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RESPONSABILIDADE CIVIL 6


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Paulo contratou com a empresa de Plano de Saúde VIVA JÁ S/A um plano de saúde. Contudo, no
momento da assinatura do contrato o mesmo negou a informação de uma doença preexistente que
expressamente o plano não iria cobrir. Momentos após a feitura do contrato, Paulo necessitou de um
procedimento médico por conta da doença preexistente que possui o que foi negado pelo Plano.
Diante da situação hipotética narrada, assinale a opção correta:
Ainda que tenha omitido informações, deveria a empresa de plano de saúde cobrir as despesas 
médica e após cobrar de Paulo
Tanto o Hospital quanto a empresa VIVA JÁ serão solidariamente responsáveis pelos danos morais 
e/ou materiais experimentados por Paulo, uma vez que a vida é um bem maior, protegido 
constitucionalmente
O hospital responsável pelo tratamento de Paulo poderá ser civilmente responsabilizado, ainda que a
empresa de plano de saúde negou cobrir o tratamento
Paulo agiu com má-fé, desta forma não há que se falar em responsabilidade civil por conta 
da empresa de plano de saúde, conforme pacificado na jurisprudência;
Há que se falar em responsabilidade civil por parte da empresa de plano de saúde, podendo esta, 
entretanto, ingressar com ação regressiva em face de Paulo
Explicação: Com base na pacífica jurisprudência a má-fé, caracterizada por omissão de informações, não geram 
o dever de indenizar
          Questão
(EMAGIS) Em relação à responsabilização civil de médicos e de hospitais, assinale a alternativa correta:
É jurisprudência pacífica aquela no sentido de que o hospital sempre responde objetivamente pelo 
evento ¿ erro médico ¿ ocorrido em seu interior.
Assim como o plano de saúde responde objetivamente pelo erro provocado por seu médico 
credenciado, o hospital responde objetivamente por médico pertencente ao seu corpo clínico.
O STJ modificou recentemente sua jurisprudência, por meio de sua Terceira Turma, passando, pela 
primeira vez, a admitir que o hospital também responda subjetivamente pelo defeito do serviço 
prestado.
É entendimento jurisprudencial do STJ a noção de que a cirurgia estética implica em caso de 
responsabilização objetiva do médico, e não subjetiva.
Maria compareceu para realização de uma cirurgia de retirada de um câncer de pele, operação feita 
com um cirurgião plástico, com a finalidade de promover correções estéticas após a retirada da 
¿mancha¿ maligna na pele. Nesse caso, pode-se afirmar que o médico responde objetivamente em 
caso de erro.
Explicação: Quando o médico é credenciado do plano de saúde, o caso é de responsabilização objetiva e 
solidária da operadora do plano e do médico realizador do procedimento. Há um evidente acidente de consumo 
por falha na prestação do serviço: 
¿PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. AÇÃO DE 
INDENIZAÇÃO. CIRURGIA. FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO. 1. OPERADORA DO PLANO DE SAÚDE. 
LEGITIMIDADE E RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA. POSSIBILIDADE. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 
MÉDICOS E HOSPITALARES. SÚMULA 83/STJ. 2. QUINHÃO CABÍVEL AOS DEVEDORES. 50%. O CREDOR PODE 
EFETUAR A COBRANÇA INTEGRAL EM RELAÇÃO A QUALQUER UM DELES. 3. AGRAVO IMPROVIDO.
1. No que concerne à legitimidade da agravante para figurar no polo passivo da demanda, a orientação 
jurisprudencial desta Corte Superior se firmou no sentido de que "Se o contrato é fundado na prestação de 
serviços médicos e hospitalares próprios e/ou credenciados, no qual a operadora de plano de saúde mantém 
hospitais e emprega médicos ou indica um rol de conveniados, não há como afastar sua responsabilidade 
solidária pela má prestação do serviço" (REsp 866.371/RS, Rel. Ministro Raul Araújo, Quarta Turma, Julgado em 
27/3/2012, DJe 20/8/2012).
2. No que se refere ao quinhão que caberia a cada devedor, em se tratando de responsabilidade solidária, 
mostra-se cabível no percentual de 50% para cada um, ressalvado previsão em contrato.
Ademais, não se mostra imperativa a discussão acerca do grau de responsabilidade dos co-devedores, na 
medida em que, na responsabilidade solidária, todos os devedores respondem cada qual pela sua dívida, tendo 
o credor o direito de efetuar a cobrança integral da dívida em relação a qualquer um deles, podendo, inclusive, 
ser apresentado contra o outro ação de regresso para reaver o valor excedente à cota parte por ele paga.
