Buscar

26115241-Doutrina-de-Cristo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 43 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
 
UMA PALAVRA
Toda a discussão cristológica parte da resposta 
que se dá à pergunta do próprio Cristo: “Quem diz o 
povo ser o Filho do homem?” e da crença na 
declaração bíblica: “...e Verbo era Deus.”
Cristo foi para o seus contemporâneos o que 
poderíamos chamar, um ser controverso. Dificilmente 
duas pessoas pensavam e diziam a respeito dele a 
mesma coisa. Muitos daqueles que o viam comendo, 
diziam: “Ele é um glutão” (Mt 11.19). E eram esses 
mesmos que, ao saberem que Ele se abstivera de 
comer, diziam: “Este tem demônios. “Muitos daqueles 
que testemunhavam a operação dos seus milagres, 
diziam: “Ele engana o povo”, ou “Ele opera sinais pelo 
poder dos demônios.”
Quanto ao seu ministério, aqueles que o viam 
citando a Lei, diziam: “Este é Moisés.” Aqueles que 
viam o seu zelo em despertar nos homens fé no 
verdadeiro Deus, diziam: “Este é Elias.” Aqueles que o 
viam chorando enquanto consolava os infelizes e 
abandonados, diziam: “Este é Jeremias.” Aqueles que 
o viam pregar o arrependimento como meio único do 
homem alcançar o perdão divino, diziam: “Este é João 
Batista.” Ninguém contudo, exceto os seus discípulos, 
conhecia a sua verdadeira identidade.
A revelação de Cristo não nos vem por canais 
humanos e naturais; é produto da revelação divina 
através de vidas transformadas pelo Espírito Santo.
Para João Batista, Cristo é “o Cordeiro de Deus, 
que tira o pecado do mundo” (Jo1.29). Para os 
samaritanos que o viram junto ao poço de Jacó, Ele é 
“verdadeiramente o Salvador do mundo” (Jo4.42). 
Para Maria Madalena, Ele é “o meu Senhor” (Jo 
20.13). Para Tomé, Ele é o “Senhor meu e Deus 
meu!” (Jo20.28). Para o apóstolo Paulo, Ele é aquele 
no qual tudo subsiste (Cl 1.17). Para o escritor da 
carta aos Hebreus, Ele é o “sumo sacerdote..., santo, 
inculpável, sem mácula, separado dos pecadores, e 
feito mais alto do que os céus” (Hb 7.26). Para Deus 
Pai, Ele é “o meu Filho amado, em quem me 
comprazo” (Mt 3.17). Para os seres celestiais, Ele é o 
“Rei dos reis, e Senhor dos senhores” (Ap 19.16).
Nossa oração à Deus é que até ao término desta 
matéria, você tenha o necessário conhecimento 
espiritual quanto à pessoa de Jesus Cristo, fonte 
divina da nossa expiação.
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
01
02
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
I.AS DUAS NATUREZAS
I.1. A HUMANIDADE DE CRISTO
A PESSOA DE CRISTO
Como Jesus pode ser Plenamente Deus e 
plenamente homem, e ainda assim uma pessoa? 
Podemos resumir da seguinte maneira o ensino 
bíblico acerca da pessoa de Cristo: Jesus Cristo foi 
plenamente Deus e plenamente homem em uma só 
pessoa.
O material bíblico que sustenta essa definição é 
extenso. Discutiremos primeiro a humanidade de 
Cristo, depois sua divindade e, em seguida, 
tentaremos mostrar como a divindade e a 
humanidade de Jesus unem-se na única pessoa de 
Cristo.
O Nascimento Virginal – Quando falamos na 
humanidade de Cristo, convém iniciar com uma 
consideração do nascimento virginal de Cristo. As 
Escrituras afirmam claramente que Jesus foi 
concebido no ventre de sua mãe, Maria, por obra 
miraculosa do Espírito Santo e sem um pai humano.
“Ora, o nascimento de Jesus Cristo foi assim: 
estando Maria, sua mãe, desposada com José, sem 
que tivessem antes coabitado, achou-se grávida pelo 
Espírito Santo (Mt 1.18). Logo depois, um anjo do 
Senhor[Gabriel?] disse a José, que havia desposado 
Maria: José, filho de Davi, não temas receber Maria, 
tua mulher, porque o que nela foi gerado é do Espírito 
Santo” (Mt 1.20). Então, lemos que: “José fez como 
lhe ordenara o anjo do Senhor e recebeu sua mulher. 
Contudo, não a conheceu, enquanto ela não deu à luz 
um filho, a quem pôs o nome de Jesus” (Mt 1.24,25).
A importância doutrinária do nascimento 
virginal é vista em pelo menos três áreas:
Questionário
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC03
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
1) Como você explica o nascimento virginal de 
Cristo?
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
1.Mostra que a salvação em última 
análise deve vir do Senhor - Exatamente 
como Deus havia prometido que a “Semente” da 
mulher (Gn 3.15) acabaria por destruir a serpente, 
Deus torna isso em realidade pelo seu poder, não por 
meros esforços humanos. O nascimento virginal de 
Cristo é um lembrete inequívoco de que a salvação 
jamais pode vir por meio do esforço humano, mas 
deve ser obra do próprio DEUS. (Gl 4.4,5).
2.O Nascimento virginal possibilitou a 
união da plena divindade e da plena 
humanidade em uma só pessoa - Esse foi o 
meio empregado por Deus para enviar seu Filho 
(Jo3.16; Gl 4.4) ao mundo como homem. Se 
pensarmos por um momento em outros meios 
possíveis pelos quais Cristo poderia ter vindo ao 
mundo, nenhum deles uniria com tamanha clareza a 
humanidade e a divindade em uma pessoa. É 
provável que Deus pudesse criar Jesus no céu 
como um ser completamente humano e enviá-lo 
para que descesse do céu à terra sem o 
benefício de nenhum genitor humano. Mas nesse 
caso ser-nos-ia muito difícil ver como Jesus poderia 
ser plenamente humano como somos, e ele não faria 
parte da raça humana que descende fisicamente de 
Adão. Por outro lado, é provável que fosse bem 
possível para Deus fazer Jesus entrar no mundo 
por meio de genitores humanos, pai e mãe, e 
com sua plena natureza divina miraculosamente 
unida à sua natureza humana em algum 
momento no início de sua vida. Mas então ser-
nos-ia difícil compreender como Jesus seria 
plenamente Deus, uma vez que sua origem seria 
como a nossa em todos os sentidos.Quando 
pensamos nessas duas outras possibilidades, isso nos 
ajuda a compreender como Deus, em sua sabedoria, 
ordenou uma combinação de influência humana e 
divina no nascimento de Cristo, de modo que sua 
plena humanidade nos seria evidente pelo seu 
nascimento humano comum por meio de uma 
mulher, e sua plena divindade seria evidente por sua 
concepção no ventre de Maria pela obra poderosa do 
Espírito Santo.
