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Gabarito Livro Didático disciplia: Educação Inclusiva

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Unidade 1
Apêndice
2 - U1 / Desenvolvimento humano: aspectos gerais
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
Unidade 1
Desenvolvimento humano: aspectos gerais
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 1.1
1. Alternativa D.
Resposta Comentada:
A resposta “Clareza de que a diferença é algo esperado dentro de uma turma [...]” 
é a correta, pois parte do pressuposto que a diferença é uma condição humana. A 
resposta que menciona “Respaldo administrativo do sistema [...]” se pauta em uma 
visão homogeneizante da turma, segundo a qual todos deveriam ter as mesmas 
competências, e quem não tem “destoa”. A alternativa “Experiência com educação 
infantil [...]” está equivocada, pois considera um aluno que tenha deficiência intelec-
tual como aquele que deve fazer atividades para crianças mais novas. Na verdade, 
o que beneficiará, de fato, Henrique é o fato de ser considerado pela sua diferença 
e características únicas. Além disso, a convivência com alunos da sua faixa etária é 
fundamental para que possa estabelecer relações mais horizontais e enfrentar a super-
proteção familiar, como acontece com muitas crianças com algum tipo de deficiência. 
A resposta “Um olhar inclusivo, pois é um ato de amor aceitar crianças com defici-
ência na escola” postula que o olhar inclusivo está relacionado à benemerência e não 
ao direito à educação. Finalmente, a alternativa “Determinação, pois não há escolas 
especiais para todas as crianças com deficiência que precisam” defende que o mais 
adequado é a exclusão de Henrique da escola comum, portanto, está completamente 
inadequada.
 
2. Alternativa B.
Resposta Comentada:
A partir do percurso teórico que realizamos, vimos que os seres humanos se tornam 
humanos por fazerem parte de uma cultura humana. Assim, não nascemos humana-
mente prontos e sim nos tornamos humanos pela inserção na cultura e incorporação 
de comportamentos, sentimentos e atitudes que aprendemos uns com os outros. 
Ainda que os primatas tenham comportamentos sociais sofisticados e um código 
genético semelhante ao humano, eles não transmitem conhecimentos simbólicos 
como os seres humanos fazem. A resposta correta, portanto, é a alternativa que indica 
“As semelhanças genéticas entre seres humanos e primatas [...]”. 
Importante diferenciar que o comportamento grupal não é exclusivo dos humanos, 
portanto, a resposta “Os seres humanos, assim como os gorilas [...]” está incorreta. A 
U1 / Desenvolvimento humano: aspectos gerais - 3
alternativa que fala sobre os comportamentos sociais e culturais dos seres humanos 
serem herdados geneticamente está incorreta, uma vez que afirma justamente o 
contrário da resposta correta, conforme explicação anterior. 
A afirmação que tergiversa sobre o recebimento de habeas corpus pela gorila Cecília, 
fato afirmado no enunciado, em absoluto auxilia na resposta à pergunta feita acerca 
da definição de ser humano. Por fim, ainda que se possa concordar com o que é dito 
na resposta sobre as implicações das formas degradantes no trato com animais, a 
própria ideia de ética precisaria ser melhor explicada para definir o que é um ser 
humano, o que não está exposto na alternativa.
3. Alternativa C.
Resposta Comentada:
Mesmo com os limitados recursos disponíveis à época, suspeitou-se que Victor não 
tinha um tipo de deficiência intelectual. O mais provável era que ele apresentava 
comportamentos regredidos por não ter tido um processo de socialização adequado. 
Assim, a alternativa que levanta a hipótese de deficiência visual explica de maneira 
insuficiente sua condição. O mesmo pode ser dito sobre a resposta que apresenta a 
hipótese de Victor sofrer de alguma síndrome genética.
Não se pode concluir que Victor não aprendeu nada, como afirmado em “Não seria 
possível educar Victor [...]”. Como explicitado no relato, ele aprendeu algumas ações 
básicas e teve dificuldade para dominar aprendizagens mais abstratas, portanto, essa 
alternativa não procede.
Quanto à alternativa que aborda a relação de Victor com jogos e brinquedos, 
novamente refere-se a um conceito estabelecido por Vygotski de maneira equivocada. 
Além disso, por serem atividades abstratas e que requer algum tipo de simbolização, 
aspectos em que Victor tinha dificuldade, ele demonstrava desinteresse muito prova-
velmente por não conseguir compreender, seja por ter algum tipo de deficiência, seja 
por falta de um convívio social. Ou seja, não guardam relação direta com a noção de 
zona de desenvolvimento próximo. Assim, a alternativa correta é a que diz “Ainda que 
uma criança tenha boas condições orgânicas [...]”, uma vez que as questões orgânicas 
não explicam tão bem a situação de Victor quanto à falta de estímulos e de convi-
vência com outros humanos em períodos sensíveis do seu desenvolvimento.
