relacionadas às tarefas do cotidiano. A classificação anterior, CID, ao classificar os estados de saúde, não permite avaliar o impacto da doença sobre o ser e tampouco descrever a restrição funcional determinada pela doença. III. A CIF se trata de uma classificação ampla, em fase de adaptação para a inserção no contexto da prática clínica, que permitirá um registro fiel da condição funcional da pessoa com deficiência. O estado atual do sistema de registro pela CID não permite diferenciar o impacto da deficiência segundo idade, condição ocupacional e expectativa individual. 3. Alternativa B. Resposta Comentada: As alternativas que falam da prova em vídeo e Libras, bem como de intérprete, pressupõem que todos os alunos surdos têm necessidade do mesmo tipo de serviço de acessibilidade, o que não é verdadeiro. Nenhum dos dois alunos da reportagem utiliza a Libras, pois Danilo faz uso de um aparelho auditivo e Bernardo utiliza a leitura labial. Portanto, ambas as alternativas estão incorretas. Não procede a afirmação de que ambos candidatos estudaram em escolas especiais - Danilo estuda em uma escola técnica e Bernardo sempre frequentou escolas regulares, segundo o que foi informado. É incorreto afirmar também que as universidades não são obrigadas a disponibi- lizar recursos de acessibilidadeaos alunos, uma vez que esse é um direito garantido U1 / Desenvolvimento humano: aspectos gerais - 5 legalmente. Os recursos da educação especial, que tem caráter transversal, devem ser oferecidos em todos os níveis de ensino. Na reportagem, vimos que as universidades ofereceram recursos ao aluno Bernardo – o problema estava no tipo de recurso ofere- cido, que não foi adequado. Portanto, a resposta correta é aquela em que se afirma que as dificuldades para os alunos surdos que querem ingressar no ensino superior acontecem tanto no vesti- bular quanto na própria frequência à universidade. Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 1.3 1. Alternativa C. Resposta Comentada: A alternativa que alega o “despreparo das escolas públicas para incluir alunos com autismo” é equivocada, pois os textos se referem a fatos ocorridos em uma escola pública e uma escola particular. No que se refere ao suposto “despreparo dos professores auxiliares de educação”, é fundamental lembrar que não cabe ao professor auxiliar conduzir a ação pedagógica com um aluno – ou seja, não se trata de preparar auxiliares para lidar individualmente com alunos, pois a educação inclusiva é tarefa colaborativa, de responsabilidade de todos os profissionais da escola. Nesse mesmo sentido é equivocado falar em “despre- paro da polícia”, pois a inclusão escolar não deveria se transformar em um caso de agressão, e nem a polícia deveria ser a mediadora da sua efetividade. É falso sugerir que houve “falta de compromisso das famílias”, pois em ambos os casos os familiares insistiram que seus filhos permanecessem na escola, mesmo com os problemas ocorridos. Portanto, a afirmação procedente é de que, em ambas as reportagens, ocorre a “sugestão clara e/ou implícita por parte da escola de que o aluno com autismo seja transferido/expulso”, indicando a escolha de não lidar com alunos que apresentam questões desafiadoras. 2. Alternativa D. Resposta Comentada: A alternativa que defende a “observação do aluno pelo professor” é a correta, pois essa é a ideia principal expressa na reportagem selecionada. Nesse sentido, é equivocado afirmar que seja “imprescindível a realização de um diagnóstico clínico das altas habilidades/superdotação”, uma resposta que contradiz frontalmente a resposta correta comentada acima e nem sequer foi mencionado na reportagem. A resposta que cita o talento para o desenho também é incorreta, pois vimos que a avaliação das altas habilidades/superdotação não deve se restringir às habilidades lógico-matemáticas. 6 - U1 / Desenvolvimento humano: aspectos gerais A alternativa que fala em “moeda de troca” é errada, pois trata a questão de maneira simplista. O comportamento do aluno citado não melhorou apenas porque foi permi- tido a ele desenhar, e sim pelo reconhecimento e integração no cotidiano escolar das suas habilidades. Por fim, a opção que assevera que a escola pública não é capaz de dar respostas pedagógicas às demandas de alunos com altas habilidades/superdotação é contradi- tória ao exposto pela reportagem. 