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Profa. Sabrina Gomes Ferreira Clark Mestrado em Nutrição (UFPE) Resid. Multi. em Oncologia (HCP/IMIP) Graduação em Nutrição (UFPE) Téc. em Alimentos (SENAI) Área: Saúde Coletiva Antecedentes do SUS + Reforma Sanitária Evolução histórica da organização da saúde no Brasil Da Colônia ao Império (1500-1889) • Boticários, pajés, jesuítas, medicina liberal • Médicos e drogas vindos de Portugal e do Oriente Saúde excludente Alternativas: Santas Casas, filantropia e medicina liberal Operários doentes → prejuízo Marinheiros doentes → prejuízo Evolução histórica da organização da saúde no Brasil República Velha (1889-1930) • 1923: Lei Eloy Chaves: CAPS Caixas de Aposentadorias e Pensões Para ferroviários • 1926: Para marítimos e portuários • Marco inicial da “previdência social” • Operariado urbano contribuinte • Por instituição ou empresa • Financiamento compartilhado (T+E) – Aposentadorias e pensões – Assist. por acidente de trabalho – Assist. médica ao trabalhador – Serviços funerários – Socorro médico para a família – Medicamentos por preço especial Evolução histórica da organização da saúde no Brasil República Velha (1889-1930) • 1889: Modernização através da República Capacitação dos operários e camponeses • CF de 1891: Cabe ao Estado as ações de saúde + saneamento + educação • Fim de 1910: Falta de saneamento x déficit no comércio exterior • 1920: Censo: Um Brasil rural com ~70% analfabetos e doentes (varíola, malária, febre amarela e peste bubônica) • Surge o movimento da 1ª Reforma Sanitária conquistando a criação do Depto. Nac. de Saúde Pública (DNSP) e, as bases de um sistema nacional de saúde, verticalizado e centralizado no governo central. Era Vargas (1930-1964) Institucionalização da saúde pública Evolução histórica da organização da saúde no Brasil • 1933: CAPs + Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) (por categoria) • 1937: Nova Constituição com centralismo do poder • 1939: Justiça do Trabalho • 1941: (I CNS): Combate à lepra e à TB, proteção materno-infantil, defesa sanitária • 1943: CLT Min. da Ed. e Saúde Púb. (MESP) (“pré-cidadãos”) • 1946: Nova Constituição • 1953: Ministério da Saúde • 1956: Depto. Nac. de Endemias Rurais (DNERu) Mercantilização da saúde e previdência Ditadura civil-militar (1964-1984) • 1966: Unificação dos CAPs e IAPs → Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) (todas as categorias) (T+E+G) ↑ Financiamento do serviço privado de saúde; ↑ Ensino privado da medicina; ↑ Medicina curativa Movimento Sanitário: Movimentos sociais + saúde + prática política Seminários e congressos pela retomada da democracia. • 1968: Lei da Reforma Universitária - os Depto. de Medicina Preventiva (DMPs) obrigatórios e a medicina preventiva integrando o currículo médico • 197...: Instituições empenhadas: Centro brasileiro de estudos em saúde CEBES (1976) + ABRASCO (1979) • 1978: Conferência Internacional de Alma Ata: A Atenção Primária como estratégia central! • 1983: Criação das Ações Integradas de Saúde (AIS): medicina curativa e cobertura previdenciária abrangendo parte da área rural, colaborando para a construção do complexo médico-industrial das capitais. Evolução histórica da organização da saúde no Brasil Retomada Democrática (1984 - ...) • 1986: 8ª Conferência Nacional de Saúde Proposições da 2ª Reforma Sanitária Unificação do Instituto Nacional de Assistência Médica e da Previdência Social (INAMPS) (T+E+G) Aprovada a criação de um sistema único de saúde Fomento à Constituinte Evolução histórica da organização da saúde no Brasil • Saúde como direito a todos • Ações preventivas e curativas integradas • Descentralização da gestão (R$ + adm) • Controle social Projeto civilizatório: a saúde como eixo transformador, a solidariedade como valor estruturante. Retomada Democrática (1984 - ...) • 1986: 8ª Conferência Nacional de Saúde Proposições da 2ª Reforma Sanitária Unificação do Instituto Nacional de Assistência Médica e da Previdência Social (INAMPS) (T+E+G) Aprovada a criação de um sistema único de saúde Fomento à Constituinte • 1987: Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) como iniciativa do INAMPS (de poucos para todos) Federalização