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 1.2
1. Alternativa D.
Resposta Comentada:
Considerando as informações trazidas pela reportagem, observamos que a afirmação 
(1) é verdadeira, pois refere-se à capacidade da escola em aprender e se transformar 
para ensinar Samuel. Também é verdadeira a afirmação (4), uma vez que o texto critica 
o modelo homogeneizador de ensino. Já a afirmação (2) é falsa, dado que pressupõe 
que alunos com deficiência intelectual sempre terão dificuldades, e contradiz o que a 
4 - U1 / Desenvolvimento humano: aspectos gerais
reportagem expõe. Por fim, a afirmação (3) também é falsa ao afirmar que os apoios 
da educação especial foram responsáveis principais pelo sucesso de Samuel, quando 
o texto nem aborda essa questão. 
 
2. Alternativa A.
Resposta Comentada:
De forma sintética, a Classificação Internacional de Doenças e de Problemas relacio-
nados à Saúde (CID) tem foco na incapacidade e incompletude apresentada pela 
pessoa com deficiência, bem como nos aspectos orgânicos apresentados por ela. Já 
a Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF) ressalta a funcionalidade de 
cada pessoa, considerando os impedimentos sensoriais, físicos e intelectuais, ou seja, 
procura captar como se dá a interação entre a pessoa com deficiência e as barreiras 
existentes no meio. Assim, enquanto a CID fornece os códigos para mortalidade e 
morbidade, a CIF fornece os códigos para descrever a variação de estados funcio-
nais que capturam a experiência completa de saúde. Dessa forma, o correto preenchi-
mento das lacunas é:
I. A CID classifica e registra a enfermidade e a CIF a complementa com as infor-
mações de funcionalidade. As duas classificações são complementares e os 
profissionais devem utilizá-las de forma conjunta no caso de pessoa com de 
deficiência.
II. A CIF mede a capacidade da pessoa com deficiência em superar diferentes níveis 
de dificuldades relacionadas às tarefas do cotidiano. A classificação anterior, 
CID, ao classificar os estados de saúde, não permite avaliar o impacto da doença 
sobre o ser e tampouco descrever a restrição funcional determinada pela doença. 
III. A CIF se trata de uma classificação ampla, em fase de adaptação para a inserção 
no contexto da prática clínica, que permitirá um registro fiel da condição 
funcional da pessoa com deficiência. O estado atual do sistema de registro pela 
CID não permite diferenciar o impacto da deficiência segundo idade, condição 
ocupacional e expectativa individual.
3. Alternativa B.
Resposta Comentada:
As alternativas que falam da prova em vídeo e Libras, bem como de intérprete, 
pressupõem que todos os alunos surdos têm necessidade do mesmo tipo de serviço 
de acessibilidade, o que não é verdadeiro. Nenhum dos dois alunos da reportagem 
utiliza a Libras, pois Danilo faz uso de um aparelho auditivo e Bernardo utiliza a 
leitura labial. Portanto, ambas as alternativas estão incorretas. 
Não procede a afirmação de que ambos candidatos estudaram em escolas especiais - 
Danilo estuda em uma escola técnica e Bernardo sempre frequentou escolas regulares, 
segundo o que foi informado. 
É incorreto afirmar também que as universidades não são obrigadas a disponibi-
lizar recursos de acessibilidadeaos alunos, uma vez que esse é um direito garantido 
U1 / Desenvolvimento humano: aspectos gerais - 5
legalmente. Os recursos da educação especial, que tem caráter transversal, devem ser 
oferecidos em todos os níveis de ensino. Na reportagem, vimos que as universidades 
ofereceram recursos ao aluno Bernardo – o problema estava no tipo de recurso ofere-
cido, que não foi adequado. 
Portanto, a resposta correta é aquela em que se afirma que as dificuldades para os 
alunos surdos que querem ingressar no ensino superior acontecem tanto no vesti-
bular quanto na própria frequência à universidade.
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 1.3
1. Alternativa C.
Resposta Comentada:
A alternativa que alega o “despreparo das escolas públicas para incluir alunos com 
autismo” é equivocada, pois os textos se referem a fatos ocorridos em uma escola 
pública e uma escola particular.
No que se refere ao suposto “despreparo dos professores auxiliares de educação”, é 
fundamental lembrar que não cabe ao professor auxiliar conduzir a ação pedagógica 
com um aluno – ou seja, não se trata de preparar auxiliares para lidar individualmente 
com alunos, pois a educação inclusiva é tarefa colaborativa, de responsabilidade de 
todos os profissionais da escola. Nesse mesmo sentido é equivocado falar em “despre-
paro da polícia”, pois a inclusão escolar não deveria se transformar em um caso de 
agressão, e nem a polícia deveria ser a mediadora da sua efetividade.
É falso sugerir que houve “falta de compromisso das famílias”, pois em ambos os casos 
os familiares insistiram que seus filhos permanecessem na escola, mesmo com os 
problemas ocorridos.
Portanto, a afirmação procedente é de que, em ambas as reportagens, ocorre a 
“sugestão clara e/ou implícita por parte da escola de que o aluno com autismo seja 
transferido/expulso”, indicando a escolha de não lidar com alunos que apresentam 
questões desafiadoras. 
 
2. Alternativa D.
Resposta Comentada:
A alternativa que defende a “observação do aluno pelo professor” é a correta, pois essa 
é a ideia principal expressa na reportagem selecionada. 
