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1 JULIELE BUENO T5 MED SBC Doença cardíaca valvar “ doença valvar acarreta ESTENOSE ou insuficiência ( regurgitação ou incompetência) ou AMBAS. Estenose é a falha de uma valva em abrir-se completamente, impedindo, assim, o fluxo para frente. A insuficiência resulta da falha de uma valva em fechar-se completamente, assim um fluxo invertido. Regurgitação funcional incompetência de uma valva, originada de uma anormalidade em uma de suas estruturas de suporte, por exemplo, dilatação do VD ou VE pode empurrar músculos papilares ventriculares para baixo ou para fora impedindo o fechamento adequado de folhetos mitrais ou tricúspide normais Estenose aórtica: calcificação e esclerose da valva aórtica anatomicamente normal ou bicúspide de origem congênita. • Insuficiência aórtica: dilatação da aorta descendente, muitas vezes decorrente de hipertensão e/ou envelhecimento. • Estenose mitral: cardiopatia reumática. • Insuficiência mitral: degeneração mixomatosa (prolapso da valva mitral). Degeneração valvar por calcificação as valvas cardíacas estão sujeitas a altos níveis de estresse mecânico e repetitivo particularmente nos pontos em que as cúspides e folhetos se dobram e isso é consequência de milhões de contração cardíacas por ano, deformações teciduais substanciais durante cada contração. Portanto, não é de surpreender que essas estruturas delicadas possam sofrer danos cumulativos e calcificação que levam a uma disfunção clinicamente importante Estenose aórtica calcificada → associada ao uso e desgaste → a calcificação da valva aórtica é provavelmente uma consequência de LESÃO CRÔNICA recorrente devido à HIPERLIPIDEMIA, HIPERTENSÃO, INFLAMAÇÃO E INFLAMAÇÃO e outros fatores semelhantes àqueles implicados na aterosclerose. → a lesão crônica progressiva leva a degeneração valvar e provoca a deposição de hidroxiapatita ( cálcio) → as valvas anormais contêm células semelhantes a osteoblastos que sintetizam proteínas da matriz óssea e promovem a deposição de sais de cálcio. Morfologia → as características morfológicas macroscópica da estenose aórtica calcificada de origem NÃO reumática ( que envolve valvas tricúspide ou bicúspides) é a presença de massas calcificadas e amontoadas dentro das cúspides aórticas → microscopicamente, na estenose aórtica a área funcional da valva está diminuída pelos grandes depósitos calcificados nodulares que podem causar eventualmente uma obstrução na via de saída, isso submete o miocárdio do ventrículo esquerdo a uma sobrecarga de pressão progressivamente crescente Doença cardíaca valvar, endocardite e miocardite 2 JULIELE BUENO T5 MED SBC Estenose calcificada de origem congênita → na valva aorta de origem congênita existem apenas duas cúspides funcionais, geralmente de tamanho diferente, resultando na separação incompleta durante o desenvolvimento →embora geralmente assintomáticas no inicio da vida, complicações tardias incluem estenose ou regurgitação aórtica, endocardite infecciosa, dilatação ou dissecação da aorra. 3 JULIELE BUENO T5 MED SBC No prolapso da valva mitral ou ambos os folhetos da valva mitral estão frouxos e sofrem prolapso ou abaulamento para dentro do átrio esquerdo durante a sístole Patogenia está associado a distúrbios hereditários do tecido conjuntivo, incluindo a síndrome de marfan causada por mutações na fibrilina-1. Valva aberta com BALONIZAÇÃO pronunciada. → nas valvas mixomatosas o calageno na camada fibrosa é frouxo e desorganizado a deposição da proteoglicanas na camada esponjosa é acentuada e expandida e a elastina na camada atrial está desorganizada CARDIOPATIA VALVAR → a doença valvar pode levar a oclusão estenose ou regurgitação insuficiência, as estenoses das valvas aórticas e mitral adquiridas são responsáveis aproximadamente dois terços de todas as doenças valvares → a calcificação valvar é um processo degenerativo que normalmente resulta em estenose, a síntese anormal da matriz e sua renovação resultam em degeneração mixomatose e insuficiência → as doenças inflamatórias das valvas levam a neovascularização pós-inflamatória e cicatrização. A cardiopatia reumática resulta de anticorpos antiestreptocócicos que tem reações cruzadas com os tecidos cardíacos, mais comumente ela afeta a valva mitral e é responsável por 99% das estenoses mitrais adquiridas. → endocardite infecciosa pode ser agressiva e rapidamente destruir as valvas normais ( EI AGUDA) ou pode ser indolente e minimamente destrutiva em valvas anteriormente anormais ( EI