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CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DO AMAZONAS - CETAM CENTRO DE FISIOTERAPIA CURSO TÉCNICO EM ESTÉTICA RELATÓRIO TÉCNICO DE ATIVIDADE PRÁTICA NA ETAPA 1 ESTÉTICA FACIAL Leide Silva de Castro Manicoré- AM 2019 Ambiente de aprendizagem onde foi realizada a Atividade Prática: CENTRO DE FISIOTERAPIA Ambiente de Aprendizagem: Sala de Fisioterapia Turno: Noturno Horário: 19:00 às 21:00 horas Período de realização: 17/09/2019 à 09/10/2019 Nota Final do Componente Atividade Prática em Estética: ( ) Considerações do Instrutor da Atividade Prática: ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________ Instrutor/Professor:....................................................... Relatório técnico em Estética Facial com requisito parcial para aprovação no componente curricular do curso: Técnico em Estética solicitado pela Instrutora Tatiane Souza. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 4 2. DESCRIÇÃO DE ACNE ................................................................................... 5 2.1 Patologia ........................................................................................................ 5 2.2 Etiologia ........................................................................................................ 5 2.3 Classificação .................................................................................................. 5 2.4 Sinais e Sintomas ........................................................................................... 6 2.5 Tratamento .................................................................................................... 7 2.5.1 Peelings Químicos ............................................................................................... 9 2.5.1.1 Ácido Salicílico ............................................................................................... 10 2.5.1.2 Ácido Glicólico ............................................................................................... 11 2.5.2 Microagulhamento ............................................................................................ 12 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................... 13 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................................................... 14 4 1. INTRODUÇÃO O relatório intitulado ‘’Relatório Técnico de Atividade Prática na Etapa 1 em Estética Facial’’ tem como justificativa mostrar a importância e a eficiência dos tratamentos estéticos para acne. Podemos observar nos dias de hoje o aumento no número de pessoas que sofrem com os problemas de acne. Este, que muitas das vezes, pode surgir devido fatores internos e externos como questões hormonais, genéticas, alimentação irregular, uso de medicamentos como corticoides, vitaminas do complexo B, exposição exagerada ao sol, contato com óleos, graxas ou produtos gordurosos, e época do ano. Pode ocorrer piora relacionada a situações de estresse ou no período menstrual. Dessa forma, o tratamento estético se apresenta como uma magnífica opção, uma vez que, além de tratar, minimiza o mal estar da pessoa em relação a acne. O objetivo principal deste relatório consiste em apontar os possíveis benefícios causados nos tratamentos estéticos para acne, descrevendo assim os procedimentos realizados. Além disso, iremos expor a importância do tratamento e os cuidados, demonstrando a eficácia dos produtos utilizados que irão potencializar o resultado final do tratamento. 5 2. DESCRIÇÃO DE ACNE 2.1 Patologia Acne é uma doença de pele que incide quando as glândulas secretoras de óleo (glândulas sebáceas) tornam-se inflamadas ou infectadas, gerando cravos, espinhas, cistos, caroços e cicatrizes. Ou seja, é a condição de pele que ocorre quando os folículos capilares são obstruídos por óleo e células mortas da pele. Tornando-se muito frequente na fase da adolescência, sem deixar de ser comum na fase adulta, ocasionando incômodo das lesões na aparência estética. Podendo ser angustiante, irritante e persistente, suas lesões cicatrizam de forma lenta e, muitas das vezes, quando começam a melhorar, pode ocorrer de surgir novamente. O termo acne vem do grego akme, que significa “ponta”. A acne é uma doença que acomete a unidade pilossebácea, ou seja, as unidades compostas por um pelo muito pequeno e glândulas sebáceas volumosas. É uma dermatose muito frequente que afeta indivíduos jovens e muitas vezes se prolonga além da adolescência, que atinge ambos os sexos, sendo mais grave nos homens e mais persistente nas mulheres (HASSUN, 2000). 