Nesse sentido, é equivocado afirmar que seja “imprescindível a realização de um 
diagnóstico clínico das altas habilidades/superdotação”, uma resposta que contradiz 
frontalmente a resposta correta comentada acima e nem sequer foi mencionado na 
reportagem.
A resposta que cita o talento para o desenho também é incorreta, pois vimos que 
a avaliação das altas habilidades/superdotação não deve se restringir às habilidades 
lógico-matemáticas.
6 - U1 / Desenvolvimento humano: aspectos gerais
A alternativa que fala em “moeda de troca” é errada, pois trata a questão de maneira 
simplista. O comportamento do aluno citado não melhorou apenas porque foi permi-
tido a ele desenhar, e sim pelo reconhecimento e integração no cotidiano escolar das 
suas habilidades.
Por fim, a opção que assevera que a escola pública não é capaz de dar respostas 
pedagógicas às demandas de alunos com altas habilidades/superdotação é contradi-
tória ao exposto pela reportagem. 
3. Alternativa B.
Resposta Comentada:
São coerentes com os princípios da educação inclusiva, e, portanto, classificadas 
como VERDADEIRAS, as afirmativas I, II e III. Esses enunciados alinham-se com 
a ideia de que o diagnóstico clínico não é a informação principal sobre um aluno, 
para eliminar as barreiras que a escola comum historicamente tem imposto à inclusão 
escolar dos alunos, sejam arquitetônicas, curriculares ou atitudinais. As informações 
clínicas podem contribuir, mas, não são suficientes para apontar os recursos pedagó-
gicos necessários em cada situação. Em uma concepção inclusiva de educação, a 
identificação das barreiras deve o foco de atuação da escola para que todos os alunos 
tenham seus direitos de aprendizagem garantidos.
A afirmativa IV é FALSA, pois o diagnóstico clínico ou qualquer tipo de laudo não 
pode ser considerado um pré-requisito para a inclusão escolar de um aluno, nem 
tomado como ponto de partida do trabalho pedagógico da escola.
Unidade 2
Apêndice
2 - U2 / Direitos humanos: educação como direito de todos
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
Unidade 2
Direitos humanos: educação como direito de todos
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 2.1
1. Alternativa C.
Resposta Comentada:
A resposta correta é a que firma que os instrumentos essenciais para a aprendizagem 
(ou seja, a leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de problemas) 
devem se aliar aos conteúdos básicos da aprendizagem (conhecimentos, habilidades, 
valores e atitudes). Assim, as alternativas que afirmam que “as necessidades básicas 
de aprendizagem mais importantes são a aprendizagem de valores e atitudes para a 
vida” e que a educação “deve garantir a alfabetização em primeiro lugar, pois valores e 
atitudes podem ser ensinados pela família” optam por um dos dois fatores dessa equa-
ção, portanto, estão erradas, já que o texto deixa claro que ambos os fatores devem ser 
considerados. Conteúdos básicos da aprendizagem são definidos como conhecimen-
tos, habilidades, valores e atitudes, e não “leitura, escrita, a expressão oral, o cálculo, 
a solução de problemas”, como afirma de forma equivocada a alternativa. Por fim, a 
declaração ressalta a importância do respeito à cultura de cada país no processo de 
ampliar as necessidades básicas de aprendizagem, contradizendo a afirmação de que 
haveria uma única e supostamente correta forma de fazê-lo.
 
2. Alternativa E.
Resposta Comentada:
Está correta a alternativa que afirma que as três situações configuram discriminação e 
podem ser consideradas crimes. Na situação 1, a eventual despesa extra não pode ser-
vir como motivo para não aceitar um aluno com deficiência, uma vez que a lei obriga 
a todas as escolas aceitarem alunos nessa situação. Seria o mesmo que cobrar por água 
filtrada ou uso do banheiro – são obrigações do estabelecimento oferecer. No mesmo 
sentido está a resposta de que qualquer tipo de cobrança (situação 3), mesmo que a 
família concorde, não pode ser feita sob a justificativa de que o valor a mais se deve ao 
custo de um aluno com deficiência. A lei também é clara ao englobar tanto o sistema 
público quanto o privado em suas determinações (situações 1 e 3). Por fim, não se 
pode afirmar, quanto à situação 2, que a escola esteja agindo no melhor interesse da 
criança – a lei é clara quanto à obrigatoriedade da matrícula, e todas escolas devem 
ser inclusivas, sem exceções. 
U2 / Direitos humanos: educação como direito de todos - 3
3. Alternativa A.
Resposta Comentada:
A resposta correta é a que afirma que os governos devem investir em serviços espe-
cializados que apoiem as escolas comuns, e não em escolas especiais. Note que a alter-
nativa fala em serviços especializados oferecidos como apoio na escola comum, o que 
não significa abolir a educação especial – o que se critica na declaração é a educação 
especial ser oferecida na escola especial de forma alternativa à escola comum, e não 
de forma complementar. Portanto, a alternativa que fala em diluição de custos pelo 
aumento de alunos matriculados na escola especial contraria o que a declaração pro-
põe. Da mesma forma, não se trata de aumentar o número de escolas especiais a partir 
de investimentos do governo. Quanto ao apoio da comunidade, a declaração afirma o 
oposto, ou seja, que as escolas inclusivas atraem mais apoio por parte da comunidade. 
