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Anatomia da Laringe

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UFRJ 
Campus Macaé 
Enfermagem e Obstetrícia 
Angie Martinez 
Anatomia 
Introdução 
• Estrutura exclusiva do sistema respiratório, 
por ela só passa ar. 
• Não há entrada de alimentos como na faringe. 
Funções 
• Passagem de ar; 
• Válvula de proteção, no caso da epiglote, que 
o alimento caia dentro da Laringe. 
• Produção de sons, uma vez que nela se 
encontram os ligamentos e as pregas vocais. 
Limites e relações 
• É uma estrutura localizada anteriormente à 
faringe. 
• Inferiormente à cavidade oral. 
• A abertura da laringe se comunica com a 
parte laríngea da Faringe, por meio do ádito 
da laringe. 
 
• Ela se estende até o nível da C6, onde se torna 
a Traquéia, mais inferiormente. 
Esqueleto da Laringe 
• Ela é uma estrutura cartilagínea. 
• Possui músculos e membranas, ligando essas 
cartilagens umas às outras. 
 
Cartilagens ímpares 
• São as maiores: Tireóidea, a maior de todas; 
Cricóidea, inferior à tireódea; Epiglótica, na 
parte posterior. 
CARTILAGEM CRICÓIDEA 
• A cartilagem cricóidea é a mais inferior dessas 
cartilagens. 
• Ela tem um formato parecido com um anel 
antigo. 
• A parte mais fina está voltada anteriormente, 
chamada de arco. 
• A parte mais posterior é chamada de lâmina. 
Nela haverá alguns pontos de articulação com 
outras cartilagens: 
- Superiormente, articulação com a aritenóidea. 
- De cada lado, com a tireóidea. 
 
Laringe 
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• Na parte da lâmina é possível observar uma 
crista mediana. E, aos seus lados, duas 
depressões, que vão servir para inserção do 
músculo Cricoaritenóideo posterior. 
CARTILAGEM TIREÓIDEA 
• Está acima da cartilagem cricóidea. 
• É a maior de todas as cartilagens da Laringe. 
• Possui algumas estruturas: 
- Protuberância Laríngea. 
- Incisura tireóidea superior. 
- Incisura tireóidea inferior. 
• Ela possui duas lâminas, uma direita e uma 
esquerda, que vão se unir anteriormente, 
formando a protuberância laríngea, que é o 
pomo de adão. 
• Na margem superior dessas duas lâminas tem 
a formação, anterior e superiormente, da 
incisura superior. Embaixo, da incisura 
inferior. 
• Na parte posterior, existe um ângulo entre as 
duas lâminas. Ele costuma ir de 90 a 120 
graus. Varia de homem para mulher. Nos 
homens, o ângulo é mais fechado e as 
mulheres é maior. Esse é um dos fatores que 
vai explicar o porquê da mulher ter a 
proeminência menos evidente. Também 
haverá influência hormonal. 
• Posteriormente à lâmina existem duas 
protuberâncias, uma para cima e a outra para 
baixo, chamadas de cornos da tireóide. 
• O corno superior vai servir como ponto de 
fixação para os ligamentos tireohióideos 
laterais. O corno inferior vai ter uma face para 
articular com a cartilagem cricóidea. 
- Essa articulação é sinovial e vai promover o 
movimento de abertura e fechadura. Ela vai se 
movimentar 15 graus para cima e 15 para baixo. Ainda 
não se sabe qual cartilagem se move sobre a outra. 
Essas movimentações estão relacionadas ao 
movimento do pescoço, e aos de expiração e 
inspiração. 
• No meio entre lâmina lateral e os cornos, 
existem dois tubérculos, tubérculo superior e 
inferior. Ligando-os, uma linha oblíqua, onde 
os músculos da faringe vão se fixar (alguns). 
 
CARTILAGEM EPIGLÓTICA 
• Constitui a epiglote e é revestida de mucosa. 
• Tem um formato de pétala. A parte superior é 
mais larga, e a superior mais estreita. 
- A parte inferior é chamada de pedúnculo. 
• Tem uma face anterior, mais lisa. E uma 
posterior, que vai apresentar uma elevação 
chamada de tubérculo da epiglote. 
• Na face posterior, há uma série de aberturas 
por onde vai ter a passagem do nervo 
laríngeo, para dentro da laringe. 
• Possui uma região fixa e uma móvel. Já que a 
epiglote se movimenta para baixo e para 
cima, para fechar ou abrir o ádito da laringe. 
• A região de pedúnculo vai ser fixa no ângulo 
da tireóide. Essa articulação é reforçada pelo 
ligamento tireoepiglótico. 
• Toda a outra região é livre. 
 
