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@ G U I A D A O A B
Questões para
Comentadas
 
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1 170 Questões comentadas para OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://go.hotmart.com/J40575592W
 
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2 170 Questões comentadas para OAB 
 
PROCESSO PENAL 
 
 
QUESTÃO 01 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Caio foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável. Ocorre que, apesar da 
capitulação delitiva, a denúncia apresentava-se confusa na narrativa dos fatos, inclusive não sendo 
indicada qual seria a idade da vítima. Logo após a citação, Caio procurou seu advogado para 
esclarecimentos, destacando a dificuldade na compreensão dos fatos imputados. 
O advogado de Caio, constatando que a denúncia estava inepta, deve esclarecer ao cliente que, sob o 
ponto de vista técnico, com esse fundamento poderia buscar 
 
A) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. 
B) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. 
C) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, transitada em julgado a decisão, não poderá ser oferecida 
nova denúncia com base nos mesmos fatos. 
D) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, uma vez transitada em julgado a decisão, não caberá 
oferecimento de nova denúncia. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
A decisão que rejeita a denúncia não faz coisa julgada material por razão evidente: o juiz não analisa o mérito 
e nem tem como fazer isso diante de uma denúncia inepta. Assim, a decisão faz coisa julgada formal, apenas, 
pois não existe análise da questão de fundo, razão pela qual o MP poderá oferecer nova denúncia. 
 
Fundamentação legal: 
CPP 
Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada quando: 
I - for manifestamente inepta; 
Art. 581. Caberá recurso, no sentido estrito, da decisão, despacho ou sentença: 
I - que não receber a denúncia ou a queixa; 
 
 
QUESTÃO 02 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Durante longa investigação, o Ministério Público identificou que determinado senador seria autor de um 
crime de concussão no exercício do mandato, que teria sido praticado após sua diplomação. Com o 
indiciamento, o senador foi intimado a, se fosse de sua vontade, prestar esclarecimentos sobre os fatos no 
procedimento investigatório. Preocupado com as consequências, o senador procurou seu advogado para 
esclarecimentos. 
Considerando apenas as informações narradas e com base nas previsões constitucionais, o advogado 
deverá esclarecer que 
 
A) o Ministério Público não poderá oferecer denúncia em face do senador sem autorização da Casa 
Legislativa, pois a Constituição prevê imunidade de natureza formal aos parlamentares. 
 
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3 170 Questões comentadas para OAB 
B) a denúncia poderá ser oferecida e recebida, assim como a ação penal ter regular prosseguimento, 
independentemente de autorização da Casa Legislativa, que não poderá determinar a suspensão do 
processo, considerando que o crime imputado é comum, e não de responsabilidade. 
C) a denúncia não poderá ser recebida pelo Poder Judiciário sem autorização da Casa Legislativa, em razão 
da imunidade material prevista na Constituição, apesar de poder ser oferecida pelo Ministério Público 
independentemente de tal autorização. 
D) a denúncia poderá ser oferecida e recebida independentemente de autorização parlamentar, mas deverá 
ser dada ciência à Casa Legislativa respectiva, que poderá, seguidas as exigências, até a decisão final, sustar 
o andamento da ação. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A exigência de autorização do Poder Legislativo para que seja oferecida denúncia existe apenas para os cargos 
de Presidente da República, Vice-Presidente da República e Ministros de Estado. 
 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os 
Ministros de Estado; 
 
Com relação aos demais cargos pode ser oferecida denúncia independentemente de qualquer autorização, 
sem prejuízos das imunidades formais a que fazem jus os Deputados (Federais e Estaduais) e Senadores: 
 
Art. 53, § 3º, da CRFB/88: Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo 
Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de 
seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação. 
 
 
QUESTÃO 03 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
O Ministério Público ofereceu denúncia em face de Tiago e Talles, imputando-lhes a prática do crime de 
sequestro qualificado, arrolando como testemunhas de acusação a vítima, pessoas que presenciaram o 
fato, os policiais responsáveis pela prisão em flagrante, além da esposa do acusado Tiago, que teria 
conhecimento sobre o ocorrido. 
Na audiência de instrução e julgamento, por ter sido arrolada como testemunha de acusação, Rosa, esposa 
de Tiago, compareceu, mas demonstrou que não tinha interesse em prestar declarações. O Ministério 
Público insistiu na sua oitiva, mesmo com outras testemunhas tendo conhecimento sobre os fatos. 
Temendo pelas consequências, já que foi prestado o compromisso de dizer a verdade perante o 
magistrado, Rosa disse o que tinha conhecimento, mesmo contra sua vontade, o que veio a prejudicar seu 
marido. Por ocasião dos interrogatórios, Tiago, que seria interrogado por último, foi retirado da sala de 
audiência enquanto o corréu prestava suas declarações, apesar de seu advogado ter participado do ato. 
Com base nas previsões do Código de Processo Penal, considerando apenas as informações narradas, Tiago 
 
A) não teria direito de anular a instrução probatória com fundamento na sua ausência durante o 
interrogatório de Talles e nem na oitiva de Rosa na condição de testemunha, já que devidamente arrolada 
pelo Ministério Público. 
B) teria direito de anular a instrução probatória com fundamento na ausência de Tiago no interrogatório de 
Talles e na oitiva de Rosa na condição de testemunha. 
C) não teria direito de anular a instrução probatória com base na sua ausência no interrogatório de Talles, 
mas deveria questionar a oitiva de Rosa como testemunha, já que ela poderia se recusar a prestar 
declarações. 
D) não teria direito de anular a instrução probatória com base na sua ausência no interrogatório de Talles, 
mas deveria questionar a oitiva de Rosa como testemunha, pois, em que pese seja obrigada a prestar 
declarações, deveria ser ouvida na condição de informante, sem compromisso legal de dizer a verdade. 
 
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4 170 Questões comentadas para OAB 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Não era necessário nesse caso a oitiva da Rosa, podendo o advogado questionar esse ponto. Ela poderia se 
abster por ser cônjuge. 
Vejamos o artigo 206 do CPC: 
Art. 206. A testemunha não poderá eximir-se da obrigação de depor. Poderão, entretanto, recusar-se a fazê-lo o ascendente ou 
descendente,o afim em linha reta, O CÔNJUGE, ainda que desquitado, o irmão e o pai, a mãe, ou o filho adotivo do acusado, salvo 
quando não for possível, por outro modo, obter-se ou integrar-se a prova do fato e de suas circunstâncias. 
 
 
QUESTÃO 04 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Durante escuta telefônica devidamente deferida para investigar organização criminosa destinada ao 
contrabando de armas, policiais obtiveram a informação de que Marcelo receberia, naquele dia, grande 
quantidade de armamento, que seria depois repassada a Daniel, chefe de sua facção. 
Diante dessa informação, os policiais se dirigiram até o local combinado. Após informarem o fato à 
autoridade policial, que o comunicou ao juízo competente, eles acompanharam o recebimento do 
armamento por Marcelo, optando por não o prender naquele momento, pois aguardariam que ele se 
encontrasse com o chefe da sua organização para, então, prendê-los. De posse do armamento, Marcelo se 
dirigiu ao encontro de Daniel e lhe repassou as armas contrabandeadas, quando, então, ambos foram 
surpreendidos e presos em flagrante pelos policiais que monitoravam a operação. 
Encaminhados para a Delegacia, os presos entraram em contato com um advogado para esclarecimentos 
sobre a validade das prisões ocorridas. 
Com base nos fatos acima narrados, o advogado deverá esclarecer aos seus clientes que a prisão em 
flagrante efetuada pelos policiais foi 
 
A) ilegal, por se tratar de flagrante esperado. 
B) legal, restando configurado o flagrante preparado. 
C) legal, tratando-se de flagrante retardado. 
D) ilegal, pois a conduta dos policiais dependeria de prévia autorização judicial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
A supra questão envolve o crime de organização criminosa (Lei nº 12.850/13). 
 
A ação controlada (espécie de flagrante postergado/diferido) encontra previsão no art. 8º, da Lei nº 
12.850/13, que assim dispõe: 
Art. 8º Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização 
criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no 
momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações. 
§ 1º O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, 
estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. 
 