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 2.2
1. Alternativa B.
Resposta Comentada:
A correspondência correta entre textos e momentos históricos é: 1) Integração, 2) 
Exclusão, 3) Segregação, 4) Inclusão.
O momento da integração caracteriza-se pelas ações focadas na pessoa e não na 
sociedade. Esse pensamento se inverte no momento da inclusão, em que a sociedade 
deve prever a participação social de pessoas com deficiência, ofertando acessibilidade 
e não apenas serviços de reabilitação e tratamento. É no momento da exclusão que 
a ideia de extermínio daspessoas é questionada, sem, no entanto, serem feitas ações 
de cunho social e/ou educacional voltadas a esse público – dessa forma, a exclusão 
se mantinha, ainda que através da tolerância e não do extermínio. Por fim, no mo-
mento da segregação o objetivo principal era afastar as pessoas com deficiências e 
diferenças do convívio social, sendo a institucionalização a característica marcante 
desse período.
 
2. Alternativa D.
Resposta Comentada:
A alternativa correta aponta que o capitalismo, como forma de organização econômi-
ca e social, critica a institucionalização devido ao custo que significava para o sistema 
produtivo – portanto, desinstitucionalizar é, para o sistema capitalista, uma forma de 
baratear o custo das instituições. Assim, não vinha em primeiro lugar a preocupação 
com o desrespeito aos direitos humanos praticado nas instituições. As críticas das 
academias científicas e de profissionais se baseiam nas pesquisas e práticas com esse 
público e não às possibilidades existentes no capitalismo – é preciso não o confundir 
com democracia. Pelos mesmos motivos, não se pode dizer que o capitalismo favore-
ce um processo de reflexão e crítica. 
4 - U2 / Direitos humanos: educação como direito de todos
3. Alternativa B.
Resposta Comentada:
Na reportagem, observamos que dizer que algo é politicamente correto se transfor-
mou em uma espécie de crítica, sendo tomado como sinônimo de uma exigência sem 
sentido e desnecessária, com o objetivo de desqualificar quem utiliza esses termos. No 
que se refere à pessoa com deficiência, estudamos que a terminologia resulta de um 
processo histórico. Portanto, chamar uma pessoa com deficiência de termos ultrapas-
sados como “excepcional” e “incapaz” é uma forma preconceituosa de tratamento, 
pois não reconhece essa evolução histórica. Dessa forma, não se pode usar a ideia de 
um suposto exagero nas expressões politicamente corretas para desrespeitar a forma 
como as pessoas com deficiência querem ser chamadas – pois conquistaram esse di-
reito. Logo, não é discriminação tratar de forma politicamente correta a terminologia 
para a deficiência – muito pelo contrário. Ainda que esse tratamento não elimine os 
preconceitos, ele seguramente indica o respeito às conquistas das pessoas com de-
ficiência. Assim, a alternativa correta é a que afirma que “a ideia de que os termos 
politicamente corretos são artificiais desvaloriza a forma adequada de se referir às 
pessoas com deficiência”. 
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 2.3
1. Alternativa E.
Resposta Comentada:
Segundo o texto, a preferência no atendimento a esse alunado em São Paulo, década 
de 1930, era pelas escolas especiais, sendo que as classes especiais eram montadas 
apenas na falta daquelas. A separação dos alunos em atendimentos especializados se-
gregados não se devia a uma tentativa de preparar a escola para recebê-los no futuro, 
e sim era baseada na crença de que esses alunos não deveriam estudar com os demais, 
pois não teriam condições de aprender.
A filosofia inclusiva aposta em classes heterogêneas, pois postula que a diferença 
contribui para a aprendizagem. As classes homogêneas eram uma tentativa tanto da 
escola comum, quanto da escola especial, de facilitar a aprendizagem e o trabalho do 
professor, porém, suas premissas se mostraram equivocadas diante da perspectiva 
da educação inclusiva. Assim, a alternativa correta é a que afirma que “os diversos 
serviços apresentados apontam para uma segregação dos alunos, com vistas à homo-
geneização das classes”.
 
2. Alternativa C.
Resposta Comentada:
Os centros multidisciplinares de apoio têm a função de dar suporte ao trabalho da 
escola, e não servir apenas para que a mesma realize encaminhamentos à saúde que 
podem ser, muitas vezes, resultado de uma falta de reflexão sobre o processo de es-
colarização como um todo. Os professores de sala comum precisam, sim, estudar os 
conteúdos relacionados à educação especial e inclusiva, que devem constar da grade 
U2 / Direitos humanos: educação como direito de todos - 5
curricular das licenciaturas. Portanto, tais conteúdos não necessitam ser apresentados 
apenas em cursos de pós-graduação, e sim durante toda a formação de professores . 
A pesquisa em educação especial e inclusiva é indicada como um apoio para a prática 
do professor; portanto, nesse sentido, deve estar articulada com a prática docente. 
