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Antibióticos III

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Farmacologia dos Antibióticos III 
Marcella Ferreira Olintho 
 
Polimixinas 
O foco terapêutico é a membrana plástica da bactéria. Inibem a síntese da 
parede celular. 
Funciona com as Gram -, não trata a serratia, providencia e proteus mirabillis. 
Seu uso foi praticamente abandonado entre as décadas de 70 e 80 com o 
aparecimento de drogas com menos toxicidade. 
O retorno do uso ocorreu pelo surgimento de bactérias Gram – 
multirresistentes. 
Principal uso é a P. aeruginosa (comum em infecção hospitalar). Trata 
também E. coli, klebisiella pneuminiae (produz a KPC – bem difícil de tratar) e 
Enterobacter aerogenes. 
Uso parenteral é muito limitado por ser extremamente nefrotóxica e 
neurotóxica. 
 
Apenas a polimixina B e E estão em uso. 
São drogas anfipáticas, ou seja, uma parte da molécula é solúvel em água e 
uma parte da molécula é insolúvel, estrutura lipofílica e hidrofílica na mesma 
célula. 
Agem como detergentes catiônicos, solubilizam as membranas ligando-se a 
fosfolipídeos e lipossacarídeos, essa ligação desloca competitivamente os 
íons de cálcio e magnésio, os quais atuam como estabilizadores da membrana. 
Sem CA++ e MG++ → perde estabilização da membrana → rotura das 
membranas → lise osmótica → bactericida. 
Possuem efeito antiendotoxina → liga-se a LPS (molécula relacionada a 
sepse e choque séptico) → efeito antiinflamatorio nos pacientes sépticos. 
O espectro da E é muito parecido com a B. 
A polimixina E (colistina) apresenta-se na forma de colestimetato de sódio 
(forma menos tóxica, mas menos potente). 
Colestimetato de sódio 
 
É também uma polimixina, só muda que é mais solúvel em água. 
Competem com relaxante muscular. 
 
O efeito das polimixinas é bem peculiar, é o único grupo que age sobre a 
membrana, isso permite efeito sinérgico com outras drogas. 
KPC: usa o esquema polimixina B/E + amicacina + tigeciclina. 
Não tem atividade sobre fungos. 
Sua atividade bactericida permanece quase inalterada desde sua introdução, 
mas já existem alguns relatos de resistência. 
Segurança e efeitos adversos 
Principais: nefrotoxidade (insuficiência renal aguda) e neurotoxidade, 
também pode ocorrer alergia, dor no local da injeção etc. 
A neurotoxidade se caracteriza por fraqueza, parestesia, oftalmoplegia, ataxia, 
apoptose palpebral, insuficiência respiratória até necessidade de suporte 
ventilatório. O quadro se reverte com a suspensão da droga. 
A maioria apresenta a insuficiência renal com neurotoxiddade junto, pois com 
a insuficiência o organismo não elimina a polimixina e ela vai causar 
neurotoxidade pelo excesso. 
Interações medicamentosas 
Com colistina são capazes de promover bloqueios na condução 
neuromuscular. 
Bloqueadores da junção neuromuscular cirúrgicos (atracúrio, pancurônio, 
rocurônio, vercurônico) podem potencializar seus efeitos. 
Associado a diurético de alça aumenta o risco de desenvolvimento de nefro e 
ototoxidade. 
Ocorre antagonismo in vitro com o uso concomitante com eritromicina. 
1. Inibidores da Síntese Proteica 
Inibem a fração 50S do ribossomo bacteriano. 
Não bloqueiam os ribossomos do organismo pela sua seletividade, o sítio dos 
ribossomos das bactérias, é diferente dos nossos. 
São bacteriostáticos, mas dependendo da associação podem ter ação 
bactericida. 
Classificação: 
• A- Tetraciclinas 
• B- Cloranfenicol 
• C- Aminoglicosídeos 
• D- Macrolídeos 
Bloqueiam a transpeptização e consequentemente inibem a síntese proteica. 
Fração dos ribossomos 
Mamíferos – 60S e 40S 
Microorganismos – 50S 30S 
A.Tetraciclina 
 