orçamentária do INAMPS (União) com mesma lógica orçamentária de grupos e áreas • 1988: Assembleia Nacional Constituinte → Lançamento da Constituição Cidadã Seguridade Social: Assistência social + Previdência social + Saúde Universal (urb+rur), irredutível, equitativo, base de financiamento diversificada, democrático e descentralizado Evolução histórica da organização da saúde no Brasil INAMPS extinto em 1993 1. (2018 - UPENET/IAUPE) Tramita no Congresso Nacional brasileiro proposta de reforma da Previdência Social. Várias mudanças têm ocorrido desde a criação, em 1923, das Caixas de Aposentadorias e Pensões (CAPs). Posteriormente, foram criados os Institutos de Aposentadoria e Pensão (IAPs). Em 1966, unificaram-se os IAPs no INSS. A lei, marco histórico da implantação da Previdência Social no Brasil, em 1923, é conhecida como: a) Lei Gustavo Capanema. b) Lei Oswaldo Cruz. c) Lei Eloy Chaves. d) Lei Belisário Penna. e) Lei Getúlio Vargas. CAPS CAPS IAPS INPS INAMPS Por empresa Por empresa Por categoria Todas as categorias Todas as categorias $: Trab + Emp $: Trab + Emp $: Trab + Emp $: Trab + Emp + Gov $: Trab + Emp + Gov 2. (2010 - UPENET/IAUPE) Sr. Fernando era acompanhado, antes do SUS, num centro de saúde da cidade vizinha, pois trabalhava como comerciante, sem carteira assinada. Em relação à retrospectiva histórica da política de saúde do Brasil, assinale a assertiva INCORRETA. a) Antes do SUS, era o INAMPS que atendia os trabalhadores informais (sem carteira assinada). b) Antes do INAMPS, Sr. Fernando teria direito à assistência no IAPC (Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários), se fosse contratado. c) O centro de saúde da cidade vizinha deveria ser estadual ou municipal, pois atendia indigentes. d) As Ações Integradas de Saúde (AIS) promoveram a ampliação das unidades básicas de saúde no interior do Brasil e poderiam ter garantido atendimento ao Sr Fernando, quando jovem. e) O SUDS – Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde foi uma “estratégia ponte” entre as AIS e o SUS durante a construção da Reforma Sanitária. 3. (2013 - UPENET/IAUPE) Foi(Foram) demanda(s) do Movimento Sanitário: a) saúde entendida exclusivamente como resultado de políticas sociais. b) saúde como direito de todos e opção do Estado. c) irrelevância pública das ações e dos serviços de saúde. d) criação de mais de um sistema único de saúde. e) princípios da descentralização, do atendimento integral e da participação da comunidade. 4. (2013 - UPENET/IAUPE) Com relação aos pontos defendidos no Projeto da Reforma Sanitária Brasileira, analise os itens abaixo: Estão CORRETOS: a) I, II e III, apenas. b) II e IV, apenas. c) II , III e IV, apenas. d) I, II, III e IV. e) III e IV, apenas. I. A expansão dos direitos de cidadania, a universalidade do acesso, com justiça social, e o papel do Estado na proteção social. II. O princípio da integralidade que aponta um novo enfoque para o direito à saúde, tendo como pilares básicos a interdisciplinaridade e a intersetorialidade. III. O conceito ampliado de saúde com a adoção dos determinantes sociais como estruturantes dos processos saúde-doença. IV. A participação da comunidade, princípio constitucional e eixo organizador do Sistema Único de Saúde. 5. (2013 - UPENET/IAUPE) O movimento da reforma sanitária no período final da ditadura e durante a Constituinte esteve baseado em sua capacidade de construir, no coletivo, a ideia do direito democrático de todos à saúde (Fleury, 1997, Feuerwerker, 2005). Sobre este, todas as alternativas abaixo estão corretas, EXCETO: a) Baseava-se no modelo de democracia, expresso na utopia igualitária (universalidade, equidade), na garantia da saúde como direito individual ao lado da construção do poderlocal fortalecido pela gestão social democrática. b) Propunha a reconceitualização da saúde por meio do reconhecimento da determinação social do processo saúde-doença, trazendo uma perspectiva de atenção integral às necessidades de saúde da população. c) Fazia crítica às práticas hegemônicas de saúde, propondo uma nova divisão do trabalho em saúde, incluindo um papel ativo do usuário na construção da saúde. d) Estruturou-se de maneira autocrática e adotou um estilo de militância coerente com a organização de sua época, conhecida como Partido Sanitário. e) Contou com o fato de a saúde ter sido um campo de luta de diferentes atores sociais, comprometidos com a derrota da ditadura. 