Extrai-se do referido dispositivo que não há falar em autorização judicial, mas sim, de simples comunicação 
ao juiz. 
Não se pode, ainda, confundir o flagrante postergado (caso da questão) com o flagrante preparado ou 
provocado, que são provas ilícitas: 
 
Súmula 145/STF: 
“não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia torna impossível a sua consumação” 
 
 
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5 170 Questões comentadas para OAB 
 
QUESTÃO 05 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Mariana foi vítima de um crime de apropriação indébita consumado, que teria sido praticado por Paloma. 
Ao tomar conhecimento de que Paloma teria sido denunciada pelo crime mencionado, inclusive sendo 
apresentado pelo Ministério Público o valor do prejuízo sofrido pela vítima e o requerimento de reparação 
do dano, Mariana passou a acompanhar o andamento processual, sem, porém, habilitar-se como 
assistente de acusação. 
No momento em que constatou que os autos estariam conclusos para sentença, Mariana procurou seu 
advogado para adoção das medidas cabíveis, esclarecendo o temor de ver a ré absolvida e não ter seu 
prejuízo reparado. 
O advogado de Mariana deverá informar à sua cliente que 
 
A) não poderá ser fixado pelo juiz valor mínimo a título de indenização, mas, em caso de sentença 
condenatória, poderá esta ser executada, por meio de ação civil ex delicto, por Mariana ou seu representante 
legal. 
B) poderá ser apresentado recurso de apelação, diante de eventual sentença absolutória e omissão do 
Ministério Público, por parte de Mariana, por meio de seu patrono, ainda que não esteja, no momento da 
sentença, habilitada como assistente de acusação. 
C) poderá ser fixado pelo juiz valor a título de indenização em caso de sentença condenatória, não podendo 
a ofendida, porém, nesta hipótese, buscar a apuração do dano efetivamente sofrido perante o juízo cível. 
D) não poderá ser buscada reparação cível diante de eventual sentença absolutória, com trânsito em julgado, 
que reconheça não existir prova suficiente para condenação. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Conforme previsto nos artigos 31 e 598 do CPP, vejamos: 
Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir 
na ação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão 
Art. 598. Nos crimes de competência do Tribunal do Júri, ou do juiz singular, se da sentença não for interposta apelação pelo 
Ministério Público no prazo legal, o ofendido ou qualquer das pessoas enumeradas no art. 31, ainda que não se tenha habilitado 
como assistente, poderá interpor apelação, que não terá, porém, efeito suspensivo. 
Parágrafo único. O prazo para interposição desse recurso será de quinze dias e correrá do dia em que terminar o do Ministério 
Público. 
 
 
QUESTÃO 06 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Ricardo foi pronunciado pela suposta prática do crime de homicídio qualificado. No dia anterior à sessão 
plenária do Tribunal do Júri, o defensor público que assistia Ricardo até aquele momento acostou ao 
processo a folha de antecedentes criminais da vítima, matérias jornalísticas e fotografias que poderiam ser 
favoráveis à defesa do acusado. O Ministério Público, em sessão plenária, foi surpreendido por aquele 
material do qual não tinha tido ciência, mas o juiz presidente manteve o julgamento para a data agendada 
e, após o defensor público mencionar a documentação acostada, Ricardo foi absolvido pelos jurados, em 
23/10/2018 (terça-feira). 
No dia 29/10/2018, o Ministério Público apresentou recurso de apelação, acompanhado das razões 
recursais, requerendo a realização de novo júri, pois a decisão dos jurados havia sido manifestamente 
contrária à prova dos autos. 
O Tribunal de Justiça conheceu do recurso interposto e anulou o julgamento realizado, determinando nova 
sessão plenária, sob o fundamento de que a defesa se utilizou em plenário de documentos acostados fora 
do prazo permitido pela lei. A família de Ricardo procura você, como advogado(a), para patrocinar os 
interesses do réu. 
 
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6 170 Questões comentadas para OAB 
Considerando as informações narradas, você, como advogado(a) de Ricardo, deverá questionar a decisão 
do Tribunal, sob o fundamento de que 
 
A) respeitando-se o princípio da amplitude de defesa, não existe vedação legal na juntada e utilização em 
plenário de documentação pela defesa no prazo mencionado. 
B) diante da nulidade reconhecida, caberia ao Tribunal de Justiça realizar, diretamente, novo julgamento, e 
não submeter o réu a novo julgamento pelo Tribunal do Júri. 
C) não poderia o Tribunal anular o julgamento com base em nulidade não arguida, mas tão só reconhecer, se 
fosse o caso, que a decisão dos jurados era manifestamente contrária à prova dos autos. 
D) o recurso foi apresentado de maneira intempestiva, de modo que sequer deveria ter sido conhecido. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
O tribunal não pode reconhecer de ofício uma nulidade sem que ela tenha sido pleiteada. 
Súmula 160 do STF: "É nula a decisão do Tribunal que acolhe, contra o réu, nulidade não arguida no recurso da acusação, ressalvados 
os casos de recurso de ofício." 
 
Deveria tão só reconhecer se fosse o caso, que a decisão dosjurados era manifestamente contrária a prova 
dos autos. 
 
 
QUESTÃO 07 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Carlos, advogado, em conversa com seus amigos, na cidade de Campinas, afirmou, categoricamente, que 
o desembargador Tício exigiu R$ 50.000,00 para proferir voto favorável para determinada parte em 
processo criminal de grande repercussão, na Comarca em que atuava. 
Ao tomar conhecimento dos fatos, já que uma das pessoas que participavam da conversa era amiga do 
filho de Tício, o desembargador apresentou queixa-crime, imputando a Carlos o crime de calúnia majorada 
(Art. 138 c/c. o Art. 141, inciso II, ambos do CP. Pena: 06 meses a 2 anos e multa, aumentada de 1/3). 
Convicto de que sua afirmativa seria verdadeira, Carlos pretende apresentar exceção da verdade, com a 
intenção de demonstrar que Tício realmente havia realizado a conduta por ele mencionada. Procura, 
então, seu advogado, para adoção das medidas cabíveis. 
Com base apenas nas informações narradas, o advogado de Carlos deverá esclarecer que, para julgamento 
da exceção da verdade, será competente 
 
A) a Vara Criminal da Comarca de Campinas, órgão competente para apreciar a queixa-crime apresentada. 
B) o Juizado Especial Criminal da Comarca de Campinas, órgão competente para apreciar a queixa-crime 
apresentada. 
C) o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, apesar de não ser o órgão competente para apreciar a queixa-
crime apresentada. 
D) o Superior Tribunal de Justiça, apesar de não ser o órgão competente para apreciar a queixa-crime 
apresentada. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Carlos afirmou que o desembargador Ticio exigiu 50 mil reais para proferir voto favorável à determinada 
parte em processo criminal. 
Atente-se logo a uma coisa, o desembargador Tício supostamente PRATICOU CRIME, qual tipo penal? 
EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO (art. 357 do Código Penal). 
Se o desembargador Tício praticou crime, de quem é a competência para julgá-lo? Do STJ. Onde tem essa 
informação? Na CRFB/88. Veja: 
 
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7 170 Questões comentadas para OAB 
 
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça: 
I - processar e julgar, originariamente: 
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de responsabilidade, os desembargadores 
dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os 
dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais de Contas 
dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais; 
 
É O FAMOSO FORO POR PRERROGATIVA DE FUNÇÃO. 
 
Porém, quem apresentou a queixa-crime pela prática do crime de calúnia primeiramente foi o 
desembargador, e Carlos não tem foro por prerrogativa de função. No entanto, não é isso que a questão quer 
saber. 
 
Continuando, Carlos não deu o braço a torcer e decidiu provar que o desembargador cometeu o crime de 
EXPLORAÇÃO DE PRESTÍGIO, e a forma que ele fará isso é usando do que se veio a chamar de EXCEÇÃO DA 
VERDADE, com isso, o desembargador passa a figurar no polo passivo como réu pela suposta prática de crime 
comum, por isso, o juízo competente será o Superior Tribunal de Justiça (STJ), não o sendo competente pela 
queixa-crime, já que nesse caso o Réu é Carlos e nesse crime (CALÚNIA MAJORADA) será julgado pela Vara 
Criminal de Campinas. 
 
 
QUESTÃO 08 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Após uma partida de futebol amador, realizada em 03/05/2018, o atleta André se desentendeu com 
jogadores da equipe adversária. Ao final do jogo, dirigiu-se ao estacionamento e encontrou, em seu carro, 
um bilhete anônimo, em que constavam diversas ofensas à sua honra. Em 28/06/2018, André encontrou 
um dos jogadores da equipe adversária, Marcelo, que lhe confessou a autoria do bilhete, ressaltando que 
Luiz e Rogério também estavam envolvidos na ofensa. 
André, em 17/11/2018, procurou seu advogado, apresentando todas as provas do crime praticado, 
manifestando seu interesse em apresentar queixa-crime contra os três autores do fato. Diante disso, o 
advogado do ofendido, após procuração com poderes especiais, apresenta, em 14/12/2018, queixa-crime 
em face de Luiz, Rogério e Marcelo, imputando-lhes a prática dos crimes de calúnia e injúria. 
Após o recebimento da queixa-crime pelo magistrado, André se arrependeu de ter buscado a 
responsabilização penal de Marcelo, tendo em vista que somente descobriu a autoria do crime em 
decorrência da ajuda por ele fornecida. Diante disso, comparece à residência de Marcelo, informa seu 
arrependimento, afirma não ter interesse em vê-lo responsabilizado criminalmente e o convida para a 
festa de aniversário de sua filha, sendo a conversa toda registrada em mídia audiovisual. 
Considerando as informações narradas, é correto afirmar que o(a) advogado(a) dos querelados poderá 
 
A) questionar o recebimento da queixa-crime, com fundamento na ocorrência de decadência, já que 
oferecida a inicial mais de 06 meses após a data dos fatos. 
B) buscar a extinção da punibilidade dos três querelados, diante da renúncia ao exercício do direito de queixa 
realizado por André, que poderá ser expresso ou tácito. 
C) buscar a extinção da punibilidade de Marcelo, mas não de Luiz e Rogério, em razão da renúncia ao exercício 
do direito de queixa realizado por André. 
D) buscar a extinção da punibilidade dos três querelados, caso concordem, diante do perdão oferecido a 
Marcelo por parte de André, que deverá ser estendido aos demais coautores. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
O prazo da ação privada (6 meses) inicia do conhecimento da autoria, não do fato! Portanto, se foi sabido 
dia 28 de junho, o prazo para apresentar a queixa vai até o fim de dezembro. 
 