2.2 Etiologia A acne atinge cerca de 80-90% da população incluindo jovens e adultos, atingindo ambos os sexos, sendo geralmente mais grave nos homens e mais persistente nas mulheres. O processo inflamatório dá-se início nas unidades pilossebáceas que consistem em glândulas sebáceas, ductos e folículos pilosos rudimentares, localizados na face, no tórax superior e na região superior das costas. Os folículos da epiderme, nos pacientes com acne, ficam esticados por causa da queratinização anômala, sob a influência de andrógenos. Sob estimulação androgênica, glândulas sebáceas excretam grande quantidade de sebo no folículo, que torna-se colonizado por bactérias da flora normal da pele, entre elas o Propionibacterium acnes, que é um anaeróbio gram-positivo. 2.3 Classificação A classificação pode ser feita de acordo com o quadro clínico, podendo ser dividido em cinco graus. Sendo a acne classificada como acne não-inflamatória (sem sinais inflamatórios) quando apresenta somente cravos (grau I) e acne inflamatória (graus II, III, IV, V). E ainda de acordo com os diferentes tipos e gravidade das lesões, podendo ser: 6 ACNE GRAU I: apenas cravos, sem lesões inflamatórias (espinhas). Apresentam cravos brancos (comedões fechados) ou cravos pretos (comedões abertos) (SILVA, 2014). ACNE GRAU II: Apresentam-se cravos (comedões), pontos vermelhos (pápulas) e "espinhas" (pústulas) (SILVA, 2014). ACNE GRAU III: Apresentam-se cravos, "espinhas" e lesões maiores, mais profundas, dolorosas e inflamadas, podendo apresentar saída de pus (cistos) (SILVA, 2014). ACNE GRAU IV: cravos, "espinhas" e grandes lesões císticas comunicantes (acne conglobata), com muita inflamação e aspecto desfigurante. Representa forma grave de acne, em que ao quadro anterior, associam-se cistos com saída de pus numerosos e grandes, formando abscessos e fístulas que eliminam pus. Geralmente, esta forma aparece no rosto, pescoço, regiões anterior e posterior do tórax (SILVA, 2014). ACNE GRAU V: Também chamado de acne fulminans. Quadro raro e grave. O paciente apresenta febre, queda do estado geral, dor em várias "juntas" (articulações), alterações ósseas, dores musculares, perda de apetite. Pode ocorrer necrose das lesões (morte do tecido). O paciente deve ser tratado rapidamente, pois há risco de sequelas (marcas/cicatrizes) graves (SILVA, 2014). A acne pode ainda ser classificada de acordo com a sua tipologia: Acne vulgar ou juvenil, hiperandrogênica, conglobata, nódulo cística, fulminante, microcísticaou comedônica, papulopustuloso, acne neonatal, infantil ou pustulose cefálica neonatal, escoriada ou excorie dês jeunes-files, pré-menstrual, ocupacional, tropical, oclusiva ou mecânica, solar ou estival, rosácea. 2.4 Sinais e Sintomas Um dos principais responsáveis pelas alterações das características da pele e do surgimento de acne são os hormônios sexuais, pois os mesmos começam a ser produzidos na puberdade, onde as lesões aparecem com mais frequência na face, podendo também ocorrer nas costas, ombros e peito. Esses hormônios, chamados andrógenos e estrógenos, são produzidos tanto pelos ovários (mulher) e testículos (homem) quanto pelas glândulas suprarrenais (duas pequenas glândulas situadas sobre os rins) em ambos os sexos. Sendo a produção maior produção de andrógenos nos homens e a maior produção de estrógenos nas mulheres. Assim, os sintomas principais são: comedões (cravos); pápulas (lesões sólidas arredondadas, endurecidas e eritematosas); pústulas (lesões com pus); nódulos (lesões caracterizadas pela inflamação, que se expandem por camadas mais profundas da pele e podem levar à destruição 7 de tecidos, causando cicatrizes) e cistos (maiores que as pústulas, inflamados, expandem-se por camadas mais profundas da pele, podem ser muito dolorosos e deixar cicatrizes) além de dor, coceira e irritação nas áreas afetadas. Pode ocorrer piora relacionada a situações de estresse ou no período menstrual. Certos medicamentos como corticoides, vitaminas do complexo B, exposição exagerada ao sol, contato com óleos, graxas ou produtos gordurosos, época do ano (especialmente inverno) e, principalmente, o hábito de mexer nas lesões (“espremer cravos e espinhas”) pioram o quadro. A acne não é contagiosa e não se relaciona à “sujeira” da pele ou do sangue. 