Profissionais como tradutores e intérpretes, professores de Libras, prioritariamente 
surdos, e professores bilíngues, são alguns dos profissionais com os quais a escola 
comum deve contar para apoiar a inclusão escolar de seus alunos – portanto, é essa a 
alternativa correta.
3. Alternativa B.
Resposta Comentada:
O autor critica a ideia de que a EJA se torne a única proposta para jovens e adultos 
com deficiência ao longo da sua vida, o que desresponsabiliza os demais setores da 
sociedade com essas pessoas, como o trabalho, lazer e esportes, por exemplo. Assim, o 
atendimento educacional especializado na EJA não pode se tornar a única opção para 
esse público, independentemente do fato de a sociedade estar ou não preparada para 
isso – a inclusão social é um direito. Com isso, o autor não quer dizer que a EJA não 
deva ser oferecida para esse público, e sim que se deve garantir o atendimento educa-
cional especializado às pessoas com deficiência “que não tiveram acesso à educação 
regular na idade própria e precisam do EJA para isso”. A transversalidade da modali-
dade de educação especial deve ser considerada em todos os níveis, etapas e demais 
modalidades de ensino. Assim, a alternativa correta é aquela que alerta sobre o uso 
do termo “preferencialmente”, reiterando que “se refere à oferta de atendimento edu-
cacional especializado de forma articulada com a escola comum, e não substitutiva”.
Unidade 3
Apêndice
2 - U3 / Sistema educacional inclusivo: avanços e desafos
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
Unidade 3
Sistema educacional inclusivo: avanços e desafios
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 3.1
1. Alternativa B.
Resposta Comentada:
O Programa Escola Acessível objetiva a realização de adequações arquitetônicas e de 
sanitários, rampas, sinalização, mobiliários e outras questões relacionadas ao ambien-
te físico da escola. Portanto, não contempla a contratação de auxiliares de educação 
nem aumento de salário de educadores. Não podemos dizer se os recursos são suf-
cientes ou não, pois essa informação não está disponível na reportagem. O programa 
não se destina à reabilitação e terapias. Quando menciona a cadeira de rodas, refe-
re-se a equipamentos para serem usados pelos alunos na escola. Portanto, podemos 
concluir que a alternativa correta é a que afrma que o Programa Escola Acessível é 
uma ação inclusiva, pois fnancia a adequação do espaço escolar para receber todos 
os alunos e alunas.
 
2. Alternativa A.
Resposta Comentada:
A Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 
(2008) se refere à escolarização e não às terapias complementares. A educação formal 
não tem obrigação de oferecer esse tipo de atendimento, que é do campo da saúde. 
A Política recomenda em relação à atuação da educação especial, que direcione “suas 
ações para o atendimento às especifcidades desses estudantes no processo educacio-
nal e, no âmbito de uma atuação mais ampla na escola, orienta a organização de redes 
de apoio, a formação continuada, a identifcação de recursos, serviços e o desenvol-
vimento de práticas colaborativas” (BRASIL, 2008, [s.p.]). A política é clara quanto 
à necessidade de formação docente, tanto para o professor da sala comum, quanto 
para os que realizam o Atendimento Educacional Especializado. Em relação ao tipo 
de atividade desenvolvida, a política afrma que “as atividades desenvolvidas no aten-
dimento educacional especializado se diferenciam daquelas realizadas na sala de aula 
comum, não sendo substitutivas à escolarização” (BRASIL, 2008, [s.p.]). Portanto, 
atendimento educacionalespecializado e aulas de reforço são diferentes ofertas edu-
cacionais e não devem ser confundidos. A APAE não é substitutiva à escola comum, 
de acordo com a lei. Na reportagem, vemos que a aluna frequenta a APAE para ativi-
dades complementares à escola comum, portanto, dentro do que preconiza a Política 
U3 / Sistema educacional inclusivo: avanços e desafos - 3
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008). Assim, 
a alternativa correta é aquela que aponta a situação irregular de escolas particulares 
que recusam a matrícula de alunos com defciência ou fazem exigências ilegais para 
aceitá-los.
3. Alternativa D.
Resposta Comentada:
O item III refere-se aos dados de aumento da matrícula entre 2000 e 2010 e não à 
população brasileira público-alvo da educação especial como um todo – portanto, 
esse item está errado. Em relação a essa população, observamos no gráfco que, em 
2022, pelas projeções do crescimento atual, atingirá 66% do público-alvo da educação 
especial – faltando, dessa forma, atingir 34% dessa população. Assim, o item I está 
correto. O item II reafrma a informação baseada na projeção da população total do 
IBGE, segundo a qual 22% do público-alvo da educação especial estava matriculada 
na educação básica em 2010. Trata-se, portanto, de uma afrmativa correta.
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 3.2
1. Alternativa D.
Resposta Comentada:
A partir da leitura do texto, não se pode concluir que “as salas de recursos multifun-
cionais não atendem às necessidades da rede pública”, pois essa informação não está 
presente.
O espaço para a instalação da sala não é responsabilidade do MEC, e sim da escola e 
respectivo sistema educacional solicitante.
As entidades assistidas podem receber salas de recursos multifuncionais, desde que 
ofereçam o AEE para alunos matriculados na escola comum.
