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Custo Médio Ponderado de Capital

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- -1
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL E 
CUSTO MARGINAL DE CAPITAL
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Entender como medir o custo médio ponderado de capital;
2. Conhecer o custo marginal ponderado de capital;
3. Compreender o custo do capital.
1 Introdução
Nesta aula, o aluno compreenderá o custo de capital, como se aplicam os tipos de custo de capital utilizando os
diferentes métodos, o modelo Gordon, o reflexo que se dá em todos os tipos de custos como de capital próprio e
capital de terceiros, evidenciando as debêntures e empréstimos.
2 Custo de ações preferenciais
Ação preferencial
• Ação que oferece dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa no reembolso de capital.
• Em geral, não concede direito a voto em assembleia.
• A ação preferencial (PN) não dá direito ao acionista de participar da administração da empresa. Para 
compensar, o acionista tem preferência de receber os dividendos (lucros) da empresa, antes dos outros 
acionistas que detêm ordinárias.
Fonte: http://www.igf.com.br/aprende/glossario/glo_Resp.aspx?id=51
O custo das ações preferenciais Kp é o quociente entre o dividendo da ação e o recebimento líquido com a venda
dela pela empresa.
Para calcular o custo dessas ações, utilizamos o modelo Gordon e Shapiro, descontando o fluxo de dividendos
futuros esperados.
Po = D1
k-g
No qual:
Po = Preço corrente da ação
D1= dividendo por ação esperado Ao final do ano 1
k= taxa de desconto compatível ao risco assumido pelos fornecedores de capital próprio, na qual para as ações
ordinárias usa-se Ko, e para ações preferenciais usa-se Kp.
•
•
•
http://www.igf.com.br/aprende/glossario/glo_Resp.aspx?id=51
- -3
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos das ações
Então para a determinação da taxa de desconto, vamos reorganizar a fórmula, ficando assim:
K = D1 + g
P0
Exemplo
A Invetest S.A. possui uma taxa de capital próprio de 14%.
A taxa de crescimento da ação é de 8% e o valor do último dividendo pago foi de $ 4,50.
Calcular o preço atual da ação.
P = P = = P = $81
o
Div (1 + g)
o
$4,50 (1 + 0,08)
o
K – g 0,14 – 0,08
Uma ação preferencial da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 100, um preço de emissão de $ 1200 e incorre em
um custo de emissão de $ 4 por ação. Calcule o seu custo.
P - Custo de Colocação = 
0
Div
ks
1200 – 4 = 100
Ks
Ks = 8,67%
Uma ação ordinária da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 2,25 por ação. Esta ação tem sido cotada por $15,00
cada, e apresenta uma taxa de crescimento de 3%. Calcule o seu custo.
Kp = + 3% = 018 ou 18%2,25 
15,00
3 Custo de novas ações
Um empresa inscrita sob forma de sociedade anônima de capital aberto pode subscrever, ou seja, emitir ações.
Para isso, ela adquire alguns gastos com a emissão, e para determinar este custo utilizamos a seguinte fórmula:
K = + gD1
VL
Na qual:
K= custos de novas ações
Ko= custos de novas ações ordinárias
Kp= custos de novas ações preferenciais
- -4
D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1
VL = Valor líquido recebido pela venda da nova ação
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos
Imagine que a empresa TOPA TUDO S.A. pretenda lançar novas ações ordinárias, que terão o valor de emissão de
$ 15,00, cada. Haverá um deságio de R$ 0,80 por ação, e estima-se que o total de gastos com a colocação no
mercado seja de $ 0,55 por ação. O dividendo previsto para o próximo ano é de $ 3,00 por ação e os dividendos
distribuídos pela empresa têm crescido à taxa média anual de 3,5% nos últimos anos.
Desta forma, o valor líquido recebido de cada ação será de:
R$ 13,65 (15,00-0.80 – 0,55).
k0 = + 0,035 = 25,48%3,00
13,65
4 Custo médio ponderado de capital (CMPC)
Custo médio ponderado de capital *WACC
Representa o custo dos financiamentos em longo prazo da empresa, isto é, seu custo de capital.
Ele corresponde à média dos custos das fontes de capital (próprio e de terceiros), ponderados pela participação
relativa de cada uma delas na estrutura de capital da empresa.
*WACC: Weighted Avarage Cost of Capital
O custo médio ponderado de capital reflete o custo médio futuro de fundos esperado a longo prazo, seu cálculo é
bastante simples, basta que multiplicar o custo específico de cada modalidade de financiamento por sua
proporção na estrutura de capital da empresa e somam-se com os valores ponderados.
CMPC = (Ki x Wi) + (Kp x Wp) + (Ks x Ws)
Onde:
Ki: Custo de capital de terceiros, de longo prazo, na estrutura do capital.
Wi: Proporção de capital de terceiros de longo prazo na estrutura do capital
Kp: Custo das ações preferenciais
Wp: proporção de ações preferenciais na estrutura de capital
Ks: Custo do capital próprio na estrutura de capital
Ws: proporção de capital próprio na estrutura de capital
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos
- -5
Vamos considerar um Balanço Patrimonial com as seguintes informações de cada fonte de capital da
empresa, que se apresente desta forma:
Custo da dívida de curto prazo: 7% aa;
Custo da dívida de longo prazo: 9,2% aa;
Custo das debêntures: 10,1% aa;
Custo das ações preferenciais (Kp): 14% aa;
Custo do capital ordinário (Ks): 16% aa;
Alíquota do IR: 40%.
Temos três tipos de dívidas, cada uma com um custo distinto. Podemos fazer um cálculo de média ponderada
para podermos "substituir" essas três dívidas por uma que tenha um custo equivalente. O custo da
dívida equivalente (Kd) pode ser calculado: (Ki x Wi) + (Kp x Wp) + (Kd x Wd)
Kd = 0,07 x 0,264 + 0,092 x 0,604 + 0,101 x 0,132 = 0,087 ou 8,7%
O total das dívidas corresponde ao valor absoluto de $ 91.000 e o custo da dívida é de 8,7%
A estrutura de capital resumida, bem como o CMPC associado (destacado em amarelo), podem ser vistos abaixo.
- -6
Se dividirmos o valor do total da dívida, $91.000,00, pelo total do capital investido pela empresa $ 250.500,00,
teremos o peso ou proporção que representam esta dívida na estrutura de capital (91000/250.500 x100 =
36,3%).
Para calcularmos o CMPC, basta substituir os valores na fórmula:
Como em nossa estrutura temos uma alíquota de IR de 40%, utilizaremos a seguinte fórmula:
CMPC = Kd x Wd x (1 - T) + Kp x Wp + Ks x Ws
O fator (1-T) que multiplica Kd x Wd representa o benefício fiscal da dívida, onde T é a alíquota do IR (Imposto
de Renda). Os juros pagos são deduzidos do lucro para cálculo do IR, desse modo, o custo efetivo da dívida, para
a empresa que se financia, é menor que o custo contratado junto ao credor, já que a mesma pode deduzir os
juros da base para cálculo do IR.
CMPC = 0,087 x 0,363 x (1 - 0,4) + 0,14 x 0,18 + 0,16 x 0,457 = 0,117 ou 11,7%
A empresa TUDO DOCE apresenta a estrutura de capital abaixo:
Empresa Tudo Doce – Exemplo 1
*25 mil ações a $12,00 cada
**15 mil ações a $10,00 cada
Com esses dados, chegamos à seguinte equação:
CMPC = (13,33% x 0,1406) + (26,67% x 0,1461) + (40% x 0,1850) + (20% x 0,1650) = 16,47%
O custo de 16,47% representa os custos históricos dos recursos captados pela empresa
Agora Imagine que essas ações tenham seus preços valorizados no mercado. A empresa TUDO DOCE
apresenta a estrutura de capital abaixo:
- -7
CMPC (9,76% x 0,1406) + (19,51% x0,1461)+ (48,78%x 0,1850) + (21,95%x 0,1650) = 16,86%
Empresa Tudo Doce - Exemplo 2
O custo de capital de 16,86% considera os recursos de longo prazo captados no passado, porém avaliados pelos
atuais valores de mercado. Na verdade, ele passa a considerar as mudanças ocorridas no mercado, assim
atualizando o custo. Estrutura ótima de Capital
Acredita-se que o valor da empresa é maximizado quando o custo de capital é minimizado.
Para que a empresa tenha uma estrutura ótima de capital, ela substitui o capital próprio por capital de terceiros.
Quando este é mais barato, há um declínio no custo médio ponderado de capital.
Imagine que um administrador financeiro da empresa TUDO DOCE S.A. elaborou uma simulação dos custos de
capital da empresa, conforme o quadro a seguir:
EmpresaTudo Doce – Exemplo 3
(4) O Administrador desenvolveu 7 simulações. Observe que a estrutura de número 4 foi a que apresentou
menor CMPC. Sendo assim, ela é considerada uma estrutura ótima de capital*.
- -8
*estrutura ótima de capital: A maioria das empresas busca uma estrutura ótima de capital, o mix de
financiamento (obtenção de dinheiro) que minimiza o custo de capital e, portanto, maximiza o valor da entidade
com que o capital (dinheiro) para realizar suas atividades.
Representação Gráfica da Estrutura Ótima de Capital, baseada no Máximo Valor da Empresa.
De acordo com o gráfico, observamos que a faixa de estrutura ótima de capital é quando o endividamento
encontra-se reduzido, assim a empresa trabalhando o seu capital próprio consegue uma alavancagem.
5 Custo Marginal ponderado de capital (CMgPC)
Imagine que uma empresa planeja realizar investimentos em novos ativos imobilizados e o administrador
financeiro pode escolher as fontes para a captação dos recursos necessários. Desta forma, ele deverá escolher o
menor custo de capital para financiar os projetos. Esses custos são associados aos novos financiamentos
captados pela empresa.
O custo marginal ponderado de capital é muito importante para a tomada de decisões de investimento. A
empresa deverá fazer em que o retorno esperado é superior ao custo médio ponderado de capital e é baseado
nisso que o administrador decide se decide se o investimento ou financiamento podem ser tomados ao mesmo
tempo.
O que devemos ter atenção é que o custo médio marginal ponderado de capital pode variar a qualquer momento,
só dependerá do volume de capital que a empresa deseja levantar.