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8 170 Questões comentadas para OAB 
 
Sobre a desistência de persistir com o intuito de processar, observe que foi após o recebimento da inicial. 
Isso caracteriza o perdão, e sobre ele vale a leitura do art. 51 do CPP; 106, I, §1º e 107, V, do CP. Estes artigos 
aclaram que o perdão: 
- É bilateral. Portanto pode ser recusado pelo querelado. 
- Pode ser expresso ou tácito. A postura de convidar o querelado para um aniversário configura um perdão 
tácito. 
- Se concedido a um, a todos aproveita (que aceitarem), pois a ação privada é regida pelo princípio da 
indivisibilidade. Não é meio para vinganças e perseguições. 
- Ela extingue a punibilidade . 
 
 
QUESTÃO 09 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Fred foi denunciado e condenado, em primeira instância, pela prática de crime de corrupção ativa, sendo 
ele e seu advogado intimados do teor da sentença no dia 05 de junho de 2018, terça-feira. A juntada do 
mandado de intimação do réu ao processo, todavia, somente ocorreu em 11 de junho de 2018, segunda-
feira. 
Considerando as informações narradas, o prazo para interposição de recurso de apelação pelo advogado 
de Fred, de acordo com a jurisprudência dos Tribunais Superiores, será iniciado 
 
A) no dia seguinte à juntada do mandado de intimação (12/06/18), devendo a data final do prazo ser 
prorrogada para o primeiro dia útil seguinte, caso se encerre no final de semana. 
B) no dia da juntada do mandado de intimação (11/06/18), devendo ser cumprido até o final do prazo de 05 
dias previsto em lei, ainda que este ocorra no final de semana. 
C) no dia da intimação (05/06/18), independentemente da data da juntada do mandado, devendo ser 
cumprido até o final do prazo de 05 dias previsto em lei, ainda que este ocorra no final de semana. 
D) no dia seguinte à intimação (06/06/18), independentemente da data da juntada do mandado, devendoa 
data final do prazo ser prorrogada para o primeiro dia útil seguinte, caso se encerre no final de semana. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
S. 710 do STF: "No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e não da juntada aos autos do mandado ou da carta 
precatória ou de ordem". 
 
Portanto, o dia de início foi dia 05 (terça), começando a contar a partir do dia seguinte (dia 06, quarta). O 
prazo da Apelação é de 5 dias (6-7-8-9-10). O prazo terminará no dia 10, domingo, devendo ser prorrogado 
para o próximo dia útil subsequente: dia 11 (segunda). 
 
E sobre a data final do prazo, será no primeiro dia útil subsequente caso o prazo fatal seja domingo ou feriado, 
conforme o art. 798 §3º do CPP, vejamos: 
Art. 798 CPP. Todos os prazos correrão em cartório e serão contínuos e peremptórios, não se interrompendo por férias, domingo ou 
dia feriado. 
§ 1o Não se computará no prazo o dia do começo, incluindo-se, porém, o do vencimento. 
§ 2o A terminação dos prazos será certificada nos autos pelo escrivão; será, porém, considerado findo o prazo, ainda que omitida 
aquela formalidade, se feita a prova do dia em que começou a correr. 
§ 3o O prazo que terminar em domingo ou dia feriado considerar-se-á prorrogado até o dia útil imediato. 
§ 4o Não correrão os prazos, se houver impedimento do juiz, força maior, ou obstáculo judicial oposto pela parte contrária. 
§ 5o Salvo os casos expressos, os prazos correrão: 
a) da intimação; 
b) da audiência ou sessão em que for proferida a decisão, se a ela estiver presente a parte; 
c) do dia em que a parte manifestar nos autos ciência inequívoca da sentença ou despacho 
 
 
 
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9 170 Questões comentadas para OAB 
QUESTÃO 10 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Rogério foi denunciado pela prática de um crime de homicídio qualificado por fatos que teriam ocorrido 
em 2017. Após regular citação e apresentação de resposta à acusação, Rogério decide não comparecer aos 
atos do processo, apesar de regularmente intimado, razão pela qual foi decretada sua revelia. 
Em audiência realizada na primeira fase do procedimento do Tribunal do Júri, sem a presença de Rogério, 
mas tão só de sua defesa técnica, foi proferida decisão de pronúncia. Rogério mudou-se e não informou 
ao juízo o novo endereço, não sendo localizado para ser pessoalmente intimado dessa decisão, ocorrendo, 
então, a intimação por edital. Posteriormente, a ação penal teve regular prosseguimento, sem a 
participação do acusado, sendo designada data para realização da sessão plenária. 
Ao tomar conhecimento desse fato por terceiros, Rogério procura seu advogado para esclarecimentos, 
informando não ter interesse em comparecer à sessão plenária. 
Com base apenas nas informações narradas, o advogado de Rogério deverá esclarecer que 
 
A) o processo e o curso do prazo prescricional, diante da intimação por edital, deveriam ficar suspensos. 
B) a intimação da decisão de pronúncia por edital não é admitida pelo Código de Processo Penal. 
C) o julgamento em sessão plenária do Tribunal do Júri, na hipótese, poderá ocorrer mesmo sem a presença 
do réu. 
D) a revelia gerou presunção de veracidade dos fatos e a intimação foi válida, mas a presença do réu é 
indispensável para a realização da sessão plenária do Tribunal do Júri. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
A) Errado, pois só haveria possibilidade de suspensão de prazo se o réu não possuísse advogado (art. 366, 
CPP). 
B) Errado, pois o artigo 361 do CPP autoriza a intimação por edital. 
C) Certo, é o descrito no artigo 457 do CPP. 
D) Errado, pois não há que se falar em revelia no Direito Penal, ou seja, o réu não está obrigado a comparecer 
a todos os atos processuais, em regra. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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10 170 Questões comentadas para OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 170 Questões comentadas para OAB 
 
PROCESSO DO TRABALHO 
 
 
QUESTÕES 01 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Heloísa era empregada doméstica e ajuizou, em julho de 2019, ação contra sua ex empregadora, Selma 
Reis. Após regularmente instruída, foi prolatada sentença julgando o pedido procedente em parte. 
A sentença foi proferida de forma líquida, apurando o valor devido de R$ 9.000,00 (nove mil reais) e custas 
de R$ 180,00 (cento e oitenta reais). A ex empregadora, não se conformando com a decisão, pretende dela 
recorrer. 
Indique a opção que corresponde ao preparo que a ex empregadora deverá realizar para viabilizar o seu 
recurso, sabendo-se que ela não requereu gratuidade de justiça porque tem boas condições financeiras. 
 
A) Tratando-se de empregador doméstico, só haverá necessidade de recolher as custas. 
B) Deverá recolher integralmente as custas e o depósito recursal. 
C) Por ser empregador doméstico, basta efetuar o recolhimento do depósito recursal. 
D) Deverá recolher as custas integralmente e metade do depósito recursal. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Quanto ao pagamento das CUSTAS: 
É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância 
conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e 
instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do 
Regime Geral de Previdência Social (Art. 790, § 3o, CLT). 
 
O benefício da justiça gratuita será concedido à parte que comprovar insuficiência de recursos para o 
pagamento das custas do processo (Art. 790, § 4o, CLT). 
 
Art. 790-A, CLT: São ISENTOS de CUSTAS (além dos beneficiários de justiça gratuita): 
 
I – A União, os Estados, o DF, os Municípios e respectivas autarquias e fundações públicas federais, estaduais 
ou municipais que não explorem atividade econômica; 
 
II – O Ministério Público do Trabalho. 
 
Observação: 
 
Como a empregadora não requereu o benefício da justiça gratuita e não é isenta, ela paga as custas 
integralmente. 
 