Para receber salas de recursos multifuncionais, é necessário que a rede de ensino ou 
entidade conveniada esteja cadastrada no MEC.
A alternativa correta, portanto, é a referente ao Decreto nº 7.611/11, que garante 
apoio aos sistemas públicos para a instalação das salas de recursos multifuncionais.
 
2. Alternativa E.
Resposta Comentada:
O professor da sala comum em parceria. Portanto, o responsável pelo planejamento 
de atividades para o aluno na sala comum é o professor da sala comum.
As atividades de enriquecimento curricular não devem se confundir com atividades 
de reforço escolar, o que vale para todas as atividades desenvolvidas no AEE.
Em nenhum momento está disposto na legislação que o professor do AEE substitua 
o trabalho feito por um fonoaudiólogo ou outro profssional de saúde. O objetivo do 
AEE é educacional, e está circunscrito à remoção de barreiras à escolarização, não 
tendo uma fnalidade clínica ou terapêutica.
4 - U3 / Sistema educacional inclusivo: avanços e desafos
O texto aponta que os recursos de tecnologia assistiva não se restringem à sala de 
recursos multifuncionais e podem estar na sala de aula comum e demais ambientes 
escolares.
Assim, a resposta correta é aquela que ressalta a importância da parceria entre o pro-
fessor do AEE e o professor da sala comum para a elaboração de estratégias peda-
gógicas que garantam o direito à aprendizagem de alunos e alunas público-alvo da 
educação especial.
3. Alternativa A.
Resposta Comentada:
O número de matrículas de alunos com defciência na rede regular de ensino tem 
crescido, de acordo com os dados apontados no artigo. 
O número de matrículas que cresceu, segundo o autor, foi o de estudantes na rede 
regular de ensino, e não no AEE.
Conforme o texto, quem aponta a falta de formação continuada em educação especial 
dos professores da educação básica como algo preocupante é o MEC, e não o autor.
O autor ressalta que a inclusão não pode ser considerada como perspectiva efetiva-
mente colocada em prática justamente pelo MEC não ter feito a sua parte, citando 
a falta de formação dos professores entre uma das falhas resultantes dessa política.
Para o autor, o governo não está fazendo sua parte e culpabiliza o AEE pelas difcul-
dades da inclusão escolar, sendo esta, portanto, a alternativa correta.
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 3.3
1. Alternativa C.
Resposta Comentada:
No texto, vemos que nem sempre a matrícula do aluno na escola mais próxima de 
sua residência é a melhor forma de garantir o acesso ao AEE. A presença de um cui-
dador deve ser avaliada caso a caso, de acordo com as demandas de cada aluno. No 
caso apresentado, o aluno tinha uma defciência física, portanto era um apoio impor-
tante. Mas, isso não signifca que todos os estudantes terão essa mesma necessidade 
em termos de apoio técnico. O texto afrma que o aluno frequenta o AEE de forma 
complementar, em período contrário ao que está na sala de aula comum. No relato 
apresentado, a família justamente optou por matricular seu flho em uma escola mais 
longe, na qual o aluno era mais bem atendido e, segundo a mãe, recebido com cari-
nho. O ideal era que fosse recebido dessa forma na unidade escolar próxima a sua 
casa. Como isso não aconteceu, o critério de proximidade foi deixado em segundo 
plano. Assim, é correto afrmar que o compromisso com o acolhimento das diferenças 
começa no projeto político-pedagógico (PPP), no qual está delineado como o AEE 
será desenvolvido na escola.
 
U3 / Sistema educacional inclusivo: avanços e desafos - 5
2. Alternativa A.
Resposta Comentada:
O desconhecimento dos profssionais da creche acerca do público-alvo da educação 
especial deve ser tratado por meio de formações em serviço e não pelo encaminha-
mento desse alunado a serviços de saúde, como os da estimulação precoce. Da mesma 
forma, os professores de creche devem receber formação continuada, pois não é atri-
buição exclusiva do professor do AEE o trabalho junto a estudantes com defciência, 
transtornos do espectro autista ou altas habilidades / superdotação. O texto afrma 
que os profssionais da creche reconhecem a importância do processo de inclusão 
escolar do público alvo da educação especial, o que explicita que não é esse o foco do 
problema, e sim os conhecimentos insufcientes sobre como realizar esse trabalho. 
O AEE oferecido na creche é um serviço de caráter educacional e visa a remoção 
das barreiras à aprendizagem dos (as) alunos (as), não devendo se confundir com a 
estimulação precoce enquanto serviço de saúde. É correto afrmar, portanto, que o 
professor do AEE deve estar articulado com o professor da creche, e não atender a 
criança em período contrário, o que seria uma ação de estimulação precoce.