3.O nascimento virginal também torna 
possível a verdadeira humanidade de 
Cristo sem a herança do pecado - Os seres 
humanos herdaram a culpa legal e uma natureza 
moral corrupta do primeiro ancestral, Adão (ao que às 
vezes dá-se o nome “pecado herdado” ou “pecado 
original”). Mas o fato de Jesus não ter tido um pai 
humano significa que a linha de descendência de 
Adão é parcialmente interrompida. 
Jesus não descendeu de Adão da maneira exata 
pela qual todos os outros seres humanos descendem 
de Adão. E issonos ajuda a compreender por que a 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
04
05
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
culpa legal e a corrupção moral que pertencem a 
todos os outros seres humanos não pertencem a 
Cristo.
Essa idéia parece estar implícita na declaração 
do anjo Gabriel a Maria, em que ele lhe diz: O Espírito 
Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a 
cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que nascer 
será chamado santo, Filho de Deus (Lc 1.35 NVI).
Mas por que Jesus não herdou uma natureza 
pecaminosa de Maria? [A Igreja Católica Romana 
responde a essa pergunta dizendo que a própria 
Maria era isenta de pecado], porém as Escrituras não 
ensinam isso em parte alguma, e de qualquer 
maneira isso não resolveria o problema (pois como, 
então, Maria não herdou o pecado da mãe?). Solução 
melhor é dizer que a obra do Espírito Santo em Maria 
deve ter evitado não só a transmissão do {pecado?} 
de José (pois Jesus não teve pai humano), mas 
também, de maneira miraculosa, a transmissão do 
pecado de Maria: “Descerá sobre ti o Espírito Santo 
[...] por isso, também o ente santo que há de nascer 
será chamado Filho de Deus” (Lc 1.35).
IMPORTANTE:
Tertuliano, um ministro da Igreja cristã primitiva, 
mostrou aos pagãos de seus dias que seus mitos serviam 
apenas de objeto do ridículo público, e que não havia termo de 
comparação entre suas fábulas revoltantes e os registros 
evangélicos do Nascimento Virginal de Cristo. Nossos oponentes 
replicam que Buda e Zoroastro, além de outros, segundo 
afirmavam seus seguidores, teriam nascido de virgens. A isso 
retruca o Dr. Orr: “Nenhum escritor pagão de nomeada, pelo 
menos durante duzentos ( 200 ) anos depois de Buda, afirmou 
que ele tivesse nascido de uma virgem. Todo estudante da 
história sabe que nunca se pôde encontrar coisa alguma, nas 
vidas desses antigos personagens, capaz de convencer qualquer 
pessoa de são juízo de que eles tivessem nascido 
sobrenaturalmente, e as pessoas inteligentes daqueles tempos 
não aceitaram tais contos como verdadeiros. Acresce, ainda, 
que as predições messiânicas, encontradas no Antigo 
Testamento e cumpridas na vida de Cristo, constituem evidência 
adicional. Nada semelhante pode ser dito a respeito de Buda, de 
Maomé ou de qualquer outro fundador de religião pagã. Os 
profetas, séculos antes de Cristo, predisseram o lugar de Seu 
nascimento, os Seus sofrimentos e Sua expiação do pecado. 
Portanto, o argumento baseado em mitos pagãos, apresentado 
para derrubar o nascimento miraculoso de Cristo, CAI POR 
TERRA. 
Questionário
1) Jesus é adâmico? Explique
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
FRAQUEZAS E LIMITAÇÕES HUMANAS 
1.Jesus possuía um CORPO Humano – O 
fato de que Jesus possuía um corpo humano 
exatamente como o nosso é visto em muitas 
passagens das Escrituras. Ele nasceu assim como 
nascem todos os bebês humanos (Lc 2.7). Ele passou 
da infância para a maturidade assim como 
crescem todas as outras crianças (Lc 2.40). Ale, disso, 
Lucas diz que “crescia Jesus em sabedoria, estatura 
e graça, diante de Deus e dos homens” (Lc 2.52).
Jesus ficava cansado exatamente como nós 
(Jo4.6). Ele tinha sede (Jo19.28). Teve fome (Mt 4.2). 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
06
07 08
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
Quando Jesus estava caminhando para a crucificação, 
os soldados forçaram Simão Cireneu a carregar sua 
cruz (Lc 23.26), mais provavelmente porque Jesus 
estava tão fraco depois dos açoites que havia 
recebido, que não tinha forças suficientes para 
carregá-la por si. O auge das limitações de Jesus 
quanto ao seu corpo humano quando ele morreu 
sobre a cruz (Lc 23.46). Seu corpo humano deixou de 
conter a vida e parou de funcionar, assim como 
acontece com o nosso quando morremos.
Jesus também ressuscitou dos mortos num 
corpo humano, físico, ainda que aperfeiçoado e já não 
sujeito à fraqueza, enfermidade ou morte. Ele 
demonstra várias vezes aos discípulos que possui de 
fato um corpo real (Lc 24.39,42; Jo20.17,20,27; 
21.9,13).
Todos esses versículos juntos mostram que, no 
que diz respeito ao corpo humano, Jesus era COMO 
NÓS em todos os aspectos antes da ressurreição, e 
após a ressurreição ainda era um corpo humano com 
“carne e ossos”, mas tornado perfeito, o tipo de corpo 
que teremos quando Cristo voltar e formos também 
ressuscitados. Jesus continua existindo nesse corpo 
humano no céu, conforme a ascensão tem o propósito 
de ensinar.