Quanto ao pagamento do DEPÓSITO RECURSAL: 
 
Pagam a METADE do DEPÓSITO RECURSAL: entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, 
microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte (§ 9o, art. 899, CLT). 
 
São ISENTOS de DEPÓSITO RECURSAL: beneficiários da justiça gratuita, entidades filantrópicas e as empresas 
em recuperação judicial. (§ 10, art. 899, CLT). 
 
 
 
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12 170 Questões comentadas para OAB 
QUESTÃO 02 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Em setembro de 2019, durante a audiência de um caso que envolvia apenas pedido de adicional de 
insalubridade, o Juiz do Trabalho determinou a realização de perícia e que a reclamada antecipasse os 
honorários periciais. Inconformada com essa decisão, a sociedade empresária impetrou mandado de 
segurança contra esse ato judicial, mas o TRT, em decisão colegiada, não concedeu a segurança. 
Caso a sociedade empresária pretenda recorrer dessa decisão, assinale a opção que indica a medida 
recursal da qual deverá se valer. 
 
A) Agravo de Instrumento. 
B) Recurso Ordinário. 
C) Agravo de Petição. 
D) Recurso de Revista. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
SUM-201/TST RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA 
 
Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 
8 (oito) dias, parao Tribunal Superior do Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados 
apresentarem razões de contrariedade. 
 
 
Questão 03 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Você foi contratado (a) para atuar nas seguintes ações trabalhistas: (i) uma ação de cumprimento, como 
advogado da parte autora; (ii) uma reclamação plúrima, também como advogado da parte autora; (iii) uma 
reclamação trabalhista movida por João, ex empregado de uma empresa, autor da ação; (iv) uma 
reclamação trabalhista, por uma sociedade empresária, ré na ação. 
Sobre essas ações, de acordo com a legislação trabalhista em vigor, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Tanto na ação de cumprimento como na ação plúrima, todos os empregados autores deverão 
obrigatoriamente estar presentes. O mesmo deve ocorrer com João. Já a sociedade empresária poderá se 
fazer representar por preposto não empregado da ré. 
B) O sindicato de classe da categoria poderá representar os empregados nas ações plúrima e de 
cumprimento. João deverá estar presente, em qualquer hipótese, de forma obrigatória. A sociedade 
empresária tem que se fazer representar por preposto, que não precisa ser empregado da ré. 
C) Nas ações plúrima e de cumprimento, a parte autora poderá se fazer representar pelo Sindicato da 
categoria. João deverá estar presente, mas, por doença ou motivo ponderoso comprovado, poderá se fazer 
representar por empregado da mesma profissão ou pelo seu sindicato. Na ação em face da sociedade 
empresária, o preposto não precisará ser empregado da ré. 
D) O sindicato da categoria poderá representar os empregados nas ações plúrima e de cumprimento. João 
deverá estar presente, mas, por doença ou motivo ponderoso comprovado, poderá se fazer representar por 
empregado da mesma profissão ou pelo seu sindicato. Na ação em face da sociedade empresária, o preposto 
deverá, obrigatoriamente, ser empregado da ré. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Na ação plúrima há um litisconsórcio ativo facultativo e a cada trabalhador equivale o seu interesse próprio; 
o pedido poderá ser julgado procedente para um e improcedente para outro. 
 
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13 170 Questões comentadas para OAB 
 
Conforme artigo 843 CLT: 
Art. 843. Na audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento 
de seus representantes, salvo nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-
se representar pelo Sindicato de sua categoria. 
§ 1o É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e 
cujas declarações obrigarão o proponente. 
§ 2o Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer 
pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato. 
 
 
Questão 04 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
José da Silva, que trabalhou em determinada sociedade empresária de 20/11/2018 a 30/04/2019, recebeu, 
apenas parcialmente, as verbas rescisórias, não tendo recebido algumas horas extras e reflexos. A 
sociedade empresária pretende pagar ao ex empregado o que entende devido, mas também quer evitar 
uma possível ação trabalhista. 
Sobre a hipótese, na qualidade de advogado (a) da sociedade empresária, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Deverá ser indicado e custeado um advogado para o empregado, a fim de que seja ajuizada uma ação 
para, então, comparecerem para um acordo, que já estará previamente entabulado no valor pretendido pela 
empresa. 
B) Deverá ser instaurado um processo de homologação de acordo extrajudicial, proposto em petição 
conjunta, mas com cada parte representada obrigatoriamente por advogado diferente. 
C) Deverá ser instaurado um processo de homologação de acordo extrajudicial, proposto em petição 
conjunta, mas cada parte poderá ser representada por advogado, ou não, já que, na Justiça do Trabalho, 
vigora o jus postulandi. 
D) Deverá ser instaurado um processo de homologação de acordo extrajudicial, proposto em petição 
conjunta, mas com advogado único representando ambas as partes, por se tratar de acordo extrajudicial. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
PARA HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL: 
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação 
das partes por advogado. 
§ 1º As partes não poderão ser representadas por advogado comum. 
§ 2º Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do sindicato de sua categoria. 
 
 
Questão 05 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Após tentar executar judicialmente seu ex empregador (a empresa Tecidos Suaves Ltda.) sem sucesso, o 
credor trabalhista Rodrigo instaurou o incidente de desconsideração de personalidade jurídica, 
objetivando direcionar a execução contra os sócios da empresa, o que foi aceito pelo magistrado. De 
acordo com a CLT, assinale a opção que indica o ato seguinte. 
 
A) O sócio será citado por oficial de justiça para pagar a dívida em 48 horas. 
B) O sócio será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 dias. 
C) O juiz determinará de plano o bloqueio de bens e valores do sócio, posto que desnecessária a sua citação 
ou intimação. 
D) Será conferida vista prévia ao Ministério Público do Trabalho, para que o parquet diga se concorda com a 
desconsideração pretendida. 
 
 
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14 170 Questões comentadas para OAB 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
A teoria da desconsideração da personalidade jurídica “desenvolveu-se com o fim precípuo de prevenir o 
desvio de finalidade de um ente empresarial, seja através da fraude à lei, aos credores ou ao contrato social, 
isto é, visando, única e exclusivamente, responsabilizar a má-fé dos sócios administradores”. 
Podemos encontrar fundamentação no CPC: 
Art. 855-A. Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto nos arts. 133 a 137 
da Lei no 13.105, de 16 de março de 2015 - Código de Processo Civil. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017) 
Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo 
de 15 (quinze) dias. 
 
 
Questão 06 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Considere as quatro situações jurídicas a seguir. 
(i) A Instituição ABCD é uma entidade sem fins lucrativos. 
(ii) Rosemary é uma empregadora doméstica. 
(iii) O Instituto Sonhar é uma entidade filantrópica. 
(iv) Mariana é uma microempreendedora individual. 
 
Considere que todas essas pessoas são empregadoras e têm reclamações trabalhistas ajuizadas contra si e 
que nenhuma delas comprovou ter as condições para ser beneficiária de justiça gratuita. 
Assinale a opção que indica, nos termos da CLT, quem estará isento de efetuar o depósito recursal para 
recorrer de uma sentença desfavorável proferida por uma Vara da Justiça do Trabalho. 
 
A) A Instituição ABCD e o Instituto Sonhar, somente. 
B) Todos estarão dispensados 
C) Instituto Sonhar, somente. 
D) Mariana e Rosemary, somente. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
DEPÓSITO RECURSAL PELA METADE 
Entidades sem fins lucrativos 
Empregadores domésticos 
Microempreendedores individuais 
Microempresas e empresas de pequeno porte 
 
ISENTOS DE DEPÓSITO RECURSAL 
 
Beneficiário de justiça gratuita 
Entidades filantrópicas 
Empresas em recuperação judicial 
 
NÃO DÃO GARANTIA DE PENHORA 
Entidades filantrópicas e/ou sua diretoriaEste é um conteúdo exclusivo do @guiadaoab | Proibido qualquer tipo de comercialização 
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15 170 Questões comentadas para OAB 
Questão 07 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Wilma foi dispensada sem justa causa e recebeu a indenização correspondente do ex empregador. Ela, no 
entanto, alega ter direito a uma equiparação salarial com um colega que realizava as mesmas atividades. 
Em razão disso, Wilma procura você, como advogado (a), e, com sua assessoria, dá início a um acordo 
extrajudicial com o ex empregador. 
O acordo é materializado em documento, especificando o valor e a identificação da parcela, sendo 
assinado pelas partes e seus respectivos advogados, e levado à Justiça do Trabalho para homologação. 
Contudo, a juíza do caso nega-se a homologar o acordo, argumentando que ele seria lesivo à trabalhadora, 
proferindo decisão nesse sentido. 
Diante disso, e de acordo com a norma legal, assinale a opção que indica a medida processual adequada 
para buscar a reforma da decisão proferida. 
 
