Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 Beatriz Machado de Almeida Obesidade e cirurgia bariátrica Obesidade mórbida A obesidade hoje é uma doença pandêmica, que ocupa quase todas as regiões do mundo. • Alteração da composição corporal, com determinantes genéticos e ambientais, definida por excesso das reservas corporais de gordura, que ocorre quando, cronicamente, a oferta de calorias é maior que o gasto de energia, que resulta em prejuízos para a saúde. A oferta e o gasto sofrem influência do ambiente e da genética, de modo que nem sempre que a oferta é maior que o gasto resulta em obesidade. Pessoas com metabolismo acelerado, por exemplo, mesmo com oferta alta de calorias, nem sempre tem obesidade. • Condição complexa, de dimensões sociais, biológicas e psicossociais consideráveis. Pode afetar todas as idades, de qualquer grupo socioeconômico, em quase todas as regiões do planeta→ patologia pandêmica. IMC A obesidade é definida, numericamente, pelo IMC (peso/altura2). Sabe-se que o IMC não é um bom marcado de obesidade. No entanto, é usado para diagnóstico. • Abaixo do peso: <18,5; • Peso normal: 18,5-24,9; • Sobrepeso (pré-obesidade): 25-29,9; • Obesidade grau I: 30-34,9; • Obesidade grau II: 35-39,9; • Obesidade grau III: > 40. Alguns autores consideram superobesos (a partir de 50) e a obesidade mórbida a partir do III. Distribuição de gordura A distribuição de gordura é outro marcador de obesidade, inclusive marcador de maior gravidade, com a medição da circunferência abdominal. CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL • Homem: > 102 cm; ❖ Federação internacional diabetes: > 90-96cm. • Mulher: > 80 cm; ❖ Federação internacional diabetes: > 80 cm. Fisiopatologia A obesidade tem alguns fatores e condições associadas, onde alguns são bem conhecidos (Ex. ingesta de junk food, desregulação alimentar). No entanto, existem outros fatores, a exemplo dos genéticos. • Fatores genéticos: ❖ FTO, MC4R: genes com variantes associadas à indução da obesidade. • Fatores hormonais: os principais hormônio são: • Grelina: é hormônio orexígeno. Aumenta com a fome. Gera estímulo central no hipotálamo, que manda uma mensagem indicando fome. • Leptina: é hormônio anorexígeno. É uma adipocina, que é produzida pela célula adiposa. Quando a pessoa come ou tem uma grande reserva de gordura, a leptina aumenta. Por isso, que a leptina é hoje um marcador de obesidade, apesar de ser anorexígeno, pois o obeso terá a leptina alta, mesmo não tendo a saciedade, por conta da reserva de gordura. Quando a leptina aumenta, manda mensagem dizendo que “pode parar”. • Hábitos de vida; Alimentação. Condições clínicas associadas Doenças cardiovasculares, AVC, HAS, DM, câncer, osteoartrose (principalmente joelho) são condições clínicas associadas. Além de causas não metabólicas, tem doenças metabólicas que influenciam, como doenças endócrinas. Além disso, tem as doenças genéticas, uso de medicações que podem estar associadas à obesidade (não quer dizer que é a etiologia da obesidade, mas sim que influenciam). Distúrbios psiquiátricos, (principalmente depressão), distúrbios alimentares, (inicia com bulimia e avança para alt. de alimentação). 2 Beatriz Machado de Almeida Obesidade e cirurgia bariátrica Condições clínicas associadas → Doença metabólica → Uso de medicações → Distúrbios psiquiátricos. OBS: Quando estiver na frente do paciente obeso, não se referir como “paciente obeso”, pois obesidade é uma doença. “Paciente portador de obesidade”. Tratamento Tratamento clínico • Tratamento clínico: é o proposto inicialmente. Não farmacológico e farmacológico. NÃO FARMACOLÓGICO • Objetivo: prevenir, tratar ou reverter as complicações da obesidade e melhorar a qualidade de vida; perda de 5% do peso em 3-6 meses. • A partir de 6 meses, já considera falha terapêutica, do ponto de vista não farmacológico, podendo ser associada medicação nesse