- -9
Desta forma, pode-se afirmar que o custo marginal ponderado de capital nada mais é do que o custo médio
ponderado de capital da empresa, combinado com a próxima unidade monetária do total do novo financiamento.
Para encontrar o CMgPC, devemos encontrar o seu ponto de quebra (também conhecido por ruptura).
PQi = VFi/Wi
No qual:
PQi = ponto de ruptura para o financiamento i
VFi = total de fundos disponíveis da fonte de financiamento i a um dado custo.
Wi = peso da estrutura de capital - histórica ou meta - para a fonte de financiamento i.
Quando a empresa exaurir seus lucros retidos disponíveis de R$ 300.000,00 (kr = 13 %), terá que usar um novo
financiamento de ações ordinárias mais dispendioso (kn = 14% ) para suprir as necessidades do seu capital
próprio. Além disso, a empresa espera emprestar somente R$ 400.000,00 a um custo de 5,6 %; Um empréstimo
adicional terá um custo após o IR de 8,4 %. Assim sendo, existem dois pontos de ruptura:
1. Quando os lucros retidos, R$ 300.000,00, que custam 13 %, forem exauridos e
2. Quando empréstimo a longo prazo, R$ 400000,00, que custa 5,6%, for exaurido:
PQ = 300.000,00 / 0,50 = 600000,00
capital próprio
PQ = 400.000,00 / 0,40 = 1000000,00
empréstimo a longo prazo
- -10
6 Escala de oportunidades de investimento
Em um determinado momento, a empresa dispõe de certas oportunidades de investimento.
Essas oportunidades diferem, no que diz respeito ao tamanho do investimento antecipado, do risco e do retorno
(Uma vez que o custo médio ponderado de capital não é aplicável aos investimentos com risco variável).
A escala das oportunidades de investimento (POI) da empresa é mostrar as possibilidades de investimento indo
do melhor, retornos mais altos, ao pior, retornos mais baixos.
À medida que a empresa aumenta o montante de recursos disponíveis para investimento em projetos de capital,
o retorno (TIR) sobre os projetos diminuirá, visto que, geralmente, o primeiro projeto aceito terá o retorno mais
elevado, o projeto seguinte escolhido será o segundo com retorno mais elevado, e assim por diante.
Ou seja, o retorno dos investimentos diminui à medida que os projetos adicionais forem aceitos.
Suponhamos que uma empresa disponha das seguintes oportunidades de investimento:
- -11
O que vem na próxima aula
Nesta aula, você continuou a aprender sobre Custos Padrão e Reais.
Na próxima aula, você terá a oportunidade de estudar os seguintes itens:
• Administração financeira de curto prazo
• Ciclo de conversão de caixa
• Gestão do capital de giro
Até lá!
Saiba mais
MARTELANC, R. PASIN, R. PEREIRA, F. Avaliação de empresas. Um guia para fusões e
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006.
Capítulo 11 - Visão geral da administração financeira.
MEGLIORI, EVANDIR. Administração financeira: Uma abordagem brasileira. São Paulo:
Pearson prentice hall, 2009.
1. O que são debêntures < http://www.debentures.com.br/downloads/textostecnicos
>/cartilha_debentures.pdf
•
•
•
http://www.debentures.com.br/downloads/textostecnicos/cartilha_debentures.pdf
http://www.debentures.com.br/downloads/textostecnicos/cartilha_debentures.pdf
- -12
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu o que é custo. Compreendeu a diferença entre os custos médio e marginal de capital e cada 
tipo utilizado na aplicação do mercado financeiro.
• Conheceu os cálculos destes custos e suas utilidades, tanto formal como informal, do investimento em 
ações.
• Aprendeu verificar a diferença do custo médio ponderado de capital e do custo marginal de capital e 
percebeu a aplicação na escala de oportunidade de investimento.
•
•
•
- -1
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL E 
CUSTO MARGINAL DE CAPITAL
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Entender como medir o custo médio ponderado de capital;
2. Conhecer o custo marginal ponderado de capital;
3. Compreender o custo do capital.
1 Introdução
Nesta aula, o aluno compreenderá o custo de capital, como se aplicam os tipos de custo de capital utilizando os
diferentes métodos, o modelo Gordon, o reflexo que se dá em todos os tipos de custos como de capital próprio e
capital de terceiros, evidenciando as debêntures e empréstimos.
2 Custo de ações preferenciais
Ação preferencial
• Ação que oferece dividendos e/ou, no caso de dissolução da empresa no reembolso de capital.
• Em geral, não concede direito a voto em assembleia.
• A ação preferencial (PN) não dá direito ao acionista de participar da administração da empresa. Para 
compensar, o acionista tem preferência de receber os dividendos (lucros) da empresa, antes dos outros 
acionistas que detêm ordinárias.
Fonte: http://www.igf.com.br/aprende/glossario/glo_Resp.aspx?id=51
O custo das ações preferenciais Kp é o quociente entre o dividendo da ação e o recebimento líquido com a venda
dela pela empresa.
Para calcular o custo dessas ações, utilizamos o modelo Gordon e Shapiro, descontando o fluxo de dividendos
futuros esperados.
Po = D1
k-g
No qual:
Po = Preço corrente da ação
D1= dividendo por ação esperado Ao final do ano 1
k= taxa de desconto compatível ao risco assumido pelos fornecedores de capital próprio, na qual para as ações
ordinárias usa-se Ko, e para ações preferenciais usa-se Kp.
•
•
•
http://www.igf.com.br/aprende/glossario/glo_Resp.aspx?id=51
- -3
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos das ações
Então para a determinação da taxa de desconto, vamos reorganizar a fórmula, ficando assim:
K = D1 + g
P0
Exemplo
A Invetest S.A. possui uma taxa de capital próprio de 14%.
A taxa de crescimento da ação é de 8% e o valor do último dividendo pago foi de $ 4,50.
Calcular o preço atual da ação.
P = P = = P = $81
o
Div (1 + g)
o
$4,50 (1 + 0,08)
o
K – g 0,14 – 0,08
Uma ação preferencial da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 100, um preço de emissão de $ 1200 e incorre em
um custo de emissão de $ 4 por ação. Calcule o seu custo.
P - Custo de Colocação = 
0
Div
ks
1200 – 4 = 100
Ks
Ks = 8,67%
Uma ação ordinária da Cia. Invetest tem um dividendo de $ 2,25 por ação. Esta ação tem sido cotada por $15,00
cada, e apresenta uma taxa de crescimento de 3%. Calcule o seu custo.
Kp = + 3% = 018 ou 18%2,25 
15,00
3 Custo de novas ações
Um empresa inscrita sob forma de sociedade anônima decapital aberto pode subscrever, ou seja, emitir ações.
Para isso, ela adquire alguns gastos com a emissão, e para determinar este custo utilizamos a seguinte fórmula:
K = + gD1
VL
Na qual:
K= custos de novas ações
Ko= custos de novas ações ordinárias
Kp= custos de novas ações preferenciais
- -4
D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1
VL = Valor líquido recebido pela venda da nova ação
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos
Imagine que a empresa TOPA TUDO S.A. pretenda lançar novas ações ordinárias, que terão o valor de emissão de
$ 15,00, cada. Haverá um deságio de R$ 0,80 por ação, e estima-se que o total de gastos com a colocação no
mercado seja de $ 0,55 por ação. O dividendo previsto para o próximo ano é de $ 3,00 por ação e os dividendos
distribuídos pela empresa têm crescido à taxa média anual de 3,5% nos últimos anos.
Desta forma, o valor líquido recebido de cada ação será de:
R$ 13,65 (15,00-0.80 – 0,55).
k0 = + 0,035 = 25,48%3,00
13,65
4 Custo médio ponderado de capital (CMPC)
Custo médio ponderado de capital *WACC
Representa o custo dos financiamentos em longo prazo da empresa, isto é, seu custo de capital.
Ele corresponde à média dos custos das fontes de capital (próprio e de terceiros), ponderados pela participação
relativa de cada uma delas na estrutura de capital da empresa.
*WACC: Weighted Avarage Cost of Capital
O custo médio ponderado de capital reflete o custo médio futuro de fundos esperado a longo prazo, seu cálculo é
bastante simples, basta que multiplicar o custo específico de cada modalidade de financiamento por sua
proporção na estrutura de capital da empresa e somam-se com os valores ponderados.
CMPC = (Ki x Wi) + (Kp x Wp) + (Ks x Ws)
Onde:
Ki: Custo de capital de terceiros, de longo prazo, na estrutura do capital.
Wi: Proporção de capital de terceiros de longo prazo na estrutura do capital
Kp: Custo das ações preferenciais
Wp: proporção de ações preferenciais na estrutura de capital
Ks: Custo do capital próprio na estrutura de capital
Ws: proporção de capital próprio na estrutura de capital
g = taxa anual esperada de crescimento dos dividendos
- -5
Vamos considerar um Balanço Patrimonial com as seguintes informações de cada fonte de capital da
empresa, que se apresente desta forma:
Custo da dívida de curto prazo: 7% aa;
Custo da dívida de longo prazo: 9,2% aa;
Custo das debêntures: 10,1% aa;
Custo das ações preferenciais (Kp): 14% aa;
Custo do capital ordinário (Ks): 16% aa;
Alíquota do IR: 40%.
Temos três tipos de dívidas, cada uma com um custo distinto. Podemos fazer um cálculo de média ponderada
para podermos &quot;substituir&quot; essas três dívidas por uma que tenha um custo equivalente. O custo da
dívida equivalente (Kd) pode ser calculado: (Ki x Wi) + (Kp x Wp) + (Kd x Wd)
Kd = 0,07 x 0,264 + 0,092 x 0,604 + 0,101 x 0,132 = 0,087 ou 8,7%
O total das dívidas corresponde ao valor absoluto de $ 91.000 e o custo da dívida é de 8,7%
A estrutura de capital resumida, bem como o CMPC associado (destacado em amarelo), podem ser vistos abaixo.
- -6
Se dividirmos o valor do total da dívida, $91.000,00, pelo total do capital investido pela empresa $ 250.500,00,
teremos o peso ou proporção que representam esta dívida na estrutura de capital (91000/250.500 x100 =
36,3%).