2.5 Tratamento O tratamento tem como objetivo manter a sujeira e o óleo fora dos poros, reduzindo a inflamação e devendo ser indicado por um médico dermatologista, que avaliará o grau de sua acne e prescreverá os medicamentos mais indicados, que poderão ser de uso local ou também medicamentos via oral, dependendo da intensidade do quadro. A acne deve ser tratada de forma mais breve possível. Seu controle é recomendável não só por razões estéticas, como também para preservar a saúde da pele e a saúde psíquica, além de prevenir cicatrizes (marcas da acne) tão difíceis de corrigir na idade adulta. E a melhor forma de evitá-las é começando o tratamento adequado o mais cedo possível. Ou seja, a acne tem tratamento e pode ser curada ou controlada, porém, isso pode levar um longo tempo. Há opções tanto de terapia local, quanto por via oral, ou a combinação de ambas. O tratamento vai variar de acordo com a gravidade e a localização, e em função de características individuais. É necessário verificar se há lesões não inflamatórias (“cravos”) e/ou inflamatórias (“espinhas”, nódulos, cistos) e/ou cicatrizes. Em formas leves, o tratamento pode ser apenas local, com inúmeros produtos existentes no mercado, isolados ou combinados: ácido salicílico, peróxido de benzoíla, retinoides (tretinoína, adapaleno), antibióticos (clindamicina e eritromicina, de preferência associados - no mesmo produto - aos retinoides ou peróxido de benzoíla) e ácido azeláico. Quando o quadro não evolui bem o tratamento por via oral é associado, utilizando-se antibióticos específicos, da classe das ciclinas (tetraciclina, doxiciclina, minociclina, limeciclina) ou macrolídios (eritromicina) ou sulfas (sulfametoxazol-trimetoprim), sempre associados ao tratamento local com retinoides ou peróxido de benzoíla ou ácido azeláico. O tratamento com antibiótico oral deve ser feito por, no máximo, três meses, em um ou até três ciclos. O tratamento hormonal, com anticoncepcionais orais, é sempre útil para as mulheres, desde que não existam contraindicações. Quando não há uma boa resposta aos tratamentos e se percebe uma tendência para cicatrizes ou um importante impacto negativo na qualidade de vida, 8 deve ser indicada, o mais precocemente possível e desde que não existam contraindicações, a isotretinoína oral, mesmo em casos moderados. Procedimentos complementares que ajudam no controle da acne são: extração de “cravos”, drenagem de abscessos, infiltração com corticoides em lesões nodulares muito inflamadas ou em cicatrizes elevadas, peelings químicos, microdermoabrasão, alguns tipos de laser, luzes e esfoliações químicas, despigmentantes, crioterapia, geoterapia, cataplasma e limpeza de pele quando executado por um profissional de estética devendo estes serem indicados por um dermatologista. Tem como objetivo os tratamentos estéticos para acne: A diminuição da oleosidade da pele; equilíbrio do manto hidro lipídico; diminuição da hiperqueratinização da pele; diminuição do processo inflamatório e remoção das lesões cutâneas superficiais. A prevenção inicia-se com higiene adequada da pele com um sabonete ou produto de limpeza indicado especialmente para pela acneica ou oleosa. A limpeza excessiva é prejudicial à pele como um todo, pois a mesma pode causar irritação levando a piora das lesões. Também deve-se evitar cosméticos que aumentem a oleosidade. Acne tem forte componente genético, e pode não estar relacionada diretamente com alimentação. A pele pode melhorar após a exposição ao sol, porém, essa melhora é apenas temporária e a exposição exagerada acarreta piora do quadro. As pessoas com acne, como todos, devem se expor ao sol de maneira cuidadosa, racional e orientada. Cuidados diários: Lavar o rosto 2 vezes por dia com um sabão suave, neutro; Lavar as mãos com frequência e evitar tocar em seu rosto desnecessariamente; Não esfregue a pele e nem esprema as espinhas para que não surjam cicatrizes; Tente manter os cabelos longe da face; Evite expor-se ao