3. Alternativa B. Resposta Comentada: São coerentes com os princípios da educação inclusiva, e, portanto, classificadas como VERDADEIRAS, as afirmativas I, II e III. Esses enunciados alinham-se com a ideia de que o diagnóstico clínico não é a informação principal sobre um aluno, para eliminar as barreiras que a escola comum historicamente tem imposto à inclusão escolar dos alunos, sejam arquitetônicas, curriculares ou atitudinais. As informações clínicas podem contribuir, mas, não são suficientes para apontar os recursos pedagó- gicos necessários em cada situação. Em uma concepção inclusiva de educação, a identificação das barreiras deve o foco de atuação da escola para que todos os alunos tenham seus direitos de aprendizagem garantidos. A afirmativa IV é FALSA, pois o diagnóstico clínico ou qualquer tipo de laudo não pode ser considerado um pré-requisito para a inclusão escolar de um aluno, nem tomado como ponto de partida do trabalho pedagógico da escola. Unidade 2 Apêndice 2 - U2 / Direitos humanos: educação como direito de todos Apêndice Gabaritos comentados com resposta-padrão Unidade 2 Direitos humanos: educação como direito de todos Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 2.1 1. Alternativa C. Resposta Comentada: A resposta correta é a que firma que os instrumentos essenciais para a aprendizagem (ou seja, a leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas) devem se aliar aos conteúdos básicos da aprendizagem (conhecimentos, habilidades, valores e atitudes). Assim, as alternativas que afirmam que “as necessidades básicas de aprendizagem mais importantes são a aprendizagem de valores e atitudes para a vida” e que a educação “deve garantir a alfabetização em primeiro lugar, pois valores e atitudes podem ser ensinados pela família” optam por um dos dois fatores dessa equa- ção, portanto, estão erradas, já que o texto deixa claro que ambos os fatores devem ser considerados. Conteúdos básicos da aprendizagem são definidos como conhecimen- tos, habilidades, valores e atitudes, e não “leitura, escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas”, como afirma de forma equivocada a alternativa. Por fim, a declaração ressalta a importância do respeito à cultura de cada país no processo de ampliar as necessidades básicas de aprendizagem, contradizendo a afirmação de que haveria uma única e supostamente correta forma de fazê-lo. 2. Alternativa E. Resposta Comentada: Está correta a alternativa que afirma que as três situações configuram discriminação e podem ser consideradas crimes. Na situação 1, a eventual despesa extra não pode ser- vir como motivo para não aceitar um aluno com deficiência, uma vez que a lei obriga a todas as escolas aceitarem alunos nessa situação. Seria o mesmo que cobrar por água filtrada ou uso do banheiro – são obrigações do estabelecimento oferecer. No mesmo sentido está a resposta de que qualquer tipo de cobrança (situação 3), mesmo que a família concorde, não pode ser feita sob a justificativa de que o valor a mais se deve ao custo de um aluno com deficiência. A lei também é clara ao englobar tanto o sistema público quanto o privado em suas determinações (situações 1 e 3). Por fim, não se pode afirmar, quanto à situação 2, que a escola esteja agindo no melhor interesse da criança – a lei é clara quanto à obrigatoriedade da matrícula, e todas escolas devem ser inclusivas, sem exceções. U2 / Direitos humanos: educação como direito de todos - 3 3. Alternativa A. Resposta Comentada: A resposta correta é a que afirma que os governos devem investir em serviços espe- cializados que apoiem as escolas comuns, e não em escolas especiais. Note que a alter- nativa fala em serviços especializados oferecidos como apoio na escola comum, o que não significa abolir a educação especial – o que se critica na declaração é a educação especial ser oferecida na escola especial de forma alternativa à escola comum, e não de forma complementar. Portanto, a alternativa que fala em diluição de custos pelo aumento de alunos matriculados na escola especial contraria o que a declaração pro- põe. Da mesma forma, não se trata de aumentar o número de escolas especiais a partir de investimentos do governo. Quanto ao apoio da comunidade, a declaração afirma o oposto, ou seja, que as escolas inclusivas atraem mais apoio por parte da comunidade. Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 2.2 1. Alternativa B. Resposta Comentada: A correspondência correta entre textos e momentos históricos é: 1) Integração, 2) Exclusão, 3) Segregação, 4) Inclusão. O momento da integração caracteriza-se pelas ações focadas na pessoa e não na sociedade. Esse pensamento se inverte no momento da inclusão, em que a sociedade deve prever a participação social de pessoas com deficiência, ofertando acessibilidade e não apenas serviços de reabilitação e tratamento. É no momento da exclusão que a ideia de extermínio daspessoas é questionada, sem, no entanto, serem feitas ações de cunho social e/ou educacional voltadas a esse público – dessa forma, a exclusão se mantinha, ainda que através da tolerância e não do extermínio. Por fim, no mo- mento da segregação o objetivo principal era afastar as pessoas com deficiências e diferenças do convívio social, sendo a institucionalização a característica marcante desse período. 2. Alternativa D. Resposta Comentada: A alternativa correta aponta que o capitalismo, como forma de organização econômi- ca e social, critica a institucionalização devido ao custo que significava para o sistema produtivo – portanto, desinstitucionalizar é, para o sistema capitalista, uma forma de baratear o custo das instituições. Assim, não vinha em primeiro lugar a preocupação com o desrespeito aos direitos humanos praticado nas instituições. As críticas das academias científicas e de profissionais se baseiam nas pesquisas e práticas com esse público e não às possibilidades existentes no capitalismo – é preciso não o confundir com democracia. Pelos mesmos motivos, não se pode dizer que o capitalismo favore- ce um processo de reflexão e crítica. 4 - U2 / Direitos humanos: educação como direito de todos 3. Alternativa B. Resposta Comentada: Na reportagem, observamos que dizer que algo é politicamente correto se transfor- mou em uma espécie de crítica, sendo tomado como sinônimo de uma exigência sem sentido e desnecessária, com o objetivo de desqualificar quem utiliza esses termos. No que se refere à pessoa com deficiência, estudamos que a terminologia resulta de um processo histórico. Portanto, chamar uma pessoa com deficiência de termos ultrapas- sados como “excepcional” e “incapaz” é uma forma preconceituosa de tratamento, pois não reconhece essa evolução histórica. Dessa forma, não se pode usar a ideia de um suposto exagero nas expressões politicamente corretas para desrespeitar a forma como as pessoas com deficiência querem ser chamadas – pois conquistaram esse di- reito. Logo, não é discriminação tratar de forma politicamente correta a terminologia para a deficiência – muito pelo contrário. Ainda que esse tratamento não elimine os preconceitos, ele seguramente indica o respeito às conquistas das pessoas com de- ficiência. Assim, a alternativa correta é a que afirma que “a ideia de que os termos politicamente corretos são artificiais desvaloriza a forma adequada de se referir às pessoas com deficiência”. Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 2.3 1. Alternativa E. Resposta Comentada: Segundo o texto, a preferência no atendimento a esse alunado em São Paulo, década de 1930, era pelas escolas especiais, sendo que as classes especiais eram montadas apenas na falta daquelas. A separação dos alunos em atendimentos especializados se- gregados não se devia a uma tentativa de preparar a escola para recebê-los no futuro, e sim era baseada na crença de que esses alunos não deveriam estudar com os demais, pois não teriam condições de aprender. A filosofia inclusiva aposta em classes heterogêneas, pois postula que a diferença contribui para a aprendizagem. As classes homogêneas eram uma tentativa tanto da escola comum, quanto da escola especial, de facilitar a aprendizagem e o trabalho do professor, porém, suas premissas se mostraram equivocadas diante da perspectiva da educação inclusiva. Assim, a alternativa correta é a que afirma que “os diversos serviços apresentados apontam para uma segregação dos alunos, com vistas à homo- geneização das classes”. 