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Queixa%20Crime

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EXCELENTÍSSIMO SR. DR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DA COMARCA DE MACAPÁ-AP.
MARIANA LIMA, brasileira, solteira, profissão, CPF nº, RG nº, residente e domiciliada a Avenida, nº, Bairro, CEP nº, Macapá/AP, vem através de seu advogado que essa subscreve, com endereço profissional à Rua, nº, Bairro, CEP nº, Macapá/AP, com fundamento nos arts. 30 e Art. 100, §2º c/c art. 41, todos do CPP/41, opor
QUEIXA CRIME
em face do CARLOS MACIEL, brasileiro, solteiro, profissão, CPF nº, RG nº, residente e domiciliado a Rua, nº, Bairro, CEP nº, Macapá/AP, pelos fatos e fundamentos jurídicos a seguir
1. DOS FATOS
No dia 01/01/2020 em Macapá-AP, Carlos Maciel estando completamente irritado com o termino de seu namoro com Mariana Lima, antes de sair do grupo da Família Lima, proferiu as seguintes, “A Mariana, ela me deixou porque agora ela mudou de lado família... antes ela era uma mulher seria e honrada, agora eu já soube que ela faz programas em um site de encontro”. Não satisfeito o mesmo ainda disse “Safada! Piranha!” Me enganou esse tempo todo, só depois de 3 anos de namoro que tinha a certeza que estava me envolvendo com a pessoa errada”. 
Destaca-se ainda que no grupo além de Carlos e Mariana, estavam o senhor Mario (pai), Luana (mãe) e Beto (irmão) todos parentes de Mariana, fato este que contribuiu para que a mesma ficasse profundamente abalada psicologicamente com o ocorrido, ressalta-se também que em anexo encontram-se prints que comprovam a materialidade do crime cometido por Carlos.
2. DOS FUNDAMENTOS 
Primeiro deve-se destacar que a querelante Mariana possui total legitimidade para opor tal ação visto que diante do art. 30 c/c art. 100, §2º, CPP/41 a mesma possui esse direito, vale ressaltar que o art. 44, CPP/41 também ampara a querelante de forma a garantir seus direitos. 
Entrando nos méritos de direito, destaca-se primeiro o art. 139, CP/40 dispõe que 
Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:
Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Tal artigo diz que imputar a alguém fato que prejudique sua honra configura crime e se voltarmos aos fatos que acima foram narrados veremos que o querelado ao enviar a seguinte mensagem “A Mariana, ela me deixou porque agora ela mudou de lado família... antes ela era uma mulher seria e honrada, agora eu já soube que ela faz programas em um site de encontro” certamente incorreu no crime descrito. 
Já o art. 140, CP/40 dispõe que 
  Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:
  Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Verificando tal artigo, vemos que ofender a dignidade ou o decoro de alguém também caracteriza crime e novamente voltando aos fatos que aqui já foram narrados, podemos ver que na seguinte mensagem “Safada! Piranha!” Me enganou esse tempo todo, só depois de 3 anos de namoro que tinha a certeza que estava me envolvendo com a pessoa errada” Carlos acabou por ofender Mariana e seu dignidade, uma vez que proferiu diversos xingamentos direcionados a mesma. 
Ainda dentro do CP/40, o art. 141, III dispõe sobre uma causa de aumento de pena que diz
 Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido:
 III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria.
Desta forma, fica claro que além de incorrer em um concurso de crime configurado no art. 70, CP/ 40 por praticar dois crimes contra a honra de mariana, o querelado ainda incorreu em uma causa de aumento de sua pena, uma vez que praticou ambos os crimes diante da família da querelante dentro do grupo de WhatsApp, o que está caracterizado no artigo acima citado. 
3. DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, solicita: 
a) Que a presente queixa crime seja recebida e devidamente processada confirme o art. 520, CPP c/c 9099/95;
b) Que o MP seja intimado para ser o fiscal da lei e acompanhar todos atos processuais;
c) Citação do querelado;
d) Que sejam juntados todos os documentos e os testemunhos dos familiares da querelante que estavam presente do grupo;
e) Que o querelado seja condenado nas penas dos artigos: 139, 140, CP;
f) Que seja designada audiência preliminar conforme o rito da 9099/95;
g) Valor indenizatório de R$ 10 mil (dez mil reais);
h) Depoimento da vítima, oitiva das testemunhas e interrogatório do querelado. 
NESTES TERMOS,
PEDE DEFERIMENTO.
MACAPÁ – AP
06/10/2020.
Eduardo Lino Ramos dos Santos 
OAB/AP 
10DIN.

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