Para calcularmos o CMPC, basta substituir os valores na fórmula:
Como em nossa estrutura temos uma alíquota de IR de 40%, utilizaremos a seguinte fórmula:
CMPC = Kd x Wd x (1 - T) + Kp x Wp + Ks x Ws
O fator (1-T) que multiplica Kd x Wd representa o benefício fiscal da dívida, onde T é a alíquota do IR (Imposto
de Renda). Os juros pagos são deduzidos do lucro para cálculo do IR, desse modo, o custo efetivo da dívida, para
a empresa que se financia, é menor que o custo contratado junto ao credor, já que a mesma pode deduzir os
juros da base para cálculo do IR.
CMPC = 0,087 x 0,363 x (1 - 0,4) + 0,14 x 0,18 + 0,16 x 0,457 = 0,117 ou 11,7%
A empresa TUDO DOCE apresenta a estrutura de capital abaixo:
Empresa Tudo Doce – Exemplo 1
*25 mil ações a $12,00 cada
**15 mil ações a $10,00 cada
Com esses dados, chegamos à seguinte equação:
CMPC = (13,33% x 0,1406) + (26,67% x 0,1461) + (40% x 0,1850) + (20% x 0,1650) = 16,47%
O custo de 16,47% representa os custos históricos dos recursos captados pela empresa
Agora Imagine que essas ações tenham seus preços valorizados no mercado. A empresa TUDO DOCE
apresenta a estrutura de capital abaixo:
- -7
CMPC (9,76% x 0,1406) + (19,51% x0,1461)+ (48,78%x 0,1850) + (21,95%x 0,1650) = 16,86%
Empresa Tudo Doce - Exemplo 2
O custo de capital de 16,86% considera os recursos de longo prazo captados no passado, porém avaliados pelos
atuais valores de mercado. Na verdade, ele passa a considerar as mudanças ocorridas no mercado, assim
atualizando o custo. Estrutura ótima de Capital
Acredita-se que o valor da empresa é maximizado quando o custo de capital é minimizado.
Para que a empresa tenha uma estrutura ótima de capital, ela substitui o capital próprio por capital de terceiros.
Quando este é mais barato, há um declínio no custo médio ponderado de capital.
Imagine que um administrador financeiro da empresa TUDO DOCE S.A. elaborou uma simulação dos custos de
capital da empresa, conforme o quadro a seguir:
Empresa Tudo Doce – Exemplo 3
(4) O Administrador desenvolveu 7 simulações. Observe que a estrutura de número 4 foi a que apresentou
menor CMPC. Sendo assim, ela é considerada uma estrutura ótima de capital*.
- -8
*estrutura ótima de capital: A maioria das empresas busca uma estrutura ótima de capital, o mix de
financiamento (obtenção de dinheiro) que minimiza o custo de capital e, portanto, maximiza o valor da entidade
com que o capital (dinheiro) para realizar suas atividades.
Representação Gráfica da Estrutura Ótima de Capital, baseada no Máximo Valor da Empresa.
De acordo com o gráfico, observamos que a faixa de estrutura ótima de capital é quando o endividamento
encontra-se reduzido, assim a empresa trabalhando o seu capital próprio consegue uma alavancagem.
5 Custo Marginal ponderado de capital (CMgPC)
Imagine que uma empresa planeja realizar investimentos em novos ativos imobilizados e o administrador
financeiro pode escolher as fontes para a captação dos recursos necessários. Desta forma, ele deverá escolher o
menor custo de capital para financiar os projetos. Esses custos são associados aos novos financiamentos
captados pela empresa.
O custo marginal ponderado de capital é muito importante para a tomada de decisões de investimento. A
empresa deverá fazer em que o retorno esperado é superior ao custo médio ponderado de capital e é baseado
nisso que o administrador decide se decide se o investimento ou financiamento podem ser tomados ao mesmo
tempo.
O que devemos ter atenção é que o custo médio marginal ponderado de capital pode variar a qualquer momento,
só dependerá do volume de capital que a empresa deseja levantar.
- -9
Desta forma, pode-se afirmar que o custo marginal ponderado de capital nada mais é do que o custo médio
ponderado de capital da empresa, combinado com a próxima unidade monetária do total do novo financiamento.
Para encontrar o CMgPC, devemos encontrar o seu ponto de quebra (também conhecido por ruptura).
PQi = VFi/Wi
No qual:
PQi = ponto de ruptura para o financiamento i
VFi = total de fundos disponíveis da fonte de financiamento i a um dado custo.
Wi = peso da estrutura de capital - histórica ou meta - para a fonte de financiamento i.
Quando a empresa exaurir seus lucros retidos disponíveis de R$ 300.000,00 (kr = 13 %), terá que usar um novo
financiamento de ações ordinárias mais dispendioso (kn = 14% ) para suprir as necessidades do seu capital
próprio. Além disso, a empresa espera emprestar somente R$ 400.000,00 a um custo de 5,6 %; Um empréstimo
adicional terá um custo após o IR de 8,4 %. Assim sendo, existem dois pontos de ruptura:
1. Quando os lucros retidos, R$ 300.000,00, que custam 13 %,forem exauridos e
2. Quando empréstimo a longo prazo, R$ 400000,00, que custa 5,6%, for exaurido:
PQ = 300.000,00 / 0,50 = 600000,00
capital próprio
PQ = 400.000,00 / 0,40 = 1000000,00
empréstimo a longo prazo
- -10
6 Escala de oportunidades de investimento
Em um determinado momento, a empresa dispõe de certas oportunidades de investimento.
Essas oportunidades diferem, no que diz respeito ao tamanho do investimento antecipado, do risco e do retorno
(Uma vez que o custo médio ponderado de capital não é aplicável aos investimentos com risco variável).
A escala das oportunidades de investimento (POI) da empresa é mostrar as possibilidades de investimento indo
do melhor, retornos mais altos, ao pior, retornos mais baixos.
À medida que a empresa aumenta o montante de recursos disponíveis para investimento em projetos de capital,
o retorno (TIR) sobre os projetos diminuirá, visto que, geralmente, o primeiro projeto aceito terá o retorno mais
elevado, o projeto seguinte escolhido será o segundo com retorno mais elevado, e assim por diante.
Ou seja, o retorno dos investimentos diminui à medida que os projetos adicionais forem aceitos.
Suponhamos que uma empresa disponha das seguintes oportunidades de investimento:
- -11
O que vem na próxima aula
Nesta aula, você continuou a aprender sobre Custos Padrão e Reais.
Na próxima aula, você terá a oportunidade de estudar os seguintes itens:
• Administração financeira de curto prazo
• Ciclo de conversão de caixa
• Gestão do capital de giro
Até lá!
Saiba mais
MARTELANC, R. PASIN, R. PEREIRA, F. Avaliação de empresas. Um guia para fusões e
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006.
Capítulo 11 - Visão geral da administração financeira.
MEGLIORI, EVANDIR. Administração financeira: Uma abordagem brasileira. São Paulo:
Pearson prentice hall, 2009.
1. O que são debêntures < http://www.debentures.com.br/downloads/textostecnicos
>/cartilha_debentures.pdf
•
•
•
http://www.debentures.com.br/downloads/textostecnicos/cartilha_debentures.pdf
http://www.debentures.com.br/downloads/textostecnicos/cartilha_debentures.pdf
- -12
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu o que é custo. Compreendeu a diferença entre os custos médio e marginal de capital e cada 
tipo utilizado na aplicação do mercado financeiro.
• Conheceu os cálculos destes custos e suas utilidades, tanto formal como informal, do investimento em 
ações.
• Aprendeu verificar a diferença do custo médio ponderado de capital e do custo marginal de capital e 
percebeu a aplicação na escala de oportunidade de investimento.
•
•
•
- -1
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO 
PRAZO
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Entender o que é o capital de giro e a relação com a rentabilidade.
2. Conhecer o ciclo de conversão de caixa.
3. Compreender a gestão de recebimentos e pagamentos.
1 Introdução
Nesta aula, compreenderemos a administração financeira de curto prazo e o ciclo de conversão de caixa, além de
conhecer a necessidade de utilizar fundos do ciclo de caixa e as estratégias para minimizar as obrigações.
Saberemos entender a gestão de capital de giro e de ativos circulantes e poder decidir se devem financiar as
necessidades de fundos, de maneira agressiva ou conservadora.
2 Capital de Giro
O balanço patrimonial é uma das principais demonstrações contábeis. É por meio dele que se pode observar a
saúde financeira da empresa.
Neste demonstrativo está evidenciado o Ativo, passivo e patrimônio Líquido.
ATIVO - O Ativo compreende os Bens e direitos da entidade e o passivo compreende as obrigações.
Patrimônio Líquido - Já o patrimônio Líquido é a diferença entre o ativo e passivo.
As contas registram os aumentos e diminuições nos componentes do balanço. O lançamento de uma conta é
chamado débito ou crédito.
Débito - O lado esquerdo do razonete de uma conta é chamado débito.
Crédito - O lado direito é chamado de crédito.
Método das partidas dobradas
É a operação que demonstra a correspondência entre crédito e débito. Onde diz que para cada crédito existe um
debito de igual valor, de forma que a soma dos valores debitados seja sempre igual aos valores creditados.
Financiamento por sua proporção na estrutura de capital da empresa e somam-se com os valores ponderados.
O capital de giro pode ser definido como o montante de recursos que a empresa precisa desembolsar para antes
de receber pela venda de seus produtos ou serviços.
- -3
A gestão do capital de giro reflete como está a empresa, pois demonstra a capacidade que a empresa possui em
pagar suas obrigações em dia, e de gerar retorno aos acionistas.
Uma empresa, quando se encontra “descapitalizada”, é o mesmo que não dispor de capital de giro suficiente para
cumprir com seus compromissos.
Para que possamos analisar a capacidade ou necessidade de capital de giro, devemos conhecer os
demonstrativos, pois é nele que nos apoiamos para tirar os indicadores que nos dará apoio nas decisões.
Mas, afinal! Por que chamamos de capital de giro?
Bem, quando uma empresa é formada, iniciamos com o capital social, ou seja, recursos dos sócios que formam a
empresa).
Uma parte deste capital é destino à formação da empresa, no que tange o investimento fixo, ou seja, aquisição
das máquinas, móveis, prédio, ferramentas, enfim, para investir em itens do ativo imobilizado.
A outra parte formará o estoque e ficará distribuído entre o caixa e banco.
Vendas à vista geram dinheiro no caixa e vendas a prazo geram duplicatas a receber.
O conceito de capital de giro está associado aos recursos que estão em constante movimentação do capital de
giro que envolve dois ciclos: o operacional e o financeiro.