2. Jesus possuía uma MENTE Humana – O 
fato de Jesus ter crescido em sabedoria (Lc 2.52), 
significa que ele passou por um processo de 
aprendizado assim como acontece com todas as 
outras crianças – ele aprendeu a comer, a falar, a ler 
e a escrever, e a ser obediente a seus pais (Hb 5.8). 
Esse processo normal de aprendizado fazia parte da 
genuína humanidade de Cristo.
Também vemos que Jesus possuía um mente 
humana como a nossa quando ele fala do dia em 
que retornará à terra: “Mas a respeito daquele dia 
ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem 
o Filho, senão o Pai” (Mc 13.32).
3. Jesus possuía Alma Humana e 
Emoções humanas – Vemos várias indicações de 
que Jesus possuía alma humana. Logo antes de sua 
crucificação (Jo12.27). Neste versículo a palavra 
angustiar representa o termo grego tarassõ, palavra 
muitas vezes empregada em referência a pessoas 
ansiosas ou que de repente são surpreendidas por um 
perigo.
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
09
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
Além disso, antes da crucificação, percebendo o 
sofrimento que enfrentaria, Jesus disse: “A minha 
alma está profundamente triste até a morte” (Mt 
26.38), tamanha aflição que sentia, a ponto de 
parecer que, caso se intensificasse um pouco mais, 
lhe roubaria a vida.
Veja outros casos:
Ele “admirou-se” (Mt 8.10)
Ele “chorou” (Jo11.35)
Ele “suplicou com lágrimas” (Hb 5.7)
Impecabilidade – Ainda que o Novo Testamento seja 
claro em afirmar que Jesus era plenamente humano 
exatamente como nós, também afirma que Jesus era 
diferente em um aspecto importante: Ele era isento 
de pecado e jamais cometeu um pecado durante sua 
vida.
Alguns objetam que se Jesus não pecou, então 
não era verdadeiramente humano, pois todos os 
humanos pecam. Mas os que fazem tal objeção 
simplesmente não percebem que os seres humanos 
estão agora numa situação anormal. Deus não nos 
criou pecaminosos, mas santos e justos.
Adão e Evano jardim eram verdadeiramente 
humanos antes de pecar, e nós agora, apesar de 
humanos, não nos conformamos ao padrão que Deus 
deseja que preenchamos quando nossa humanidade 
plena, impecável, for restaurada.
As declarações a respeito da impecabilidade de 
Jesus são mais explícitas no evangelho de João. Jesus 
fez a surpreendente proclamação: “Eu sou a luz do 
mundo” (Jo8.12). Se compreendermos que a luz 
representa tanto a fidedignidade como a pureza 
moral, então aqui Jesus está alegando ser a fonte da 
verdade e a fonte da pureza moral e da santidade no 
mundo - uma alegação estarrecedora que poderia ser 
feita só por alguém isento de pecado. Além disso, 
com respeito à obediência a seu Pai no céu, ele disse: 
“eu faço sempre o que lhe agrada” (Jo8.29; o tempo 
presente dá o sentido de atividade contínua: “estou 
sempre fazendo o que lhe agrada”). Ao final da vida 
Jesus pôde dizer: “...eu tenho guardado os 
mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço” 
(Jo15.10). É significativo que quando Jesus foi julgado 
diante de Pilatos, apesar das acusações dos judeus, 
Pilatos só pôde concluir: “Eu não acho nele crime 
algum” (Jo18.38).
Por que era necessário que Jesus fosse plenamente 
humano? – Quando João escreveu sua primeira 
epístola, circulava na igreja um ensino herético, 
segundo o qual Jesus não era homem. Essa heresia 
tornou-se conhecida como DOCETISMO. Essa negação 
da verdade acerca de Cristo era tão séria que João 
podia dizer que tratava de uma doutrina do anticristo: 
“Nisto reconheceis o Espírito de Deus: todo espírito 
que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de 
Deus; e todo espírito que não confessa a Jesus não 
procede de Deus; pelo contrário, este é o espírito do 
anticristo” (I Jo4.2,3). O apóstolo João entendia que 
negar a verdadeira humanidade de Jesus era negar 
um fato bem central do cristianismo, de modo que 
ninguém que negasse que Jesus veio em carne era 
enviado por Deus.
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
10
11
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
Quando examinamos o Novo Testamento, 
vemos vários motivos pelos quais Jesus tinha de ser 
plenamente humano para ser o Messias e obter nossa 
salvação. Podemos alistar aqui algumas razões:
• Para possibilitar uma obediência representativa 
– Conforme observamos nos ensinamentos 
acima sobre as alianças entre Deus e o homem, 
Jesus era nosso representante e obedeceu em 
nosso lugar naquilo que Adão falhou e 
desobedeceu. Vemos isso nos paralelos entre a 
tentação de nosso Senhor (Lc 4.1-13) e a 
ocasião da prova de Adão e Eva no Jardim (Gn 
2.15-3.7). Também reflete-se claramente na 
discussão de Paulo sobre os paralelos entre 
Adão e Cristo, na desobediência de Adão e na 
obediência de Cristo: Pois assim como, 
por uma só ofensa, veio o juízo 
sobre todos os homens para 
condenação, assim também, por um 
só ato de justiça, veio a graça sobre 
todos os homens para a justificação 
que dá vida. Porque, como, pela 
desobediência de um só homem, 
muitos se tornaram pecadores, 
assim também, por meio da 
obediência de um só, muitos se 
tornarão justos. (Rm 5.18-19). É esse o 
motivo pelo qual Paulo chama Cristo “o último 
Adão” (I Co 15.45) e pode chamar adão “o 
primeiro homem”, e Cristo, “o segundo homem” 
(I Co 15.47). Jesus tinha de ser homem para ser 
nosso representante e obedecer em nosso 
lugar.
