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Anti -Hipertensivos Fisiopatologia da Hipertensão -A hipertensão é um fator de risco para o desenvolvimento de eventos cardiovasculares adversos, como: acidente vascular encefálico, doença arterial coronariana, doença vascular periférica, insuficiência cardíaca e doença renal crônica; -“Assassino silencioso” doença assintomática, quando aparecem os sintomas é porque algum órgão já está sendo prejudicado -Hipertensão Primária: sem causa conhecida, mas pode estar envolvido fatores genéticos e ambientais -Hipertensão Secundária: existe uma doença de base que causa a HA, como: hiperaldosteronismo primário, uso de contraceptivos orais, doença renal intrínseca e doença renovascular. Função Cardíaca Hipertensão baseada na bomba ↑ DC -Atividade simpaticoadrenal excessiva e/ou sensibilidade aumentada do coração a níveis basais de reguladores neuro-humorais ↑ DC com RVP normal -Pacientes jovens -Antagonistas β Função Vascular Hipertensão baseada na resistência vascular ↑ RVP -Lesão ou disfunção endotelial rompe o equilíbrio entre fatores vasodilatadores (óxido nítrico) e fatores vasoconstritores (endotelina) Vasculatura anormalmente responsiva à estimulação simpática, a fatores circulantes ou reguladores locais do tônus vascular -Pacientes idosos -Diuréticos tiazídicos Função Renal Hipertensão baseada no volume ↑ DC e RVP -Retenção excessiva de Na+ e H2O pelos rins Doença parenquimatosa renal lesão glomerular com redução da massa de néfrons funcionais e/ou secreção excessiva de renina Mutações nos canais iônicos pode comprometer a excreção normal de Na+ Doença renovascular estenose da artéria renal que diminui o fluxo sanguíneo para os rins, aumentando a secreção de renina angiotensina II e aldosterona Função Neuroendócrina -Disfunções do sistema neuroendócrino regulação anormal do tônus simpático basal, respostas atípicas ao estresse, respostas anormais a sinais provenientes de barorreceptores e receptores de volume intravascular e produção excessiva de hormônios reguladores da circulação alteram a função cardíaca, vascular e/ou renal -Anormalidades endócrinas associadas à HAS: Feocromocitoma: secreção excessiva de catecolaminas Aldosteronismo primátio: secreção excessiva de aldosterona pelo córtex adrenal Hipertireoidismo: produção excessiva de hormônios tireoidianos Tratamento Clínico da Hipertensão -Primeira conduta é o aconselhamento sobre a importância de se modificar no estilo de vida, por meio de: Perda de peso Aumento de atividade física Abandono do tabagismo Dieta de baixo teor de gordura e sódio Redução ou eliminação dos agentes exógenos passíveis de induzir hipertensão etanol, contraceptivos orais, glicocorticoides e substâncias estimulantes -Quando se utiliza os anti-hipertensivos os barorreceptores e as células justaglomerulares renais captam a redução da pressão arterial e ativam respostas contrarreguladoras atenuantes da magnitude da redução da PA Redução do Volume Intravascular Diuréticos -Diuréticos Tiazídicos Exemplo: hidroclorotiazida Fármacos de primeira escolha Ação inicial de diminuição do volume intravascular ↓ DC ↓ PA Ação vasodilatadora ↓ RVP -Diuréticos de Alça Exemplo: furosemida Eficácia anti-hipertensiva modesta acentuada diurese após administração Situações clínicas para uso: hipertensão maligna e hipertensão baseada no volume em paciente com doença renal crônica avançada A redução do DC estimula o sistema renina-angiotensina, levando a retenção de volume e atenuação do efeito dos tiazídicos -Diuréticos Poupadores de K+ Exemplos: espironolactona, triantereno, amilorida Utilizados principalmente em associação a outros diuréticos com a finalidade de atenuar ou corrigir a caliurese (excreção de K+), evitando a hipopotassemia Infrarregulação do tônus simpático Simpaticolíticos -Antagonistas do receptores