Tem uma forte ligação aos íons cálcio, ela quela o cálcio em depósito, então 
em pesquisa pode usar ela como marcador em tecido ósseo. 
Pode pigmentar os dentes. 
Em crianças menores de 4 anos pode dar malformação da arcada dentária 
(agenesia). 
Pode dar problema gastrointestinal, começaram a tomar com leite pois fazia 
mal para o estômago, isso prejudica a absorção e o remédio quela o cálcio – 
leite é cheio de cálcio. 
Classificação 
Ação curta: tetraxiclina, oxitetraciclina. 
Ação intermediária: metaciclina e demeclociclina. 
Longa duração: aminociclina e doxociclina. 
Farmacocinética 
VO ou parenteral, absorção intestinal irregular, exceto minociclina e 
doxiciclina, ampla distribuição, atravessam barreiras, eliminação renal e na 
bile (pode promover reabsorção intestinal). 
Indicação Terapêutica 
Amplo espectro. 
1o escolha – riquétsias, micoplasm, cólera, leptospirose, clamídia, peste. 
2o escolha - infecções respiratórias, acne, meningite, diarreia. 
Resistência 
➢ Diminui o influxo ou aumenta o efluxo por meio de uma bomba de 
transporte ativo de proteínas. 
➢ Proteção dos ribossomos devido a produção de proteínas que 
interferem na ligação da tetraciclina com ribossomos. 
➢ Inativação enzimática. 
Interações Medicamentosas 
Substâncias que diminuem a absorção da tetraciclina. 
Medicamentos e alimentos contendo cátions di e trivalentes (podem conjugar 
com a treta formar um quelato e são eliminados na forma de quelato inativo). 
Bicarbonato de sódio por aumenta o PH gástrico. 
Medicamento para dispepsia. 
Atentar para o uso conjugado com retinóides, pois tem ocorrido aumento da 
pressão intracraniana junto com sinais de neuropatia central como, diplopia, 
cefaleia e tontura. O uso com retinoides tópicos é comum, a relevância dessa 
interação é só por administração via oral. 
Efeitos Indesejados 
 
B. Cloranfenicol 
Age na síntese proteica da membrana. 
Age em Gram +, Gram –, clamídia. 
Espectro amplo não quer dizer que as cepas sejam sensíveis. Não é porque a 
infecção é grave que a cepa seja resistente, pode ser porque o sistema imune 
do paciente está prejudicado. 
Mecanismo de Ação 
Se ligam ao ribossomo na porção 50S e inibem a peptidil transferase. 
Espectro de Atividade 
Amplo espectro. 
Se sabe qual é o agente etiológico é melhor usar o de curto espectro, se você 
não conseguiu identificar é melhor usar o espectro ampliado. 
Resistência 
É comum. 
Efeitos Adversos 
Aplasia medular (pancitopenia – diminuição do num de células sanguíneas: 
leucócitos, hemácias e plaquetas), síndrome cinzenta do RN, 
hipersensibilidade, superinfecção – destrói microbiota normal promovendo 
uma infecção secundária. 
Indicações 
Infecções que benefícios ultrapassam os riscos de toxicidade produzido. 
Quando tem outro antimicrobiano eficaz menos tóxico do que o cloranfenicol, 
deve-se utilizá-lo. 
Febre tifoide e outros por salmonella – usar cefalosporina 3o geração. 
Meningite bacteriana – usar cefalosporina 3o geração. 
Infecções por anaeróbios. 
Doenças causadas por riquétsias - usar tetraciclina. 
Brucelose – usar tetraciclina. 
Efeitos Adversos 
Síndrome Jarisch – Herxheimer: calafrios, febre, taquicardia, hipotensão, 
cefaleia, lesões cutâneas, leucocitose, taquipneia, parto prematuro. 
Reação de hipersensibilidade. 
Erupções cutâneas maculares ou vesiculares. 
Efeitos Tóxicos e Irritativos 
Náuseas, vômitos, paladar desagradável, diarreia, irritação peritoneal. 
Toxicidade hematológica: mais importante – medula óssea. 
Afeta sistema hematopoiético de duas maneiras: 
1 - Efeito tóxico relacionado com a dose. 
2 - Através de uma resposta idiossincratica manisfestado por anemia aplasica 
que pode levar a uma pancitopenia fatal. 
Interaçoes Medicamentosas 
Inibe as enzimas do citocromo p450 microssomoias hepáticas e por isso pode 
prolongar a meia vida de warfina, fenitoina, anti retrrovirais. 
Farmacos que podem alterar sua eliminaçao. 
Administração crônica de fenobarbital ou administração aguda de rifampicina 
diminui a t1/2 do antibiótico, devido a indução enzimática. 
C. Aminoglicosídeos 
Inibem a sÍntese proteica da membrana. 
Restrita a gram –, pseudomonas e enterococus. 
Mecanismo de Ação 
Difundem-se através das porinas das membrana externa das bactérias, 
impulsionadospelo potencial eletrico de membrana penetrando no espaço 
periplasmatico. 
 