6. (2019 - UPENET/IAUPE) Sobre o período denominado como da Reforma Sanitária Brasileira e o regime político vigente no país, analise as afirmativas abaixo: Está CORRETO, apenas, o que se afirma em: a) I. b) I e II. c) I, II e III. d) II, III e IV. e) I, II e IV. I. As Ações Integradas de Saúde (AIS) foram consideradas uma estratégia-ponte para a reorientação da política de saúde com base na universalização e integralidade. II. A 8ª Conferência Nacional de Saúde, primeira com ampla participação da sociedade civil, reuniu profissionais de saúde, usuários, setores populares e sindicatos. III. Nos anos de 1986 e 88, devido aos interesses de representantes do setor privado, não foram aprovadas medidas relativas ao financiamento da saúde, ocasionando um dos principais desafios enfrentados pelo SUS nas décadas de 1990 e 2000. IV. As proposições aprovadas na 8ª Conferência Nacional de Saúde serviram de base para as subcomissões de saúde da Assembleia Constituinte e, posteriormente, registradas no texto final da Constituição Federal de 1988. 1ª CNS (1941) • “Situação Sanitária e Assistencial dos Estados” 2ª CNS (1950) • “Legislação referente à Higiene e à Segurança do Trabalho” 3ª CNS (1963) • 1. Situação sanitária da população brasileira; 2. Distribuição e coordenação das atividades médico- sanitárias nos níveis federal, estadual e municipal; 3. Municipalização dos serviços de saúde. 4. Fixação de um plano nacional de saúde. 4ª CNS (1967) • “Recursos Humanos para as Atividades em Saúde” 5ª CNS (1975) • 1. Implementação do Sistema Nacional de Saúde; 2. Programa de Saúde Materno-Infantil; 3. Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica; 4. Programa de Controle das Grandes Endemias; 5. Programa de Extensão das Ações de Saúde às Populações Rurais. 6ª CNS (1977) • 1. Situação atual do controle das grandes endemias; 2. Operacionalização dos novos diplomas legais básicos aprovados pelo governo federal em matéria de saúde; 3. Interiorização dos serviços de saúde; 4. Política Nacional de Saúde. 7ª CNS (1980) • “Extensão das Ações de Saúde por meio dos Serviços Básicos” 8ª CNS (1986) • 1. Saúde como direito; 2. Reformulação do Sistema Nacional de Saúde; 3. Financiamento setorial. 9ª CNS (1992) • 1. Sociedade, governo e saúde; 2. Implantações do SUS; 3. Controle social; 4. Outras deliberações e recomendações. 10ª CNS (1996) • 1. Saúde, cidadania e políticas públicas; 2. Gestão e organização dos serviços de saúde; 3. Controle social na saúde; 4. Financiamento da saúde; 5. Recursos humanos para a saúde; 6 Atenção integral à saúde. 11ª CNS (2000) • Efetivando o SUS – Acesso, qualidade e humanização na atenção à saúde com controle social 12ª CNS (2003) • Saúde direito de todos e dever do Estado, o SUS que temos e o SUS que queremos 13ª CNS (2007) • Saúde e qualidade de vida, políticas de estado e desenvolvimento 14ª CNS (2011) • Todos usam o SUS! SUS na seguridade social - política pública, patrimônio do povo brasileiro. 15ª CNS (2015) • “Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas: direito do povo brasileiro” 16ª CNS (2019) • “Democracia e Saúde” 7. (2016 - UPENET/IAUPE) Em 1986, realizou-se a 8ª Conferência Nacional de Saúde, que subsidiou o texto constitucional de 1988 no quesito sobre Saúde. Em 2015, realizou-se, em Brasília, a 15ª Conferência Nacional de Saúde, que salientou como tema: a) O direito à saúde. b) O controle social. c) A humanização da saúde. d) O dever do Estado. e) A integralização do cuidado. Profa. Sabrina Gomes Ferreira Clark Mestrado em Nutrição (UFPE) Resid. Multi. em Oncologia (HCP/IMIP) Graduação em Nutrição (UFPE) Téc. em Alimentos (SENAI) Área: Saúde Coletiva Antecedentes do SUS + Reforma Sanitária Referências: BERTOLLI FILHO, Claudio. História da saúde pública no Brasil. 4.ed. São Paulo: Ática, 2006. MONTEIRO, Carlos Augusto (Org.) Velhos e novos males da saúde no Brasil: Organizador Carlos Augusto Monteiro. 2.ed. aum. São Paulo: Hucitec, 2006.
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