A) Não há medida cabível, por se tratar de decisão interlocutória. 
B) Recurso Ordinário. 
C) Mandado de Segurança. 
D) Novo pedido de homologação de acordo extrajudicial idêntico, mas agora dirigido para outra Vara. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Conforme previsto no art. 895 da CLT: 
Art. 895 - Cabe recurso ordinário para a instância superior: 
I - Das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; 
 
Como é uma sentença terminativa (extinção sem resolução de mérito) caberá R.O no prazo de 8 dias. 
 
 
Questões 08 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
No decorrer de uma reclamação trabalhista, que transitou em julgado e que se encontra na fase executória, 
o juiz intimou o autor a apresentar os cálculos de liquidação respectivos, o que foi feito. Então, o juiz 
determinou que o cálculo fosse levado ao setor de Contadoria da Vara para conferência, tendo o calculista 
confirmado que os cálculos estavam adequados e em consonância com a coisa julgada. Diante disso, o juiz 
homologou a conta e determinou que o executado depositasse voluntariamente a quantia, sob pena de 
execução forçada. 
Diante dessa narrativa e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Equivocou-se o juiz, porque ele não poderia homologar o cálculo sem antes conceder vista ao executado 
pelo prazo de 8 dias. 
B) Correta a atitude do magistrado, porque as contas foram conferidas e foi impressa celeridade ao processo 
do trabalho, observando a duração razoável do processo. 
C) A Lei não fixa a dinâmica específica para a liquidação, daí porque cada juiz tem liberdade para criar a forma 
que melhor atenda aos anseios da justiça. 
D) O juiz deveria conceder vista dos cálculos ao executado e ao INSS pelo prazo de 5 dias úteis, pelo que o 
procedimento adotado está errado. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra A. 
 
Conforme previsto no art. 879, §2º e 3º da CLT, vejamos: 
Art. 879 - Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por 
arbitramento ou por artigos. 
 
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16 170 Questões comentadas para OAB 
(...) 
§ 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada 
com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. 
§ 3º - Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para 
manifestação, no prazo de 10 dias, sob pena de preclusão. 
 
Questão 09 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Em sede de reclamação trabalhista proposta por Sávio, os pedidos liquidados somaram valor inferior a 40 
salários mínimos nacionais. A ação foi movida em face do ex empregador e da União, em razão de alegação 
de responsabilidade subsidiária. 
Sobre o caso apresentado, assinale a opção que indica o procedimento a ser seguido. 
 
A) A ação correrá sob o rito sumaríssimo, pois cabível o rito especial para qualquer parte na Justiça do 
Trabalho, desde que o valor da causa seja compatível. 
B) A ação correrá sob o rito ordinário, porque, em que pese o valor da causa, figura ente de direito público 
no polo passivo. 
C) A ação correrá no rito ordinário, mas, caso a primeira ré não seja encontrada, não será possível realizar a 
citação por edital, em vista de a segunda ré ser a União. 
D) A ação correrá no rito sumaríssimo, e, em caso de prova testemunhal, cada parte terá direito a ouvir até 
três testemunhas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
RITO SUMARISSIMO, conforme previsto no art. 852-A da CLT: 
ART. 852-A - Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da 
reclamação fica submetidos ao procedimento sumaríssimo. 
Parágrafo único. Estão EXCLUÍDAS do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, 
autárquica e fundacional. 
 
 
Questão 10 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
O juiz, em sede de execução trabalhista, intimou a parte para cumprir despacho, determinando que o 
exequente desse seguimento à execução, indicando os meios de prosseguimento na execução, já que não 
foram encontrados bens no patrimônio do réu. 
Com fundamento na legislação vigente, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O processo ficará parado aguardando a manifestação do exequente por período indefinido de tempo. 
B) A declaração de prescrição somente poderá ocorrer por requerimento da parte contrária. 
C) A prescrição intercorrente ocorrerá após dois anos, se a parte não cumprir com o comando judicial. 
D) O juiz deverá intimar novamente a parte, a fim de dar início ao curso do prazo prescricional. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra 
 
É possível a prescrição intercorrente no processo do trabalho, nos termos do art. 11-A da CLT, no prazo de 2 
anos a contar do despacho que intima o exequente para apresentar os meios de prossegui a execução, 
vejamos: 
ART 11-A Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos. 
§ 1º A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da 
execução. 
§ 2º A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição. ” 
 
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17 170 Questões comentadas para OAB 
 
PROCESSO DO CIVIL 
 
 
Questão 01 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
O arquiteto Fernando ajuizou ação exclusivamente em face de Daniela, sua cliente, buscando a cobrança 
de valores que não teriam sido pagos no âmbito de um contrato de reforma de apartamento. 
Daniela, devidamente citada, deixou de oferecer contestação, mas, em litisconsórcio com seu marido José, 
apresentou reconvenção em peça autônoma, buscando indenização por danos morais em face de 
Fernando e sua empresa, sob o argumento de que estes, após a conclusão das obras de reforma, 
expuseram, em site próprio, fotos do interior do imóvel dos reconvintes sem que tivessem autorização 
para tanto. 
Diante dessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Como Daniela deixou de contestar a ação, ela e seu marido não poderiam ter apresentado reconvenção, 
devendo ter ajuizado ação autônoma para buscar a indenização pretendida. 
B) A reconvenção deverá ser processada, a despeito de Daniela não ter contestado a ação originária, na 
medida em que o réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação. 
C) A reconvenção não poderá ser processada, na medida em quenão é lícito a Daniela propor reconvenção 
em litisconsórcio com seu marido, que é um terceiro que não faz parte da ação originária. 
D) A reconvenção não poderá ser processada, na medida em que não é lícito a Daniela incluir no polo passivo 
da reconvenção a empresa de Fernando, que é um terceiro que não faz parte da ação originária. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Conforme previsto no artigo 343 do CPC, vejamos: 
Art. 343. Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com 
o fundamento da defesa. 
§ 1º Proposta a reconvenção, o autor será intimado, na pessoa de seu advogado, para apresentar resposta no prazo de 15 dias. 
§ 2º (1) A desistência da ação ou (2) a ocorrência de causa extintiva que impeça o exame de seu mérito não obsta ao prosseguimento 
do processo quanto à reconvenção. 
§ 3º A reconvenção pode ser proposta contra o (1) autor e (2) 3º. [D] 
§ 4º A reconvenção pode ser proposta pelo réu em litisconsórcio com 3º. [C] 
§ 5º Se o autor for substituto processual, o reconvinte deverá afirmar ser titular de direito em face do substituído, e a reconvenção 
deverá ser proposta em face do autor, também na qualidade de substituto processual. 
§ 6º O réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação. 
 
 
 
Questão 02 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Gustavo procura você, como advogado(a), visando ao ajuizamento de uma ação em face de João, para a 
defesa da posse de um imóvel localizado em Minas Gerais. 
Na defesa dos interesses do seu cliente, quanto à ação possessória a ser proposta, assinale a afirmativa 
correta. 
 
A) Não é lícito cumular o pedido possessório com condenação em perdas e danos a Gustavo, dada a 
especialidade do procedimento. 
B) Na pendência da ação possessória proposta por Gustavo, não é possível, nem a ele, nem a João, propor 
ação de reconhecimento de domínio, salvo em face de terceira pessoa. 
 
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18 170 Questões comentadas para OAB 
C) Se a proposta de ação de manutenção de posse por Gustavo for um esbulho, o juiz não pode receber a 
ação de manutenção de posse como reintegração de posse, por falta de interesse de adequação. 
D) Caso se entenda possuidor do imóvel e pretenda defender sua posse, o meio adequado a ser utilizado por 
João é a reconvenção em face de Gustavo. 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
Não existe RECONVENÇÃO nas ações possessórias. O que o artigo 556 do CPC estabelece é o pedido 
contraposto, o que caracteriza o caráter dúplice das ações possessórias. 
 
Art. 557. Na pendência de ação possessória é vedado, tanto ao autor quanto ao réu, propor ação de reconhecimento 
do domínio, exceto se a pretensão for deduzida em face de terceira pessoa. 
Parágrafo único. Não obsta à manutenção ou à reintegração de posse a alegação de propriedade ou de outro direito 
sobre a coisa. 
 
 
Questão 03 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Em um processo em que Carla disputava a titularidade de um apartamento com Marcos, este obteve 
sentença favorável, por apresentar, em juízo, cópia de um contrato de compra e venda e termo de 
quitação, anteriores ao contrato firmado por Carla. 
A sentença transitou em julgado sem que Carla apresentasse recurso. Alguns meses depois, Carla descobriu 
que Marcos era réu em um processo criminal no qual tinha sido comprovada a falsidade de vários 
documentos, dentre eles o contrato de compra e venda do apartamento disputado e o referido termo de 
quitação. 
Carla pretende, com base em seu contrato, retornar a juízo para buscar o direito ao imóvel. Para isso, ela 
pode 
 
A) interpor recurso de apelação contra a sentença, ainda que já tenha ocorrido o trânsito em julgado, 
fundado em prova nova. 
B) propor reclamação, para garantir a autoridade da decisão prolatada no juízo criminal, e formular pedido 
que lhe reconheça o direito ao imóvel. 
C) ajuizar rescisória, demonstrando que a sentença foi fundada em prova cuja falsidade foi apurada em 
processo criminal. 
D) requerer cumprimento de sentença diretamente no juízo criminal, para que a decisão que reconheceu a 
falsidade do documento valha como título judicial para transferência da propriedade do imóvel para seu 
nome. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
O prazo para interpor apelação é de 15 dias, não podendo Carla, após o trânsito em julgado, se valer desse 
recurso. 
 
