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ATOS ADMINISTRATIVOS Alyne Rayanna de Sousa Salvador da Silva Em sua atuação a Administração exterioriza sua vontade de várias maneiras, praticando atos que são regidos ora pelo direito público ora pelo direito privado, todos incluídos no gênero atos da Administração. CONCEITO: ato administrativo é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria (MEIRELLES, 2010). LEMBRE-SE: A) O regime jurídico é sempre o de direito público; B) O ato é uma manifestação, uma declaração jurídica unilateral; C) É um ato infralegal; D) Submete-se ao controle administrativo e judicial. ATRIBUTOS DOS ATOS ADMINISTRATIVOS “as qualidades ou características dos atos administrativos que permitem diferenciá-los dos atos jurídicos de direito privado”. Presunção de legitimidade e veracidade: uma vez praticado, presume-se que o ato está de acordo com a lei (legítimo) e que os fatos ocorreram da forma como foram descritos pelo agente (veracidade). Observação: a presunção é relativa. Imperatividade ou coercibilidade: os atos administrativos devem ser observados independentemente da anuência do administrado, decorrendo da supremacia do interesse público sobre o privado. Autoexecutoriedade ou exigibilidade: o ato poderá ser executado sem a necessidade de a Administração se socorrer ao Poder Judiciário) desde que haja previsão legal expressa para tanto ou exista situação de urgência. Observação: as multas e os tributos são as exceções a este atributo, pois exigem a intervenção judicial para sua cobrança, por meio de execução fiscal. Tipicidade: é o atributo pelo qual o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas a produzir determinados resultados. ELEMENTOS OU REQUISISTOS DO ATO ADMINISTRATIVO “referem-se à própria estrutura do ato administrativo. A clássica definição dos elementos ou requisitos dos atos administrativos é baseada no que dispõe o art. 2° da Lei 4.717/65 (Lei de Ação Popular)”. Competência ou Sujeito (Quem?) Conjunto de atribuições administrativas do servidor. O agente público deve possuir atribuição legal ou competência para a prática do ato e atuar dentro dos limites que lhe foram postos. - Decorre de previsão na Constituição Federal. Características: a) Irrenunciabilidade: o exercício é um poder-dever, logo, o agente não pode se negar a fazer. b) Inderrogabilidade: não pode existir modificação de competências pelo mero acordo de vontades do agente. c) Improrrogabilidade: os agentes devem atuar dentro dos limites das suas competências. d) Intransferibilidade: os agentes e órgãos não podem transferir suas competências a outrem. e) Imprescritibilidade: as competências não se perdem em razão do seu não exercício. Vícios de competência: 1) Usurpação de função: passar-se dolosamente por agente público, sem que tenha investidura para o cargo ou função pública (art. 328, CP). 2) Excesso de poder: quando o agente excede os limites de sua competência na prática do ato administrativo. 3) Funcionário de fato: agente investido irregularmente na função pública, mas sua situação aparenta legalidade. Finalidade (Para quê?) Resultado mediato almejado com a prática do ato. Ou seja, uma finalidade pública. a) finalidade geral ou em sentido amplo: o ato deve buscar o interesse público; b) finalidade específica ou em sentido estrito: é a finalidade prevista implícita ou explicitamente em lei para determinada situação concreta abrangida pelo ato, que alguns autores entendem tratar-se do atributo da tipicidade. Obs: o desvio de finalidade leva à nulidade. Forma (Como?) Exteriorização do ato. Maneira pela qual o ato se apresenta. Os atos administrativos devem assumir a forma: a) escrita (art. 22, § 1° da Lei 9.784/99) – em regra; b) verbalmente (ordem dada por um policial para organizar uma passeata), c) por gestos (guardas de trânsito), d) sinais eletromecânicos e sonoros (semáforos, apitos) e e) meios pictóricos (placas de trânsito). Motivo ou Causa (Por quê?) Pressuposto de fato e de direito cuja ocorrência autoriza ou determina a prática do ato. a) Pressuposto de direito: está presente na previsão abstrata trazidas pela norma de situações que autorizam ou levam à prática do ato. b) Pressuposto de fato: é a efetiva ocorrência no mundo real dos eventos previstos na norma. Assim, o motivo conjuga um elemento abstrato a outro concreto. Objeto ou Conteúdo (O quê?) Resultado imediato pretendido com a prática do ato. O objeto do ato administrativo deverá ser: a) Lícito b) Possível c) Certo d) Moral. FASES DE CONSTITUIÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO A) Perfeição: dependendo o ato, para sua regular constituição do cumprimento de determinadas etapas de formação. 