• Para ser um sacrifício substitutivo – Se Jesus 
não tivesse sido homem, não poderia ter 
morrido em nosso lugar e pago a penalidade 
que nos cabia (Hb 2.16,16; cf v. 14). Ele tinha 
de se tornar homem, não um anjo, porque Deus 
estava interessado em salvar homens, não 
anjos. Mas para isso “convinha” que fosse como 
nós em todos os sentidos, de modo que 
pudesse ser a “propiciação” para nós, o 
sacrifício substitutivo aceitável em nosso lugar. 
É importante aqui perceber que a menos que 
Cristo fosse plenamente homem, ele não 
poderia ter morrido para pagar a pena dos 
pecados do homem. Ele não poderia ter sido um 
sacrifício substitutivo por nós.
• Para ser o único mediador entre Deus e os 
homens – Porque estávamos alienados de Deus 
por causa do pecado, necessitávamos de 
alguém que se colocasse entre Deus e nós e 
nos levasse de volta a Ele. Precisávamos de um 
mediador que pudesse representar-nos diante 
de Deus e que pudesse representar Deus para 
nós. Só há uma pessoa que preencheu esse 
requisito: “Porquanto há um só Deus e um só 
Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, 
homem” (I Tm 2.5).
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
12
13
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
• Para cumprir o propósito original do homem de 
dominar a criação – Deus colocou o ser humano 
sobre a terra para subjugá-la e dominá-la como 
representante divino. Mas o homem não 
cumpriu esse propósito, pois caiu em pecado. 
Então, quando Jesus veio como homem, foi 
capaz de obedecer a Deus e, assim, teve o 
direito de dominar a criação como homem 
cumprindo o propósito original de Deus ao 
colocar o homem sobre a terra (Hb 2.9. Jesus 
(após ter ressuscitado) de fato recebeu “toda a 
autoridade no céu e na terra” (Mt 28.18), e 
Deus lhe “pôs todas as coisas debaixo dos pés, 
e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu 
à igreja” (Ef 1.22). Aliás, um dia reinaremos 
com ele em seu trono (Ap 3.21) e 
experimentaremos , em sujeição a Cristo nosso 
Senhor, o cumprimento do propósito de Deus de 
reinarmos sobre a terra (Lc 19.17, 19; I Co 6.3). 
Jesus tinha de ser homem para cumprir o 
propósito original de Deus de que o homem 
dominasse sobre sua criação.
• Para ser nosso exemplo e Padrão na vida – João 
nos diz: “...aquele que diz que permanece nele, 
esse deve também andar assim como ele 
andou” (I Jo2.6), e nos lembra que “quando ele 
se manifestar, seremos semelhantes a ele” e 
que essa esperança de futura conformidade 
com o caráter de Cristo confere mesmo agora 
pureza moral cada vez maior à nossa vida (I 
Jo3.2,3). Paulo nos diz que estamos 
continuamente sendo “transformados [...] na 
sua própria imagem” (II Co 3.18), avançando, 
assim, para o alvo para o qual Deus nos salvou: 
sermos “conformes à imagem de seu Filho” (Rm 
8.29) Pedro nos diz que, especialmente no 
sofrimento, temos de considerar o exemplo de 
Cristo: “pois que também Cristo sofreu em 
vosso lugar, deixando-vos exemplo para 
seguirdes os seus passos” (I Pe 2.21). Em 
Toda nossa vida cristã, devemos 
correr a carreira colocada diante de 
nós “olhando firmemente para o 
Autor e Consumador da Fé, JESUS” 
(Hb 12.2).
• Para compadecer-se como Sumo Sacerdote – Se 
Jesus não tivesse existido na condição de 
homem, não teria sido capaz de conhecer por 
experiência o que sofremos em nossas 
tentações e lutas nesta vida. Mas porque viveu 
como homem, ele é capaz de compadecer-se 
mais plenamente de nós em nossas 
experiências (Hb 2.18; 4.15,16).
4. O Auto-Esvaziamento de Cristo – “Tende 
em vós o mesmo sentimento que houve também em 
CristoJesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, 
não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes 
a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, 
tornando-se em semelhança de homens; e, 
reconhecido em figura humana, a si mesmo se 
humilhou, tornando-se obediente até à morte, e 
morte de cruz” (Fp 2.5-8).
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
14
15
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
O auto-esvaziamento (kenosis) de Cristo, que foi 
um ato voluntário, consistiu na desistência do 
exercício independente dos atributos divinos. Para 
ilustrar: os seres finitos têm o poder, até certo grau, 
de restringir os limites da consciência. Por ato da 
vontade, podemos excluir muitas coisas de nossas 
mentes. Esforçamo-nos por esquecer algo, e até certo 
ponto somos bem sucedidos. Quando Mary Reed foi 
para a colônia de leprosos para viver e morrer, não 
pôs ela uma espécie de “kenosis” em sua 
consciência? Não renunciou ela voluntariamente 
muito do conhecimento dos prazeres do movimento 
mundo exterior? Não se pode dizer outro tanto de 
David Livingstone e Dan Crawford, que se dirigiram 
para a mais escura África a fim de trabalhar entre os 
africanos? São ilustrações inadequadas, mas nos 
fornecem alguma indicação das possibilidades de 
auto-renúncia por parte do Filho de Deus.
Como podia ser renunciado o exercício 
independente dos atributos divinos, ainda que por um 
breve período, seria inconcebível, se estivéssemos 
considerando o Logos ou Palavra de Deus conforme 
Ele é em Si mesmo, assentado sobre o trono do 
universo. A questão torna-se um tanto mais fácil 
quando nos relembramos que não foi o Logos como 
tal, mas antes, o Deus-homem, Jesus Cristo, em quem 
o Logos se submeteu a essa humilhação, 
possibilitando assim a auto-limitação. South diz: “Uma 
fonte pode estar quase transbordando de cheia; mas 
se extravasa apenas por um cano pequeno diâmetro, 
a corrente pode ser pequena e desprezível, igual à 
medida de seu condutor”.
IMPORTANTE
Foi a união do humano com o divino que limitou o 
Logos. O sentido geral é que Ele se despiu daquele modo 
de existência que Lhe era peculiar como idêntico a Deus. 
Mas ele pôs de lado a forma de Deus. Contudo, ao fazê-lo, 
não se despiu de Sua natureza divina. A alteração foi uma 
mudança de estado: forma de servo em lugar de forma de 
Deus. Sua Personalidade continuou a mesma. Seu auto-
esvaziamento não foi auto-extinção, nem o Ser Divino foi 
transformando em mero homem.