Não cabe reclamação para decisões transitadas em julgado, conforme (CPC) art. 988, §5º É inadmissível a 
reclamação: I – proposta após o trânsito em julgado da decisão reclamada; 
 
Existem duas maneiras de combater a força da coisa julgada: 1 - ação rescisória 2 - ação de nulidade de 
sentença (querela nullitatis). No caso, cabe ação rescisória, nos termos do (CPC) Art. 966. A decisão de mérito, 
transitada em julgado, pode ser rescindida quando: VI - for fundada em prova cuja falsidade tenha sido 
apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; 
 
 
 
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19 170 Questões comentadas para OAB 
 
 
 
 
Questão 04 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Bruno ajuizou contra Flávio ação de execução de título executivo extrajudicial, com base em instrumento 
particular, firmado por duas testemunhas, para obter o pagamento forçado de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
Devidamente citado, Flávio prestou, em juízo, garantia integral do valor executado e opôs embargos à 
execução dentro do prazo legal, alegando, preliminarmente, a incompetência relativa do juízo da execução 
e, no mérito, que o exequente pleiteia quantia superior à do título (excesso de execução). No entanto, em 
seus embargos à execução, embora tenha alegado excesso de execução, Flávio não apontou o valor que 
entendia ser correto, tampouco apresentou cálculo com o demonstrativo discriminado e atualizado do 
valor em questão. 
Considerando essa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Os embargos à execução devem ser liminarmente rejeitados, sem resolução do mérito, porquanto Flávio 
não demonstrou adequadamente o excesso de execução, ao deixar de apontar o valor que entendia correto 
e de apresentar cálculo com o demonstrativo discriminado e atualizado do valor em questão. 
B) O juiz deverá rejeitar as alegações de incompetência relativa do juízo e de excesso de execução deduzidas 
por Flávio, por não constituírem matérias passíveis de alegação em sede de embargos à execução. 
C) Os embargos à execução serão processados para a apreciação da alegação de incompetência relativa do 
juízo, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução, tendo em vista que Flávio não indicou o 
valor que entendia correto para a execução, não apresentando o cálculo discriminado e atualizado do valor 
em questão. 
D) O juiz deverá processar e julgar os embargos à execução em sua integralidade, não surtindo qualquer 
efeito a falta de indicação do valor alegado como excesso e a ausência de apresentação de cálculo 
discriminado e atualizado do valor em questão, uma vez que os embargos foram apresentados dentro do 
prazo legal. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
Conforme previsto no artigo 917 do CPC, vejamos: 
CPC, art. 917. Nos embargos à execução, o executado poderá alegar: 
[...] 
III - (1) excesso de execução ou (2) cumulação indevida de execuções; [B] 
[...] 
V - incompetência (1) absoluta ou (2) relativa do juízo da execução; [B] 
[...] 
§ 2º Há excesso de execução quando: 
I - o exequente pleiteia quantia superior à do título; 
[...] 
§ 3º Quando alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à do título, o embargante declarará na 
petição inicial o valor que entende correto, apresentandodemonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. 
§ 4º (1) Não apontado o valor correto ou (2) não apresentado o demonstrativo, os embargos à execução: 
I - serão liminarmente rejeitados, sem resolução de mérito, se o excesso de execução for o seu único fundamento; 
II - serão processados, se houver outro fundamento, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução. [A/C/D] 
 
 
Questão 05 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Marcos foi contratado por Júlio para realizar obras de instalação elétrica no apartamento deste. Por 
negligência de Marcos, houve um incêndio que destruiu boa parte do imóvel e dos móveis que o 
guarneciam. 
 
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20 170 Questões comentadas para OAB 
Como não conseguiu obter a reparação dos prejuízos amigavelmente, Júlio ajuizou ação em face de Marcos 
e obteve sua condenação ao pagamento da quantia de R$ 148.000,00 (cento e quarenta e oito mil reais). 
Após a prolação da sentença, foi interposta apelação por Marcos, que ainda aguarda julgamento pelo 
Tribunal. Júlio, ato contínuo, apresentou cópia da sentença perante o cartório de registro imobiliário, para 
registro da hipoteca judiciária sob um imóvel de propriedade de Marcos, visando a garantir futuro 
pagamento do crédito. 
Sobre o caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
A) Júlio não pode solicitar o registro da hipoteca judiciária, uma vez que ainda está pendente de julgamento 
o recurso de apelação de Marcos. 
B) Júlio, mesmo que seja registrada a hipoteca judiciária, não terá direito de preferência sobre o bem em 
relação a outros credores. 
C) A hipoteca judiciária apenas poderá ser constituída e registrada mediante decisão proferida no Tribunal, 
em caráter de tutela provisória, na pendência do recurso de apelação interposto por Marcos. 
D) Júlio poderá levar a registro a sentença, e, uma vez constituída a hipoteca judiciária, esta conferirá a Júlio 
o direito de preferência em relação a outros credores, observada a prioridade do registro. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
Resposta encontrada na leitura do artigo 495 do CPC, vejamos: 
CPC, art. 495. A decisão que condenar o réu ao pagamento de prestação consistente em dinheiro e a que determinar a conversão de 
prestação de fazer, de não fazer ou de dar coisa em prestação pecuniária valerão como título constitutivo de hipoteca judiciária. 
§ 1º A decisão produz a hipoteca judiciária: 
I - embora a condenação seja genérica; 
II - ainda que o credor possa promover o cumprimento provisório da sentença ou esteja pendente arresto sobre bem do devedor; 
III - mesmo que impugnada por recurso dotado de efeito suspensivo. [A] 
§ 2º A hipoteca judiciária poderá ser realizada mediante apresentação de cópia da sentença perante o CRI, independentemente (1) 
de ordem judicial, (2) de declaração expressa do juiz ou (3) de demonstração de urgência. [C] 
§ 3º No prazo de até 15 dias da data de realização da hipoteca, a parte informá-la-á ao juízo da causa, que determinará a intimação 
da outra parte para que tome ciência do ato. 
§ 4º A hipoteca judiciária, uma vez constituída, implicará, para o credor hipotecário, o direito de preferência, quanto ao pagamento, 
em relação a outros credores, observada a prioridade no registro. [B/D] 
§ 5º Sobrevindo (1) a reforma ou (2) a invalidação da decisão que impôs o pagamento de quantia, a parte responderá, 
independentemente de culpa, pelos danos que a outra parte tiver sofrido em razão da constituição da garantia, devendo o valor da 
indenização ser liquidado e executado nos próprios autos. 
 
 
Questão 06 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Um advogado elabora uma petição inicial em observância aos requisitos legais. Da análise da peça 
postulatória, mesmo se deparando com controvérsia fática, o magistrado julga o pedido improcedente 
liminarmente. Diante dessa situação, o patrono do autor opta por recorrer contra o provimento do juiz, 
arguindo a nulidade da decisão por necessidade de dilação probatória. 
Com base nessa situação hipotética, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O advogado pode aduzir que, antes de proferir sentença extintiva, o juiz deve, necessariamente, 
determinar a emenda à inicial, em atenção ao princípio da primazia de mérito. 
B) Não existem hipóteses de improcedência liminar no atual sistema processual, por traduzirem restrição do 
princípio da inafastabilidade da prestação jurisdicional e ofensa ao princípio do devido processo legal. 
C) Somente a inépcia da petição inicial autoriza a improcedência liminar dos pedidos. 
D) Nas hipóteses em que há necessidade de dilação probatória, não cabe improcedência liminar do pedido. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
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21 170 Questões comentadas para OAB 
 
O juiz não poderia julgar liminarmente o pedido pois havia CONTROVÉRSIA FÁTICA, sendo necessário a fase 
instrutória, a produção de provas. 
 