1. Perfeito: quando cumpre todos os trâmites previstos em lei para a constituição. 2. Imperfeito: quando ainda está em formação, sem que tenham sido concluídas as etapas definidas em lei para que exista no mundo jurídico. B) Validade: sendo indispensável a prévia determinação disposta em lei para que se admita a conduta dos agentes estatais. 1. Válido: aquele que foi criado de acordo com as regras previamente estabelecidas na legislação pertinente. Somente pode ser avaliada a validade de um ato, se ele for ao menos existente (perfeito). C) Eficácia: ou aptidão para produzir efeitos no mundo jurídico 1. Eficaz: eficácia imediata, logo após a publicação. 2. Ineficaz: editados com previsão de termos iniciais ou condições suspensivas. Efeitos próprios efeitos típicos do ato, configurando o objeto ou conteúdo da conduta estatal. Efeitos Impróprios decorrem, de forma indireta, da prática do ato administrativo, não obstante não esteja estipulado em sua redação e não seja sua intenção inicial. Tipos: a) Efeito reflexo: são aqueles efeitos que atingem uma relação jurídica estranha àquela tratada no bojo da conduta estatal, gerando consequências em relação a terceiros não previstos diretamente no ato praticado. b) Efeito prodrômico: impõe uma nova atuação administrativa diante do início do ato praticado. ATOS APÓS A FORMAÇÃO 1) Perfeito, válido e eficaz: sempre que, após o cumprimento das etapas de sua formação, já estiver apto a produzir efeitos, sendo que a conduta foi praticada dentro dos limites definidos pela lei. 2) Perfeito, válido e ineficaz: ocorre em situações nas quais o ato cumpriu todas as etapas de formação e foi expedido em conformidade com a lei, mas não está apto a produzir efeitos por depender de termo ou condição, ou, ainda, por falta de publicidade devida e necessária à sua eficácia. 3) Perfeito, inválido e eficaz: trata-se de situação peculiar em que o ato administrativo não corresponde às normas legais definidas para sua prática, todavia produzirá efeitos até que seja declarada sua .irregularidade. 4) Perfeito, inválido e ineficaz: sempre que a ilegalidade do ato for demonstrada, quando então não poderá produzir efeitos contrários àqueles definidos na legislação que trata de sua edição. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS Quanto ao destinatário a) Gerais: aqueles que se referem a uma quantidade indeterminada de pessoas, com caráter abstrato e impessoal (depende de publicação para que estejam aptos a produzir efeitos). b) Individuais: se referem a determinados indivíduos, especificados no próprio ato. Divide-se em: 1. Atos múltiplos: que se referem a mais de um destinatário que ficarão sujeitos ás disposições do ato. 2. Atos singulares: que sei destinam a um único sujeito definido na conduta). Quanto ao alcance a) Interno: efeitos somente dentro da Administração Pública, estabelecendonormas que obrigam os agentes públicos e órgãos de determinado ente estatal. b) Externo: produzem efeitos em relação aos administrados, estranhos à estrutura da! Administração Pública, dependendo, por este motivo, de publicação em órgão oficial para conhecimento de toda a sociedade. a) Império: a Administração atua com prerrogativa de Poder Público, valendo-se da supremacia do interesse público sobre o interesse privado (POSIÇÃO DE SUPERIORIDADE). Quanto ao objeto b) Gestão: o são executados pelo poder público sem as prerrogativas de Estado, atuando a Administração em situação de igualdade com o particular (POSIÇÃO DE IGUALDADE). c) Expediente: aqueles praticados como forma de dar andamento à atividade