3. Agravo regimental a que se nega provimento.¿
(AgRg no REsp 1533920/RS, Rel. Ministro MARCO AURÉLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 
01/12/2016, DJe 12/12/2016)
          Questão
(ESAF/2012) - Sobre o Plano de Saúde é correto afirmar:
Define as ações que, em seu período de vigência, irão garantir o alcance dos objetivos e o 
cumprimento das metas do Relatório Anual de Gestão.
sua estrutura formal deve explicitar a análise dos resultados obtidos na execução (física, 
orçamentária e financeir(A) de cada programa apresentado.
é instrumento referencial no qual devem estar refl etidas as necessidades e peculiaridades próprias 
de cada esfera, configurando-se como a base para a execução, o acompanhamento, a avaliação e a 
gestão do sistema de saúde.
tem como bases legais para sua elaboração a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária 
Anual.
é o instrumento que regula os repasses e transferências financeiras do Fundo Nacional de Saúde 
para os estados e municípios.
Explicação:Os recursos alocados junto ao FNS destinam-se ainda às transferências para os Estados, o Distrito 
Federal e os municípios, a fim de que esses entes federativos realizem, de forma descentralizada, ações e 
serviços de saúde, bem como investimentos na rede de serviços e na cobertura assistencial e hospitalar, no 
âmbito do SUS. Essas transferências são realizadas nas seguintes modalidades: Fundo a Fundo, Convênios, 
Contratos de Repasses e Termos de Cooperação.
          Questão
(Exame de Ordem Unficado/XIX/2016 - adaptada) - Amadeu, aposentado, aderiu ao plano de saúde coletivo 
ofertado pelo sindicato ao qual esteve vinculado por força de sua atividade laborativa por mais de 30 anos. Ao 
completar 60 anos, o valor da mensalidade sofreu aumento significativo (cerca de 400%), o que foi questionado 
por Amadeu, a quem os funcionários do sindicato explicaram que o aumento decorreu da mudança de faixa 
etária do aposentado.
A respeito do tema, assinale a afirmativa correta.
O aumento do preço não é abusivo, mas o microssistema consumerista e a legislação civil não 
devem ser utilizados na hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o 
Estatuto do Idoso estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa.
O aumento do preço é legítimo, tendo em vista que o idoso faz maior uso dos serviços cobertos e o 
equilíbrio contratual exige que não haja onerosidade excessiva para qualquer das partes, não se 
aplicando o CDC à hipótese, por se tratar de contrato de plano de saúde coletivo envolvendo 
pessoas idosas.
O aumento do preço é abusivo, mas o microssistema consumerista não deve ser utilizado na 
hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso estabelece a
disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa.
O aumento do valor da mensalidade é legítimo, uma vez que a majoração de preço é natural e 
periodicamente aplicada aos contratos de trato continuado, motivo pelo qual o CDC autoriza que o 
critério faixa etária sirva como parâmetro para os reajustes econômicos.
O aumento do preço é abusivo e a norma consumerista deve ser aplicada ao caso, mesmo em se 
tratando de plano de saúde coletivo e, principalmente, que envolva interessado com amparo legal 
no Estatuto do Idoso.
Explicação:
O reajuste por mudança de faixa etária é o aumento imposto ao consumidor de plano de saúde com base na 
variação de sua idade. A Lei de Planos de Saúde ¿ Lei nº 9.656/98, em seu artigo art. 15, previu a possibilidade 
das operadoras efetuarem este reajuste, desde que o contrato preveja as faixas etárias e os percentuais de 
reajustes incidentesem cada uma delas. Mas também fez uma única ressalva: proíbe tal reajuste aos 
consumidores com mais de 60 anos, desde que participassem do plano de saúde há mais de 10 anos.Em 
princípio, o reajuste após os 60 (sessenta) anos é ilegal, não importando se se trata de contrato firmado antes 
ou após a entrada em vigor do Estatuto do Idoso.Válido acrescentar que o Tribunal de Justiça tem entendido que 
os reajustes nas faixas anteriores aos 60 (sessenta) anos, quando superior a 30% (trinta por cento) do valor 
anteriormente pago, caracteriza-se a abusividade na cobrança, possibilitando a revisão judicial do valor.
          Questão
(CESGRANRIO/Petrobras 2017) - Ao requerer autorização de funcionamento junto ao órgão competente, uma 
determinada operadora de planos privados de assistência à saúde omitiu-se em informar a descrição 
pormenorizada de suas instalações, os equipamentos destinados à prestação de serviços e a especificação dos 
recursos humanos qualificados e habilitados, inclusive com responsabilidade técnica de acordo com as leis que 
regem a matéria.Assim sendo, e de acordo com a Lei no 9.656/1998 e posteriores alterações, fica a referida 
operadora
impedida de proceder a atendimentos emergenciais.
autorizada a funcionar, desde que apresente a documentação pendente no prazo de 15 dias.
impedida de funcionar até que apresente a documentação pendente, no prazo estabelecido pela 
autoridade competente.
autorizada a funcionar parcialmente, até que complemente o restante da documentação.
impedida de proceder a internações e cirurgias eletivas.