momento. • Intervenção abrangente no estilo de vida, multidisciplinar; • Mudança dietética; • Exercício físico; • Modificação do comportamento; • Se, fazendo essa etapa não atingir o objetivo de 5%, pode-se partir para o uso de fármacos. FARMACOLÓGICOS • Farmacológico: IMC > 30 kg/m2 ou IMC de 27 a 29,9 kg/m2 com comorbidades relacionadas ao peso (que não atingiram a meta). Ex: portador de DM, HAS, hipotireoidismo, que não conseguiram atingir a meta, faz uma terapia combinada. • Terapia combinada: • Primeira linha: liraglutide→ droga associada à saciedade. É um peptídeo semelhante ao glucagon, agonista do GLP1. Ele funciona no mesmo receptor do GLP, informando que o corpo está saciado (mesmo que não esteja de fato saciado). São melhores empregados nos pacientes com DM, controlando níveis glicêmicos. Pode ser associado com outros medicamentos, como um sacietógenoadrenégico. • Redutores da absorção de gorduras: orlistat→ beneficia mais pacientes com metabolismo lento. Hormônios que vão atuar inibindo a lipase de agir, fazendo com que a gordura passe direto pela segunda porção duodenal, sem fazer com que o pâncreas libere lipase. Se a gordura não é destruída, ela não é absorvida. • Sacietógenos adrenérgicos: fentermina→ tem ação central. Libera hormônios de saciedade, só que essa liberação ocorre pelo SNC, não atuando diretamente em enzimas pancreáticas, na absorção intestinal. Ele age mandando uma mensagem avisando que o organismo já está saciado. A sibutramina também é dessa classe, mas já foi retirada do mercado. Tratamento cirúrgico Indicado na falha do tratamento clínico, farmacológico e não farmacológicos. Ter duas vertentes do tratamento não quer dizer que eles não andem juntos. Quando há falha do tratamento clínico, que deve ser encaminhado para o cirúrgico, não deve ser abandonado o tratamento clínico inicial, devendo ser associados. Cirurgia da obesidade ou bariátrica: conjunto de técnicas cirúrgicas, com respaldo científico, com ou sem uso de órteses, destinadas à promoção de redução ponderal e ao tratamento de doenças que estão associadas e/ou que são agravadas pela obesidade. A cirurgia de obesidade não é por estética e o paciente portador de obesidade não é obeso porque quer, nem teve falha na terapia clínica por falta de vontade. Tem pacientes que não emagrece por ser doença crônica. A cirurgia é feita também como o foco de tratar doenças que são associadas ou agravadas pela obesidade. Ex: DM tipo 2 (tem fator genético), que não é insulino-dependente, pois os níveis glicêmicos são altos, hemoglobina glicada é alta. Esse paciente obeso, ao fazer a cirurgia, melhora o controle glicêmico. OBS: Órtese: balão intragástrico, anel gástrico. A chave do tratamento cirúrgico está na equipe multidisciplinar, já que a obesidade tem várias etiologias. INDICAÇÕES • IMC maior ou igual a 40kg/m2; • IMC maior ou igual a 35 kg/m2 + comorbidade; • IMC maior ou igual a 30 kg/m2 + comorbidade grave. 3 Beatriz Machado de Almeida Obesidade e cirurgia bariátrica + ❖ Falha terapia dietética (OBJETIVO NÃO ALCANÇADO); ❖ Estabilidade psiquiátrica + ausência de dependência química (álcool/drogas ilícitas). Tem que cessar tabagismo por 12 semanas; ❖ Ausência de problemas clínicos que se oponham à sobrevida da cirurgia; ❖ Idade acima de 16 anos (SUS). COMORBIDADES: podem ser graves em algum momento. • HAS; DM; apneia do sono; doença cardiovascular; cor pulmonale: doença cardiovascular altera o funcionamento do pulmão; asma; osteoartrose; hérnias discais; DRGE com indicações cirúrgicas; colecistopatia calculosa; pancreatites de repetição; esteatose hepática; infertilidade; incontinência urinária de esforço na mulher (aumento da pressão abdominal); veias varicosas e hemorroidais; OBS: quem define se a comorbidade é grave ou não é o especialista. Ex.: o endócrino vai dizer sobre aDM. A cirurgia é uma via de mão dupla, devendo o paciente entender