Ligam se a fração do ribossomo 30S. 
Espectro de Atividade 
Não são úteis contra anaeróbicas uma vez que O2 é necessario para captação 
do antibiótico ou para bactérias intracelular. 
Sinergia 
Sinergizam com antibioticos betatalâcmicos tais como penicilina. Beta 
talacmicos inibem a sintese de parede celular e portanto aumentam a 
permeabilidade da bac aos aminoglicosideos. 
Classificação 
Produtos naturais ou semi sintéticos produzidos por diferentes actomicetes. 
Estreptomicina, gentamicina, tobramicina, kanamicina, metilmicina, 
amikamicina e neomicina. 
Farmacocinética 
São polares então não são absorvidos pelo TGI. 
Após aplicação IM, tem absorção rápida pelos tecidos, pico 30 min depois, não 
atravessam barreiras, baixa distribuição dos tecidos, concentram-se no 
ouvido interno e no cortex renal, ½ plasmatica é de 2-3h, eliminaçao renal por 
filtraçao glomerular. 
Não se ligam a proteinas plasmastica . 
 
Reações Adversas 
Ototoxidade: destruição progressiva das células sensoriais, vestibulas e 
cocleares. 
Sintoma de toxidade coclear – zumbido agudo. 
Sintoma de toxidade vestibular – cefaléia, náuseas, vômitos, dificuldade de 
equilibro, labirintite crônica. 
Nefrotoxidade ocorre quando é aplicada sistemicamente. A neomicina é a 
mais tóxica, a estreptomicina é a menos. 
Causa insuficiência renal aguda não oligurica – continua tendo débito urinário. 
Ocorrem após 7 dias de tratamento. Dependem da concentração que o 
farmaco consegue ter no córtex renal. 
Bloqueio neuromuscular inibe a loberação de acetilcolina e reduz a 
sensibilidade pós sináptica. 
Ordem decrescente de bloqueio: neomicina → ganamicina → amicacina → 
gentamicina → tobramicina. 
Infusão de gluconato de cálcio é o tratamento preferido para essa toxidade 
pois consegue deslogar a ligaçao do aminoglicosideo. 
Resistência 
➢ Absorçao dimunuida do antibiótico. 
➢ Efluxo do antibiotico. 
➢ Inativaçao enzimatica dos aminoglicosideos. 
➢ Modificação do ribossomo alvo. 
**Faz o esquema terapêutico de acordo com a funçao renal do paciente. 
Interações Medicamentosas 
Aminoglicosideos + Betalactamicos – sinergismo. 
Nefrotoxidade – vancomicina, polimixina, anfotericina B, clindamicina, 
diurético de alça. 
Ototoxidade – diuréticos de alça. 
Antagonismo – cloranfenicol, lincomicina clindamicina macrolídeos – 
proximidade do sitio de ação e acabam competimento pelo mesmo sitio. 
D. Macrolídeos I 
Espectro de ação muito amplo, mycobactérias, Gram–, Gram +, clamidia, e 
riquetsias, so não pega fungos e virus. 
Foi descoberto na década de 50, claritromicina e azitromicina são derivados 
semi sintéticos. 
Mecanismo de Ação 
Inibem a síntese proteica da membrana. 
Competem com cloranfenicol pelo mesmo sítio, entao não adianta usar os dois 
ao mesmo tempo. 
Bacteriostáticos ou bactericidas dependendo das doses. 