- -4
3 Administração de capital de giro
A administração de capital de giro contempla as decisões do administrador financeiro, em relação aos ativos e
passivos circulantes. Diante desses dois grupos de contas do balanço patrimonial é que podemos dizer se uma
empresa possui liquidez ou não.
A liquidez de uma empresa é quando ela consegue honrar suas obrigações. Para isso, a empresa deve manter um
saldo disponível, representado por dinheiro em caixa, em conta corrente e aplicações em títulos de alta liquidez.
Estes são registrados como disponibilidades no balanço patrimonial.
Podemos observar no próprio balanço patrimonial que, quanto maior for o montante de recursos investido em
cada uma das contas de disponibilidades, maior será a capacidade de liquidez da empresa e menor será o risco
de inadimplência por falta de pagamentos dos credores.
No balanço temos duas fontes de recursos, são elas:
Fontes Onerosas - As Fontes onerosas são aquela que fornecem recursos sobre os quais se exige remuneração,
na forma de juros ou dividendos.
Ex.: Empréstimos, as debêntures e o capital próprio.
Fontes Não Onerosas - As Fontes não onerosas são aquelas que fornecem recursos que não apresentam custos
explícitos.
Ex.: salários, impostos a recolher, duplicatas a pagar, etc.
PATRIMÔNIO Balanço patrimonial
Ativo circulante Passivo circulante – 
Exigível de longo prazo/ Patrimônio líquidoAtivo não circulante – 
Observe que o ativo circulante é maior do que o passivo circulante. Esta diferença é denominada CCL ou capital
de giro líquido.
4 Capital de giro líquido
Os ativos circulantes, comumente são chamados de capital de giro, já que eles representam parte da empresa
que circula na condução dos negócios da empresa.
Para medir o capital da empresa, podemos observar algumas questões:
Já que o capital de giro parte dos investimentos que circulam no ciclo operacional da empresa, ou seja, capital
circulante (ativo circulante).
- -5
Capital circulante líquido será a diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante, e assim podemos
observar se a empresa possui, ou não, capacidade de saldar seus compromissos em curto prazo.
CGL = Ativo Circulante – Passivo Circulante
Imagine uma empresa com seu Ativo Circulante no valor de$1.200,00 e seu Passivo Circulante no valor de $
1000,00; Isto significa que seu CCL é positivo em $ 200,00; Ou seja, o valor do Ativo circulante supera o passivo
circulante.
Quando o CCL POSITIVO a parcela do Ativo Circulante é financiada com recursos de Longo Prazo.
As necessidades de capital de giro, além de ser fundamental para a análise do ponto de vista financeiro (caixa),
assim como também das estratégias de financiamento, crescimento e lucratividade da entidade.
Para calcular a Necessidade de capital de giro, utilizamos os demonstrativos contábeis:
Balanço patrimonial
Demonstrativos de resultado
PATRIMÔNIO balanço patrimonial
Ativo circulante/ CCL – Passivo circulante
Ativo não circulante– Exigível de longo prazo e Patrimônio líquido
Os recursos oriundos de fontes de longo prazo foram agrupados (exigível a longo prazo e patrimônio líquido), e
representam que o CCL é financiado por recursos dessas fontes.
Quando a soma dos elementos do ativo corrente é maior que a soma dos elementos do passivo corrente, dizemos
que o CCL é positivo.
Em caso contrário, o CCL é negativo.
Quando a soma dos elementos do ativo corrente é igual à soma dos elementos do passivo corrente, o CCL é nulo.
Exemplo gráfico:
- -6
Ao analisar a empresa KDM, durante o ano de 2004, o ativo circulante foi de $650 e o passivo circulante de $345.
No ano seguinte, o ativo circulante foi para $870 e o passivo circulante para $505.
Calcule a variação do capital de giro em 2005.
AC = $ 870
2005
PC = $ 505
2005
AC = $ 650
2004
PC = $ 345
2004
Variação do CCL = $ 365 – $ 305 = $ 60
Neste caso o CCL foi positivo.
Mas se no caso, a empresa KDM apresentasse durante o ano de 2004, o ativo circulante de $ 870 e o passivo
circulante de $ 505.
No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 650 e o passivo circulante para $ 345.
Calcule a variação do capital de giro em 2005.
AC = $ 650
2005
PC = $ 345
2005
AC = $ 870
2004
PC = $ 505
2004
Variação do CCL = $305 - $ 365 = - $60
- -7
Neste caso o CCL foi negativo.
Mas se no caso, a empresa KDM apresentasse durante o ano de 2004, o ativo circulante de $ 870 e o passivo
circulante, de $ 505.
No ano seguinte, o ativo circulante foi para $ 770 e o passivo circulante para $ 405.
Calcule a variação do capital de giro em 2005.
AC = $ 650
2005
PC = $ 345
2005
AC = $ 870
2004
PC = $ 505
2004
Variação do CCL = $305 - $ 365 = - $60
Variação do CCL = $265 - $ 265 = $0
Neste caso o CCL é nulo.
5 Necessidade de capital de giro
Para se calcular a necessidade de capital de giro de uma empresa, com base em seu balanço patrimonial, é
necessário reclassificar algumas contas, tanto do ativo como do passivo.
A equação mostra que a NCG corresponde à diferença entre o capital de giro eo saldo de tesouraria.
NCG = Ativo Operacional – Passivo Operacional
Algumas contas do AC e do PC se renovam de maneira cíclica, juntamente com as operações.
AC: As contas do AC com esta característica são chamadas de aplicações cíclicas.
O exemplo típico de fonte cíclica (operacional) são os fornecedores.
PC: As contas do PC com esta característica são chamadas de fontes cíclicas.
O exemplo típico de aplicação cíclica são os clientes e os estoques.
São chamadas também de Ativo Circulante Operacional e Passivo
Circulante Operacional, respectivamente, justamente por esta característica de renovação de saldos, no decorrer
da atividade operacional.
A necessidade de capital de giro (NCG) é a diferença entre as aplicações cíclicas (AC) e as fontes cíclicas (FC):
NCG = AC – FC
NCG: A necessidade de capital de giro (NCG) indica o montante de recursos necessários para se manter o giro
dos negócios, devido à insuficiência das fontes operacionais.
- -8
AC: A necessidade de capital de giro (NCG) indica o montante de recursos necessários para se manter o giro dos
negócios, devido à insuficiência das fontes operacionais.
FC: Havendo insuficiência de FC, em relação às AC, a empresa terá que buscar novas fontes de financiamento
para continuar operando. Estas novas fontes serão as fontes do sistema financeiro, como veremos à frente.
Quando apresentar AC = FC, ou mesmo AC < FC, não haverá necessidade da empresa buscar novas fontes de
financiamento para as suas operações.
NCG: 25.000 + 40.000 – 30.000 – 5.000 = 30.000
A necessidade de capital de giro (NCG) pode ser calculada pela utilização dos saldos das contas cíclicas,
constantes do Balanço Patrimonial, conforme a definição acima.
6 Ciclo de conversão de caixa
Ciclo Operacional - Corresponde ao intervalo de tempo que compreende desde a compra da matéria-prima para
a produção ou de mercadorias para revenda até o recebimento do valor gerado pela venda.
Ciclo Financeiro - Envolve as entradas e saídas de caixa.
Exemplo
Imagine que uma empresa adquira matéria-prima de fornecedores, e que o prazo de pagamento seja 30 dias.
Essa matéria-prima vai imediatamente para a produção, cujo processo dura 15 dias.
Após a fabricação, o produto é imediatamente vendido, também a prazo, para o recebimento em 30 dias. Assim, o
ciclo operacional é de 45 dias.
Sendo assim, o ciclo financeiro é de 15 dias e o ciclo operacional é de 45 dias.
- -9
0 - Compra de matéria prima.
15 - Conclusão da fabricação e venda do produto.
30 - Pagamento ao fornecedor de matéria-prima.
45 - Recebimento do Cliente.
Clico Financeiro à
Clico Operacional à
Portanto, o Ciclo Operacional é igual ao prazo médio de estocagem, mais o prazo médio de recebimento das
vendas a prazo.
CO = PME + PMR
Ciclo Financeiro - Corresponde ao intervalo de tempo entre o pagamento de compras e o recebimento de vendas.
O Ciclo Financeiro é soma do prazo médio de estocagem com o prazo médio de recebimento e em seguida deduz
o prazo médio de pagamento.
Ciclo Financeiro: CF = PME + PMR – PMP
Ex.: A empresa JUJU tem um ciclo operacional de 60 dias e um ciclo financeiro de 38 dias. Determine o nº de dias
que, em média, a empresa leva para pagar seus fornecedores.
CO = IME + PMC = 60
CC = IME + PMC - PMP = 38
então,
CC = IME + PMC - PMP
38 60 - PMP PMP = 22 dias.
- -10
7 Estratégias de gestão de ciclo de conversão de caixa
Quando as empresas fazem elevado investimento no circulante podem apresentar um uso ineficiente de
recursos, como:
• Manter saldos de caixa acima do mínimo necessário não traz melhoria à rentabilidade da empresa;
• Manter o saldo de duplicatas a receber elevado pode sinalizar ineficiência na cobrança, ou uma política 
de crédito desajustada; Por isso é importante cobrar as contas com a maior rapidez possível;
• O saldo do estoque elevado não aumenta as vendas, por isso é importante girar o estoque com a maior 
velocidade possível;
• Efetuar pagamentos de contas a pagar com a maior lentidão possível, sem prejudicar o crédito da 
empresa.
O que vem na próxima aula
Nesta aula, você continuou a aprender sobre Custos Médios e Marginais. Na próxima aula, você terá a
oportunidade de estudar os seguintes itens:
• Administração de caixa
• Gestão de estoque
• Pagamentos e recebimentos
Até lá!
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu o que é custo. Compreendeu a diferença entre o custo médio e marginal de capital e cada tipo 
utilizado na aplicação do mercado financeiro.
• Conheceu os cálculos destes custos e suas utilidades, tanto formal como informal, do investimento em 
ações.
• Aprendeu a verificar a diferença do custo médio ponderado de capital e do custo marginal de capital e 
percebeu a aplicação na escala de oportunidade de investimento.
•
•
•
•
Saiba mais
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006.
Capítulo 14 - Visão geral da administração financeira.