a cirurgia e saber que vai ter que seguir as orientações do pós-operatório, pois, se não, a cirurgia perde o sentido. Ex: não adianta nada o paciente tomar leite condensado após a cirurgia. CONTRAINDICAÇÕES • Risco anestésico-cirúrgico classificado ASA IV; • Hipertensão portal com varizes esofagogástricas: índice de hemorragia aumenta muito; • Causa endócrinas tratáveis de obesidade: a doença pode ser controlada por medicação; • Limitação intelectual significativa em pacientes sem suporte familiar adequado: o paciente não vai entender a cirurgia. • Quadro de transtorno psiquiátrico atual não controlado, incluindo-se uso de álcool ou drogas. Cuidados pré-operatórios Decidindo operar o paciente, o próximo passo é o cuidado pré-operatório. • Anamnese + exame físico; • Exames complementares: Laboratório, ECG, RX tórax, endoscopia digestiva alta. OBS: com a EDA investiga-se, por exemplo, se o paciente tem um câncer gástrico. • Interromper tabagismo (8-12 semanas antes); • Suspender anticoncepcional oral 1 mês antes da cirurgia. ❖ Redução do risco de TEV: deambulação, meias compressivas. • Avaliação multidisciplinar: ❖ Psicológica e psiquiátrica. Equipe: só indica a cirurgia bariátrica quando há o apoio e o aval de toda a equipe: cirurgião, clínico, psicólogo, psiquiatra, nutricionista/nutrólogo (vai orientar todo o tipo de alimentação após a cirurgia), anestesiologista, endoscopista, assistente social, professor de educação física (criar rotina de mudança de hábito de vida); fisioterapeuta (reabilitação motora ou respiratória). Procedimentos cirúrgicos Os procedimentos andam juntos com 3 mecanismos: alteração absortiva no intestino, alteração na liberação hormonal intestinal e procedimento restritivo (essencialmente cirúrgico). E eles estão interligados, pois, ao alterar um, o outro também acaba sendo alterado. Procedimentos cirúrgicos bariátricos Numa divisão didático, aqui estão separadas as três técnicas cirúrgicas: 1. Grupo da RESTRIÇÃO – se diminui o volume do estômago do paciente pra que ele coma menos; Banda gástrica ajustável, o Sleevegastrectomy, em “manga” ou vertical (três nome pra o mesmo procedimento). 2. Grupo DISARBSORTIVO – Será feito um desvio do intestino para que o alimento não seja bem digerido; Bypassjejunoileal ou Desvio bilio pancreático com Switch duodenal. 3. Técnicas MISTAS – contam com mecanismos de restrição e disabsorção. Bypass, Bypass gástrico ou Bypass gástrico com derivação em Y de Roux (mesma coisa). *Bypass = desvio 4 Beatriz Machado de Almeida Obesidade e cirurgia bariátrica BALÃO INTRAGÁSTRICO O BALÃO INTRAGÁSTRICO não é essencialmente uma técnica de perda ponderal isolada, mas é um coadjuvante. Ele é colocado via EDA sem precisar cortar o estômago. É chamado de método auxiliar de perda ponderal no pré-operatório, mas tem uma alta incidência de reganho de peso, por isso que sozinho não tem grande utilidade. Porém, se for, por exemplo, um paciente com IMC de 57 – um super obeso e coloca o balão, tem uma perda importante para posteriormente operar ele. Então, pode ser chamado de TERAPIA PONTE – vai ajudar para a cirurgia, não necessariamente é uma técnica separada. É considerada uma técnica cirúrgica, porém pouco invasiva - endoscópica, não faz corte. As vias cirúrgicas são as laparoscópicas e laparotômicas. A via endoscópica é também uma via cirúrgica, mas não existe ponto – coloca-se o balão o deixa lá. A duração é de 6 meses. Complicações: náuseas e vômitos, deslocamento do balão, sangramento (após distensão excessiva em que a serosa pode ser “esgaçada”, perfurar). Lembrar que as camadas do estômago têm uma vascularização própria – vasos curtos gástricos da grande e pequena curvatura. • Via endoscópica; • Método auxiliar para perda de peso no pré-operatório; • Alta incidência de reganho de peso após retirada; • Duração de até 6 meses. SLEEVE GASTRECTOMY • Criação de estômago tubular; • Divisão