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• A epiglote é direcionada para frente, em 
direção à raíz da língua. Ela se une à língua 
por três pregas, as pregas glossoepiglóticas 
laterais, uma de cada lado, a prega 
glossoepiglótica mediana. Existe uma prega 
que parte da epiglote e vai até a cartilagem 
aritenóidea, chamada de prega ariepiglótica. 
• Entre a epiglote e a raíz da língua existe uma 
depressão, chamada de valécula epiglótica. 
 
Cartilagens pares 
• São menores: Aritenóidea, Corniculada e 
Cuneiforme. 
• As cartilagens aritnóideas são essas 
cartilagem triangulares que se encontram 
superiormente à cartilagem cricóidea. 
• Superiormente às aritenóideas temos as 
corniculadas e mais acima, as cuneiformes. 
• As cuneiformes não vão se articular com outra 
cartilagem, ficam apenas sobre a membrana 
quadrangular. 
CARTILAGENS ARITENÓIDEAS 
• As maiores das cartilagens pares. 
• Possuem formato triangular, com o ápice 
voltado para cima e mais fino. Uma base mais 
larga, que vai se situar em cima da cartilagem 
cricóidea, no ponto de articulação. 
• Tem uma superfície anterolateral, levemente 
voltada para a frente e para o lado, com 
depressões para fixação de ligamentos e 
músculos. E, uma superfície medial, que é lisa, 
voltada para o centro da Laringe. 
• Na parte anterior da base existe uma 
protuberância chamada de processo vocal. 
Esses processos vocais não vão ficar 
totalmente retos, eles vão se direcionar para 
o lado, se movimentando de acordo com a 
tensão das pregas vocais. 
• Reforçando a articulação entre a cartilagem 
cricóidea e a aritenóidea, encontra-se o 
ligamento cricoaritenóideo posterior. 
 
CARTILAGENS CORNICULADAS 
• Cartilagens triangulares, que se situam em 
cima das cartilagens aritenóideas. 
• Formato de cone. 
 
CARTILAGENS CUNEIFORMES 
• Cartilagens com formato em bastão. 
• Não se articulam com outras cartilagens. 
• Fica suspensa por meio de dois ligamentos. 
• Vão se encontrar dentro da membrana 
quadrangular, que vai ligar a epiglote à 
cartilagem aritenóidea. Existem regiões dessa 
membrana que vão se dispersar, para formar 
ligamentos. 
Quando essas cartilagens são envoltas por túnica mucosa, chamam-
se de tubérculos. 
Entre os tubérculos cuneiformes e corniculados, haverá uma incisura 
chamada de interaritenóidea. 
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Ligamentos e membranas extrínsecos 
• Não tem origem na laringe. 
MEMBRANA TIREOHIÓIDEA 
• Parte da tireóide e vai para o osso hióide. 
• Ela tem alguns pontos de espessamento, onde 
vai gerar ligamentos. 
• Em cima da incisura tireóidea superior, haverá 
um espessamento que gera o ligamento 
tireohióideo mediano. 
• Partindo dos cornos superiores, estarão os 
ligamentos tireohióideos laterais. 
• Há a presença de uma cartilagem adicional, 
chamada de cartilagem triticeal. Nem todo 
mundo a possui. Quando presente, ela é 
muito pequena. 
• Existe uma abertura dentro da membrana, 
para a passagem do nervo laríngeo. 
 
LIGAMENTO HIOEPIGLÓTICO 
• Vai da face anterior da epiglote, e se fixa no 
corpo do osso hióide. 
LIGAMENTO CRICOTRAQUEAL 
• Vai ligar a cartilagem cricóidea ao primeiro 
anel cartilaginoso da Traquéia. 
Ligamentos e membranas intrínsecos 
LIGAMENTO CRICOTIREÓIDEO 
• Vai da cartilagem cricóidea até a cartilagem 
tireóidea. 
• Ele parte da margem superior da crico, segue 
para cima, e se insere no ângulo da tireóide. 
• A região livre vai se espessar e dar origem ao 
ligamento vocal. 
• Posteriormente, ele vai se fixar na aritenóide, 
no processo vocal. Então, essa região livre da 
membrana cricotireóidea vai construir o 
ligamento vocal. 
 
MEMBRANA QUADRANGULAR 
• Parte da cartilagem epiglótica e se insere na 
cartilagem aritenóidea, na região medial. 
• Nasua margem inferior, vai ocorrer um 
espessamento, o qual vai ser denominado de 
ligamento vestibular. 
 
O ligamento vestibular está superiormente ao vocal. 
Quando há mucosa revestindo esses ligamentos, eles passam a ser 
chamados de pregas vestibular e vocal. 
Condição relacionada com a Laringe 
• Laringite. 
• Inflamação da membrana associada à laringe, 
normalmente é a membrana tireohióidea. 
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• Muitas vezes gera inflamação das pregas 
vestibulares e vocais, causando uma 
dificuldade da entrada do ar. 
 