MEGLIORI, Evandir Administração financeira: uma abordagem brasileira. São Paulo: Pearson
prentice hall, 2009.
•
•
•
•
•
•
- -1
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE CURTO 
PRAZO
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Entender o que é a administração de caixa;
2. Conheceros recebimentos e pagamentos e suas projeções;
3. Compreender o financiamento do capital de giro.
1 Introdução
Nesta aula, o aluno compreenderá como funciona a administração financeira de curto prazo, como se utiliza os
fundos do ciclo de caixa, como se utiliza o processo de seleção de crédito e sua concessão, além de aprender
como funciona o financiamento do capital de giro.
2 A administração de caixa
A administração de caixa, também conhecida como administração das disponibilidades, mantém os recursos
alocados no saldo de caixa e nas aplicações financeiras em títulos de alta liquidez.
Essas disponibilidades são mantidas por vários motivos, vamos citar aqui alguns deles, como:
Transações: Estes recursos são mantidos em disponibilidade para efetuar pagamentos das obrigações
programadas.
Ex.: Duplicatas a pagar, salários, recolhimento de impostos, etc.
Reserva: Os recursos monetários superiores às necessidades de transações mantidas por precaução em virtude
de eventuais erros de previsão, não recebimento de duplicatas, assim como alguns gastos esporádicos.
Estes recursos em geral ficam aplicados em títulos de alta liquidez, que podem ser convertidos rapidamente em
caixa, quando necessário.
Especulação: Recursos monetários mantidos em aplicações financeiras com a intenção de aproveitar as
oportunidades de negócios.
Ex: Compra de produtos com preço baixo.
Reciprocidade bancária, saldos mínimos mantidos em conta corrente, com o intuito de cultivar um bom
relacionamento com os bancos que a empresa opera, MS expectativa de obter, operações de descontos, linhas de
credito maiores, etc.
- -3
3 Financiamento de capital de giro
Devido a uma gestão “apertada”, muitas empresas apresentam flutuações para maior ou menor em sua área de
vendas. Uma empresa deve manter um saldo ideal nas contas das disponibilidades, das duplicatas a receber e
dos estoques. Quando as vendas são menores, há redução nos saldos desses ativos.
Vendas menores = redução saldo dos ativos
Para que a empresa possa manter este saldo ideal, ela implicará na contemplação do ativo circulante em uma
parcela comprometida com o ciclo operacional, denominamos esta ação como ativo circulante permanente e
ativo circulante sazonal, e estes serão objetos de análise para o financiamento.
4 Estratégia
Para que se tome a decisão de financiar, ou não, esses ativos, com recursos de longo ou curto prazo é importante
que se concilie uma situação de liquidez e de rentabilidade do capital investido pela empresa. Para isso, são
adotadas algumas políticas como:
Estratégia Conservadora
É quando a empresa financia, com recursos de longo prazo*, o ativo permanente, o ativo circulante permanente,
assim como uma parcela do ativo circulante sazonal. Desta maneira, apenas pequena parte do ativo circulante
sazonal é financiada com recursos de curto prazo de alta liquidez. Esta estratégia por ser conservadora, o risco
da empresa se tornar inadimplente é pequeno, mas o custo é alto, assim reduz a rentabilidade do capital
investido.
*longo prazo: Exigível a longo prazo e patrimônio líquido.
Estratégia Agressiva
A empresa financia todo o seu ativo permanente e apenas parte do ativo circulante permanente será financiada
com recursos de longo prazo. Nessas condições, o custo da estratégia é baixo, aumentando, assim, o retorno
sobre o capital investido, mas o risco da empresa tornar-se inadimplente é alto.
Estratégia Moderadora
A empresa financia com recursos de longo prazo, tanto o ativo permanente como o ativo circulante permanente.
Apenas no ativo sazonal é financiado com recursos de curto prazo. Pelo fato de ser uma estratégia conservadora,
o risco da empresa se tornar inadimplente é mínimo, porém o custo é alto, reduzindo, assim, a rentabilidade do
capital.
- -4
Caso
Considere a estimativa de uma empresa, com relação aos valores mensais de ativos circulantes permanentes e
totais, para o ano seguinte, dada nas colunas 1, 2 e 3 da tabela abaixo.
Observe que a relativa estabilidade do nível de ativos totais ao longo do ano reflete a ausência de crescimento da
empresa.
As colunas 4 e 5 apresentam a subdivisão dos recursos totais exigidos em seus componentes permanente e
sazonal.
O componente permanente (coluna 4) corresponde ao menor nível de ativos totais exigidos durante o período,
ao passo que a parcela sazonal é a diferença entre os recursos totais (isto é, os ativos totais) exigidos para cada
mês e a necessidade de recursos permanentes.
*Ativos Totais: Estes valores representam a necessidade total de fundos pela empresa.
**Necessidades Permanentes de Fundos: Estes valores representam a necessidade mínima de ativos totais.
***Médica mensal: Equivalem à soma dos valores mensais divididos por 12.
Uma empresa que tenha média mensal de $ 13.800 de Necessidade Permanente de Fundos e a média mensal de
$ 1.950 de Necessidade Sazonal, poderá adotar as duas estratégias: Agressiva ou conservadora. A taxa de 3% a.a.
para Recursos a Curto Prazo e 11% a.a. para o Longo Prazo provocaria o seguinte efeito nos custos:
Agressiva
Custo do financiamento a curto prazo =
3% X $ 1.950 = $ 58,50
Custo do financiamento a longo prazo =
11% X $ 13.800 = $ 1.518,00
- -5
Custo total = $1.576,50
Conservadora
Obs.: Os Ativos Totais atingiram seu maior valor em outubro/XX, onde as Necessidades Permanentes de Fundos
atingiram $ 13.800 e a Necessidade Sazonal $ 4.200, perfazendo o Ativo total de $ 18.000.
Custo de financiamento a longo prazo = 11% X $ 18.000 = $ 1.980
5 Orçamento de caixa
Para exercer o controle eficiente das disponibilidades, utilizamos o orçamento de caixa. Este é um instrumento
que é considerado um dos principais aliados da administração de caixa, ele controla eficientemente, é como um
instrumento auxiliar, pois se trata de um demonstrado onde estão discriminadas * deas projeções das entradas
recursos monetários.
O orçamento de caixa dá ao administrador uma visão do que acontecerá com os recursos comentário em data
futura, desta forma ele poderá planejar investimentos, financiamentos e alguma eventualidade.
*as projeções de entrada: Vendas à vista e a prazo, descontos de duplicatas, etc.) e de saídas (pagamentos a
fornecedores, salários, alugue, etc.)
Ex.:
A Cia. das JOTA Lta está preparando seu orçamento quadrimestral de caixa para os meses de janeiro, fevereiro,
março e abril do ano de 20xx. Foram coletadas as seguintes informações para elaboração do demonstrativo:
Vendas
Do total das vendas, 50% são recebidas à vista e 50% são recebidas com um prazo de 30 dias.
Compras
- -6
As compras da empresa representam 60% das vendas e são pagas da seguinte forma:
40% à vista e 60% com prazo de 30 dias.
Salários: R$ 1.200,00 ao mês.
Comissões: 5% sobre as vendas do mês.
Impostos: 12% sobre as vendas brutas.
Juros: serão pagos juros de R$ 300,00 sobre um empréstimo de R$ 10.000,00, durante os meses de janeiro e
fevereiro. No mês de março, o empréstimo será liquidado.
Aquisição de imobilizado: Pagamento referente à compra de imobilizado, no valor de R$ 15.000, no mês de abril.
Outras informações:
Saldo inicial de caixa em janeiro = R$ 7.000,00.
1. A primeira coisa a fazer é montar um quadro de programação de recebimentos, fazendo um quadro à parte.
Observe que o recebimento das vendas é distribuído de acordo com seu prazo de recebimento, ou seja, metade
no próprio mês e a outra metade no mês seguinte. Funciona como uma escada, quando somamos está diagonal
encontramos o total da venda.
2. Da mesma forma, deve-se proceder com as compras para distribuí-las dentro de seus respectivos períodos de
pagamento. Note que quando é dito que se comprou 60% das vendas não significa dizer que se comprou apenas
metade da necessidade, e sim que o custo de compras corresponde à metade do preço de venda. Programação de
pagamento das compras:
- -7
Agora que você já tem os dois demonstrativos auxiliares elaborados, é a vez de preparar o orçamento de caixa
para o primeiro quadrimestre doano.
3.
Concluímos que o saldo final de um período será sempre o saldo inicial do próximo período. Isso mesmo! É como
acontece conosco. Imagine que você dormiu com $50,00 na carteira no dia 30, este será seu saldo final deste dia,
e no dia 1 ele será seu saldo inicial.
Que análise pode ser feita sobre o exemplo do orçamento de caixa da JOTA Ltda., para o primeiro quadrimestre
do ano?
Primeiro:
É que a empresa conseguiu um bom equilíbrio entre seus ingressos e desembolsos, pois em nenhum momento
foi evidenciado um déficit de caixa (saldo final negativo).
- -8
Segundo:
A partir do primeiro mês, há um superávit de caixa considerável. Que somente será utilizado a partir do mês de
abril. Então a empresa poderia aplicar estes recursos por um prazo de até 90 dias, conseguindo um incremento
financeiro em seu caixa, advindo dos juros recebidos ou reduzir seu investimento em disponibilidades, pois estes
valores não serão utilizados e podem ser aplicados em ativos de *.maior rentabilidade
*maior rentabilidade: Ativo permanente, estoques, contas a receber, etc.
Desta forma, entende-se que o orçamento de caixa demonstra a sua importância, pois ele nos possibilita a
visualização de um horizonte mais abrangente, que nos dá condições de tomarmos decisões financeiras com um
grau de acerto muito maior, reduzindo nossos riscos de escassez de caixa.
Exemplo 2
(Provão Administração 2002)
A Indústria Macapá Ltda., inaugurada em maio de 2002, está desenvolvendo um orçamento de caixa para julho,
agosto e setembro de 2002. As vendas foram de $ 100.000,00 em maio e de $ 200.000,00 em junho. Estão
previstas vendas de $ 400.000,00, $ 300.000,00 e $ 200.000,00, respectivamente, para julho, agosto e setembro.
Das vendas feitas pelo setor, 20% têm sido à vista, 50% têm gerado duplicatas com prazo de um mês, e as 30%
restantes, de dois meses.