2. Alternativa C. Resposta Comentada: Os centros multidisciplinares de apoio têm a função de dar suporte ao trabalho da escola, e não servir apenas para que a mesma realize encaminhamentos à saúde que podem ser, muitas vezes, resultado de uma falta de reflexão sobre o processo de es- colarização como um todo. Os professores de sala comum precisam, sim, estudar os conteúdos relacionados à educação especial e inclusiva, que devem constar da grade U2 / Direitos humanos: educação como direito de todos - 5 curricular das licenciaturas. Portanto, tais conteúdos não necessitam ser apresentados apenas em cursos de pós-graduação, e sim durante toda a formação de professores . A pesquisa em educação especial e inclusiva é indicada como um apoio para a prática do professor; portanto, nesse sentido, deve estar articulada com a prática docente. Profissionais como tradutores e intérpretes, professores de Libras, prioritariamente surdos, e professores bilíngues, são alguns dos profissionais com os quais a escola comum deve contar para apoiar a inclusão escolar de seus alunos – portanto, é essa a alternativa correta. 3. Alternativa B. Resposta Comentada: O autor critica a ideia de que a EJA se torne a única proposta para jovens e adultos com deficiência ao longo da sua vida, o que desresponsabiliza os demais setores da sociedade com essas pessoas, como o trabalho, lazer e esportes, por exemplo. Assim, o atendimento educacional especializado na EJA não pode se tornar a única opção para esse público, independentemente do fato de a sociedade estar ou não preparada para isso – a inclusão social é um direito. Com isso, o autor não quer dizer que a EJA não deva ser oferecida para esse público, e sim que se deve garantir o atendimento educa- cional especializado às pessoas com deficiência “que não tiveram acesso à educação regular na idade própria e precisam do EJA para isso”. A transversalidade da modali- dade de educação especial deve ser considerada em todos os níveis, etapas e demais modalidades de ensino. Assim, a alternativa correta é aquela que alerta sobre o uso do termo “preferencialmente”, reiterando que “se refere à oferta de atendimento edu- cacional especializado de forma articulada com a escola comum, e não substitutiva”. Unidade 3 Apêndice 2 - U3 / Sistema educacional inclusivo: avanços e desafos Apêndice Gabaritos comentados com resposta-padrão Unidade 3 Sistema educacional inclusivo: avanços e desafios Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 3.1 1. Alternativa B. Resposta Comentada: O Programa Escola Acessível objetiva a realização de adequações arquitetônicas e de sanitários, rampas, sinalização, mobiliários e outras questões relacionadas ao ambien- te físico da escola. Portanto, não contempla a contratação de auxiliares de educação nem aumento de salário de educadores. Não podemos dizer se os recursos são suf- cientes ou não, pois essa informação não está disponível na reportagem. O programa não se destina à reabilitação e terapias. Quando menciona a cadeira de rodas, refe- re-se a equipamentos para serem usados pelos alunos na escola. Portanto, podemos concluir que a alternativa correta é a que afrma que o Programa Escola Acessível é uma ação inclusiva, pois fnancia a adequação do espaço escolar para receber todos os alunos e alunas. 2. Alternativa A. Resposta Comentada: A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008) se refere à escolarização e não às terapias complementares. A educação formal não tem obrigação de oferecer esse tipo de atendimento, que é do campo da saúde. A Política recomenda em relação à atuação da educação especial, que direcione “suas ações para o atendimento às especifcidades desses estudantes no processo educacio- nal e, no âmbito de uma atuação mais ampla na escola, orienta a organização de redes de apoio, a formação continuada, a identifcação de recursos, serviços e o desenvol- vimento de práticas colaborativas” (BRASIL, 2008, [s.p.]). A política é clara quanto à necessidade de formação docente, tanto para o professor da sala comum, quanto para os que realizam o Atendimento Educacional Especializado. Em relação ao tipo de atividade desenvolvida, a política afrma que “as atividades desenvolvidas no aten- dimento educacional especializado se diferenciam daquelas realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à escolarização” (BRASIL, 2008, [s.p.]). Portanto, atendimento educacionalespecializado e aulas de reforço são diferentes ofertas edu- cacionais e não devem