Farmacocinética 
Administração por via oral, eritromicina é pouco estável em meio ácido 
embora por VI pode ocorrer tromboflebite local, absorção no intestino (éster), 
ampla distribuiçao mas não atravessam barreiras. 
T1/2 eritromicina é de 3h, claritromicina é 3x maior e azitromicina é 10 x maior, 
inativados no fígado pela enzima P450, excreção na urina e bile. 
Concentram-se nos fagócitos, potencializam a destruição das bactérias. Isso 
é uma vantagem pois eles se deslocam diretamente para o sítio de infecção. 
Indicações Terapêuticas 
Tuberculose e pneumonias, infecção por streptococo: faringite, sinusite, 
erisipela, infecção por H. pylori, sifilis e tétano. 
Efeitos Adversos 
➢ Disturbio gastrointestinais. 
➢ Reações de hipersensibilidade. 
➢ Icteria obstrutiva. 
➢ Superinfecção. 
➢ Distúrbios da audição 
Interações Medicamentosas 
Inibem enzima CYP3A4 com importantes interações farmacológicas na 
clinica, potencializa os efeitos indesejados desses medicamentos. 
Resistência 
Diminuição da entrada do antibiótico ou exportação da droga na bactéria, 
bomba de efluxo. 
Mutação no gene do sítio de ligação na subunidade 50S do ribossomo. 
Inativação enzimática (estearases - enzimas que degravam o macrolideo) 
Eritromicina 
É um macrolídeo. 
Espectro amplo: Gram-, mycoplasma, clamidias, riquersias, treponema, 
micobacterias atipicas, V. coholerae legionelose. 
Enterobactérias são resistentes. 
Moderada contra anaeróbios. 
Espiramicina atua sobre toxoplasma gondii, é um protozoario que grande 
parte da população tem IGG positivo por parecer um quadro gripal. O 
problema é na gestante, pois, pode produzir mal formação fetal e pro 
imunossuprimido. 
E. Macrolideos II 
Azitromicina, roxitromicina, claritromicina. 
Espectro maior contra influenza, micobactérias e T gondii. 
Azitromicina atua sobre algumas enterobactérias. 
Claritromicina é mais potente contra Gram+ e Gram-, porém não atua em 
enterobactérias. 
Ic infecções TR (sup e inf). 
 
Clindamicina 
 
 
Características Gerais 
Utilizada em infecções graves, as quais outros antibióticos não responderam. 
Lincosamidas 
 
Espectro reduzido: só Gram + e Gram –. 
Mecanismo de Ação 
Bacteriostatico, se liga a subunidade 50S. 
Farmacocinética 
Absorção oral com pico de concentração em 1h, t1/2 de 3h, ampla distribuiçao 
e pouca passagem para o SNC e grande para a placenta. 
Efeitos Adversos 
➢ Diarreia 
➢ Colite grave 
➢ Síndrome Stevens Johnson (eritema multiforme). 
➢ Bloqueio da junção neuro muscular. 
Usos Clínicos 
Infecção grave por anaeróbicos. 
Infecção ginecológica. 
Abcessos pulmonares. 
Gangrena gasosa. 
Reações Adversas 
Colite pseudimembranosa – clostridium – selecionando a flora normal – 
secreta uma citotoxina que provoca colite – ulcerações, diarreia intensa e 
febre.

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