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Patogenia da Asma

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Características patológicas
A asma brônquica é uma patologia crônica, caracterizada pela inflamação e obstrução das vias aéreas, com evolução muito variável em diferentes doentes, de forma espontânea ou em consequência do tratamento. A patogênese está associada a um tipo específico de processo inflamatório crônico das paredes das vias aéreas, estando este processo fortemente associado a fatores de risco, como a atopia e a hipersensibilidade das vias aéreas. (Pedro & Silva, 2012).
A inflamação brônquica constitui o mais importante fator fisiopatogênico da asma. É resultante de interações complexas entre células inflamatórias, mediadores e células estruturais das vias aéreas. Está presente em pacientes com asma de início recente, em pacientes com formas leves da doença e mesmo entre os assintomáticos.(J.PNEUMOLOGIA)
A resposta inflamatória tem características especiais que incluem infiltração eosinofílica, degranulação de mastócitos, lesão intersticial das paredes das vias aéreas e ativação de linfócitos Th2 que produzem citocinas, como as interleucinas IL-4, IL-5, IL-13, entre outras, responsáveis pelo início e manutenção do processo inflamatório. A IL-4 tem papel importante no aumento tanto da produção de IgE específica como da expressão de receptores de alta e baixa afinidade à IgE por muitas células inflamatórias.(J.PNEUMOLOGIA)
Vários mediadores inflamatórios são liberados pelos mastócitos brônquicos (histamina, leucotrienos, triptase e prostaglandinas), pelos macrófagos (fator de necrose tumoral – TNFa, IL-6, óxido nítrico), pelos linfócitos T (IL-2, IL-3, IL-4, IL-5, fator alfa de crescimento de colônia de granulócitos (GM-CSF), pelos eosinófilos (MBP, ECP, EPO, mediadores lipídicos e citocinas), pelos neutrófilos (elastase) e pelas células epiteliais (endotelina-1, mediadores lipídicos, óxido nítrico). Através de seus mediadores as células causam lesões e alterações na integridade epitelial, anormalidades no controle neural autonômico (substância P, neurocinina A) e no tônus da via aérea, alterações na permeabilidade vascular, hipersecreção de muco, mudanças na função mucociliar e aumento da reatividade do músculo liso da via aérea( J.PNEUMOLOGIA)
Esses mediadores podem ainda atingir o epitélio ciliado, causando-lhe dano e ruptura. Como conseqUência, células epiteliais e miofibroblastos, presentes abaixo do epitélio, proliferam e iniciam o depósito intersticial de colágeno na lâmina reticular da membrana basal, o que explica o aparente espessamento da membrana basal e as lesões irreversíveis que podem ocorrer em alguns pacientes com asma. Outras alterações, incluindo hipertrofia e hiperplasia do músculo liso, elevação no número de células caliciformes, aumento das glândulas submucosas e alteração no depósito/degradação dos componentes da matriz extracelular, são constituintes do remodelamento que interfere na arquitetura da via aérea, levando à irreversibilidade de obstrução que se observa em alguns pacientes.(J.PNEUMOLOGIA)
 
 
 Principais características da Limitação do fluxo aéreo provocado pela Asma
 1) Vasodilatação e congestão dos vasos brônquicos e conseqüente edema. Infiltração de células inflamatórias nos brônquios, principalmente por eosinófilos, linfócitos, mastócitos e macrófagos, com espessamento da membrana basal reticular do epitélio brônquico.(Médicas & Patológicas, 2021)
 2) Hipersecreção mucosa, hipertrofia das glândulas mucosas, aumento das células caliciformes, com aumento de secreção intraluminal, e obstrução das vias aéreas por "rolhas" de muco. (Médicas e Patológicas,2020)
3) Contração e encurtamento da musculatura lisa que envolve a via aérea, com aumento da massa muscular, hipertrofia e hiperplasia muscular.(Médicas e Patológicas,2020)
 A característica macroscópica mais importante é a hiperinsuflação pulmonar com áreas focais de atelectasias decorrentes de obstrução causada pela oclusão de brônquios e bronquíolos por muco espesso viscoso. A histologia do tampão mucoso evidencia muitas células ciliadas do epitélio brônquico, em associação com material protéico, mucoso e eosinófilos. O agrupamento de células epiteliais ciliadas em cachos com mais de 100 células configura os chamados corpos de creola.(Médicas e Patológicas,2020)
 Os brônquios apresentam com freqüência hiperplasia de células caliciformes, hipertrofia de glândulas mucosas e desnudamento das células ciliadas resultando em perda da função ciliar, favorecendo a presença de muco intraluminal. (Médicas e Patológicas,2020)
A inflamação crônica da asma caracteriza-se por um processo de fibrogênese, com espessamento da membrana basal, edema, proliferação e congestão vascular da submucosa e lâmina própria com aumento da permeabilidade capilar. Ocorre infiltrado inflamatório poreosinófilos, linfócitos, células plasmáticas, fibroblastos, predominando os eosinófilos que respondem por 5 a 50% do infiltrado celular. Mastócitos em número considerável são encontrados na submucosa, no epitélio e mesmo na luz brônquica.(Médicas e Patológicas,2020)
Os músculos que envolvem os brônquios encontram-se hiperplasiados e hipertrofiados . Seu volume alcança até três vezes o valor de controles não-asmáticos.(Médicas e Patológicas,2020)
· 1.Capítulo I - definição, epidemiologia, patologia e patogenia. (2002). Jornal de Pneumologia, 28(suppl 1), 4–5. https://doi.org/10.1590/S0102-35862002000700004
2.Médicas, I., & Patológicas, C. (2021). Asma Brônquica.
 3.Pedro, J., & Silva, D. A. (2012). [ MECANISMOS INFLAMATÓRIOS NA PATOGÉNESE DA ASMA BRÔNQUICA ].

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