Calcular a previsão de recebimento em julho de 2002.
Considere o quadro de orçamento de caixa ao lado e vemos que os recebimentos de julho totalizam $ 210.000.
6 Administração de recebimentos e pagamentos
Conforme observamos na aula anterior, o tempo de venda até o tempo de recebimento e a conversão deste em
caixa requer uma preocupação da área de administração entre pagamentos e recebimentos.
Diante destas preocupações, utilizamos o que chamamos de FLOAT.
Estes são os fundos enviados pelo pagante, mas ainda não disponíveis ao que recebe o pagamento.
- -9
O Float é importante tanto para pagamentos, quanto para recebimentos.
O seu objetivo é encurtar o prazo de recebimento e ampliar o prazo médio de pagamento.
7 Orçamento de caixa
Como atingir esse objetivo utilizando o Float?
Basta utilizar um de seus três componentes:
 Tempo que transcorre entre o momento que o pagamento é colocado no correio e oFloat de Correspondência -
momento em que é recebido.
 Tempo entre o depósito do pagamento e a disponibilidade de fundos na conta daFloat de Processamento -
empresa.
 Tempo entre o depósito do pagamento e a disponibilidade de fundos à empresa.Float de compensação -
(cheque no sistema bancário).
Para acelerar os recebimentos diminui-se O Float do cliente e, assim diminuindo o prazo médio de recebimento
da empresa, assim como também ele poderá utilizar para pagamentos.
A boa gestão do Float está em:
• Cobrar os pagamentos o mais rápido possível, já que uma vez postos no correio, os fundos já pertencem 
à empresa;
• Retardar os pagamentos aos fornecedores porque uma vez remetidos, os fundos pertencem ao 
fornecedor.
Então a conclusão que chegamos é que devemos acelerar o recebimento e retardar os pagamentos. Mas lembre-
se: SEM PERDER A CREDIBILIDADE DA EMPRESA.
A manutenção de disponibilidades representa o seu estado de liquidez, e isso lhe dará benefícios e, ao mesmo
tempo, lhe causa determinados custos.
Estes custos ocorrem devido aos recursos monetários inativos, como aplicações e títulos e saldo mínimo de
caixa, já que estes rendem juros menores do que se estivessem aplicados em investimentos de prazos mais
longos.
Mas nem tudo é ruim, os benefícios correspondem aos custos que se evitam quando esses recursos monetários
são mantidos em estado de liquidez, como os juros que seriam incorridos em caso de empréstimos de curto
prazo junto às instituições financeiras, o custo relativo ao desconto de duplicatas para obter disponibilidades,
caso os recursos fossem mantidos e aplicados.
Sabemos que o saldo mantido na tesouraria da empresa ou depositado em conta corrente bancária não
proporciona nenhum tipo de remuneração, de forma que a melhor alternativa seria a empresa aplicar em títulos
de curto prazo, com alta liquidez.
•
•
- -10
Mas ainda temos algumas preocupações:
• Os recursos monetários aplicados em títulos de alta liquidez proporcional certa remuneração, mas ao 
efetuar a venda de títulos, a empresa incorre em custos de conversão, como custo de corretagem, por 
exemplo.
• Deste modo, o que ajudará será o tempo, isso mesmo! O montante dos custos de conversão, nos quais a 
empresa incorre, dependerá do número de vezes que ela tiver de vender títulos, sendo que tais custos 
poderão superar a remuneração obtida com a liquidação destes.
• Para se ter um saldo ideal de caixa o administrador, deverá definir este valor que será mantido na conta 
caixa e na conta corrente bancária.
• Existe um modelo utilizado chamado Baumol. Este foi desenvolvido por William Baumol, onde o 
administrador financeiro determina o montante de recursos financeiros que deverá ser mantido em 
disponibilidade.
EXEMPLO
Você, administrador de uma empresa, prevê a necessidade de recursos para a transação de um montante de $
1156 milhão para o ano de 20xx. Informações disponíveis indicam que aplicações em títulos de alta liquidez
proporcional um rendimento de 10% ao ano e que a cada resgate de títulos se incorre custos em $ 50,00.
Inicialmente, determinamos o valor de cada resgate:
Resgate = √2x custo da conversão x necessidade de recursos
Custo de oportunidade
Resgate = = $ 34.000,00√2x %50,00 x 1156.000,00
0,10
Assim, o valor que será transferido de títulos para o caixa a cada resgate é de $ 34 mil.
Uma vez consumido esse valor, um novo resgate deve ser efetuado, totalizando 34 resgates durante o ano,
baseado no seguinte cálculo:
Quantidade de resgates = Necessidades de recursos
Valor de cada resgate
= = 34, sendo assim o saldo médio de caixa seria $17 mil.$ 1156.000,00
$ 34.000,00
•
•
•
•
Saiba mais
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006.
Capítulo 14 - Visão geral da administração financeira.
MEGLIORI, Evandir Administração financeira: Uma abordagem brasileira. São Paulo: Pearson
prentice hall, 2009.
- -11
O que vem na próxima aula
Nesta aula, você aprendeu sobre administração financeira de curto prazo.
Na próxima aula, você terá a oportunidade de estudar os seguintes itens:
• Alavancagem;
• Tipos de alavancagem.
Até lá!
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Entendeu o que é a administração de caixa;
• Conheceu os recebimentos e pagamentos e suas projeções;
• Compreendeu o financiamento do capital de giro.
•
•
•
•
•
- -1
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
ALAVANCAGEM
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Entender o conceito de alavancagem;
2. Conhecer As classificações de alavancagem;
3. Compreender o crescimento na visão da alavancagem.
1 Alavancagem
Alavancagem - O termo alavancagem é empregado em finanças como o uso de uma alavanca, isso mesmo, aquela
utilizada na física, que a partir de um apoio levantamos algo.
Lembra-se da gangorra do parquinho?
É como uma alavanca na qual precisamos de um ponto fixo e ter um peso maior de um lado para que o outro vá
para cima.
Em finanças, o espírito da lei da física é utilizado para mensurar os efeitos decorrentes dos custos e despesas
operacionais fixas das despesas financeiras, com juros no retorno para os proprietários de uma empresa. Assim,
esses custos e despesas representam o ponto de apoio da alavancae a massa, o lucro da empresa.
Gittman
“Alavancagem é o produto do uso dos ativos ou fundos a custo fixo parta multiplicar os retornos dos
proprietários da empresa”.
Em administração financeira, as decisões de expansão do nível de atividades da empresa, dada uma estrutura de
custos e despesas operacionais fixos, visam o *, esta situação é denominadaaumento do lucro operacional
alavancagem operacional. Quando as decisões são associadas a alterações na estrutura de capital, que elevam o
volume de * em relação ao capital próprio, visam o aumento do retorno dos proprietários dacapital de terceiros
empresa. Esta situação é denominada alavancagem financeira.
*aumento do lucro operacional: LAJI
*capital de terceiros: mais barato
Alavancagem Operacional - É aquela que possui relação entre a receita de vendas e o lucro, antes dos juros e
imposto de renda ou *.Laji
*LAJI: resultado operacional.
- -3
Alavancagem Financeira - Diz respeito à relação entre o LAJI e o lucro líquido por ação ordinária da empresa
(LPA).
Alavancagem Total - Diz respeito à relação entre a receita de vendas e o LPA.
2 Entender o ponto de equilíbrio
Ponto de equilíbrio - Como já devem ter visto em outras disciplinas, a análise de ponto de equilíbrio, também 
conhecida como CVL- Custo, Volume, Lucro, é utilizada para cobrir todos os custos operacionais, avaliar a
rentabilidade associada a níveis diversos de vendas.
O ponto de equilíbrio se faz no momento em que o nível de venda cobre os custos operacionais, ou seja, não há
lucro e muito menos prejuízo.
Neste caso, o montante das vendas possui o mesmo valor de custos e despesas.
Montante das vendas = Custos e Despesas
Imagine que uma empresa fabrique e venda apenas um tipo de produto, podendo determinar o ponto de
equilíbrio, tanto em quantidade quanto em valor monetário desse produto.
Imagine um produto A, com os seguintes dados:
Preço de venda unitário: $ 8,00
Custos e despesas variáveis unitários: $ 4,00
Custos e despesas fixos anuais: $ 20.000,00
- -4
Para calcular a quantidade necessária do produto A para que o ponto de equilíbrio seja atingido, utilizamos a
seguinte fórmula:
Fórmula do ponto de equilíbrio - PE = Custos Fixos / % Margem de Contribuição. 
Margem de contribuição unitária - Preço de venda unitário – custos e despesas variáveis unitária.
Utilizamos os dados do nosso exemplo, tem-se:
PE = = = $20.000,00 $20.000,00 5.000 unidades
$8,00 - $4,00 $4,00
Para o cálculo do valor monetário do ponto de equilíbrio, utilizamos a seguinte fórmula:
PEvalor = Custos e despesas fixos
1- Custos e despesas variáveis unit. /Preço de venda unitário.
PEvalor = $ 20.000,00
20.000 .= = = 40.000,0020.000 20.000
1 – (4,0078/8,00) (1 – 0,5) 0,5
Demonstração de resultados genérica e tipos de alavancagem:
PONTO EQUIL. ($) = Custos e Despesas Fixos .
1 - (custo e Despesas Variáveis unit./ Preço de venda unit)
Usando as variáveis a seguir, a porção operacional da demonstração de resultado da empresa pode ser assim
representada:
Laji = (P x Q) – CF – (CV x Q)
P = preço unitário de venda
Q = número de unidades vendidas
CF = custo operacional fixo por período
CV = custo operacional variável por período
Igualando LAJI a zero, e calculando Q, obtemos:
Q = CF .
P – CV
Q é o ponto de equilibro operacional da empresa.
Exemplo
A empresa Cheryl’s Pôsters tem custos operacionais fixos de $ 2.500. Seu preço de venda é de $ 10 por unidade e
o custo operacional variável é de $ 5 por unidade. Calcule o ponto de equilíbrio operacional.
Q = = 500 unidades$2.500
$10 - $5
- -5
Isso quer dizer que, se a Cheryl’s vender exatamente 500 unidades, suas receitas serão iguais a seus custos (LAJI
= $ 0).