administrativa, sem configurar uma manifestação de vontade do Estado, mas sim a execução de condutas previamente definidas (ROTINA INTERNA; SEM PODER DECISÓRIO). Quanto ao regramento a) Vinculado: são aqueles definidos em lei que não confere ao agente p4blico qualquer margem de escolha. b) Discricionário: admitem uma análise de pressupostos subjetivos pelo agente estatal. A lei confere ao administrador público uma margem de escolha. Quanto à formação da vontade a) Simples: é aquele que, para sua formação, depende de única manifestação de vontade (VONTADE DE UM ÓGÃO SÓ). b) Complexo: formado pala soma de vontades de órgãos públicos independentes, em mesmo nível hierárquico, de forma que tenham a mesma força, não se podendo imaginar a dependência de uma em relação à outra (VONTADE DE DOIS ÓRGÃOS E UM ATO SÓ) c) Composto: depende de mais de uma manifestação de vontade (DOIS ÓRGÃOS E DOS ATOS – principal e acessório). Quanto ao conteúdo a) Constitutivo: são aqueles que criam uma situação jurídica nova, previamente inexistente, mediante a criação de novos direitos ou a extinção de prerrogativas anteriormente estabelecidas. b) Extintivo: encerra situação jurídica individual. c) Declaratório: são aqueles que criam uma situação jurídica nova, previamente inexistente, mediante a criação de novos direitos ou a extinção de prerrogativas anteriormente estabelecidas d) Alienativo: transfere bens ou direitos. e) Modificativo: altera situação jurídica, sem encerrá-la. f) Abdicativo: renúncia a um direito. Quanto à estrutura a) Concretos: são praticados com a finalidade de resolver uma situação específica, exaurindo seus efeitos em uma única aplicação, não perdurando após a prática e execução da conduta. b) Abstratos: são aqueles que definem uma regra genérica que deverá ser aplicada sempre que a situação descrita no ato ocorrer de fato. Quanto aos resultados a) Ampliativos: são aqueles que atribuem direitos e vantagens aos seus destinatários, normalmente, concedendo vantagens previamente requeridas pelo interessado. b) Restritivos: são atos que impõem obrigações ou aplicam penalidades aos destinatários, sempre, dentro dos limites da lei. ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS 1. ATOS NORMATIVOS: São atos gerais e abstratos que geram obrigações a uma quantidade indeterminada de pessoas, dentro dos limites da lei. O ato normativo enseja a produção de normas gerais, sempre inferiores aos comandos legais, não podendo inovar no ordenamento jurídico. Tais atos são decorrência do poder normativo de estado, editados para fiel execução das leis. ESPÉCIES Regulamento: ato normativo privativo do chefe do Poder Executivo, apresentado por meio da expedição de um Decreto. Divide-se em: 1. Executivos (ditados para a fiel execução da lei) 2. Autônomos (atuam substituindo a lei e tem o condão de inovar o ordenamento jurídico. Aviso: é ato normativo expedido pelos órgãos auxiliares diretos do Poder Executivo, sejam os Ministérios ou Secretarias estaduais e municipais. Instrução normativa: atos expedidos por quaisquer autoridades públicas ou órgãos públicos que tenham atribuição legal para a execução de decretos e regulamentos. Regimento: ato normativo para definição de normas internas, estabelecendo as regras a serem obedecidas para o regular funcionamento de órgãos colegiados. Deliberações: expedido pelos órgãos colegiados, como representação de vontade da maioria dos agentes que o representam. Resolução: ato normativo dos órgãos colegiados, usados pelos Poderes Legislativo e Judiciário, e pelas Agências Reguladoras, para disciplinar matéria de sua competência específica. 