3. Alternativa E.
Resposta Comentada:
Ainda que o Atendimento Educacional Especializado deva acontecer de forma trans-
versal e não substitutiva, o aumento do tempo de permanência na escola dos alunos 
do ensino médio, que passariam a frequentá-lo em período integral, deverá levar em 
consideração as necessidades desse alunado, passando a prever o AEE de forma arti-
culada com a nova proposta da escola – como, por exemplo, através do ensino cola-
borativo. O aumento do tempo de permanência na escola dos alunos público-alvo da 
educação especial não se constitui em si como um fator impeditivo para acompanhar 
as aulas, devendo as demandas dos alunos serem analisadas no caso a caso. A revisão 
da proposta pedagógica da escola na situação de aumento do tempo de permanên-
cia na escola poderá benefciar alunos público-alvo da educação especial, desde que 
esse tema seja considerado de forma específca pelas escolas. Ou seja, isso não se 
dará espontaneamente. Ao instituírem práticas de acompanhamento pedagógico e 
interdisciplinar condizentes com o aumento do tempo de permanência na escola, os 
sistemas poderão incluir o Atendimento Educacional Especializado, certamente, mas 
isso não se refletirá automaticamente em qualidade. Pode-se pensar, inclusive, que 
isso pode se traduzir em exclusão desses alunos – por exemplo, enquanto a turma 
aprende matemática, esses alunos podem ser atendidos pelo professor doAEE em 
outras atividades – o que, na prática, confguraria uma atividade substitutiva. Assim, 
a resposta correta é a que aponta para o risco de alunos que trabalham poderem ser 
prejudicados caso se aumente o tempo de permanência na escola, considerando-se 
que entre esses há casos de alunos que são público-alvo da educação especial.
Unidade 4
Apêndice
2 - U4 / Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco
Apêndice
Gabaritos comentados com resposta-padrão
Unidade 4
Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco
Gabarito 1. Faça valer a pena - Seção 4.1
1. Alternativa A.
Resposta Comentada:
O fato de o professor do AEE ser um especialista não faculta que planeje à margem 
dos propósitos do Projeto Político-Pedagógico, que, como o texto ressalta, deve ter 
todos os participantes envolvidos como coautores. Assim, também deve ser evitado 
que os projetos desenvolvidos no AEE o sejam de forma desarticulada com o profes-
sor da sala comum. 
O mesmo pode ser dito em relação à observância de uma base nacional curricular 
comum, cujo objetivo não é a restrição da liberdade de planejamento da equipe es-
colar, e sim a garantia de que os direitos de aprendizagem dos (as) alunos (as) sejam 
respeitados. Dessa forma, não se pode alegar que observar esses direitos restrinja a 
possibilidade da construção de um PPP que respeite as características de cada escola.
Como o AEE é um serviço educacional baseado na escola comum, é fundamental 
que sua finalidade seja descrita no PPP, havendo inclusive orientação legal para que 
assim ocorra.
A alternativa correta, portanto, é a que afirma que o Projeto Político-Pedagógico é a 
principal referência para todos os projetos desenvolvidos em uma escola, incluindo o 
Atendimento Educacional Especializado (AEE).
 
2. Alternativa C.
Resposta Comentada:
De acordo com a autora, é correto afirmar que o termo diversidade tem sido esvaziado 
de seu significado, bem como que o currículo pode ser entendido como um campo de 
interesses. Também está correta a afirmação de que uma onda conservadora busca in-
fluenciar as práticas educativas, desafiando princípios presentes na legislação brasileira.
Está incorreta a afirmativa em que a autora solicitaria uma união de esforços em torno 
da construção de uma nova proposta curricular, uma vez que ela argumenta que “o 
maior desafio está em tornar a base curricular nacional já existente – de fato – acessí-
vel a todos os educadores brasileiros, não importa onde estejam atuando”.
U4 / Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco - 3
3. Alternativa C.
Resposta Comentada:
É correto relacionar os resultados da escolarização básica da população brasileira com 
o desempenho do estado, já que o maior número de matrículas nos ensinos funda-
mental e médio são em equipamentos públicos. 
Também se pode afirmar que os alunos público-alvo da educação especial matricu-
lados na escola pública comum também estarão sujeitos às mesmas dificuldades re-
lativas à permanência com sucesso de aprendizagem na escola. Sabemos que essas 
dificuldades são ainda maiores para esse alunado, mas como o autor não menciona 
esses dados, não podemos argumentá-lo aqui. Porém, a afirmativa é correta ao pre-
sumir que o público-alvo da educação especial também sofrerá as consequências de 
uma escola de baixa qualidade, como os demais alunos.
O autor afirma que cerca de 40% dos alunos matriculados no ensino médio não com-
pletam essa etapa de ensino, portanto, a alternativa está correta.
A questão relacionada ao fluxo escolar apresenta uma incorreção, pois o autor afirma 
que o Brasil apresentou avanços em relação aos anos 1990. Além disso, afirma que 
10% dos alunos matriculados no primeiro ano da educação básica não completam o 
ciclo, e não um terço, como afirmado equivocadamente na alternativa.
Gabarito 2. Faça valer a pena - Seção 4.2
1. Alternativa E.
Resposta Comentada:
A afirmação de que “a falta de estrutura familiar é um problema que se reflete na esco-
la” critica tacitamente as novas formações familiares, como se estas fossem responsá-
veis pelos desafios que a escola vive para a aprendizagem dos estudantes. Isso também 
pode ser aplicado à ideia da necessidade de haver “papéis bem definidos de pai e 
mãe”, o que pressupõe que as famílias devem seguir um padrão de normalidade, que é 
justamente o que é criticado ao se admitir novas configurações familiares. A resposta 
correta é aquela que afirma que “as famílias podem ter diversas configurações, indo 
além do tradicional modelo de pai, mãe e filhos”. Dessa forma, não se pode afirmar 
que não seja família quando não há uma figura paterna ou não há filhos. Independen-
temente da configuração e do arranjo familiar, como vimos, a função que se espera da 
família de um estudante é proteger e prover as crianças e os adolescentes com vistas a 
garantir seu desenvolvimento integral e seu acesso pleno a todos os direitos humanos, 
dentre eles a educação. 