do antro 2-6 cm do piloro; • Ausência de anastomose; • Alta pressão nas extremidades; O Sleeve é uma técnica RESTRITIVA = é uma gastrectomia vertical ou em manga. A ideia dessa técnica é criar um estômago tubular. • Pega-se o grampeador laparoscópico e na parte infralateral do antro e grampeia (normalmente umas 4 vezes) até chegar próximo ao ângulo de His seta vermelha). E, retira-se essa parte do estômago (peça cirúrgica) → restrição do volume. • Porém, gera-se uma área de maior pressão, pois fica o piloro embaixo e o EEI (esfíncter esofagiano inferior). Não se faz anastomose, é a diferença das demais. • Mecanismo de Perda ponderal. Quando se faz a retirada parcial do mantro gástrico, de células antrais, células produtoras de hormônios, reduz os níveis hormonais de grelina, aumenta o Peptídeo Y (hormônio da saciedade) e age no hipotálamo; aumento de GLP-1. Não que o mecanismo seja puramente restritivo; apesar dele restringir e tirar um pouco de células produtoras de hormônios, altera também a absorção. Ajuda também a controlar a glicemia. O esperado com essa cirurgia é uma perda ponderal de até 60% do peso inicial em até 2 anos, depois estabiliza. ❖ Redução dos níveis de Grelina; ❖ Aumento de PYY e GLP-1; ❖ Ingesta reduzida de alimentos; ❖ Controle Glicêmico; ❖ Perda ponderal 2 anos: 60%. COMPLICAÇÕES • Sangramento (principal): na área grampeada existem vasos, os da submucosa, da serosa. • Fístula: é uma área de grande pressão • Estenose: pode-se grampear e ficar fino (= estenose). • DRGE: pode provocar DRGE até mesmo em pacientes sem refluxo preexistente, porque reduz- se a área que fica abaixo do EEI e a comida tem maior resistência para descer, voltando mais fácil. • Trombose venosa: tem sido listada associada ao sleeve como complicação laparoscópica. Não tem uma explicação anatômica. Acredita-se que a manipulação dos vasos (VCI e veia porta) que geram a TVP. 5 Beatriz Machado de Almeida Obesidade e cirurgia bariátrica BYPASS GÁSTRICO EM Y DE ROUX ❖ Criação de pequena bolsa gástrica; ❖ Secção em intestino delgado 50-150 cm do Treitz; ❖ Alça alimentar e alça biliopancreática; ❖ Mecanismo de perda ponderal. OBS: O estômago pequeno só serve para acumular liquido biliar, é um mecanismo restritivo e disabsortivo. Tudo que é disabsortivo tem BYPASS. É uma técnica MISTA – atua reduzindo o volume e causando disabsorção. Diferente do Sleeve, na pequena curvatura gástrica – grampeie, reduzindo seu volume – criar o chamado “paltgástrico” (estômago bem pequeno), e é essa parte que vai funcionar. Após dividir uma parte grande e outra pequena, retira-se a grande (porque é dela que vem secreção das células G antrais) e a pequena vai continuar funcionando. Então, cria-se o estômago pequeno, corta-se o jejuno, e leva ele pra fazer anastomose lá em cima. Ao mesmo tempo que se faz um desvio de trânsito, também se reduz o tamanho do estômago. E assim, foi criada a alça alimentar, e a alça bíliopancreática. Quando chega na porção duodenal, tem o pâncreas e bile. MECANISMO DE AÇÃO ❖ Anatomia da Gastroentero; ❖ Comprimento da alça de Roux; ❖ Inibição de hormônios Orexígenos; ❖ Aumento de GLP-1 e CCK; ❖ Perda ponderal 2 anos: 70%; ❖ MECANISMO DE PERDA PONDERAL; Anatomia gastroenteroanastomoses, é a anastomose do Palt (estômago pequeno) com o intestino. Então a própria anatomia do palt gástrico, que é a redução do volume, já é o principal mecanismo de perda ponderal. Imagine que a pessoa passa a comer pelo menos 30% do que comia antes e já se sente estafada, tem um empachamento pós-prandial intenso, então, ela come menos. O comprimento da alça de Roux, também vai dizer o grau da disabsorção. Quanto mais longa, maior a absorção.Porque inicialmente o alimento passa por regiões que ele não seria absorvido. Também tem alterações hormonais, inibição de hormônios orexigenos (GLP, Claritrocistocinina); A principal complicação dessa cirurgia