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Centro Universitário INTA-UNINTA Medicina Veterinária Fisiologia Animal Profª. Dra.: Emmanuelle Lima Noeme Soares Glândula Mamária Forquilha- CE 2020 Introdução As glândulas mamárias são classificadas como exócrinas, ditas como especializadas na produção de leite em todos os mamíferos, é primordial para garantir a nutrição dos filhotes, e também para imunidade passiva do animal, pois o primeiro leite após o parto, o colostro (colostrum), possui um teor elevado de anticorpos, os quais proporcionam imunidade passiva ao recém-nascido. Portanto é de extrema importância o bom funcionamento dessa glândula, pois se houver qualquer patologia irá gerar vários problemas para o filhote e para mãe. Uma das patologias mais conhecida é a mastite normalmente acomete ruminantes, é um processo inflamatório que ocorre durante a ordenha e a principal causa é por meio de bactérias, podendo evoluir para estado agudo ou crônico. ´ É necessário o medico veterinário saber como funciona a glândula mamaria e quais suas características anatômicas e fisiológicas para poder desenvolver um diagnóstico clínico correto e conciso. Anatomia e Fisiologia da Glândula Mamária Anatomia A glândula mamária é composta de uma série de complexos mamários, dispostos em uma ordem simétrica bilateral de cada lado uma linha média na face ventral do tronco. Em carnívoros e suínos, as glândulas mamárias se estendem na região inguinal, enquanto em ruminantes e equinos elas estão confinadas a região inguinal (virilha) e recebem denominação de úbere (uber). O complexo mamário consiste em uma ou mais unidades mamárias compostas de um corpo (corpus mammae) que compõe-se de um tecido glandular epitelial (glandula mammaria) e tecido conectivo intersticial (interstitium) com nervos, vasos sanguíneos e linfáticos, e uma teta ou papila (papilla mammae). O tecido glandular se dispõe em lóbulos (lobuli glandulae mammariae), os quais compreendem uma grande quantidade de alvéolos, os locais próprios de produção e secreção de leite. A unidade mamária termina com um sistema de ductos, que apresenta uma disposição específica para cada espécie e termina na extremidade pontiaguda da papila (papila mamária). O sistema de ductos de cada unidade mamária pode ser divido nos seguintes segmentos: • Partes terminais das glândulas (alvéolo glandular): local de produção de leite; • Ductos lactíferos (ductus lactiferi): sistema de ductos para o transporte de leite: • Seio lactífero (lactífero sinusal): seio para a coleta do leite; O tamanho e comprimento relativo da glândula mamária variam entre indivíduos, e também do estágio funcional da glândula (juvenil, lactação, pós-lactação). As glândulas mamárias tipicamente se desenvolvem aos pares. O número de pares nos animais domésticos varia de um em caprinos, equinos e ovinos; dois em bovinos; a sete a nove em suínos, e sete até dez em cadelas e gatas. Uma das importantes adaptações anatômicas do úbere que permite que as vacas armazenem grandes quantidades de leite é o desenvolvimento de um sistema suspensor do úbere. O aparelho suspensor do úbere é composto por lâminas laterais (laminae laterales) e mediais (laminae mediales), das quais se prolongam lamelas delgadas (lamellae suspensoriae) entre os complexos mamários. A lâmina medial é amplamente composta de tecido elástico; a lâmina lateral, de tecido conectivo denso. As fileiras esquerda e direita de complexos mamários são divididas pelo sulco intermamário (sulcus intermammarius). • Fisiologia As glândulas mamárias são originadas no ectoderma embrionário que são espessamentos lineares paralelos na superfície ventral do abdômen. O desenvolvimento da glândula mamária inicia no começo da puberdade, com a ajuda do estrógeno: o hormônio de crescimento e os esteroides suprarrenais é o responsável pela proliferação do sistema de ductos. Na maioria dos animais domésticos, o desenvolvimento do úbere normalmente se torna evidente a partir da metade da gestação, a secreção do leite geralmente inicia-se durante o período final da gestação principalmente devido o aumento na secreção de prolactina que resulta na formação do colostro. No final da gestação a glândula mamária muda de uma estrutura composta principalmente de estroma (tecido conjuntivo) para uma estrutura cheia de células alveolares, que estão ativamente sintetizando e secretando leite. • Lactogênese A prolactina é liberada através da manipulação da teta na amamentação ou no processo de ordenha, os estímulos sensoriais são transportados para o hipotálamo e ocorre o bloqueio da síntese e liberação de dopamina (principal inibidor da secreção de prolactina), enquanto isso os neurônios são estimulados os neurônios no núcleo paraventricular para produzir e liberar o peptídeo vasoativo intestinal ( estimuladores d liberação de prolactina). Após o início da amamentação, a prolactina aumentará brevemente. Normalmente atinge o pico de 30 minutos após a estimulação inicial. Referências Brandley, & G., K. (2014). Cunningham TRATATO DE FISIOLOGIA VETERINARIA. (5ª ed.) Rio de Janeiro: Elsevier Editora Ltda. Franzo, V. S., & Aloisio, V. S. (Londrina). Barreiras morfológicas contra infecção da glândula mamária de. PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia, 4(121), 1. KÕNIG, H. E., & LIEBICH, H.-G. (2016). Anatomia Dos Animais Domésticos (6º ed.). Porto Alegre: Artmed. Santos, H. S. (s.d.). Glândulas Mamárias. Biologia Net: Disponível em: >https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/glandulas-mamarias.htm< Acesso em 21 de Outubro de 2020
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