Vejamos o que fiz o CPC sobre este assunto: 
 
Artigo 332, § 2º Não interposta APELAÇÃO pelo autor da petição, o réu será intimado do trânsito em julgado da sentença, nos termos 
do art. 241 do mesmo diploma legal, onde se diz, que quando o juiz profere uma decisão ( sentença) de mérito em favor do réu antes 
da citação, incube ao escrivão ou a o chefe da secretaria comunicar-lhe o resultado do julgamento. 
§ 3º Interposta a apelação, o juiz poderá retratar-se em 5 (cinco) dias. 
§ 4º Se houver retratação, o juiz determinará o prosseguimento do processo com a citação do réu, e, se não houver retratação, 
determinará a citação do réu para apresentar contrarrazões, no prazo de 15 (quinze dias). 
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito, quando: 
I - não houver necessidade de produção de outras provas; 
 
 
Questão 07 - FGV - 2020 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXXI - Primeira Fase 
 
Julieta ajuizou demanda em face de Rafaela e, a fim de provar os fatos constitutivos de seu direito, arrolou 
como testemunhas Fernanda e Vicente. A demandada, por sua vez, arrolou as testemunhas Pedro e 
Mônica. 
Durante a instrução, Fernanda e Vicente em nada contribuíram para o esclarecimento dos fatos, enquanto 
Pedro e Mônica confirmaram o alegado na petição inicial. Em razões finais, o advogado da autora requereu 
a procedência dos pedidos, ao que se contrapôs o patrono da ré, sob o argumento de que as provas 
produzidas pela autora não confirmaram suas alegações e, ademais, as provas produzidas pela ré não 
podem prejudicá-la. 
Consideradas as normas processuais em vigor, assinale a afirmativa correta. 
 
A) O advogado da demandada está correto, pois competia à demandante a prova dos fatos constitutivos do 
seu direito. 
B) O advogado da demandante está correto, porque a prova, uma vez produzida, pode beneficiar parte 
distinta da que a requereu. 
C) O advogado da demandante está incorreto, pois o princípio da aquisição da prova não é aplicável à 
hipótese. 
D) O advogado da demandada está incorreto, porque as provas só podem beneficiar a parte que as produziu, 
segundo o princípio da aquisição da prova. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra B. 
 
O direito probatório é também informado pelo princípio da aquisição processual, ou princípio da comunhão 
da prova. Por este princípio, deve o Juiz fundamentar a decisão na prova dos autos, pouco importando quem 
tenha produzido (art. 371 do CPC/2015); a prova pertence ao processo e será, pelo seu valor intrínseco, 
sopesada pelo Juiz, independentemente de se ter originado da atividade deste ou daquele litigante, ou 
mesmo de atividade oficiosa do Juiz. É a partir dessa diretriz que podemos concluir que, embora seja o 
convencimento do Juiz que defina a valoração da prova, não é ele, o Juiz, o destinatárioda prova, mas sim o 
próprio processo. A prova não é feita para o Juiz; é produzida para o processo. 
 
Vejamos o artigo 371 do CPC: 
CPC, art. 371. O juiz apreciará a prova constante dos autos, independentemente do sujeito que a tiver promovido, e indicará na 
decisão as razões da formação de seu convencimento. 
 
 
 
 
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22 170 Questões comentadas para OAB 
 
Questão 08 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
A Associação “X”, devidamente representada por seu advogado, visando à proteção de determinados 
interesses coletivos, propôs ação civil pública, cujos pedidos foram julgados improcedentes. Ademais, a 
associação foi condenada ao pagamento de honorários advocatícios no percentual de 20% (vinte por 
cento) sobre o valor da causa. 
Diante de tal quadro, especificamente sobre os honorários advocatícios, a sentença está 
 
A) correta no que se refere à possibilidade de condenação ao pagamento de honorários e, incorreta, no que 
tange ao respectivo valor, porquanto fixado fora dos parâmetros estabelecidos pelo Art. 85 do CPC. 
B) incorreta, pois as associações não podem ser condenadas ao pagamento de honorários advocatícios, 
exceto no caso de litigância de ma-fé, no âmbito da tutela individual e coletiva. 
C) correta, pois o juiz pode fixar os honorários de acordo com seu prudente arbítrio, observados os 
parâmetros do Art. 85 do CPC. 
D) incorreta, pois as associações são isentas do pagamento de honorários advocatícios em ações civis 
públicas, exceto no caso de má-fé, hipótese em que também serão condenadas ao pagamento do décuplo 
das custas. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra D. 
 
A resposta para essa questão é encontrada nos artigos 17 e 18 da lei Nº 7.347/1985 (ACP), vejamos: 
Art. 17. Em caso de litigância de má-fé, a associação autora e os diretores responsáveis pela propositura da ação serão solidariamente 
condenados em honorários advocatícios e ao décuplo das custas, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos. 
Art. 18. Nas ações de que trata esta lei, não haverá adiantamento de custas, emolumentos, honorários periciais e quaisquer outras 
despesas, nem condenação da associação autora, salvo comprovada má-fé, em honorários de advogado, custas e despesas 
processuais. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990). 
 
 
Questão 09 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Cláudio, em face da execução por título extrajudicial que lhe moveu Daniel, ajuizou embargos à execução, 
os quais foram julgados improcedentes. O advogado de Cláudio, inconformado, interpõe recurso de 
apelação. Uma semana após a interposição do referido recurso, o advogado de Daniel requer a penhora 
de um automóvel pertencente a Cláudio. 
Diante do caso concreto e considerando que o juízo não concedeu efeito suspensivo aos embargos, assinale 
a afirmativa correta. 
 
A) A penhora foi indevida, tendo em vista que os embargos à execução possuem efeito suspensivo decorrente 
de lei. 
B) O recurso de apelação interposto por Cláudio é dotado de efeito suspensivo por força de lei, tornando a 
penhora incorreta. 
C) A apelação interposta em face de sentença que julga improcedentes os embargos à execução é dotada de 
efeito meramente devolutivo, o que não impede a prática de atos de constrição patrimonial, tal como a 
penhora. 
D) O recurso de apelação não deve ser conhecido, pois o pronunciamento judicial que julga os embargos do 
executado tem natureza jurídica de decisão interlocutória, devendo ser impugnada por meio de agravo de 
instrumento. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
 
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23 170 Questões comentadas para OAB 
Resposta no artigo 1.012 do CPC, vejamos: 
Artigo 1012 - A apelação terá efeito suspensivo. 
§1° - Além de outras hipóteses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a sentença que: 
I - homologa divisão ou demarcação de terras; 
II - condena a pagar alimentos 
III - extingue sem resolução do mérito ou julga improcedentes os embargos do executado (assim como no caso ora em tela) 
IV - julga procedente o pedido de arbitragem; 
V - confirma, concede ou revoga tutela provisória 
VI - decreta a interdição 
 
 
Questão 10 - FGV - 2019 - OAB - Exame de Ordem Unificado XXX - Primeira Fase 
 
Daniel, sensibilizado com a necessidade de Joana em alugar um apartamento, disponibiliza-se a ser seu 
fiador no contrato de locação, fazendo constar nele cláusula de benefício de ordem. Um ano e meio após 
a assinatura do contrato, Daniel é citado em ação judicial visando à cobrança de aluguéis atrasados. 
Ciente de que Joana possui bens suficientes para fazer frente à dívida contraída, Daniel consulta você, 
como advogado(a), sobre a possibilidade de Joana também figurar no polo passivo da ação. 
Diante do caso narrado, assinale a opção que apresenta a modalidade de intervenção de terceiros a ser 
arguida por Daniel em sua contestação. 
 
A) Assistência. 
B) Denunciação da lide. 
C) Chamamento ao processo. 
D) Nomeação à autoria. 
 
COMENTÁRIOS: 
Alternativa correta letra C. 
 
A assistência, encontra-se elencada no artigo 119 do CPC, ele se dá quando o terceiro, na pendência de uma 
causa entre outras pessoas, tendo interesse jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes, 
intervém no processo para lhe prestar colaboração. Por exemplo: em uma ação de despejo movida contra o 
locatário, em razão do fato de a sentença poder influir na sublocação, pode o sublocatário ingressar como 
assistente do réu. 
 
Na Denunciação da lide, encontra-se elencada no artigo 125 do CPC, é a forma de intervenção de terceiros, 
por meio da qual o autor ou o réu chamam a juízo terceira pessoa, que seja garante do seu direito, para 
resguardá-lo acaso de ser vencido a demanda em que se encontram. 
Exemplos: construtora acionada para reparar defeitos em prédio por ela construído denuncia a lide ao 
engenheiro responsável (denunciação pelo réu); comprador promove ação reivindicatória contra o possuidor 
do bem e, ao mesmo tempo, denuncia a lide ao vendedor, para que este lhe responda pela evicção 
(denunciação pelo autor). 
 
O chamamento ao processo, encontra-se elencado no artigo 77 a 80 do CPC, este instituto é requerido pelo 
réu: I – do afiançado, na ação em que o fiador for réu; II – dos demais fiadores, na ação proposta contra um 
ou alguns deles; III – dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o 
pagamento da dívida comum. Sendo neste caso, o autor, é obrigado a litigar com quem não pretendia. 
 