sol; Tente manter um registro de alimentação observando se há algum tipo de comida que piora a acne. Mantenha um registro dos tratamentos que usou, e como eles funcionaram. É importante lembrar que: Lavar o rosto várias vezes por dia não previne o aparecimento da acne nem melhora as lesões já instaladas, mas é muito importante limpar a pele, especialmente à noite, antes de dormir; Espremer as espinhas pode resultar na formação de cicatrizes definitivas; Expor o rosto aos raios solares não tem efeito curativo sobre as lesões provocadas pela acne; 9 Procurar ajuda psicológica pode representar um recurso importante para os portadores de acne com prejuízo da autoestima; Seguir as orientações de um dermatologista é a melhor, senão a única, maneira de tratar as doenças da pele. 2.5.1 Peelings Químicos Peelings químicos consistem na aplicação de agentes que destroem as camadas superficiais da pele, seguindo-se, então, da sua regeneração, com uma aparência geral melhorada. É uma forma de esfoliar e acelerar a renovação da pele. Pode ser superficial, médio e profundo. Os peelings superficiais precisam ser feitos em séries, e sua descamação costuma ser fina, enquanto os médios e profundos são realizados em aplicações únicas, com descamação mais intensa e formação de crostas. Podem ser usados alguns tipos de agentes para realização dos peelings químicos como: Fenol - usado para realização de peeling profundo; atinge intensamente a pele; só é indicado para tratar o envelhecimento da face quando existem muitas rugas e a pele é muito clara; o resultado é excelente e duradouro, porém é necessária uma avaliação cardiológica, pelos possíveis efeitos colaterais; Ácido tricloroacético (ATA) - pode ser combinado com outros agentes para a realização de um peeling médio no tratamento de rugas e cicatrizes; Ácido salicílico - utilizado para a realização de peeling superficial, com melhora do aspecto da pele, redução das rugas finas e manchas, além de auxiliar no controle da acne; Solução de Jessner e ácido glicólico – tambémusados para peeling superficial ou médio (neste caso combinados com o ATA), principalmente para o tratamento de rugas finas, manchas e acne; 5-fuoruracil (5-FU) – combinado com a aplicação prévia da solução de Jessner ou do ácido glicólico para o tratamento de queratoses actínicas múltiplas ou campo de cancerização; Ácido retinoico – No peeling é usada uma solução de cor amarelada ou cor de base, com resultados satisfatórios no tratamento adjuvante da acne, melasma e envelhecimento cutâneo. Após o peeling químico superficial a pele restaura-se em torno de um a quatro dias; já os peelings médios e profundos formam uma ferida cuja cicatrização inicia-se em 24 horas e se completa dentro de sete a quinze dias. 10 Não deve ser realizado peeling químico se houver exposição solar, durante a gravidez, se houver alguma ferida aberta no local a ser tratada, se estiver sob estresse físico e mental ou se o mesmo apresentar hábito de cutucar a pele. O peeling químico é indicado para homens e mulheres que desejam um rejuvenescimento facial, pois trata rugas e aumenta a elasticidade da pele. Além disso, também é indicado para o tratamento da acne, marcas de acne, manchas faciais e pintas nas costas das mãos. Esse tipo de tratamento também reduz a oleosidade da pele, aumenta a produção de colágeno, e previne o aparecimento de cravos e espinhas. Os resultados do peeling químico depende do tipo de peeling, se superficial, médio ou profundo, e das características da pele, sendo o resultado mais satisfatório em peles mais claras. 2.5.1.1 Ácido Salicílico O ácido salicílico é um ativo biossintetizado do aminoácido fenilalanina, com ação queratolítica e antimicrobiana, que é bastante usado em pacientes que apresentam oleosidade excessiva, acne, calosidades e outras desordens da camada córnea da pele, potente esfoliante e queratolítico. Apresenta-se de em forma de Cristais brancos geralmente em forma de finas agulhas ou pó cristalino branco volumoso inodoro. É um agente presente em peelings, pomadas, cremes, géis e aplicado para reduzir a descamação da pele ou do couro cabeludo na psoríase. É o ingrediente ativo de muitos produtos para a pele e para o tratamento da acne, existem dois tipos, os alfas hidroxiácidos, que esfoliam suavemente