Em sua humanidade Ele reteve a consciência de 
ser Deus, e em Seu estado encarnado continuou a possuir 
a mente que O animava antes de Sua encarnação. Ele 
não era incapaz de asseverar igualdade, mas foi capaz de 
não asseverá-la. E assim, sem tentar evitar sua força, 
podemos aceitar a declaração inspirada de que Cristo 
verdadeiramente esvaziou a Si mesmo.
CONCLUSÃO
A Divindade, no sentido distintivo, podia 
encarnar-se em forma humana porque a 
personalidade humana contém os elementos 
essenciais a toda a personalidade, que são: 
autoconsciência, inteligência, sentimento, natureza 
moral e vontade. A personalidade é o ponto em que a 
criação ascendente retorna a Deus. O homem ostenta 
a imagem divina. O auto-esvaziamento de Cristo, na 
encarnação, foi a suspensão voluntária do pleno 
exercício dos atributos divinos, ainda que, 
potencialmente, todos os recursos divinos estivessem 
presentes. É-nos impossível entender completamente 
o processo pelo qual teve lugar esse auto-
esvaziamento. 
 
Questionário
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
16 17
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
1) Jesus tinha alma? Explique
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
I.2. A DIVINDADE DE CRISTO
A divindade de Cristo é comprovada pelos 
nomes divinos a ele aplicados, conforme consta da 
Bíblia Sagrada.
 1.chamado de Deus – Jesus é chamado “Deus” 
em vários trechos bíblicos. Na primeira lição deste 
livro, vimos como o termo [o Verbo] se refere sempre 
a Jesus. João 1.1 declara abertamente: “O Verbo era 
Deus”. Hebreus 1.8 lemos a declaração do Pai que diz 
acerca do Filho: “O teu trono, ó Deus, é para todo o 
sempre.” E, em João 20.28, Tomé afirma sua fé, 
dizendo a Jesus: “Senhor meu e Deus meu”.
Muitas vezes no Novo Testamento, Cristo é 
chamado “Senhor”, num uso específico da palavra 
grega Kurios, que é usada na primeira versão grega 
do Antigo Testamento somente com referência a 
[Jeová]. Tanto os judeus quanto os cristãos do 
Primeiro Século se recusaram a usar este título 
honorífico com referência aos imperadores romanos, 
os quais também se consideravam divinos e queriam 
ser chamados de “Senhor” (Kurios).
2.Chamado “O Senhor” – Cristo é chamado 
“Senhor Jesus” vinte e uma ( 21 ) vezes no texto do 
Novo Testamento. Em Atos 9.17, lemos as palavras de 
Ananias: “Saulo, irmão, O Senhor me enviou, a saber, 
o próprio Jesus que te apareceu no caminho por onde 
vinhas ...” E em Atos 16.31, Paulo e Silas 
proclamavam ao carcereiro: “Crê no Senhor Jesus, e 
serás salvo, tu e tua casa”.
Jesus também identifica-se como o Senhor 
soberano do Antigo Testamento quando pergunta aos 
fariseus acerca de Salmos 110.1: “Disse o Senhor 
(Deus) ao meu Senhor (Cristo); Assenta-te à minha 
direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo 
dos teus pés” (Mt 22.44). O significado dessa frase é 
que “Deus, o Pai, disse à Deus (Cristo e Senhor de 
Davi): Assenta-te à minha direita...” Os fariseus 
sabem que ele está falando de si mesmo e se 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
18
19
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
identificando como alguém digno do título vetero-
testamentário Kyrios, “Senhor”.
Tal uso é visto com freqüência nas epístolas, 
onde “o Senhor” é nome comumente empregado em 
referência a Cristo. Paulo diz: “... há um só Deus, o 
Pai, de quem são todas as coisas e para quem 
existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são 
todas as coisas, e nós também, por ele” (I Co 8.6; cf 
12.3 e muitas outras passagens nas epístolas 
paulinas).
Uma passagem especialmente CLARA encontra-
se em Hebreus 1 (já comentado), em que o autor cita 
o salmo 102, que fala sobre a obra do Senhor na 
criação e aplica a Cristo. Veja:
“No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da 
terra, e os céus são obra das tuas mãos; eles 
perecerão; tu, porém, permaneces; sim, todos eles 
envelhecerão qual veste; também, qual manto, os 
enrolarás, e, como vestes, serão igualmente 
mudados; tu, porém, és o mesmo, e os teus anos 
jamais terão fim” Hb 1.10-12).3.Chamado “O Filho de Deus” – Jesus Cristo 
é chamado repetidas vezes “Filho de Deus”. Quando 
ele perguntou aos seus discípulos, “Quem dizeis que 
eu sou?”, Pedro prontamente lhe respondeu [por 
inspiração divina]: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus 
vivo”. (Mt 16.16)
• Em Mateus 14.33, após presenciarem o 
milagre da calmaria no Mar da Galiléia por 
Jesus, os discípulos adoraram-no dizendo: 
“Verdadeiramente és Filho de Deus”.
• Em Mateus 8.29, até os demônios 
reconheceram a divindade de Jesus, 
gritando: “Que temos nós contigo, ó Filho de 
Deus?”.
• Jesus se chamou claramente “Filho de Deus”. 
Ele declara em João 10.30: “Eu e o Pai somos 
um”, e, ao ouvirem isto, os judeus pegaram 
em pedras para lhe atirarem por haver 
proferido aparente blasfêmia. No versículo 
36 do mesmo capítulo, Jesus lhes perguntou: 
“Então daquele a quem o Pai santificou e 
enviou ao mundo, dizeis: Tu blasfemas, 
porque declarei: Sou Filho de Deus?”.