3 Análise Gráfica do Ponto de Equilíbrio Operacional
- -6
4 Demonstração de resultados genérica e tipos de 
alavancagem
5 Alavancagem operacional
Alavancagem Operacional - É proporcionada pelos custos e despesas operacionais fixos, como estes tendem a
permanecer constantes, mesmo com a oscilação da produção e das vendas dentro do intervalo de variação
relevante, quanto maior for o volume da produção e vendas dentro desse intervalo, maior será o seu montante
de margem de contribuição para um mesmo montante de custos e despesas fixos.
Desta forma, o lucro operacional ou LAJIR será maior quando se estiver esperando no limite superior do
intervalo de variação relevante, e essa situação será decorrente da alavancagem operacional.
Exemplo 1
Uma empresa tem V = R$ 10,00, C = R$ 5,00 e CF = R$ 2.500,00.
Calcule o seu LAJIR para as quantidades de 500, 1.000 e 1.500 unidades produzidas.
Como podemos notar, houve uma variação de 50% nas vendas e uma variação de 100% no Lucro Antes do
Imposto de Renda.
- -7
Exemplo 2
Imaginemos que a empresa JJ tenha uma capacidade instalada para o processamento de 12 mil toneladas de aço
por ano, mas que, devido a flutuações da demanda, a produção e venda têm oscilado entre 10 mil e 12 mil
toneladas de aço por ano. Por decisão da diretoria da empresa, a composição dos custos e despesas fixos é
considerada ideal dentro desse intervalo, que somente será modificado caso a demanda se estabilize abaixo de
10 mil ou acima de 12 mil toneladas por ano.
O preço de venda praticado pela empresa é, em média, R$ 12,00 por tonelada. Os custos e despesas fixos
totalizam $ 120 mil anuais. Com base nesses dados, podemos simular o lucro operacional da JJ em diferentes
quantidades dentro do intervalo apresentado.
Observando o quadro a seguir, podemos perceber.
Observamos que a JJ apresenta diferentes quantidades dentro do intervalo apresentado. No quadro, percebemos
que o lucro operacional da empresa tem 10 mil, 11 mil e 12 mil toneladas de aço processadas por ano.
Levando em consideração o limite inferior deste intervalo para avaliar a evolução da margem de contribuição e
do lucro operacional, temos:
- -8
Quando a produção e vendas passam de 10 mil para 11 mil toneladas por ano:
O crescimento da margem de contribuição é de 10%. O crescimento do lucro operacional é de 30%.
Quando a produção e vendas passam de 10 mil para 12 mil toneladas por ano:
O crescimento da margem de contribuição é de 20%. O crescimento do lucro operacional é de 60%.
Nas duas situações, o lucro operacional apresenta um crescimento mais que proporcional ao crescimento da
margem de contribuição. Esse é o efeito da alavancagem operacional proporcionado pelos custos e despesas
fixos.
6 Alavancagem financeira
Alavancagem financeira - É proporcionada pelas despesas financeiras relativas, incidentes sobre o capital de
terceiros que integram a estrutura de capital da empresa.
Como mesmo com a oscilação das vendas, as despesas tendem a permanecer constantes, dentro do intervalo de
variação, o lucro operacional para o mesmo montante de despesas financeiras será maior, e o lucro líquido
aumentará quando as vendas se situarem no limite superior a este intervalo.
Gittman - A alavancagem financeira utiliza os custos financeiros para ampliar os efeitos de variações de lucro
antes de juros e imposto de renda sobre o lucro por ação.
Os dois custos financeiros fixos que podem ser encontrados na demonstração de resultado são os juros de
dívidas e os dividendos de ações preferenciais. Esses encargos devem ser pagos, Qualquer que seja o montante
de Laji disponível para saldá-los.
Quanto à alavancagem financeira, podemos dispor do seguinte esquema:
Lucro Antes dos Juros e do Imposto de Renda - LAJIR
(-) Juros de empréstimos
(=) Lucro Antes do Imposto de Renda - LAIR
(-) Imposto de Renda (40%) - IR
(=) Lucro Líquido após IR
(-) Distribuição de dividendos preferenciais
(=) Lucro Depois da distribuição de dividendos
(÷) Quantidade de ações
(=) Lucro Por Ação
Exemplo 1
Uma empresa tinha juros de empréstimos anuais de R$ 20.000,00 a juros de 10% ao ano.
- -9
A alíquota de Imposto de Renda era de 40% e distribuiu dividendos no valor de R$ 2.400,00.
Sabendo que possui 1.000 ações ordinárias, qual a variação do LPA paraníveis de LAJIR de R$ 6.000,00, R$
10.000,00 e R$ 14.000,00?
Assim, podemos visualizar a alavancagem financeira.
Quando o LAJIR varia 40%, o LPA varia 100%, ou seja, quando há uma variação no LAJIR, o LPA varia 2,5 vezes
mais.
Exemplo 2
Imagine a estrutura da JJ, considerando que a estrutura de capital somente será modificada quando ocorrer a
aquisição de novas máquinas para suportar a ampliação, se sua capacidade de produção para 14 mil toneladas
de aço processadas por ano.
- -10
A estrutura de capital da JJ é apresentada no quadro abaixo, contemplando $75 mil de empréstimos bancários
contratados a 20% de juros anuais e $ 120 mil de capital próprio.
Considerando que as despesas com juros, proporcionadas pelos empréstimos, permanecem constantes no
intervalo de variação relevante, podemos simular o lucro líquido da empresa tomando por base o lucro
operacional.
Quando a produção e vendas passam de 10 mil para 11 mil toneladas:
O crescimento do lucro operacional é de 30%
O crescimento do lucro líquido é de 40%
Em todas as situações, o lucro líquido teve crescimento mais que proporcional ao crescimento do lucro
operacional. A alavancagem do lucro líquido se dá em decorrência das despesas financeiras com juros, e a
medida dela é dada pelo grau de alavancagem (que vamos estudar na próxima aula).
Saiba mais
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006.
Capítulo 14 - Visão geral da administração financeira.
MEGLIORI, Evandir Administração financeira: Uma abordagem brasileira. São Paulo: Pearson
prentice hall, 2009.
- -11
Nesta aula você aprendeu sobre alavancagem.
Na próxima aula, você terá a oportunidade de estudar os seguintes itens:
• Grau de alavancagem;
• Utilização dos tipos de grau de alavancagem;
• Aplicação do grau de alavancagem.
Até lá!
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu o que é custo. Compreendeu a diferença entre os custos médio e marginal de capital e cada 
tipo que é utilizado na aplicação do mercado financeiro.
• Conheceu os cálculos destes custos e suas respectivas utilidades, tanto formal como informal do 
investimento em ações.
• Aprendeu verificar a diferença do custo médio ponderado de capital e do custo marginal de capital e 
percebeu a aplicação na escala de oportunidade de investimento.
•
•
•
•
•
•
- -1
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
GRAU DE ALAVANCAGEM
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Entender o conceito de grau de alavancagem financeira;
2. Conhecer as classificações graus de alavancagem financeira;
3. Compreender o crescimento, tipos e cálculos de grau de alavancagem financeira.
1 Grau de alavancagem operacional GAO
Grau de alavancagem operacional - é a medida da alavancagem operacional, que representa o indicador do
potencial de rentabilidade proporcionado pelo lucro operacional.
Aprendemos que em finanças a rentabilidade deve ser vista em relação ao risco, e que quando encontramos
níveis mais elevados de alavancagem operacional temos o retorno do investimento comprometido pelo risco,
pois ele é maior, já que com a redução nas vendas, a margem de contribuição para cobrir os custos e despesas
fixos também será reduzida.
Este é um dos principais componente do risco operacional, pois contempla o risco de perdas diretas ou indiretas,
já que estão incluídas as falhas ou inadequação dos processos internos, fraudes, pessoas e sistemas ou eventos
externos.
O ponto de equilíbrio se faz no momento em que o nível de venda cobre os custos operacionais, ou seja, não há
lucro e muito menos prejuízo. Neste caso, o montante das vendas possui o mesmo valor de custos e despesas.
O grau de alavancagem operacional pode ser medido utilizando a seguinte fórmula:
GAO = [Q x (PV – CV)]
[Q x (PV – CV)] – CF
Onde:
Q = Quantidade de vendas por unidade
CF = Custo operacional fixo por período
PV = Preço de venda por unidade
Cv = Custo operacional variável por unidade
Qual o grau de alavancagem financeira do exemplo inicial, ao nível de produção de 1.000 unidades?
O GAO é igual a 2, ou seja, cada vez que eu vario as receitas, o lucro operacional varia em dobro.
- -3
2 Fórmula variação percentual
V= R$ 10,00
c= R$ 10,00
CF= R$ 2.500,00
Calcule o seu LAJIR para as quantidades de 500, 1.000 e 1.500 unidades produzidas.
Como podemos notar, houve uma variação de 50% nas vendas e uma variação de 100% no Lucro Antes do
Imposto de Renda.
Resposta:
GAO = Variação percentual de LAJIR
Variação percentual das vendas
Caso 1: = 2+ 100%
+ 50%
Caso 2: = 2- 100%
- 50%
Como o resultado é maior que 1, há alavancagem operacional. Para um certo nível de vendas de referência,
quanto maior o valor resultante, mais alto o grau de alavancagem operacional.
3 Grau de alavancagem financeira
O grau de alavancagem financeira-GAF é o valor numérico da alavancagem financeira da empresa.
- -4
À medida que a produção e vendas tendem para o limite superior do intervalo de variação relevante, o montante
da margem de contribuição tende a aumentar para cobrir um mesmo montante de custos e despesas fixos.
O grau de alavancagem financeira representa o indicador do potencial de rentabilidade do capital investido pelos
proprietários. Mais uma vez destacamos que, em finanças a rentabilidade deve ser vista em relação ao risco,
quanto mais se reduzirem as vendas, menor é o lucro operacional para cobrir as despesas contratuais com juros,
uma vez que seu valor é fixo.
GAO = Variação percentual de LPA
Variação percentual de LAJI
Exemplo
Uma empresa tinha juros de empréstimos anuais de R$ 20.000,00 a juros de 10% ao ano. A alíquota de Imposto
de Renda era de 40% e distribuiu dividendos no valor de R$ 2.400,00.
Sabendo que possui 1.000 ações ordinárias, qual a variação do LPA para níveis de LAJIR de R$ 6.000,00, R$
10.000,00 e R$ 14.000,00?
Assim, podemos visualizar a alavancagem financeira.