 
2. Alternativa C.
Resposta Comentada:
A gestão democrática e inclusiva pressupõe a participação efetiva de todos, aproxi-
mando-os da compreensão dos processos de gestão, ainda que não seja sua esfera 
de atuação direta. Dessa forma, é pertinente fazer ações para que as famílias com-
4 - U4 / Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco
preendam o processo pedagógico e que todos conheçam o plano de reforma para a 
acessibilidade. Nesse sentido, é incorreta a alternativa que sugere que os funcionários 
da limpeza e da cozinha não sejam educadores, pois, uma vez que trabalham em uma 
escola, devem ter essa postura e serem considerados dessa forma. Portanto, seria mais 
coerente com a proposta da gestão democrática e inclusiva que esses funcionários 
participassem de reuniões pedagógicas visando à equipe como uma equipe de edu-
cadores. 
Quanto à alternativa de realizar assembleias com alunos, é bastante coerente com a 
gestão democrática e inclusiva, portanto, também é correta.
3. Alternativa D.
Resposta Comentada:
Sem dúvida, uma experiência de exclusão durante a infância pode afetar muito a pos-
tura de um profissional quando adulto, sensibilizando-o para a inclusão. No entanto, 
o fato de viver experiências semelhantes não é suficiente para qualificar um profissio-
nal para a gestão de uma escola e não pode ser uma prerrogativa do cargo de diretor, 
que deve ser, antes de tudo, um profissional da educação. A alternativa I, portanto, 
está incorreta.
Quanto às alternativas II e III, ambas estão corretas, pois o diretor deve enfrentar os 
preconceitos para ter clareza e profissionalismo na implantação de uma cultura inclu-
siva, bem como incentivar os professores a conhecerem as necessidades de seus alu-
nos, de forma a auxiliá-los a superarem eventuais barreiras para sua aprendizagem.
Gabarito 3. Faça valer a pena - Seção 4.3
1. Alternativa C.
Resposta Comentada:
O desenho universal para a aprendizagem, segundo o texto, foi criado na década de 
1970, partindo da ideia de que “o design dos ambientes e dos produtos pode ser pre-
viamente pensado de forma a permitir o uso por parte do maior número possível de 
pessoas, sem que haja a necessidade de adaptações posteriores”, citada no texto-base 
da questão, e não com o objetivo específico de auxiliar as pessoas com deficiência e 
mobilidade reduzida, como afirma uma das alternativas. Dessa forma, também está 
equivocada a alternativa que diz que contempla ajustes arquitetônicos posteriores a 
uma obra.
O desenho universal para a aprendizagem pode auxiliar no planejamento pedagógico 
nas escolas inclusivas, que é a resposta correta. Também se relaciona com as adapta-
ções curriculares, e não apenas com as adaptações arquitetônicas, bem como pode 
ser utilizado em turmas muito heterogêneas – diversamente do que foi afirmado nas 
respostas.
 
U4 / Escola para todos: gestão e estratégias pedagógicas em foco - 5
2. Alternativa A.
Resposta Comentada:
Em uma visão inclusiva, o aluno está sempre aprendendo e, portanto, seusprogressos 
devem ser medidos em relação a ele mesmo e não em relação às supostas aprendiza-
gens que a turma deveria dominar. Portanto, a afirmativa de que “é importante que ele 
tenha uma nova chance de aprender” e a de que “tenha mais uma vez a oportunidade 
de rever os mesmos conteúdos” não são compatíveis com essa visão.
Assim, podemos concluir que a decisão do conselho de classe de reter Fernando não é 
compatível com os princípios inclusivos, assim como é incompatível com esses prin-
cípios a ideia de aprendizagens imprescindíveis.
Logo, a resposta correta é a que afirma que “a avaliação tradicional colabora para que 
o aluno fique retido por não aprender, o que é incoerente com uma visão inclusiva”.
3. Alternativa B.
Resposta Comentada:
Uma das características fundamentais da teoria das inteligências múltiplas é o ques-
tionamento de Howard Gardner sobre as medidas de QI – portanto, a afirmativa I 
está incorreta.
As demais estão corretas, uma vez que a inteligência lógico-abstrata não é conside-
rada por Gardner como superior às demais. Portanto, Freire e sua aluna são consi-
derados inteligentes segundo essa teoria. Também é correto afirmar, segundo esse 
pressuposto, que o garoto que consegue correr do urso é inteligente, pois responde 
de forma eficiente ao desafio do ambiente. Por fim, é correto afirmar também que a 
teoria das inteligências múltiplas é útil para a educação na medida em que valoriza 
diferentes formas de aprender.

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