a camada superior da pele para suavizar e uniformizar o tom da pele, e beta, que têm poderes esfoliantes similares com a vantagem adicional de desobstruir os poros e agir como um agente antibacteriano. É recomendado o uso de 2% para ação queratoplástica. Para ação queratolítica é recomendado o uso acima de 2%. Em casos de hiperqueratoses é recomendado o uso de uma concentração de até 10%. Indicado para caspa; dermatite seborreica; ictiose; psoríase; regularizador de oleosidade; peeling químico; esfoliante; acne. O ácido salicílico tópico pode causar efeitos colaterais como: Irritação na pele; Ardor na área onde você aplicou o ácido salicílico tópico; Urticária; Aperto na garganta; Dificuldade ao respirar; Inchaço dos olhos, face, lábios ou língua. 11 Ácido salicílico é contraindicado para pacientes com hipersensibilidade ao ácido salicílico ou a qualquer componente do ácido. Não deve ser usado em crianças menores de anos de idade, grávidas ou lactantes. 2.5.1.2 Ácido Glicólico O ácido glicólico, também conhecido como ácido hidroxiacético, é um produto utilizado para finalidades estéticas, sendo o alfa-hidroxiácido mais usados atualmente para o tratamento de esfoliação da pele. O ácido glicólico possui baixo peso molecular e, por este motivo, tem a capacidade de penetrar na pele com mais facilidade, variando com as características individuais de cada paciente, com a integridade da pele e com o agente químico proposto. O Ácido Glicólico 70% grau cosmético é o mais utilizado dos alfa-hidroxiácidos em produtos para o tratamento esfoliativo da pele. É derivado da cana de açúcar, sendo usado em peelings químicos ou como agente anti-inflamatório. Os alfa-hidroxiácidos em altas e baixas concentrações, em forma de soluções, cremes, loções e géis, proporcionam novas opções de tratamento para uma ampla gama de condições, incluindo pele seca e suas variantes, acne, manchas senis e queratoses actínicas, verrucose e peeling. Quando aplicados à pele em concentrações mais altas, os hidroxiácidos expandem a capacidade terapêutica do dermatologista e causam destacamento de queratinócitos e epidermólise. Estes ácidos constituem uma classe de componentes que, em aplicações tópicas, provocam efeitos específicos, distintos e únicos sobre a camada córnea, a epiderme, a derme papilar e os folículos pilosebáceos com benefícios terapêuticos em uma ampla gama de desordens e condições nestas camadas da pele. Sendo seu uso recomendado de 1 a 10% em cremes e loções e de 20 a 70% para peelings. O Ácido Glicólico quando aplicado sobre a pele provoca vasodilatação, diminui a espessura e a compactação do extrato córneo, acelera o turnover da epiderme e estimula a síntese de colágeno. Também diminui a adesão entre os corneócitos, melhorando a absorção de outras substâncias associadas. Embora o Ácido Glicólico seja um produto seguro em comparação aos outros usados em peelings, podem ocorrer efeitos colaterais indesejáveis, como eritema persistente, hiperpigmentação, aumento da pré-disposição ao herpes simples e, eventualmente, deixar cicatrizes hipertróficas. 12 2.5.2 Microagulhamento O microagulhamento é um procedimento que consiste em microperfurações da pele com finas agulhas metálicas, que produz efeito apenas na área a ser tratada. Seu resultado mais acentuado é a indução de colágeno e de outras fibras naturais na pele, bem como o espessamento da epiderme. A técnica pode ser realizada por rollers, canetas elétricas ou carimbos. Devendo se utilizar agulhas estéreis. Em nenhuma hipótese estas podem ser reutilizadas, mesmo que no próprio paciente. A técnica mais utilizada é a minimamente invasiva, na qual o procedimento é realizado apenas com creme anestésico. Na técnica cirúrgica, o microagulhamento é feito de forma mais intensiva e com o paciente anestesiado em ambiente cirúrgico. Habitualmente, a técnica minimamente invasiva oferece resultados após uma sequência de aplicações em intervalos regulares (mensais), enquanto a técnica cirúrgica pode já oferecer resultados visíveis em apenas uma sessão. Para realizar o microagulhamento o paciente não deve estar com a pele bronzeada nem apresentar infecções locais. Câncer da pele na área tratada ou nas proximidades também contraindica a técnica. A recuperação costuma ser rápida, mesmo nos casos de técnica cirúrgica. As principais indicações do microagulhamento são: cicatrizes, especialmente as de acne, estrias, envelhecimento e flacidez, calvície, melasma e drug delivery em geral. 