Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso de Gestão da Produção Industrial 2017 FACULDADE DE TECNOLOGIA DE COTIA Alex Wilson Davi Souza Mateus Alves Wagner Brito Estudo de Caso: Avaliação de desenpenho Cotia 2017 Curso de Gestão da Produção Industrial 2017 RESUMO A preocupação com o desempenho dos colaboradores é um dos fatores que deve fazer parte do dia-a-dia das empresas. A avaliação de desempenho está se tornando parte atuante da estratégia gerencial. Muitas empresas ainda questionam como e porque avaliar seus colaboradores. Toda empresa precisa avaliar periodicamente seus funcionários, pois assim ela consegue acompanhar como está seu desenvolvimento na execução de tarefas, sua motivação e comprometimento. A avaliação quando feita positivamente tem muitos benefícios e beneficiários. O presente trabalho baseia-se em uma pesquisa exploratória, que teve como base livros, artigos referentes ao assunto. Pode-se concluir que as empresas estão evoluindo e se preocupando mais com seu recurso humano, o maior ativo de toda empresa. Aumentando a produtividade, a qualidade de vida, a satisfação de todos. INTRODUÇÃO Fundamentado pelas metodologias de Avaliação de Desempenho e pelos novos estudos sobre o assunto que contemplam a literatura contemporânea, a pesquisa tem como tema avaliar o desempenho da equipe de colaboradores e gestores em uma empresa do setor de estruturas metálicas. O processo de avaliação contribui também para melhorar e aumentar a relação de confiança e comunicação no ambiente de trabalho, minimizar os impactos pela pressão em relação a necessidades de resultados que são cada vez maiores e em menos tempo. Essas vantagens contribuem para a melhoria dos resultados da empresa e, consequentemente para o crescimento da organização. “A Avaliação de Desempenho tem por finalidade, portanto, obter informações sobre o comportamento profissional do avaliado durante seu desempenho no trabalho, identificando oportunidades de melhoria, elaborando Página 2 de 8 Curso de Gestão da Produção Industrial 2017 e desenvolvendo planos de ação em relação à estrutura geral, aos diferentes órgãos e ao colaborador” (CARVALHO; NASCIMENTO; SERAFIM, 2012). A avaliação de desempenho é uma ferramenta da gestão de pessoas que visa analisar o desempenho individual ou de um grupo de funcionários em uma determinada empresa. É um processo de identificação, diagnóstico e análise do comportamento de um colaborador durante um certo intervalo de tempo, analisando sua postura profissional, seu conhecimento técnico, sua relação com os parceiros de trabalho etc. Muitas empresas acreditam que basta preencher a avaliação, tabular os resultados e pronto: está implantado o processo de Gestão por Competências, mas não é bem assim. O processo deve ser tratado com muita atenção, visto que criar expectativa nas pessoas e não mostrar resultados práticos depois, só levará à falta de credibilidade na avaliação de desempenho e consequentemente, um clima de desconfiança no processo. Quando criamos expectativa nas pessoas elas esperam que resultados sejam apresentados. Que planos de desenvolvimento sejam traçados, e mais do que isso, que o feedback sobre seu trabalho seja dado diariamente. A área de Recursos Humanos deve tomar frente nesse processo e preparar workshops para criar a cultura interna da avaliação de desempenho. Deixar bem claro para os gestores que para avaliar as pessoas, temos antes que criar esse hábito. O erro mais comum na implantação da avaliação é a falta de cultura interna que pode comprometer todo processo. O passo inicial é capacitar os gestores no conceito de gestão por competências, feedback e acompanhamento diário de seus colaboradores. Posteriormente, isso deve ficar bem esclarecido para todos os colaboradores da empresa. A avaliação de desempenho implica avaliar as competências gerenciais (para gestores), competências organizacionais (ligadas à empresa) e competências funcionais (atreladas à descrição do cargo). É importante frisar Página 3 de 8 Curso de Gestão da Produção Industrial 2017 que cada organização deve ter seu grupo de competências mapeado, porque as mesmas devem estar alinhadas à missão, visão e valores que são particulares de cada organização. Uma das práticas mais utilizadas é a avaliação de 180º graus que prevê auto-avaliação, avaliação do gestor (analisando o subordinado) e consenso-feedback. Depois de lançar as notas em consenso com seu subordinado, cada gestor deve preencher também o plano de ação para desenvolvimento do colaborador. Para chegar ao processo de 360º graus a organização precisa ter a cultura da avaliação bastante madura, tanto para líderes, quanto para liderados. Ou seja, que fique bem claro que o processo de avaliação é feito para desenvolvimento das pessoas, na melhoria das competências técnicas, organizacionais e pessoais, e também na relação entre chefes e subordinados, cargos pares, fornecedores, clientes etc. FORMAS DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Existem diversos sistemas e/ou métodos para se avaliar o desempenho de um funcionário dentro de uma empresa. Variando de acordo com a necessidade do gestor, do setor e dos objetivos da avaliação, bem como do perfil dos avaliados e da dinâmica de observação utilizada. Passos a seguir antes de preencher a avaliação de desempenho: 1) Dividir a implantação em fases. Pois, rodar avaliações para a empresa toda, sem antes ter um parâmetro de como será recebida pelos avaliadores e pelos avaliados, só trará excesso de trabalho para o RH e frustração nas áreas que não conseguirem finalizar o processo dentro do prazo estipulado. Fazer com pressa, gera resultados fictícios que serão questionados no futuro, sendo que a avaliação deve ser feita com fatos reais, deixando a subjetividade de lado para não afetar o resultado final. Página 4 de 8 Curso de Gestão da Produção Industrial 2017 2) Definir se o preenchimento das avaliações será feito no formato manual ou pelo sistema. Indico que seja feito por um sistema que permita acesso a WEB. Existem excelentes ferramentas no mercado e nada melhor que usar a informática como aliada nesse processo. Isso facilitará o preenchimento das avaliações por avaliadores e avaliados. 