SUAGUDA). A embolização sistêmica pode produzir infartos sépticos → a endocardite trombótica não bacteriana ocorre em valvas anteriormente anormais devido aos estados de hipercoagulação, a embolização é uma complicação importante → as valvas protéticas mecânicas apresentam complicações trombóticas ou hemorrágicas relacionadas ao fluxo sanguíneo não laminar e a necessidade de tratamento crônico com anticoagulante. As valvas bioprotéticas não são viáveis portanto são suscetíveis a calcificação a longo prazo ou a degeneração 4 JULIELE BUENO T5 MED SBC com laceração. Ambos os tipos de valvas tem um risco maior de desenvolver endocardite em relação as valvas naturais Durante a febre reumática aguda, os nódulos de aschoff podem ser encontrados em qualquer uma das 3 camadas do coração: pericárdio, miocárdio ou endocárdio ( inclusive nas valvas) → patogenia A febre reumática aguda resulta das respostas imunes do hospedeiro aos antígenos dos estreptococos do grupo A, que têm reação cruzada com as proteínas do hospedeiro. Particularmente, os anticorpos e as células T CD4+ direcionados contra as proteínas M dos estreptococos também podem, em alguns casos, reconhecer os autoantígenos cardíacos. A ligação de anticorpos pode ativar os complementos e recrutar células portadoras de receptores Fc (neutrófilos e macrófagos); a produção de citocinas pelas células T estimuladas leva à ativação dos macrófagos (p. ex., nos nódulos de Aschoff). Assim, o dano ao tecido cardíaco pode ser causado por uma combinação de reações mediadas por anticorpos e células T Células de aschoff ( macrófagos multinucleados) focos de linfócitos T, as vezes plasmócitos e macrófagos grandes ativos chamados de células de anitschkow Células de anitschkow ( macrófagos ativados) apresentam citoplasma abundante núcleos centrais com formato arredondado e ovoide( ocasionalmente binucleados) nos quais a cromática se condensa em uma fita ondulada central e delgada) célula em formato de lagarta. 5 JULIELE BUENO T5 MED SBC É uma infecção microbiana das valvas cardíacas ou do endocárdio mural, que leva a formação de vegetações compostas de fragmentos trombóticos e organismos, frequentemente associados a destruição de tecidos cardíacos adjacentes → endocardite bacteriana →a endocardite infecciosa aguda normalmente é causada pela infecção de uma valva cardíaca anteriormente normal por um organismo altamente virulento Staphylococcus aureus que rapidamente produz lesões necrosantese destrutivas. → endocardite de valvas naturais Streptococcus viridans um componente normal da flora da cavidade oral 6 JULIELE BUENO T5 MED SBC A endocardite trombótica não bacteriana é caracterizada pela deposição de pequenos trombos estéreis nos folhetos de valvas cardíacas. 7 JULIELE BUENO T5 MED SBC → é frequentemente encontrada em pacientes debilitados, tais como com câncer e sepse. Com frequência ela ocorre concomitantemente com trombose venosa profunda, êmbolos pulmonares e outros achados que sugerem um estado de hipercoagulação sistêmica. → trauma endocárdico, como o produzido por cateter de demora. Endocardite por lúpus eritematoso sistêmico Nos lúpus eritematoso sistêmico, ocasionalmente observa-se uma valvulite mitral e tricúspide com pequenas vegetações estéreis, chamadas de endocardite de Libman- sacks → as lesões são vegetações pequenas, estéreis ou róseas com aparência verrucosa. → elas podem estar localizadas nas superfícies inferiores das valvas atrioventriculares, no endocárdio valvar, nas cordas ou no endocárdio mural dos átrios e ventrículos → é um grupo diverso de entidades patológicas nas quais microorganismos infecciosos e ou um processo inflamatório causam lesão do miocárdio. 8 JULIELE BUENO T5 MED SBC MORFOLOGIA → na miocardite aguda, o coração pode aparecer normal ou dilatado → nos estágios avançados, o miocárdio normalmente está flácido e com frequência mosqueado de áreas pálidas e hemorrágicas. Miocardite por hipersensibilidade : é caracterizada por infiltrados intersticiais principalmente perivasculares compostos por linfócitos, macrófagos e uma grande quantidade de eosinófilos. Miocardite de células gigantes : caracterizada por um infiltrado celular de células gigantes multinucleadas ( macrófagos fusionados) rodeadas por linfócitos, eosinófilos, plasmócitos e macrófagos. Final fulminante. Miocardite por doenças de chagas : infiltrado inflamatório misto de neutrófilos, linfócitos, macrófagos e ocasionais eosinófilos. 9 JULIELE BUENO T5 MED SBC
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