2. ATOS ORDINÁRIOS: São atos de ordenação e organização interna que decorrem do poder hierárquico. Organizam a prestação do serviço, por meio de normas que se aplicam internamente aos órgãos pertencentes à estrutura administrativa, ensejando a manifestação· do Poder Hierárquico da Administração, não atingindo terceiros, alheios à estrutura do Estado. ESPÉCIES Portaria: trata-se de ato administrativo individual que estipula ordens e determinações internas e estabelece normas que geram direitos ou obrigações internas a indivíduos específicos. Circular: é ato expedido para a edição de normas uniformes a todos os servidores, subordinados a um determinado órgão. Ordem de Serviços: configura conduta estatal com a finalidade de distribuir e ordenar o serviço interno do órgão, escalonando entre os setores e servidores vinculados àquela determinada entidade, Despacho: trata-se de ato-administrativo por meio do qual as autoridades públicas proferem decisões acerca de determinadas situações específicas. Memorando: configura-se ato de comunicação interna, ·ou seja, entre agentes de um mesmo órgão público, para fins ·de melhor executar a atividade pública, com a troca de informações e documentos relevantes e realização de solicitações. Ofício: é ato emanado para garantir a comunicação entre autoridades públicas ou entre estas e particulares, destinados à comunicação externa, também podendo ser utilizado com a intenção de encaminhar informações ou efetivar solicitações. 3. ATOS NEGOCIAIS: São aqueles atos por meio dos quais a administração concede direitos pleiteados por particulares. Trata-se de. direito outorgado pelo Estado, em virtude de requerimento do cidadão regularmente formulado. ESPÉCIES Autorização: É ato discricionário e precário por meio de que a Administração Pública autoriza o uso de bem público por um particular de forma anormal ou privativa, no interesse eminentemente do beneficiário, e também é ato discricionário e precário através do qual o Poder Público concede ao particular o exercício de determinadas atividades materiais que dependem de fiscalização (exercício do poder de polícia). 1. Autorização de uso de bem público: para uso de forma anormal e privativa de determinado bem público, por um particular, quando o Estado vai analisar se· esta utilização não viola o interesse coletivo de utilização normal deste bem. 2. Autorização de Polícia: o ato necessário para que o particular possa exercer atividades fiscalizadas pelo Estado, dada a sua relevância social ou o perigo que pode ensejar à coletividade. Permissão: ato discricionário e precário e é veiculada para conceder ao particular o uso de determinado bem público, de forma anormal ou privativa. Licença: é ato de polícia; aquele por meio de que o Poder Público permite a realização de determinada atividade sujeita à fiscalização do Estado. Admissão: ato unilateral e vinculado pelo qual o Poder Público permite que o particular usufrua determinado serviço público prestado pelo Estado, mediante a inclusão em um estabelecimento público. Aprovação: trata-se de ato administrativo discricionário para controle da atividade administrativa, com base na legalidade de ato anterior, além dos critérios de oportunidade e conveniência utilizados pelo agente que executou a conduta controlada. Homologação: configura-se ,ato vinculado. de controle de legalidade de ato anteriormente expedido pela própria Administração Pública. 4. ATOS ENUNCIATIVOS: são os atosadministrativos que estabelecem opiniões e conclusões do ente estatal. ESPÉCIES Atestado: quando o Poder Público tem de comprovar, mediante verificação de determinada nada situação de fato, para, então, proferir um ato que ateste aquela ocorrência fática. Certidão: trata-se de ato, por meio do qual, a Administração Pública certifica um determinado fato que já se encontra previamente registrado no órgão, ou seja, "atesta" fato previamente escrito em documento público. Apostila ou averbação: trata-se de ato, por meio do qual, a Administração Pública certifica um determinado fato que já se encontra previamente registrado no órgão, ou seja, "atesta" fato previamente escrito em documento público. Parecer: ato administrativo por meio do qual se emite opinião de órgão consultivo do Poder Público, sobre assunto de sua competência, sejam assuntos técnicos ou de natureza jurídica, concluindo pela atuação· de determinada forma pelo órgão consulente. 