ser confundidos. A APAE não é substitutiva à escola comum, de acordo com a lei. Na reportagem, vemos que a aluna frequenta a APAE para ativi- dades complementares à escola comum, portanto, dentro do que preconiza a Política U3 / Sistema educacional inclusivo: avanços e desafos - 3 Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Assim, a alternativa correta é aquela que aponta a situação irregular de escolas particulares que recusam a matrícula de alunos com defciência ou fazem exigências ilegais para aceitá-los. 3. Alternativa D. Resposta Comentada: O item III refere-se aos dados de aumento da matrícula entre 2000 e 2010 e não à população brasileira público-alvo da educação especial como um todo – portanto, esse item está errado. Em relação a essa população, observamos no gráfco que, em 2022, pelas projeções do crescimento atual, atingirá 66% do público-alvo da educação especial – faltando, dessa forma, atingir 34% dessa população. Assim, o item I está correto. O item II reafrma a informação baseada na projeção da população total do IBGE, segundo a qual 22% do público-alvo da educação especial estava matriculada na educação básica em 2010. Trata-se, portanto, de uma afrmativa correta. Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 3.2 1. Alternativa D. Resposta Comentada: A partir da leitura do texto, não se pode concluir que “as salas de recursos multifun- cionais não atendem às necessidades da rede pública”, pois essa informação não está presente. O espaço para a instalação da sala não é responsabilidade do MEC, e sim da escola e respectivo sistema educacional solicitante. As entidades assistidas podem receber salas de recursos multifuncionais, desde que ofereçam o AEE para alunos matriculados na escola comum. Para receber salas de recursos multifuncionais, é necessário que a rede de ensino ou entidade conveniada esteja cadastrada no MEC. A alternativa correta, portanto, é a referente ao Decreto nº 7.611/11, que garante apoio aos sistemas públicos para a instalação das salas de recursos multifuncionais. 2. Alternativa E. Resposta Comentada: O professor da sala comum em parceria. Portanto, o responsável pelo planejamento de atividades para o aluno na sala comum é o professor da sala comum. As atividades de enriquecimento curricular não devem se confundir com atividades de reforço escolar, o que vale para todas as atividades desenvolvidas no AEE. Em nenhum momento está disposto na legislação que o professor do AEE substitua o trabalho feito por um fonoaudiólogo ou outro profssional de saúde. O objetivo do AEE é educacional, e está circunscrito à remoção de barreiras à escolarização, não tendo uma fnalidade clínica ou terapêutica. 4 - U3 / Sistema educacional inclusivo: avanços e desafos O texto aponta que os recursos de tecnologia assistiva não se restringem à sala de recursos multifuncionais e podem estar na sala de aula comum e demais ambientes escolares. Assim, a resposta correta é aquela que ressalta a importância da parceria entre o pro- fessor do AEE e o professor da sala comum para a elaboração de estratégias peda- gógicas que garantam o direito à aprendizagem de alunos e alunas público-alvo da educação especial. 3. Alternativa A. Resposta Comentada: O número de matrículas de alunos com defciência na rede regular de ensino tem crescido, de acordo com os dados apontados no artigo. O número de matrículas que cresceu, segundo o autor, foi o de estudantes na rede regular de ensino, e não no AEE. Conforme o texto, quem aponta a falta de formação continuada em educação especial dos professores da educação básica como algo preocupante é o MEC, e não o autor. O autor ressalta que a inclusão não pode ser considerada como perspectiva efetiva- mente colocada em prática justamente pelo MEC não ter feito a sua parte, citando a falta de formação dos professores entre uma das falhas resultantes dessa política. Para o autor, o governo não está fazendo sua parte e culpabiliza o AEE pelas difcul- dades da inclusão escolar, sendo esta, portanto, a alternativa correta. Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 3.3 1. Alternativa C. Resposta Comentada: No texto, vemos que nem sempre a matrícula do aluno na escola mais próxima de sua residência é a melhor forma de garantir o acesso ao AEE. A presença de um cui- dador deve ser avaliada caso a caso, de acordo com as demandas de cada aluno. No caso apresentado, o aluno tinha uma defciência física, portanto era um apoio impor- tante. Mas, isso não signifca que todos os estudantes terão essa mesma necessidade em termos de apoio técnico. O texto afrma que o aluno frequenta o AEE de forma complementar, em período contrário ao que está na sala de aula comum. No relato apresentado, a família justamente optou por matricular seu flho em uma escola mais longe, na qual o aluno era mais bem atendido e, segundo a mãe, recebido com cari- nho. O ideal era que fosse recebido dessa forma na unidade escolar próxima a sua casa. Como isso não aconteceu, o critério de proximidade foi deixado em segundo plano. Assim, é correto afrmar que o compromisso com o acolhimento das diferenças começa no projeto político-pedagógico (PPP), no qual está delineado como o AEE será desenvolvido na escola. U3 / Sistema educacional inclusivo: avanços e desafos - 5 2. Alternativa A. Resposta Comentada: O desconhecimento dos profssionais da creche acerca do público-alvo da educação especial deve ser tratado por meio de formações em serviço e não pelo encaminha- mento desse alunado a serviços de saúde, como os da estimulação precoce. Da mesma forma, os professores de creche devem receber formação continuada, pois não é atri- buição exclusiva do professor do AEE o trabalho junto a estudantes com defciência, transtornos do espectro autista ou altas habilidades / superdotação. O texto afrma que os profssionais da creche reconhecem a importância do processo de inclusão escolar do público alvo da educação especial, o que explicita que não é esse o foco do problema, e sim os conhecimentos insufcientes sobre como realizar esse trabalho. O AEE oferecido na creche é um serviço de caráter educacional e visa a remoção das barreiras à aprendizagem dos (as) alunos (as), não devendo se confundir com a estimulação precoce enquanto serviço de saúde. É correto afrmar, portanto, que o professor do AEE deve estar articulado com o professor da creche, e não atender a criança em período contrário, o que seria uma ação de estimulação precoce. 3. Alternativa E. Resposta Comentada: Ainda que o Atendimento Educacional Especializado deva acontecer de forma trans- versal e não substitutiva, o aumento do tempo de permanência na escola dos alunos do ensino médio, que passariam a frequentá-lo em período integral, deverá levar em consideração as necessidades desse alunado, passando a prever o AEE de forma arti- culada com a nova proposta da escola – como, por exemplo, através do ensino cola- borativo. O aumento do tempo de permanência na escola dos alunos público-alvo da educação especial não se constitui em si como um fator impeditivo para acompanhar as aulas, devendo as demandas dos alunos serem analisadas no caso a caso. A revisão da proposta pedagógica da escola na situação de aumento do tempo de permanên- cia na escola poderá benefciar alunos público-alvo da educação especial, desde que esse tema seja considerado de forma específca pelas escolas. Ou seja, isso não se dará espontaneamente. Ao instituírem práticas de acompanhamento pedagógico e interdisciplinar condizentes com o aumento do tempo de permanência na escola, os sistemas poderão incluir o Atendimento Educacional Especializado, certamente, mas isso não se refletirá automaticamente em qualidade. Pode-se pensar, inclusive, que isso pode se traduzir em exclusão desses alunos – por exemplo, enquanto a turma aprende matemática, esses alunos podem ser atendidos pelo professor doAEE em outras atividades – o que, na prática, confguraria uma atividade substitutiva. Assim, a resposta correta é a que aponta para o risco de alunos que trabalham poderem ser prejudicados caso se aumente o tempo de permanência na escola, considerando-se que entre esses há casos de alunos que são público-alvo da educação especial. Unidade 4 Apêndice 2 - U4 / Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco Apêndice Gabaritos comentados com resposta-padrão Unidade 4 Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 4.1 1. Alternativa A. Resposta Comentada: O fato de o professor do AEE ser um especialista não faculta que planeje à margem dos propósitos do Projeto Político-Pedagógico, que, como o texto ressalta, deve ter todos os participantes envolvidos