β-adrenérgicos Exemplos: Propranolol, metoprolol, atenolol, nebivolol Efeitos cronotrópico (FC) e inotrópico (força de contração) negativos ↓ da FC, do volume sistólico e do DC + ↓ do tônus vasomotor (devido diminuição da secreção de renina) ↓ RVS O tratamento com antagonistas β tem sido associado a elevação dos níveis séricos de TG e de redução dos níveis de lipoproteínas de alta densidade (HDL) Efeitos adversos: exacerbação da intolerância à glicose (hiperglicemia), sedação, impotência, depressão e broncoconstrição. -Antagonistas α-β mistos Exemplo: labetalol Aplicação no tratamento de emergências hipertensivas Vantagem: a redução da PA obtida pela diminuição da RVP, por meio de antagonismo dos receptores α1, não está associada a aumento reflexo da FC ou do DC, visto que os receptores β1 cardíacos também são antagonizados. -Antagonistas dos receptores α-adrenérgicos Exemplo: prazosina, terazosina, doxazosina ↓ vasoconstrição ↓ tônus vasomotor periférico ↓ RVS α-adrenérgicos não seletivos (fenoxibenzamina, fentolamina) não são utilizados em tratamento a longo prazo devido respostas compensatórias excessivas Efeito colateral: hipotensão postural e taquicardia reflexa (β1 se ativa para compensar) -Simpaticolíticos Centrais Agonistas α2-adrenérgicos (metildopa, clonidina e guanabenzo) reduzem o efluxo simpático do bulbo ↓ FC, contratilidade e tônus vasomotor não muito utilizados Bloqueadores ganglionares (trimetafana, hexametônio) inibem atividade nicotínica colinérgica nos gânglios simpático efeitos adversos de bloqueio parassimpático e simpático combinado Agentes simpaticolíticos (reserpina, guanetidina) Modulação do Tônus do Músculo Liso Vascular Vasodilatadores -Bloqueadores dos canais de Ca++ (BCC) Reduzem a PA por meio da redução da RVP e DC utilizados para tratamento a longo prazo da hipertensão Fármacos di-hidropiridínicos (nifedipino e anlodipino) vasodilatadores Efeito colateral: Ativação do SNA simpático pela ação do barorreceptores taquicardia aumenta ou mantém o DC Fármacos não di-hidropiridínico (verapamil e diltiazem) agentes inotrópicos e cronotrópicos negativos -Ativadores dos canais de K+ Minoxidil: ativador do canal de K+ metabotrópico hiperpolariza as células musculares lisas vasculares atenuação das respostas celulares a estímulos despolarizantes. Hidralazina: vasodilatador menos poderoso com mecanismo de ação desconhecido. Aumento da sua dose diária pode causar síndrome de lúpus Efeitos adversos: retenção compensatória de Na+ e H2O, taquicardia reflexa Modulação do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona Bloqueadores do SRAA -Inibidor da Renina Alisquireno inibidor competitivo da renina impedem que angiotensinogênio seja transformado em angiotensina I. -Inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) – IECA Exemplos: captopril, enalapril Impedem a conversão de angiotensina I em angiotensina II ↓ níveis circulantes de angiotensina II (↓ RVP) e aldosterona (promove natriurese ↓ volume intravascular) Diminuem a degradação da bradicinina (porque a ECA é responsável por fazer a degradação da bradicinina em peptídeos inativos) e, consequentemente, aumenta os níveis circulantes dessa substancia vasodilatadora efeito adverso: tosse e angioedema Devem ser administrados com cautela em pacientes com depleção do volume intravascular Contraindicado para pacientes com estenose bilateral da artéria renal -Antagonistas do AT1 – Bloqueadores do receptor de angiotensina (BRA) Exemplo: losartana, valsartana e irbesartana Antagonizam competitivamente a ligação da angiotensina II a seus receptores AT1 e também diminuem a proliferação reativada íntima arteriolar Associação de Fármacos -Uso de fármacos com diferentes mecanismos de ação no intuito de minimizar efeitos adversos potenciais e toxicidade
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