13 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do alto índice de acne, observou-se que com o auxílio dos tratamentos estéticos a uma possível cura e melhora nos quadros de acne, o tratamento devendo ser realizado por um profissional habilitado, com conhecimentos relevantes para compreender cada processo, orientando o paciente na continuidade dos procedimentos em casa. O processo de tratamento se inicia com a correta identificação da pele do paciente, e conversado com o mesmo sobre hábitos alimentares que podem interferir no melhor resultado. E acompanhado do processo higienização correta e aplicação adequada do ácido salicílico, em um tempo pré-determinado, sempre acompanhando a evolução do quadro clínico até se obter a resultado desejável, ou estável. A permanência da saúde da pele com acne, sem sintomas negativos, se dá pela contínua hidratação e avaliação periódica do profissional esteticista. O paciente por sua vez deve considerar todas as recomendações do esteticista, reeducar sua forma alimentar, e ser consciente quea saúde do mesmo, é de total responsabilidade pessoal, pois até mesmo a escolha do profissional de estética, deve ser feito com critérios técnicos e éticos dos clientes. O conjunto de cuidados externos e internos trará a satisfação pessoal desejada. Diante de todos os processos executados, observamos uma melhora considerável em relação às técnicas de higienização/limpeza de pele, aplicação de máscara facial nas modelos e depilação de buço. Todas as alunas executaram de forma correta os procedimentos orientados e cobrados pela professora/instrutora, proporcionando a realização das técnicas com eficiência, trazendo os resultados de limpeza facial. Ainda assim, concluímos que estas aulas nos trouxe de forma imprescindível, os conhecimentos e práticas necessárias sobre limpeza de pele facial, depilação e que irão nos beneficiar como futuras Técnicas Esteticistas no oferecimento dessa prática, de forma profissional e qualitativa. 14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BATISTUZZO, J.A; ITAYA, M; ETO, Y. Formulário Médico-Farmacêutico. São Paulo/SP:Tecnopress, 3ª Ed. 2006. BORELLI, Shirley. As idades da pele: orientação e prevenção. São Paulo: SENAC, 2004. CAVALCANTI, L.C. Incompatibilidades farmacotécnicas. São Paulo: Pharmabooks. 2ª ed. 2008. HASSUN, Marques. Acne etiopatogênia. Rio de Janeiro, v.75, n° 1, jan./fev.2000. SILVA, A. M. F.; COSTA, F. P.; MOREIRA, M. Acne vulgar: diagnóstico e manejo pelo médico de família e comunidade. Rev Bras Med Fam Comunidade. Rio de Janeiro, 2014 Jan-Mar; 9(30): 54-63. WOLWERTON, S.M; Terapêutica dermatológica; Expert consult - Elsevier; 3 ed. 2015. https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/acne/23/#sintomas Acesso em: 23/09/2019. http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/410-acne Acesso em: 23/09/2019 https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/tratamento-da-acne/14/ Acesso em: 23/09/2019. https://www.mundoboaforma.com.br/acido-salicilico-o-que-e-para-que-serve-e-como-funciona/ Acesso em: 04/10/2019. https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/peelings-quimicos/10/ Acesso em: 03/10/2019. https://www.tuasaude.com/peeling-quimico/ Acesso em: 03/10/2019. https://www.procorpoestetica.com.br/medicina-estetica/peeling-quimico Acesso em: 03/10/2019. https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/microagulhamento/18/ Acesso em: 03/10/2019. https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/doencas-e-problemas/acne/23/#sintomas http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/410-acne https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/tratamento-da-acne/14/ https://www.mundoboaforma.com.br/acido-salicilico-o-que-e-para-que-serve-e-como-funciona/ https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/peelings-quimicos/10/ https://www.tuasaude.com/peeling-quimico/ https://www.procorpoestetica.com.br/medicina-estetica/peeling-quimico https://www.sbd.org.br/dermatologia/pele/procedimentos/microagulhamento/18/
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