3) Definir as áreas e cargos que devem participar da primeira fase de implantação da gestão por competências. Dessa forma você consegue controlar o fluxo das avaliações, podendo cobrar as áreas que não cumprirem o prazo inicial e acompanhar os resultados, podendo ajudar o gestor no melhor preenchimento do plano de ação de cada colaborador. 4) Apresentar o conceito de gestão por competências e feedback para os gestores das áreas definidas no terceiro passo. A área de treinamento deve montar workshops para apresentar aos avaliadores e deixar claro que a avaliação de desempenho tem esse nome, porque se preocupa inteiramente com o desenvolvimento dos colaboradores. 5) Treinar avaliadores e avaliados para o correto preenchimento da avaliação, seja por sistema (ideal para controle do RH e dos gestores), ou no formato manual. Vale salientar que a gestão por competências tem como pilares: avaliação de desempenho, promoção, evolução salarial, sucessão etc. ESTUDO DE CASO Foi realizado um estudo de caso junto aos funcionários do Banco do Brasil, um banco que atende a todos os segmentos do mercado financeiro. Presta serviços através de 15,1 mil pontos de atendimento em 3,1 mil cidades . Possui 198 anos de existência e foi o primeiro banco a operar no Brasil. A pesquisa foi realizada com os funcionários da Região Sul do Brasil, compreendendo Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. O Banco realiza a avaliação de desempenho por competências com todos os funcionários da empresa, de Página 5 de 8 Curso de Gestão da Produção Industrial 2017 todos os níveis hierárquicos e localizados nas diversas dependências. O Banco do Brasil utiliza métodos formais para avaliar o desempenho dos funcionários desde 1960. Em 1998, o Banco passa a buscar uma forma modernade avaliar seus funcionários, medindo os resultados por meio do cumprimento de metas e de fatores comportamentais. E em 2005, implanta o atual modelo de Gestão de Desempenho por competências, revolucionando os conceitos tradicionais da empresa. O novo modelo possui foco para o desenvolvimento de competências e o planejamento de carreira. Substituiu a matriz de fatores pela matriz de competências. O maior impacto foi a adoção da avaliação por múltiplas fontes, para tornar o processo de avaliação mais participativo. A partir daí, cada funcionário é avaliado e avaliador, é avaliado pelo superior imediato e também avalia o chefe. Ao mesmo tempo, avalia e é avaliado pelos funcionários de mesmo nível hierárquico e da mesma equipe, e faz a sua auto-avaliação. A gestão de desempenho por competências do Banco é um processo que se divide em três etapas: planejamento, acompanhamento e avaliação. Sendo que a etapa do acompanhamento é a mais longa. O acompanhamento assegura se o que foi planejado está sendo executado, identificando uma falha é preciso implementar ações para corrigi-la. O funcionário é responsável por avaliar e acompanhar seu desempenho, comparando sua percepção com os feedbacks recebidos de seus avaliadores. De acordo com a pesquisa realizada no Banco do Brasil, a maior parte dos funcionários pesquisados aplica o processo de acompanhamento da avaliação com seus subordinados, e se for o caso, conversa com aqueles que não estão desempenhando suas funções corretamente conforme o esperado. Com o estudo do Banco do Brasil, pode-se perceber que os aspectos que melhor contribuem para a melhoria do desempenho do funcionário são o fornecimento de feedback e a possibilidade de aprimoramento das competências profissionais destes funcionários. Muitos avaliados consideram importante e sentem falta de receber feedbacks na Página 6 de 8 Curso de Gestão da Produção Industrial 2017 frequência que gostariam de receber. Pois consideram o feedback como ajuda, orientação para o desenvolvimento pessoal e profissional. Apesar da maior parte considerar importante o acompanhamento da avaliação para o desenvolvimento de competências, eles acham que o processo não está sendo vivenciado como deveria e está servido apenas para identificar falhas dos funcionários, sem promover o crescimento e o desenvolvimento profissional. A maior dificuldade é avaliar os pares, ou seja, funcionários de mesmo nível hierárquico. Muitos não se consideram aptos para avaliar os colegas laterais, pois desconhecem seu trabalho e têm medo de criar constrangimento com os colegas. Conclusão A avaliação faz parte do cotidiano de qualquer empresa, mesmo que de maneira informal os gestores estão a todo o momento envolvendo-se em processos de avaliação, colaboradores empregados estão constantemente refletindo a respeito de suas tarefas e carreiras dentro das organizações. Os resultados sção possíveis através do uso de métodos específicos, objetivos e mensuráveis que foram alinhados aos objetivos e metas da organização, e assim identificou-se os pontos a serem melhorados, e através da ferramenta utilizada houve contribuição para o desenvolvimento das competências dos funcionários. Além disso, foi aperfeiçoada a comunicação entre gestores e colaboradores proporcionando feedback aos envolvidos e promovendo o melhoramento contínuo dos recursos e processos organizacionais. Bibliografia http://www.scielo.br/pdf/%0D/gp/v13n3/15.pdf Acessado: 29-11-17 http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101- 74382010000100007&script=sci_arttext Acessado: 29-11-17 Página 7 de 8 http://www.scielo.br/pdf/%0D/gp/v13n3/15.pdf http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-%2074382010000100007&script=sci_arttext Curso de Gestão da Produção Industrial 2017 CARVALHO, A.V; NASCIMENTO, L.P; SERAFIM, O.C.G. Administração de recursos humanos. 2 ed. São Paulo: Cengage, 2012. 335 p. Página 8 de 8
Compartilhar