como coautores. Assim, também deve ser evitado que os projetos desenvolvidos no AEE o sejam de forma desarticulada com o profes- sor da sala comum. O mesmo pode ser dito em relação à observância de uma base nacional curricular comum, cujo objetivo não é a restrição da liberdade de planejamento da equipe es- colar, e sim a garantia de que os direitos de aprendizagem dos (as) alunos (as) sejam respeitados. Dessa forma, não se pode alegar que observar esses direitos restrinja a possibilidade da construção de um PPP que respeite as características de cada escola. Como o AEE é um serviço educacional baseado na escola comum, é fundamental que sua finalidade seja descrita no PPP, havendo inclusive orientação legal para que assim ocorra. A alternativa correta, portanto, é a que afirma que o Projeto Político-Pedagógico é a principal referência para todos os projetos desenvolvidos em uma escola, incluindo o Atendimento Educacional Especializado (AEE). 2. Alternativa C. Resposta Comentada: De acordo com a autora, é correto afirmar que o termo diversidade tem sido esvaziado de seu significado, bem como que o currículo pode ser entendido como um campo de interesses. Também está correta a afirmação de que uma onda conservadora busca in- fluenciar as práticas educativas, desafiando princípios presentes na legislação brasileira. Está incorreta a afirmativa em que a autora solicitaria uma união de esforços em torno da construção de uma nova proposta curricular, uma vez que ela argumenta que “o maior desafio está em tornar a base curricular nacional já existente – de fato – acessí- vel a todos os educadores brasileiros, não importa onde estejam atuando”. U4 / Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco - 3 3. Alternativa C. Resposta Comentada: É correto relacionar os resultados da escolarização básica da população brasileira com o desempenho do estado, já que o maior número de matrículas nos ensinos funda- mental e médio são em equipamentos públicos. Também se pode afirmar que os alunos público-alvo da educação especial matricu- lados na escola pública comum também estarão sujeitos às mesmas dificuldades re- lativas à permanência com sucesso de aprendizagem na escola. Sabemos que essas dificuldades são ainda maiores para esse alunado, mas como o autor não menciona esses dados, não podemos argumentá-lo aqui. Porém, a afirmativa é correta ao pre- sumir que o público-alvo da educação especial também sofrerá as consequências de uma escola de baixa qualidade, como os demais alunos. O autor afirma que cerca de 40% dos alunos matriculados no ensino médio não com- pletam essa etapa de ensino, portanto, a alternativa está correta. A questão relacionada ao fluxo escolar apresenta uma incorreção, pois o autor afirma que o Brasil apresentou avanços em relação aos anos 1990. Além disso, afirma que 10% dos alunos matriculados no primeiro ano da educação básica não completam o ciclo, e não um terço, como afirmado equivocadamente na alternativa. Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 4.2 1. Alternativa E. Resposta Comentada: A afirmação de que “a falta de estrutura familiar é um problema que se reflete na esco- la” critica tacitamente as novas formações familiares, como se estas fossem responsá- veis pelos desafios que a escola vive para a aprendizagem dos estudantes. Isso também pode ser aplicado à ideia da necessidade de haver “papéis bem definidos de pai e mãe”, o que pressupõe que as famílias devem seguir um padrão de normalidade, que é justamente o que é criticado ao se admitir novas configurações familiares. A resposta correta é aquela que afirma que “as famílias podem ter diversas configurações, indo além do tradicional modelo de pai, mãe e filhos”. Dessa forma, não se pode afirmar que não seja família quando não há uma figura paterna ou não há filhos. Independen- temente da configuração e do arranjo familiar, como vimos, a função que se espera da família de um estudante é proteger e prover as crianças e os adolescentes com vistas a garantir seu desenvolvimento integral e seu acesso pleno a todos os direitos humanos, dentre eles a educação. 