Explicação:
No caso de empresas que pretendem ingressar no setor de saúde suplementar, primeiro deve-se solicitar o 
Registro de Operadora (1ª etapa) e após a concessão deste Registro, apresentar o pedido de registro de 
produto(s) (2ª etapa). Após a concessão do registro de operadora, a empresa deve enviar uma correspondência
para a Diretoria de Desenvolvimento Setorial ¿ DIDES solicitando a concessão de senha ¿TXT¿ que permitirá o 
acesso aos aplicativos da ANS e assim solicitar o registro de produto(s). As operadoras que possuem registro 
provisório junto à ANS, podem solicitar o registro de operadora e o registro de produto(s) simultaneamente.
Na conferência da documentação enviada pela empresa, a ANS verifica se estão presentes os documentos 
mínimos necessários constantes da lista para o início do processo de solicitação de registro de operadora. Caso 
não seja constatada a pertinência de algum(ns) documento(s) ou de toda a documentação, a ANS expedirá 
ofício à empresa solicitante restituindo a documentação que não está em conformidade com as normas que 
regulamentam a matéria.
Verificação pela ANS se a documentação está completa: Documentação incompleta: ANS envia ofício 
informando que documentação não foi aceita.
          Questão
(CESGRANRIO/Petrobras /2017) - De acordo com a Lei no 9.656/1998 e posteriores alterações, cabe às operadoras de 
plano de assistência à saúde oferecer qualquer modalidade de produto, serviço e contrato que apresente, além da garantia
de cobertura financeira de riscos de assistência médica, hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie 
de atividade exclusivamente financeira, tais como: custeio de despesas; oferecimento de rede credenciada ou 
referenciada; reembolso de despesas; mecanismos de regulação; qualquer restrição contratual, técnica ou operacional 
para a cobertura de procedimentos solicitados por prestador escolhido pelo consumidor; e vinculação de cobertura 
financeira à aplicação de conceitos ou critérios médico- -assistenciaisO ente público competente para normatizar e 
fiscalizar o cumprimento do dispositivo legal é o(a):
Associação dos agentes nacionais de saúde
Agência nacional de vigilância sanitária
Sindicato dos trabalhadores da categoria
Conselho federal de medicina
Agência nacional de saúde suplementar
Explicação:A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a agência reguladora vinculada ao Ministério da 
Saúde responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil.Promover a defesa do interesse público na assistência 
suplementar à saúde, regular as operadoras setoriais - inclusive quanto às suas relações 
com prestadores e consumidores - e contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país. A ANS tem por 
valores institucionais a transparência e ética dos atos, o conhecimento como fundamento da regulação, o estímulo à 
inovação para busca de soluções e sustentabilidade setorial e o foco no compromisso social.
          Questão
A ANS define uma lista de consultas, exames e tratamentos, denominada Rol de Procedimentos e Eventos em 
Saúde, que os planos de saúde são obrigados a oferecer, conforme cada tipo de plano - ambulatorial, hospitalar 
com ou sem obstetrícia, referência ou odontológico. Com relação ao plano-referência de assistência à saúde, 
previsto no art. 10 da Lei 9656/98, assinale a única opção que apresenta uma exigência mínima:
Fornecimento de medicamentos importados não nacionalizados
Cobertura de internações hospitalares com limitação de prazo, quando incluir internação hospitalar
Cobertura para tratamento clínico ou cirúrgico experimental
Cobertura de serviços de apoio diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais, 
solicitados pelo médico assistente, quando incluir atendimento ambulatorial
Cobertura para inseminação artificial
Explicação:Art. 10 e incisos c/c art. 12, incisos e alíneas da Lei 9656/98
          Questão
Em relação à disposições legais e regulamentares relativas ao contrato de Plano de Saúde/Odontológico, assinale
a opção incorreta:
Para obter a autorização de funcionamento, as operadoras de planos privados de assistência à saúde 
devem demonstrar a capacidade de atendimento em razão dos serviços a serem prestados
Está subordinada às normas e à fiscalização da ANS qualquer modalidade de produto, serviço e 
contrato que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência médica, 
hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie de atividade exclusivamente financeira
Poderão ser Operadoras de Plano de Saúde a pessoa jurídica ou física, privada apenas, internacional ou
nacional, empresarial ou simples
As pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior podem constituir ou participar do 
capital, ou do aumento do capital, de pessoas jurídicas de direito privado constituídas sob as leis 
brasileiras para operar planos privados de assistência à saúde
As entidades ou empresas que mantêm sistemas de assistência à saúde, pela modalidade de 
autogestão ou de administração também estão incluídas na lei 9656/98 que dispõe sobre os planos e 
seguros de assistência à saúde
Explicação: Com base na lei 9656/98 - art. 1º, II, apenas as pessoas jurídicas podem ser consideradas como 
Operadoras de Plano de Saúde. V. também art. 1, §4º do mesmo Diploma Legal