é a HÉRNIA INTERNA. Pode acontecer em até 5% das cirurgias; Hérnia é um defeito. O defeito pode ser entre duas metades de um mesentélio (defeito mesentério entero-entero = Int. Delgado); Meso (gordura do Int. Delgado, que nutre o int. delgado), a outra falha pode ser um defeito no intestino delgado e o mesocólon transverso. É como se fosse o “mesentério do cólon”. Então, a Hérnia Interna ocorre quando uma alça passa por um desses defeitos falados, e estrangula, fazendo com que a alça entre em sofrimento venoso ou arterial. HÉRNIAS INTERNAS ❖ 0 – 5% das cirurgias gástricas laparoscópicas; ❖ Defeito mesentérico da entero- entero; ❖ Defeito entre mesocólon transverso e mesentério das alças – peterson. A hérnia interna é definida de forma tomográfica como o Sinal do redemoinho (pode chegar a uma sensibilidade de 100%) – a alça fica envolvida pelo meso gerando uma espécie de redemoinho, é possível ver áreas hiperdensas rodeadas de áreas hipodensas. Alguns autores falam “sinal em alvo”, mas hoje o mais aceito é o sinal do redemoinho. • Especificidade: 80-90%; • Sensibilidade: 78 – 100%; • Sinal do redemoinho. Obs.: É necessário aprender basicamente o Sleeve e o Bypass. Os outros serão adicionais. 6 Beatriz Machado de Almeida Obesidade e cirurgia bariátrica SONDA GÁSTRICA AJUSTÁVEL LAPAROSCÓPICA • Anel de silicone ajustável; • Controle externo do diâmetro do anel; • Altas taxas de revisão e reincidência de peso. É como se fosse um anel de silicone ajustável, que fica pra fora do corpo. Fora do corpo tem uma válvula que quanto se coloca líquido dentro dela, mais ela aperta e menor fica o estômago. É como se criasse uma externa, sendo que ela tem a vantagem de ser reversível. Tem a desvantagem de ficar com um material externo ao corpo e gerar um foco de infecção, de gerar reincidência de peso, novo peso e altas taxas de revisão cirúrgica (porque o anel pode ser englobado pela serosa, porque pode apertar muito e entrar pra dentro do estômago). BYPASS JEJUNO-ILEAL O estômago fica íntegro, e só no jejuno que será feita uma anastomose lá próximo da válvula íleo-cecal, ou seja, vai direto pra o cólon. Disabsorção altíssima. ❖ Uma das primeiras cirúrgicas bariátricas (1969); ❖ Procedimento Obsoleto: Complicações; ❖ Alta mortalidade: Insuficiência hepática (perde albumina), DHE, Desnutrição. DESVIO BILIOPANCREÁTICO COM SWITCH DUODENAL Switch = stop/ parada; portanto, é um desvio biliopancreático com uma parada duodenal. É uma técnica cirúrgica um pouco mais complexa. • Pega-se o estômago e faz uma gastrectomia vertical (como se fosse o sleeve), grampeia vertical, grampeia o duodeno no meio, e leva lá pra cima uma alça de jejuno, ou seja, exclui o duodeno do trânsito intestinal – fez o switch duodenal e anastomosou longe o íleo com o jejuno. • Então, além de excluir o duodeno, diminuiu o tamanho do estômago e fez um desvio. • Cirurgia grande, descrita por dr. Scopinaro – cirurgia de Scopinaro. • Promove intensa perda ponderal: até 80% em 2 anos. • Tem complicações, como desnutrição. Ou maiores até, com o desvio biliopancreático – porque tem duas anastomoses. • Pode sangrar da área da gastrectomia vertical. • Gastrectomia vertical + Desvio com preservação do piloro; • Mecanismo restritivos e disabsortivos; • Perda ponderal de até 80% em 2 anos. O paciente de bariátrica precisa ser acompanhado pra o resto da vida, pode precisar uma cirurgia revisional a qualquer momento, quando ele reganha peso. SUCESSO CIRÚRGICO: Perda de 50% do excesso de peso e IMC < 40 e esse paciente gera uma estabilidade ponderal em até 18 meses. Cuidados pós-operatórios • Paciente fica toda a vida com controle dietético - Principalmente cirurgias disabsortivas; Evolução de dieta líquida para sólidos. • Vigilância desidratação. • Avaliação e reposição de deficiências vitamínicas. • Suplementação nutricional – Ferro, cálcio, vitamina D, zinco e complexo B.
Compartilhar