Quando o LAJIR varia 40%, o LPA varia 100%, ou seja, quando há uma variação no LAJIR, o LPA varia 2,5 vezes
mais.
Resposta
Aplicando a equação, teremos:
Caso 1: = 2,5+ 100%
+ 40%
Caso 2: = 2,5- 100%
- 40%
- -5
Em ambos os casos, o quociente é maior que 1, portanto há alavancagem financeira.
Quanto maior o valor, mais alto o grau de alavancagem financeira.
Considerando que a empresa X produza 10 mil toneladas, seu GAF é dado:
O GAF expressa o efeito que a variação no lucro operacional provoca no lucro antes do Imposto de renda.
GAF = = 1,33$60.000
$45.000
Um GAF de 1,333 significa que, para cada ponto percentual de aumento no lucro operacional, o lucro antes do IR
aumenta 1,333 vezes mais.
Esse efeito pode ser causado no lucro líquido e pode ser calculado dividindo-se o crescimento percentual do
lucro líquido pelo crescimento percentual do lucro operacional.
10 mil à 11 mil
Se a produção e vendas passarem de 10 mil para 11 mil toneladas, tem-se:
GAF = = 1,33340%
30%
10 mil à 12 mil
Se a produção e vendas passarem de 10 mil para 11 mil para 12 mil toneladas, teremos:
- -6
GAF = = 1,33380%
60%
Á medida que o nível de produção e vendas se eleva a, até atingir o limite superior do intervalo de variação
relevante, há uma redução do grau de alavancagem financeira, indicando menor risco financeiro.
Assim, para 11 mil toneladas, o GAF é 1,238 e, para 12 mil toneladas é de 1,185:
11 mil ton - GAF = = 1,238 $78.000 
$63.000
12 mil ton - GAF = = 1,185 $96.000 
$81.000
4 Grau de alavancagem total - GAT
Grau de alavancagem total - É o valor numérico da alavancagem total de uma empresa. O grau de alavancagem
total também é conhecido como alavancagem combinada, no qual reflete o impacto conjunto das alavancagens
operacional e financeira da empresa ao medir o efeito dos custos e despesas no volume de produção e vendas.
Para o cálculo do grau de alavancagem total utilizamos a seguinte fórmula:
GATQ = Margem de contribuição
Lair
Ou
GAT a um nível Q = GAO a um nível Q x GAF a um nível Q
O GAT da empresa JJ para o intervalo de variação relevante situado entre10 mil toneladas e 12 mil
toneladas de aço processadas anualmente é:
GAT = = 4,0180.000 
45.000
Ou
GAT = 3,0 x 1,3333 = 4,0
GAT - expressa o quanto a variação na margem de contribuição provocará de efeito sobre o lucro antes do IR. No
caso de um GAT de 4,0, temos que, para cada ponto percentual de aumento na margem de contribuição, o lucro
antes do IR aumenta quatro vezes.
Esse efeito também pode ser calculado utilizando as variações do percentual do lucro líquido e a variação
percentual na margem de contribuição.
GAT = variação percentual no lucro liquido .
- -7
Variação percentual na margem de contribuição
Com base na variação da margem de contribuição e do lucro líquido, temos:
Crescimento da margem de contribuição de 20%.
Crescimento do lucro líquido de 80%.
Então:
GAT = = 4%80%
20%
13 mil à - Já no intervalo de variação situado entre 13 mil e 14 mil toneladas de aço processadas no ano, 14 mil 
o GAT é:
GAT = = 2,80 $233.500
$83.500
GAT = 2,256 x 1,24 = 2,80
Esse mesmo GAT pode ser obtido dividindo-se o crescimento percentual do lucro líquido pelo crescimento
percentual da margem de contribuição desse intervalo de variação relevante. Tendo em vista que o crescimento
da margem de contribuição foi de 7,495% e o crescimento líquido foi de 20,958%, tem-se:
GAT = = 2,8020,958%
7,495%
5 Relação entre alavancagem operacional, financeira e 
total
A alavancagem total reflete o impacto combinado das alavancagens operacional e financeira na empresa. Graus
elevados de alavancagem operacional e financeira fazem com que a alavancagem seja multiplicativa e não
aditiva; A relação entre o grau de alavancagem total (GAT) e os graus de alavancagem financeira ( GAF) é
calculada da seguinte forma:
GAT = GAO X GAF
Agora poderemos ver o efeito combinado das duas alavancagens, pelo exemplo ao lado:
LPA = 6.000 + 5.000 = 1,2 e 24.000 + 5.000 = 4,8
GAT = 1,2 x 5,0 = 6
GAT = 300% + 50% = 6
O resultante de alavancagem total é o mesmo valor obtido diretamente nos exemplo utilizados anteriormente.
- -8
Agora poderemos ver o efeito combinado das duas alavancagens, pelo exemplo a seguir:
- -9
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Aprendeu o que é custo. Compreendeu a diferença entre os custos médio e marginal de capital e cada 
tipo que é utilizado na aplicação do mercado financeiro.
• Conheceu os cálculos destes custos e suas respectivas utilidades, tanto formal como informal do 
investimento em ações.
• Aprendeu verificar a diferença do custo médio ponderado de capital e do custo marginal de capital e 
percebeu a aplicação na escala de oportunidade de investimento.
Saiba mais
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. São Paulo: Pearson, 2006.
Capítulo 14 - Visão geral da administração financeira.
MEGLIORI, Evandir Administração financeira: Uma abordagem brasileira. São Paulo: Pearson
prentice hall, 2009.
•
•
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- -1
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
SÍNTESE DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Entender como funciona e o que é administração financeira;
2. Conhecer a relação das finanças com a contabilidade;
3. Identificar o objetivo da administração financeira.
1 Introdução
A administração financeira preocupa-se com as tarefas do administrador financeiro. Estes administradores
devem gerir ativamente os assuntos financeiros de qualquer tipo de empresa, mesmo se a empresa for: sem fins
lucrativos, empresa pública ou privada.
Mas afinal, o que são Finanças?
Podemos definir finanças como a arte e a ciência da gestão do capital. Também podemos afirmar que todos os
indivíduos e organizações recebem, gastam e investem o seu dinheiro.
A área de finanças irá preocupar-se com a dinâmica do processo entre os indivíduos, empresas e instituições.
Esta área é ampla e dinâmica, e afeta todos os setores da empresa, mas principalmente os setores: financeiro e
de administração financeira.
Setores Financeiros - Preocupam-se com o desenvolvimento e a entrega de serviços.
Setores Administrativos - Planejamento, captação de fundos para financiar a empresa, concessão de crédito a
clientes, etc.
2 Função da administração financeira
Para entender a função da administração financeira é importante conhecer as modalidades jurídicas de
organização de empresa.
As três modalidades mais comuns são:
• Firma individual
• Sociedade por cotas
• Sociedade por ações
Firma Individual
•
•
•
- -3
É uma empresa de propriedade, com uma única pessoa. É muito mais simples criar este tipo de empresa, já que é
sujeita a menos regulamentações.
Responsabilidade da Firma Individual
É uma responsabilidade sobre as dívidas da Empresa, é ilimitada e cabe ao proprietário o direito ao Lucro, assim
como as obrigações com as dívidas. Desta forma, não há distinção entre rendimentos de pessoa física e de pessoa
jurídica, desta forma o lucro da empresa é tributado como se fosse rendimento de pessoa física.
Sociedade por cotas
É uma empresa de propriedade, com dois ou mais proprietários.
Responsabilidade da Sociedade por cotas
A responsabilidade de uma sociedade por quotas é limitada, na qual cabe a um ou mais sócios gerais a
responsabilidade pela gestão da empresa, mas haverá um ou mais sócios limitados que não terão participação
ativa no negócio.
O sócio limitado terá a responsabilidade pelas dívidas da empresa, e essa é restrita ao montante que tenha
contribuído para o capital da sociedade, ou seja, ele só responderá na proporção da sua participação. (ex: se este
sócio possui 50% das cotas, ele só responderá pelas obrigações na mesma proporção, ou seja, 50% desta
obrigação).
Sociedade por ações
A sociedade por ações é regida pela Lei 6404/76 (lei da S.A). É uma sociedade anônima com o capital dividido
em ações.
Responsabilidade da Sociedade por ações
A responsabilidade dos sócios é limitada pelo preço da emissão das ações subscritas ou adquiridas.
Todas as áreas da empresa são obrigadas a interagir com o pessoal de finanças e com o procedimento da
administração financeira.
A função da administração financeira tem uma relação com a teoria econômica e com a contabilidade e as
atividades básicas do administrador.
3 Estrutura da função financeira
Todos os setores da empresa interagem com o setor financeiro.
O tesoureiro e o controller estão subordinados ao diretor financeiro.
Responsável pela gestão da atividade financeira.
- -4
Tesoureiro: geralmente é responsável pela gestão de atividades financeiras, tais como planejamento financeiro e
captação de fundos, tomada de decisões de investimentos, gestão de caixa e gestão de atividades de crédito, etc.
Atividades fiscais e contábeis.
Controller: lida com atividades contábeis, tais como: contabilidade gerencial, gestão de assuntos fiscais,
contabilidade financeira, etc.
4 Objetivo da administração financeira
Alguns dizem que o objetivo da empresa é sempre maximizar o lucro, mas para alcançar este objetivo, o
administrador financeiro deveria concentrar-se apenas no lucro geral da empresa, mas não é o que acontece. As
Sociedades por ações medem seus lucros em termos de lucro por ação (LPA).
Mas a Maximização do lucro não é o objetivo, pois sendo assim, ele ignoraria a distribuição dos resultados no
tempo, os fluxos de caixa disponíveis aos acionistas e o risco.
A administração financeira compete à gestão racional dos recursos financeiros da empresa. Quando os recursos
são escassos, cabe ao departamento financeiro tomar as decisões, a fim de obter os melhores benefícios no
futuro.
O objetivo de uma empresa pode ser declarado de várias maneiras, como maximização dos lucros, participação
de mercado, maximização das vendas e da riqueza dos proprietários, etc.
O principal objetivo da Administração Financeira é o de maximizar a riqueza dos sócios/acionistas. Para que isso
aconteça, as atribuições do Administrador Financeiro podem ser sintetizadas em três atividades básicas:
A) Realização de análise e planejamento financeiro.
B) Tomada de decisões

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