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CASO CONCRETO 3 - PROCESSO PENAL II (1)

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Plano de Aula: CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS JURISDICIONAIS
DIREITO PROCESSUAL PENAL II - CCJ 0041
Título
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS JURISDICIONAIS
Semana - objetivo
3 - O aluno deverá identificar os atos processuais emanados pelo juízo
monocrático bem como colegiado e, também, compreender a diferença entre
os procedimentos de emendatio libelli (Art. 383, CPP) e mutatio libelli (Art. 384,
CPP).
Aplicação Prática Teórica
1) O MP ofereceu denúncia contra Caio por, em tese, o mesmo ter subtraído o aparelho de
telefone celular de Maria, na Av. Rio Branco, na altura do nº 23, pugnando pela
condenação do acusado nas penas do art. 155, inciso II do CP (furto qualificado pela
destreza). No entanto, ao longo da instrução probatória, nas declarações prestadas pela
vítima e pelo depoimento de uma testemunha arrolada pela acusação, constatou-se que
Caio teria, na ocasião dos fatos, dado um forte tapa no rosto da vítima no momento em que
arrebatou o aparelho celular. Assim sendo, diante das provas colhidas na instrução
probatória, o magistrado prolatou sentença condenatória contra Caio, fixando a pena de 4
anos e 6 meses, a ser cumprida em regime semi-aberto, diante da primariedade e da
ausência de antecedentes criminais do acusado, como incurso no art. 157 do CP.
Pergunta-se: Agiu corretamente o magistrado? Indique na resposta todos os fundamentos
cabíveis ao caso.
Resposta → Como no caso em tela, foram trazidas novas informações da utilização de
violência no cometimento do delito, durante a fase de instrução probatória. Como esta nova
informação foi trazida ao longo do processo, caracteriza assim, uma situação de Mutatio
Libelli que é prevista no Art. 384 do CPP, pois houve uma mudança fática no caso, com
isso, deverá o juiz abrir vista para que o Ministério Público aditar no prazo de 5 dias a
acusação. Sendo assim, deverá permitir que a defesa se manifeste também no prazo de 5
dias, podendo as partes arrolar até 3 testemunhas para debater o novo fato, após feito isto
tudo, deverá marcar uma nova data de audiência.
Conclui-se que ao impetrar um crime diferente ao acusado a partir de um fato novo, o
magistrado fere alguns princípios, sendo eles; Contraditório, pois não permitiu as partes se
manifestarem sobre o fato trazido ao processo, Ampla Defesa, pois a defesa não teve o
direito de discutir o novo fato, e por fim infligiu também o Princípio da Congruência, uma
vez que, a sentença do juiz tem que esta de acordo com a ação penal, como os fatos
inicialmente narrados traziam a ideia de furto e não roubo, o magistrado não poderia
imputar sentença diferente.
Exercício Suplementar:
2) (Magistratura/PR-2008) Quanto aos atos jurisdicionais penais, assinale a
alternativa correta:
a) As decisões interlocutórias simples são aquelas que encerram a relação processual sem
julgamento do mérito ou, então, põem termo a uma etapa do procedimento. São exemplos
desse tipo de decisão a que recebe a denúncia ou queixa ou rejeita pedido de prisão
preventiva;
b) As decisões interlocutórias mistas não se equiparam às decisões interlocutórias simples,
pois as primeiras servem para solucionar questões controvertidas e que digam respeito ao
modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual. Enquanto que as decisões
interlocutórias simples trancam a relação processual sem julgar o meritum causae;
c) A decisão que não recebe a denúncia é terminativa de mérito, por isso não pode ser
considerada decisão interlocutória mista;
d) As decisões interlocutórias simples servem para solucionar questão controvertida e que
diz respeito ao modus procedendi, sem contudo trancar a relação processual; as
interlocutórias mistas, por sua vez, apresentam um plus em relação àquelas: elas trancam a
relação processual sem julgar o meritum causae.
3) A foi denunciado pela prática de furto, tendo a denúncia narrado que ele abordou
a vítima e, após desferir-lhe um empurrão, subtraiu para si a bolsa que ela carregava.
Nesse caso:
a) o juiz não poderá condenar o réu pelo roubo, por ser a pena desse crime mais grave que
a do furto;
b) como o fato foi classificado erroneamente, o juiz poderá condenar o réu por roubo,
devendo, antes, proceder ao seu interrogatório;
c) o juiz poderá dar aos fatos classificação jurídica diversa, condenando o réu pela prática
do roubo;
d) o juiz poderá dar ao fato classificação jurídica diversa da que constou da denúncia,
dando ao Ministério Público e à Defesa oportunidade para se manifestarem e arrolarem
testemunhas.

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