4.Declarações a respeito de [Jeová] no 
A.T. – Muitas declarações a respeito de [Jeová] no 
Antigo Testamento, são afirmadas e interpretadas no 
Novo Testamento, referindo-se profeticamente a 
Cristo. Compare as citações bíblicas:
Is 40.3,4 ................ Lc 1.68,69,76
Êx 3.14 ................ Jo 8.56-58
Jr 17.10 ……………. Ap 2.23
Is 60.19 ................. Lc 2.32
Is 6.10 ……………. Jo 12.37-41
Is 8.13,14 ……………. I Pe 2.7,8
Is 8.12,13 ……………. I Pe 3.14,15
Nm 21.6,7 …………….. I Co 10.9
Sl 23.1 …………….. Jo 10.11; II Pe 5.4
Ez 31.11,12 .................. Lc 19.10
Dt 6.16 .................. Mt 4.10
5.Cristo é Eterno – No versículo 13 do último 
capítulo do Apocalipse, estão registradas as seguintes 
palavras de Jesus: “Eu sou o Alfa e o Omega, o 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
20
21
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
primeiro e o último, o princípio e o fim”. “Alfa” e 
“Omega”, são o “A” e o “Z” do alfabeto grego. É 
evidente que quando Cristo se apresenta como a 
primeira e a última letra do alfabeto, estava dando 
uma das mais evidentes provas da sua eternidade. 
Com isto ele dizia que antes que qualquer coisa 
existisse ele já existia, e que após o fim de todas as 
coisas ele continuará a existir. Isto fala da sua 
eternidade “passada” e “futura”.
A respeito de Cristo, eis o que diz Deus, O Pai: 
“...tu, porém, és o mesmo e os teus anos jamais terão 
fim”. (Hb 1.12) Ele (Jesus) afirma sua eternidade 
quando diz: “Antes que Abraão existisse, EU Sou” (Jo 
8.58).
6.Cristo é Todo-poderoso – Após cumprir 
finalmente a profecia de Oséias 13.14, “...onde estão, 
ó morte, as tuas pragas? Onde está, ó inferno, a tua 
destruição?...”, após ressuscitar bradou Jesus: Toda a 
autoridade me foi dada no céu e na terra”. (Mt 28.18).
• Para entender-se que Cristo é onipotente, 
necessário se faz que se tenha certeza de 
que ele tem todo o poder no céu e na 
terra.
• Como onipotente, Cristo é: Senhor dos 
senhores (Ap 17.14); Criador (Jo 1.3); Rei 
dos reis (Ap 1.5); Cabeça da Igreja (Ef 
1.22); Preservador de tudo (Hb 1.3); e 
Salvador (Tt 3.4-6).
7.Cristo é Onisciente – “Onisciência” é a 
capacidade de conhecer todos os fatos e 
pensamentos no tempo e no espaço, mesmo antes 
que eles tenham se consumado. Só as pessoas da 
Trindade têm esta capacidade. Muitos são os 
testemunhos dados pelas Escrituras, de que Cristo é 
onisciente.
• Pedro disse: “Senhor, tu sabes todas as 
coisas...” (Jo 21.17);
• Às sete ( 7 ) igrejas da Ásia, Jesus declara: 
“Conheço as tuas obras...” (Ap 2.2,19; 3.1, 8, 
15)
• Veja outra declaração de Jesus: “É me dado 
todo o poder...” (Mt 28.18).
8.Cristo é Onipresente – “Onipresença” é a 
capacidade de existir e estar simultaneamente em 
toda a parte. Esta capacidade é característica a Cristo 
como Deus que é.
• Durante o seu ministério terreno, Cristo não 
podia bilocar-se, isto é, não podia estar em dois 
lugares ao mesmo tempo, isto dado às suas 
limitações humanas, mas, após levantar-se 
dentre os mortos, ele disse: “E eis que estou 
convosco todos os dias até a consumação dos 
séculos.” (Mt 28.20b);
• O apóstolo Paulo, falando sobre a onipresença 
de Cristo, escreveu que Deus “...pôs todas as 
coisas debaixo dos seus pés e, para ser o 
cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja, a 
qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a 
tudo enche em toda as coisas.” (Ef 1.22, 23).
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
22
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
9.Cristo é perdoador de Pecados – O 
Perdão de pecados é prerrogativa divina. Até mesmo 
os fariseus notaram que Cristo, sem titubear, assumiu 
esse direito. Ele não só declarava perdoados os 
pecados; Ele mesmo os perdoava. Os judeus 
reconheciam nisso a presunção de Sua divindade, 
pois diziam: “Quem pode perdoar pecados, senão um, 
que é Deus?” . 
O perdoar pecados é prerrogativa exclusiva de 
Deus. Ao assumi-la, Jesus Cristo fez asserção prática 
de Sua Divindade. Veja,
-“Vendo-lhes a fé, Jesus disse ao paralítico: Filho, os 
teus pecados estão perdoados... Ora, para que saibais 
que o Filho do homem tem sobre a terra autoridade 
para perdoar pecados – disse ao paralítico: Eu te 
mando: Levanta-te, toma o teu leito, e vai para tua 
casa”. (Mc 2.5,10,11), veja ainda Mc 2.5-11; comparar 
com Sl 51.4; Lc 7.48-50.
10.Cristo é preservador de tudo – Este 
universo nem se sustenta sozinho nem foi 
abandonado por Deus, conforme os deístas nos 
querem fazer acreditar. Cristo preserva ou sustenta 
todas as coisas em existência. Sua Palavra é o fulcro 
sobre o qual se firma o eixo do universo e sobre o 
qual gira, ‘sustentando todas as coisas pela palavra 
do Seu poder’. 
A pulsação da vida universal é regulada e 
controlada pela pulsação do poderoso coração de 
Cristo.
O que nós chamamos leis da natureza são as 
ações voluntárias do Filho de Deus. A preservação de 
todas as coisas é uma função divina atribuída a 
Cristo, o que comprova a sua Divindade. Veja,
-“Ele, que é o resplendor da glória e a expressão 
exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela 
palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação 
dos pecados, assentou-se à direita da Majestade nas 
alturas. (Hb 1.3), veja ainda Cl 1.17.