Cavidade da Laringe 
• Ao analisar a parte interna da laringe, 
observa-se a presença das pregas vestibular, 
superior, e as pregas vocais. 
• Acima da prega vestibular, existe uma região 
chamada de vestíbulo da laringe. 
• Entre a prega vestibular e a prega vocal, existe 
uma projeção da mucosa, formando um 
saquinho, chamado de sáculo laríngeo. Dentro 
dele, existe o ventrículo laríngeo, um espaço 
oco, que possui células produtoras de muco, 
as quais vão produzir muco para lubrificar as 
cordas vocais. 
 
• Abaixo das pregas vocais existe uma outra 
região, chamada de espaço infraglótico, que 
vai delimitar o final da laringe e o início da 
Traquéia. 
• As pregas vestibulares e vocais vão formar 
rimas, aberturas (o espaço de uma prega a 
outra). Então, o espaço de uma prega 
vestibular a outra é uma rima, chamada de 
rima vestibular. Mais internamente, o espaço 
entre as pregas vocais será a rima glótica. 
A prega vocal é a que vai produzir sons. A vestibular é chamada de 
prega vocal falsa, porque ela não está envolvida com a produção de 
sons. 
• Também se encontram os recessos piriformes, 
que vão servir para drenar o líquido, em 
direção à farínge. 
Músculos da laringe 
Músculos intrínsecos 
• Eles têm origem e inserção na própria laringe. 
MÚSCULO CRICOTIREÓIDEO 
• Parte da cartilagem cricóidea em direção à 
cartilagem tireóidea. 
• Tem uma parte reta e uma parte oblíqua. 
 
MÚSCULO CRICOARITENÓIDEO POSTERIOR 
• Parte das depressões do lado da crista 
mediana, da lâmina da cricóidea, e sai em 
direção à aritenóidea. 
• Quando ele chega na aritenóide, vai se inserir 
no processo vocal, junto com o ligamento 
vocal. 
 
MÚSCULO CRICOARTITENÓIDE LATERAL 
• Está do lado do posterior. 
• Também se insere no processo vocal. 
MÚSCULO ARITENÓIDEO TRANSVERSO 
• Parte de uma cartilagem aritenóidea para 
outra, transversalmente. 
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MÚSCULO ARITENÓIDEO OBLÍQUO 
• Passa sobre o transverso, e parte fazendo um 
X. 
• Uma parte do aritenóideo oblíquo, dos dois 
lados, vai seguir para cima, para se inserir na 
epiglote. Seria parte ariepiglótica do m. 
aritenóide oblíquo. 
MÚSCULO VOCAL 
• Estará inferiormente ao ligamento vocal. 
• Vem do início do ligamento vocal e vai se 
inserir na aritenóide. 
MÚSCULO TIREOARITENÓIDEO 
• Parte da cartilagem tireóidea até a 
aritenóidea. 
• Tem uma parte tireoepiglótica do m. 
tireoaritenóideo. 
Modificações de estruturas da laringe, em relação à 
função que ela está desempenhando. 
Respiração 
• Na respiração, as duas pregas vocais ficam 
abertas. 
• Na inspiração profunda, há uma abertura 
maior das pregas, para permitir que entre 
mais ar. 
 
Fonação 
• Na fonação, a prega vestibular fica aberta, 
enquanto as duas pregas vocais se fecham. 
Assim, o ar que entra vai vibrar a prega vocal 
que está fechada. A vestibular não produz 
nenhum som. 
• Quando mais ar entra, mais agudo é o som. 
 
Esforço 
• Sobre esforço, gera uma pressão no pescoço. 
Ambas as pregas se fecham, para elevar a 
pressão de ar, gerando manutenção do ar da 
laringe. Isso para conseguir manter postura, 
tônus muscular. 
 
Deglutição 
• Durante a deglutição, há alteração anatômica 
da posição da epiglote. Ela tende a se voltar 
para trás, para fechar o ádito da laringe, 
evitando que alimentos caiam na via 
respiratória. 
 
 
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Irrigação 
• A irrigação da laringe é feita por artérias 
laríngeas superior, inferior. 
• A superior tem origem da carótida externa. A 
inferior da tireóidea inferior. 
• Para drenagem, haverá veias de mesmo 
nome. Veia laríngea superior e inferior. A 
inferior vai ser tributária da tireóidea inferior 
e a laríngea superior da tireóidea superior. 
Procedimentos 
• Existem dois procedimentos. 
• Cricotireotomia: procedimento não tão 
invasivo, utilizado para emergência. É uma 
perfuração na membrana cricotireóidea, para 
conseguir ar rapidamente. 
• Traqueostomia: procedimento cirúrgico. O 
médico faz uma incisão transversa entre anéis 
traqueais. Com isso, insere um tubo e balão, 
para fazer respiração artificial.

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