5. ATOS PUNITIVOS: São os atos por meio dos quais o Poder Público determina a aplicação de sanções, em . face do cometimento de infrações administrativas pelos servidores públicos ou por particulares. Podem decorrer do Poder Disciplinar, para aquelas sanções aplicadas às pessoas sujeitas à disciplina da Administração Pública e também pode ser manifestação do Poder de Polícia repressivo, quando decorrente da Supremacia Geral. EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 1. EXTINÇÃO NATURAL: ocorre quando o ato já cumpriu todos os efeitos nele dispostos ou pelo advento do termo final ou prazo, nos atos sujeitos a termo, ou, ainda, mediante o esgotamento do conteúdo jurídico desta conduta. Pode se dar: a) Cumprimento dos efeitos: decorre da execução material da situação apresentada no ato administrativo. b) Advento do termo final ou da condição resolutiva: extingue os atos sujeitos a prazo determinado ou que dependam da ocorrência de um evento futuro e incerto para que deixe de produzir efeitos. c) Esgotamento do conteúdo jurídico: por exemplo, as férias do servidor público que estará extinta após exauridos os seus efeitos, com o transcurso do prazo de trinta dias. 2. RENÚNCIA: é forma de extinção que se aplica somente para atos ampliativos, que geram direitos a particulares, haja vista não ser possível renunciar a obrigações. 3. DESAPARECIMENTO DA PESSOA OU COISA A QUAL O ATO RECAI: Trata-se de situação na qual o desfazimento do ato decorre do desaparecimento de seu objeto, ou do sujeito ao qual ele se destina. Com efeito, a conduta estatal se extingue, ao se esvair o objeto ou pessoa atingida por ele. 4. RETIRADA: A retirada é a extinção de uma determinada conduta estatal, mediante a edição de ato concreto que a desfaça. É forma de extinção precoce do ato administrativo. HIPÓTESES DE RETIRADA ANULAÇÃO Decorre da dissonância desta conduta em relação às normas postas no ordenamento jurídico, ensejando a possibilidade de retirada. destes atos. Espécies: 1. Atos Inexistentes: são aqueles que estão fora do ordenamento jurídico, em virtude da violação de princípios básicos que norteiam a atuação das pessoas dentro de determinada sociedade. 2. Atos nulos: são aqueles declarados em lei como tais. Com efeito, a nulidade decorre do desrespeito à lei em algum de seus requisitos, ensejando a impossibilidade de convalidação, por não admitirem conserto. 3. Atos anuláveis: são aqueles que possuem vícios. que admitem conserto, não obstante tenham sido praticados em desacordo com a legislação aplicável. 4. Atos irregulares: sofrem vício material irrelevante, mediante o desrespeito de normas internas de padronização, não ensejando a nulidade do ato, mas tão somente a responsabilização do agente público que o praticou. REVOGAÇÃO É a extinção do ato administrativo válido por motivo de oportunidade e conveniência, ou seja, por razões de mérito. A Administração Pública não tem mais interesse na manutenção do ato, apesar de não haver vício que o macule. A revogação é ato discricionário e refere -se ao mérito administrativo. Não se admite a revogação de: 1. Atos consumados 2. Atos irrevogáveis 3. Atos que geram direitos adquiridos 4. Atos vinculados 5. Atos enunciativos 6. Atos de controle 7. Atos complexos CASSAÇÃO Hipóteses em que o ato administrativo é extinto por ilegalidade superveniente em face do descumprimento dos requisitos impostos para a sua expedição pelo beneficiário. Ocorre, portanto, quando o beneficiado do ato deixa de cumprir os requisitos de quando teve o ato deferido. CADUCIDADE Trata-se de extinção do ato administrativo por lei superveniente que impede a manutenção do ato inicialmente válido. CONTRAPOSIÇÃO (DERRUBADA) Situações em que um ato administrativo novo se contrapõe a um ato anterior extinguindo seus efeitos. ln casu, não se fala em ilegalidade originária ou superveniente da atuação originária, mas tão somente na impossibilidade de manutenção do ato, por colidir com ato novo que trata da matéria . Fontes: CARVALHO, Matheus. Manual de Direito Administrativo. Editora JusPODIVM. 2ª Ed. 2015. CORREIA, Henrique. Carreiras Trabalhistas: Analista e Técnico do TRT. Editora JusPODIVM. 2º Ed. 2014. CRISTINA, Flávia; FRANCESCHET, Júlio; PAVIONE, Lucas. Doutrina - Volume Único: Exame da OAB, todas as disciplinas. Editora JusPODIVM. 9º Ed. 2018.
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