2. Alternativa C. Resposta Comentada: A gestão democrática e inclusiva pressupõe a participação efetiva de todos, aproxi- mando-os da compreensão dos processos de gestão, ainda que não seja sua esfera de atuação direta. Dessa forma, é pertinente fazer ações para que as famílias com- 4 - U4 / Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco preendam o processo pedagógico e que todos conheçam o plano de reforma para a acessibilidade. Nesse sentido, é incorreta a alternativa que sugere que os funcionários da limpeza e da cozinha não sejam educadores, pois, uma vez que trabalham em uma escola, devem ter essa postura e serem considerados dessa forma. Portanto, seria mais coerente com a proposta da gestão democrática e inclusiva que esses funcionários participassem de reuniões pedagógicas visando à equipe como uma equipe de edu- cadores. Quanto à alternativa de realizar assembleias com alunos, é bastante coerente com a gestão democrática e inclusiva, portanto, também é correta. 3. Alternativa D. Resposta Comentada: Sem dúvida, uma experiência de exclusão durante a infância pode afetar muito a pos- tura de um profissional quando adulto, sensibilizando-o para a inclusão. No entanto, o fato de viver experiências semelhantes não é suficiente para qualificar um profissio- nal para a gestão de uma escola e não pode ser uma prerrogativa do cargo de diretor, que deve ser, antes de tudo, um profissional da educação. A alternativa I, portanto, está incorreta. Quanto às alternativas II e III, ambas estão corretas, pois o diretor deve enfrentar os preconceitos para ter clareza e profissionalismo na implantação de uma cultura inclu- siva, bem como incentivar os professores a conhecerem as necessidades de seus alu- nos, de forma a auxiliá-los a superarem eventuais barreiras para sua aprendizagem. Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 4.3 1. Alternativa C. Resposta Comentada: O desenho universal para a aprendizagem, segundo o texto, foi criado na década de 1970, partindo da ideia de que “o design dos ambientes e dos produtos pode ser pre- viamente pensado de forma a permitir o uso por parte do maior número possível de pessoas, sem que haja a necessidade de adaptações posteriores”, citada no texto-base da questão, e não com o objetivo específico de auxiliar as pessoas com deficiência e mobilidade reduzida, como afirma uma das alternativas. Dessa forma, também está equivocada a alternativa que diz que contempla ajustes arquitetônicos posteriores a uma obra. O desenho universal para a aprendizagem pode auxiliar no planejamento pedagógico nas escolas inclusivas, que é a resposta correta. Também se relaciona com as adapta- ções curriculares, e não apenas com as adaptações arquitetônicas, bem como pode ser utilizado em turmas muito heterogêneas – diversamente do que foi afirmado nas respostas. U4 / Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco - 5 2. Alternativa A. Resposta Comentada: Em uma visão inclusiva, o aluno está sempre aprendendo e, portanto, seusprogressos devem ser medidos em relação a ele mesmo e não em relação às supostas aprendiza- gens que a turma deveria dominar. Portanto, a afirmativa de que “é importante que ele tenha uma nova chance de aprender” e a de que “tenha mais uma vez a oportunidade de rever os mesmos conteúdos” não são compatíveis com essa visão. Assim, podemos concluir que a decisão do conselho de classe de reter Fernando não é compatível com os princípios inclusivos, assim como é incompatível com esses prin- cípios a ideia de aprendizagens imprescindíveis. Logo, a resposta correta é a que afirma que “a avaliação tradicional colabora para que o aluno fique retido por não aprender, o que é incoerente com uma visão inclusiva”. 3. Alternativa B. Resposta Comentada: Uma das características fundamentais da teoria das inteligências múltiplas é o ques- tionamento de Howard Gardner sobre as medidas de QI – portanto, a afirmativa I está incorreta. As demais estão corretas, uma vez que a inteligência lógico-abstrata não é conside- rada por Gardner como superior às demais. Portanto, Freire e sua aluna são consi- derados inteligentes segundo essa teoria. Também é correto afirmar, segundo esse pressuposto, que o garoto que consegue correr do urso é inteligente, pois responde de forma eficiente ao desafio do ambiente. Por fim, é correto afirmar também que a teoria das inteligências múltiplas é útil para a educação na medida em que valoriza diferentes formas de aprender.
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