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DPC- Recursos Princípios Gerais dos Recursos Princípio do Duplo Grau de Jurisdição • Sujeição da matéria a dois julgamentos • Prevenir abuso de poder • Garantia fundamental da boa justiça Princípio da Taxatividade • O cabimento e a forma do recurso não dependem de arbítrio da parte • Existem apenas os recursos do art. 994 • O recurso deve ser o necessário para a impugnação pretendida • Existem outras leis que também cuidam dos recursos • Numerus Clausus Princípio da Singularidade • Unirrecobilidade ou da unicidade • Para cada ato judicial recorrível há apenas um só recurso admitido pelo ordenamento jurídico • Sentença → apelação Decisão que põe fim a fase cognitiva ou extingue a execução • Decisão interlocutória → agravo Decisão no curso do processo que resolve questão incidente • Uma exceção aparente encontra-se no art. 1029, que prevê a simultânea propositura do recurso especial e extraordinário, para o STJ (questão federal) para o STJ (questão constitucional), tudo com referência a um só acordão. Todavia, as questões atacadas em cada um dos recursos, serão distintas, não ocorrendo, portanto, dupla impugnação • Outra contradição aparente ocorre contra a decisão dúbia, contraditória ou lacunosa, porque além do recurso comum caberá também o embargo de declaração (art. 1022), cuja interposição interromperá o prazo do primeiro (art. 1026). Na realidade, porém, os dois recursos não são simultâneos, tendo cada um deles objetivos diversos Princípio da Fungibilidade Recursal • Consiste na possibilidade de admissão de um recurso interposto por outro, que seria o cabível, na hipótese de existir dúvida objetiva sobre a modalidade de recurso adequada. • Interposição do recurso especial e extraordinário (art. 1032 a 1033) • Fungibilidade entre os embargos de declaração e o agravo interno • No campo dos recursos excepcionais é irrelevante o equivoco da parte em usar o especial no lugar do extraordinário e vice e versa • A adoção de um recurso pelo outro, quando preservados os requisitos de conteúdo daquele que seria o correto, e não constatada má fé nem erro grosseiro, resolve-se em erro de forma; e, para o sistema do NCPC, não se anula, e sim, adapta-se à forma devida, o ato processual praticado sem sua estrita observância (arts. 277 e 283) Princípio da Dialeticidade • Todos os recursos devem ser formulados por meio de petição na qual a parte, não apenas manifeste sua inconformidade com o ato judicial impugnado, mas, também e necessariamente, indique os motivos de fato e de direito pelos quais requer o novo julgamento da questão nele cogitada, sujeitando-se ao debate com a parte contrária • Princípio do contraditório e da ampla defesa • É inepta a interposição de recurso que não indique a respectiva fundamentação Acordão STJ Questão Federal Recurso Especial STF Questão Constitucional Recurso Extraordinário • A decisão judicial não pode deixar de levar em conta as alegações e fundamentos produzidos pelos litigantes Princípio da Voluntariedade • Sem a provocação da parte, não há provocação jurisdicional • O juiz não tem poder de, ex officio, recorrer pela parte, ainda que se trate de incapaz • Só as partes e aos terceiros prejudicados é concedida pela lei o direito de recorrer • O tribunal não poderá continuar com o recurso se a parte desistir (art. 998) Princípio da irrecorribilidade em separado das interlocutórias • Os recursos contra decisões interlocutórias de questões incidentes (decisões interlocutórias) não têm efeito suspensivo do processo • Evitar atrasos da marcha processual • Princípio da economia processual, da celeridade e da oralidade Princípio da Complementariedade • É aplicado apenas no processo penal • Interpor o recurso e apresentar as razões posteriormente • No processo civil, as razões devem ser apresentadas juntamente com a petição Princípio da vedação da reformatio in pejus • Não se admite que o julgamento recursal venha a piorar a situação do recorrente • O objeto do recurso é apenas o que pede o recorrente, o tribunal só poderá acolher ou rejeitar sua postulação, e nunca ir além de sua pretensão para piorar a situação jurídica Principio da Consumação • Poderá ocorrer preclusão consumativa • A faculdade de interpor recurso se extingue (precluí) tanto pelo fato de não ter sido manifestada no prazo legal (preclusão extintiva ou temporal), tanto pelo fato de já ter sido exercida de forma imprópria ou por via inadequada (preclusão consumativa) • Se a parte escolheu o recurso errado, a faculdade de recorrer já terá sido exercida e exaurida • Impossibilidade de desistir do recurso interposto, para substituí-lo por outro
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