E por fim, Nomeação a autoria, encontra-se elencada no artigo 63 do CPC, é incidente pelo qual o réu indica 
o verdadeiro sujeito a figurar no polo passivo da ação, trata se de intervenção de terceiros provocada. 
 
 
 
 
 
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24 170 Questões comentadas para OAB 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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25 170 Questões comentadas para OAB 
 
 
FILOSOFIA 
 
 
QUESTÃO 01 - (2020/FGV/XIII EXAME DE ORDEM) 
 
É preciso sair do estado natural, no qual cada um age em função dos seus próprios caprichos, e 
convencionar com todos os demais em submeter-se a uma limitação exterior, publicamente acordada, e, 
por conseguinte, entrar num estado em que tudo que deve ser reconhecido como seu é determinado pela 
lei... Immanuel Kant A perspectiva contratualista de Kant, apresentada na obra Doutrina do Direito, 
sustenta ser necessário passar de um estado de natureza, no qual as pessoas agem egoisticamente,para 
um estado civil, em que a vida em comum seja regulada pela lei, como forma de justiça pública. Isso implica 
interferir na liberdade das pessoas. 
Em relação à liberdade no estado civil, assinale a opção que apresenta a posição que Kant sustenta na obra 
em referência. 
 
a) O homem deixou sua liberdade selvagem e sem freio para encontrar toda a sua liberdade na dependência 
legal, isto é, num estado jurídico, porque essa dependência procede de sua própria vontade legisladora. 
b) A liberdade num estado jurídico ou civil consiste na capacidade da vontade soberana de cada indivíduo de 
fazer aquilo que deseja, pois somente nesse estado o homem se vê livre das forças da natureza que limitam 
sua vontade. 
c) A liberdade civil resulta da estrutura política do estado, de forma que somente pode ser considerado 
liberdade aquilo que decorre de uma afirmação de vontade do soberano. No estado civil, a liberdade não 
pode ser considerada uma vontade pessoal. 
d) Na república, a liberdade é do governante para governar em prol de todos os cidadãos, de modo que o 
governante possui liberdade, e os governados possuem direitos que são instituídos pelo governo. 
 
COMENTÁRIOS: 
Letra a. 
 
Em relação a provas anteriores, esse Exame foi relativamente simples. Os autores cobrados são clássicos e 
estudados em diversas disciplinas do curso de Direito, não especificamente nas disciplinas de Filosofia. A seu 
turno, a questão tenta confundir o examinando com a inclusão de alternativas que podem se referir a outros 
autores, mas não ao autor proposto. A alternativa b, em verdade, corresponde ao estado de natureza, pelo 
qual o indivíduo não sofre limitações que não aquelas decorrentes do estado das coisas e de suas capacidades 
físicas. O próprio texto motivador da questão ajuda a afastar essa alternativa. A alternativa c trata do Estado 
absolutista, em que a vontade do monarca se sobrepõe à dos demais indivíduos. Kant faz parte do 
iluminismo, que representou a corrente teórica que fundamentou os ideais liberais que derem origem às 
revoluções do Século XVIII. A última alternativa tem preferência o proposto por Rousseau em relação à noção 
de nação. 
 
 
QUESTÃO 02 - (2020/FGV/XIII EXAME DE ORDEM) 
 
Temos pois definido o justo e o injusto. Após distingui-los assim um do outro, é evidente que a ação justa 
é intermediária entre o agir injustamente e o ser vítima da injustiça; pois um deles é ter demais e o outro 
é ter demasiado pouco. 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1973. Em seu livro Ética 
a Nicômaco, Aristóteles apresenta a justiça como uma virtude e a diferencia daquilo que é injusto. 
 
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26 170 Questões comentadas para OAB 
Assinale a opção que define aquilo que, nos termos do livro citado, deve ser entendido como justiça 
enquanto virtude. 
 
a) Uma espécie de meio-termo, porém não no mesmo sentido que as outras virtudes, e sim porque se 
relaciona com uma quantia intermediária, enquanto a injustiça se relaciona com os extremos. 
b) Uma maneira de proteger aquilo que é o mais conveniente para o mais forte, uma vez que a justiça como 
produto do governo dos homens expressa sempre as forças que conseguem fazer valer seus próprios 
interesses. 
c) O cumprimento dos pactos que decorrem da vida em sociedade, seja da lei como pacto que vincula todos 
os cidadãos da cidade, seja dos contratos que funcionam como pactos celebrados entre particulares e 
vinculam as partes contratantes. 
b) Um imperativo categórico que define um modelo de ação moralmente desejável para toda e qualquer 
pessoa e se expressa da seguinte maneira: “Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-se, por meio 
da tua vontade, uma lei universal”. 
 
COMENTÁRIOS: 
Letra a. 
 
A alternativa B trata do estado de natureza, que, por seu estado de coisas, não pode ser considerado justo 
ou injusto, apenas é. A alternativa C se refere ao contratualismo, que vem muitos séculos após a obra de 
Aristóteles. A alternativa D se refere ao proposto pela teoria de Kant. 
 
 
QUESTÃO 03 - (2014/FGV/XIII EXAME DE ORDEM) 
 
Em seu livro Levando os Direitos a Sério, Ronald Dworkin cita o caso Riggs contra Palmer, em que um jovem 
matou o próprio avô para ficar com a herança. O Tribunal de Nova Iorque (em 1889) julga o caso 
considerando que a legislação do local e da época não previa o homicídio como causa de exclusão da 
sucessão. Para solucionar o caso, o Tribunal aplica o princípio, não legislado, do direito que diz que 
ninguém pode se beneficiar de sua própria iniquidade ou ilicitude. Assim, o assassino não recebeu sua 
herança. 
Com esse exemplo podemos concluir que a jusfilosofia de Ronald Dworkin, dentre outras coisas, pretende 
 
a) revelar que a responsabilidade sobre o maior ou menor grau de justiça de um ordenamento jurídico é 
responsabilidade exclusiva do legislador que deve se esforçar por produzir leis justas. 
b) mostrar como as cortes podem ser ativistas quando decidem com base em princípios e não com base na 
lei e que decidir assim fere o estado de direito. 
c) defender que regras e princípios são normas jurídicas que possuem as mesmas características e, por isso, 
ambos podem ser aplicados livremente pelos tribunais. 
d) argumentar que regras e princípios são normas com características distintas e em certos casos os princípios 
poderão justificar de forma mais razoável a decisão judicial, pois a tornam também moralmente aceitável. 
 
COMENTÁRIOS: 
Letra d. 
 
No caso citado, Dworkin aponta que existe uma contraposição entre o comportamento do indivíduo e o 
comportamento que a sociedade deseja incentivar. Para o autor, não pode ser considerado adequado o 
estímulo a homicídios com a intenção de receber um adiantamento de herança. Por tal motivo, não se deve 
permitir esse resultado no âmbito do ordenamento jurídico. 
O que torna o caso atípico, para Dworkin, é o fato de que o resultado da aplicação das regras vigentes ao 
caso conduziria a um resultado que estimularia outros atos no mesmo sentido. Nesse contexto, para o autor, 
haveria a necessidade de chamar à solução do litígio os princípios liberais que regem o ordenamento jurídico. 
 
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27 170 Questões comentadas para OAB 
No caso específico, aplica-se a noção de ordenamento jurídico como Integridade, o que significa que o 
ordenamento jurídico deve ser construído sobre bases coerentes e que respeite os princípios liberais básicos. 
Dessa forma, o que se tem é que os princípios devem conduzir a uma aplicação racional do ordenamento 
jurídico, de forma a evitar decisões que afrontem os fundamentos liberais do ordenamento 
jurídico. 
 
a) Errada. Retira da responsabilidade do Poder Judiciário a análise da integridade do ordenamento jurídico, 
deixando exclusivamente ao Poder Legislativo tal tarefa. 
b) Errada. Apresenta uma crítica ao ativismo judicial, o que retiraria, tal como a letra a, do Poder Judiciário 
qualquer papel na construção do ordenamento jurídico. 
c) Errada. Vai frontalmente contra a proposta de Dworkin. Para ele, as regras devem ser consideradas para a 
solução da maioria dos casos. Apenas em situações específicas, em que a solução alcançada pelas regras seja 
moralmente injustificável é que se deve utilizar os princípios para solucionar os casos postos a julgamento 
perante o Poder Judiciário. 
 
 
QUESTÃO 04 - (2015/FGV/XVI EXAME DE ORDEM) 
 
Rudolf Von Ihering, em A Luta pelo Direito, afirma que “O fim do direito é a paz, o meio de atingi-lo, a 
luta.” Assinale a afirmativa que melhor expressa o pensamento desse autor 
 
a) O Direito de uma sociedade é a expressão dos conflitos sociais desta sociedade, e ele resulta de uma luta 
de pessoas e grupos pelos seus próprios direitos subjetivos. Por isso, o Direito é uma força viva e não uma 
ideia. 
b) O

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