11.Ele é Juiz de vivos e mortos – No Novo 
Testamento, o julgamento futuro é atribuído a Deus. É 
também atribuído a Jesus Cristo. A conclusão lógica é 
que Cristo é o Deus que executará todo julgamento 
futuro. (Jo 5.22)
O homem da Cruz deverá ser o Homem do 
trono. Ele que é o atual Salvador do homem será seu 
futuro juiz. As questões do juízo estão todas em Suas 
mãos. A execução do julgamento, função divina, 
tendo sido atribuída a Cristo, fornece ampla prova de 
Sua Divindade. Veja,
-“Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus que há de 
julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo 
seu reino...” (II Tm 4.1), veja ainda At 17.31; Mt 
25.31-33.
12.Doador da vida imortal e da vida pela 
ressurreição– Muitos poderão perguntar se Elias 
e Eliseu não ressuscitaram aos mortos. Respondemos 
que Deus ressuscitou mortos em resposta à oração 
deles, mediante poder delegado; ao passo que Jesus 
Cristo ressuscitou mortos e ainda os ressuscitará por 
Sua própria palavra e poder. Transmitir vida pertence 
exclusivamente a Deus.
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
23
24
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
Quando o rei da Síria enviou Naamã para que o 
rei Jeorão o curasse de sua lepra, este clamou: “Acaso 
sou Deus com poder de tirar a vida, ou dá-la, para 
que este envie a mim um homem para eu curá-lo de 
sua lepra?” Portanto, a capacidade de Jesus Cristo e 
Sua autoridade para levantar os mortos estabelecem 
firmemente Sua Divindade. Veja,
-“O qual transformará o nosso corpo de humilhação, 
para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a 
eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si 
todas as coisas.” (Fp 3.21), veja ainda Jo 5.28, 29; 
6.39, 44.
13.Ele é Doador da Vida Eterna – Somente 
um Ser que possui inerentemente a vida eterna é que 
pode proporcioná-la, e somente Deus possui a vida 
eterna no sentido absoluto; por conseguinte, Jesus 
Cristo, para ser Doador da vida eterna, 
necessariamente há de se Deus. Ofícios e funções que 
pertencem distintamente a Deus, são atribuídas a 
ELE. Veja,
-“Assim como lhe conferiste autoridade sobre toda a 
carne, a fim de que ele conceda a vida eterna a todos 
os que lhe deste.” (Jo 17.2), veja ainda Jo 10.28.
Questionário
1) Jesus é Deus? Justifique sua resposta
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
2)Jesus é onisciente? Justifique sua resposta
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
3)Jesus é perdoador de Pecados? Justifique sua 
resposta
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
 
II.O CARÁTER DE CRISTO
Jesus Cristo, em Seu caráter, tem recebido a 
aprovação e a recomendação de Deus, dos homens, 
dos anjos e até dos demônios. 
• O caráter de Jesus dá tremenda força às Suas 
crenças... Sua vida foi tudo quanto uma vida 
deve ser, quando julgada segundo os padrões 
mais elevados;
• Ainda que algo do caráter de Cristo se tenha 
desdobrado em uma era e algo mais em outra, 
a própria eternidade, todavia, não é suficiente 
para desdobrá-lo inteiramente;
• Seu caráter saiu aprovado dos assaltos 
maliciosos de dois mil ( 2000 ) anos, e hoje 
perante o mundo apresenta-se impecável em 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
25
26
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
todos os sentidos... Ele foi uma revelação de 
grandiosa e vigorosa varonilidade. Seu nome é 
sinônimo de Deus sobre a terra.
II.1. A SANTIDADE DE JESUS
1.Ele era isento de pecado – No Antigo 
Testamento Deus [Jeová] é Quem é chamado o Santo. 
Ele é chamado o Santo de Israel cerca de trinta ( 30 ) 
vezes por Isaías. No Novo Testamento é Jesus Cristo 
Quem é chamado o Santo. Portanto, a Santidade de 
Cristo significa a mesma coisa que a Santidade de 
Deus; e, pelo lado negativo, significa separação entre 
Ele e toda contaminação, ou seja, isenção de todo o 
pecado.
-“Sabeis também que ele se manifestou para tirar os 
pecados, e nEle não existe pecado.” (I Jo 3.5), veja 
ainda Hb 9.14; IPÊ 1.19; IICo 5.21; Hb 4.15.
2.Alguns testemunhos de sua Santidade 
– Vejamos agora alguns testemunhos registrados no 
Livro do Eterno:
• O testemunho do espírito imundo “...Vieste 
destruir-nos? Bem sei quem és: o Santo de 
Deus!” (Mc 1.24);
• O testemunho de Judas Iscariotes “Então judá, o 
que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, 
tocado de remorso, devolveu as trinta ( 30 ) 
moedas de prata aos principais sacerdotes e 
aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue 
inocente.” (Mt 27.3,4);
• O testemunho de Pilatos “Perguntou-lhe Pilatos: 
Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos 
judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime 
algum” (Jo 18.38);
• O testemunho da esposa de Pilatos “E, estando 
ele no tribunal, sua mulher mandou dizer-lhe: 
Não te envolvas com esse justo; porque hoje, 
em sonho, muito sofri por seu respeito” (Jo 
19.4-6);
• O testemunho do malfeitor moribundo “Nós na 
verdade com justiça, porque recebemos o 
castigo que os nossos atos merecem; mas este 
nenhum mal fez” ( Lc 23.41);
• O testemunho do centurião romano “Vendo o 
centurião o que tinha acontecido, deu glória a 
Deus, dizendo: Verdadeiramente este homem 
era justo” (Lc 23.47);
• O testemunho do apóstolo Pedro “Vós, porém, 
negastes o Santo e o Justo, e pedistes que vos 
concedessem um homicida” (At 3.14);
• O testemunho do apóstolo João “Sabeis 
também que ele se manifestou para tirar os 
pecados, e nele não existe pecado” (I Jo 3.5);
• O testemunho de todo o grupo apostólico 
“Porque verdadeiramente se ajuntaram nesta 
cidade contra o teu santo Filho Jesus, ao qual 
ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios 
e povos de Israel” (At 4.27);
• O testemunho do apóstolo Paulo “Àquele que 
não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
27
28
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” 
(II Co 5.21);
• O testemunho do próprio Jesus “Quem dentre 
vós me convence de pecado? Se vos digo a 
verdade, por que razão não me credes?” (Jo 
8.46);
• O testemunho do Pai “Mas, acerca do filho: O 
teu trono, ó Deus, é para todo o sempre e: 
Cetro de equidade é o cetro do seu reino. 
Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade; por isso 
Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria 
como a nenhum dos teus companheiros” (Hb 
1.8,9).
3.A Mansidão de Jesus Cristo – Por 
“mansidão” nos referimos àquela atitude de espírito 
que é o contrário da aspereza, da disposição 
contenciosa, e que se evidencia na brandura e na 
ternura, no trato com as pessoas. (II Tm 2.24,25).
O vocábulo “mansidão”, embora nunca fosse 
usado em mau sentido, foi contudo elevado pelo 
cristianismo para um plano superior, tornando-se 
símbolo de um bem superior ao daquele considerado 
no seu uso pagão. Seu sentido principal é 
“brandura”, “delicadeza”. Era aplicado as coisas 
inanimadas, como a luz, o vento, o som e a 
enfermidade. É aplicadoaos animais; assim, falamos 
em “cavalo manso”.
 
IMPORTANTE:
Como “atributo” humano, Aristóteles define-o como o 
meio termo entre a ira obstinada e aquele negativismo de 
caráter que é incapaz de ao menos indignar-se contra a 
injustiça. De conformidade com esta definição, seria equivalente 
à equanimidade. Platão o constrastava com a ferocidade ou a 
crueldade, e usava-o para indicar a humanidade para com os 
condenados; mas também empregava-o para indicar a conduta 
conciliatória dos demagogos que buscavam popularidade ou 
poder. Píndaro aplica-o ao rei que é brando ou bondoso para 
com os cidadãos, e Heródoto aplicava-o como contrário à ira.
No Cristianismo, porém, descreve uma qualidade 
interior, e essa relacionada primariamente com Deus. A 
equanimidade, a brandura e a bondade representa pela palavra 
clássica, baseiam-se no autocontrole ou na disposição natural. A 
mansidão cristã na humildade que não é uma qualidade natural, 
mas fruto da natureza renovada, exceto no caso de Cristo, onde 
é a expressão e a manifestação de Sua natureza santa.
Observe:
• Na longanimidade e tolerância para com os 
fracos e faltosos (Mt 12.20; Is 42.3). Ele cuida 
dos mais pobres, dos mais fracos, dos mais 
dolorosamente esmagados, com sua mão 
bondosa. Ele encoraja ‘a mais fraca centelha de 
sentimento de arrependimento’, o mais débil 
desejo de retornar a Deus;
• Na concessão do perdão e da paz a quem 
merecia censura e condenação (Lc 7.38,48,50). 
A magnetita não atrai nem ouro nem pérolas, 
mas atrai o ferro, que é considerado um metal 
inferior. Assim, Cristo deixou os anjos, aqueles 
nobres espíritos não-caídos – o ouro e a pérola – 
e veio ao pobre e pecaminoso homem, 
atraindo-o para Sua comunhão;
• No proporcionar cura a quem procurava obtê-la 
de modo “indigno” (Mc 5.33,34). Jesus prestou 
atenção antes ao motivo que impelia a mulher, 
do que a seu método de ação. Eram motivos de 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
29
30
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
fé e esperança, pelo que encontraram reação 
favorável no grande coração de Cristo;
• No repreender mansamente a incredulidade 
renitente (Jo 20.24,25,29). A repreensão de 
Jesus não era daquela espécie que provoca o 
desespero desencorajador, mas antes, da 
espécie que encoraja motivos legítimos. Foi 
uma repreensão positiva e não negativa, 
construtiva e não destrutiva;
• No corrigir de modo terno a autoconfiança, a 
infidelidade e a tríplice e flagrante negação a 
seu Senhor por parte de Pedro (Jo 21.15-17). 
No trato de Jesus com Pedro, vemos o Grande 
Pastor a restaurar Sua ovelha desviada. Sua 
disciplina sempre tinha o propósito de corrigir;
• No repreender mansamente àquele que O traiu 
(Mt 26.48-50). Judas havia cometido talvez a 
maior ofensa que é possível em relação a um 
amigo – a da perfídia ou traição. Não obstante, 
Jesus exerceu para com ele uma tolerância 
verdadeiramente maravilhosa;
• Na compassiva oração a favor de Seus 
assassinos (Lc 23.34). A mansidão de Jesus 
Cristo foi demonstrada pelo modo brando com 
que tratou os pecadores e errados.
4.A Humildade de Jesus Cristo – Por 
humildade referimo-nos àquela atitude de mente e 
coração oposta ao orgulho, à arrogância e à 
autoconfiança, revelando-se na submissão a Deus e 
na dependência dEle.
IMPORTANTE:
A palavra grega “tapeinos” traduzida por humilde, tem 
uma bela história. No período clássico era empregada 
comumente em sentido mau e degradante, indicando vileza de 
condição, baixeza de classe, abjeção bajuladora e torpeza de 
caráter. Não obstante, no grego clássico, não era esse seu 
sentido universal. Ocasionalmente era usada de modo a prever 
seu sentido superior, Platão, por exemplo, diz: “Seria feliz 
aquele que se apega àquela lei (de Deus), com toda humildade 
e ordem; porém, aquele que se exalta por causa de orgulho, 
dinheiro, honra ou beleza, cuja alma está abrasada de 
insensatez, de juventude e de insolência, e que pensa não 
precisar de guia ou governante, mas se sente capaz de ser o 
guia dos outros, o tal, repito, é abandonado por Deus”. E 
Aristóteles disse: “Aquele que é digno das pequenas coisas, e 
assim se considera, é sábio”. Quando muito, todavia, o conceito 
clássico não passa da moléstia, da ausência de presunção. A 
humildade era considerada elemento de sabedoria, e de modo 
algum oposta à justiça própria. A palavra, com o sentido da 
virtude de humildade cristã, nunca foi usada antes da era cristã, 
e é, distintamente, um subproduto do Evangelho.
Observe:
• Ao assumir a forma e posição de servo (Jo 
13.4,5). Cristo nos mostra, por Seu exemplo, o 
caminho único para a autêntica grandeza. A 
maioria dos homens reconhece que ninguém 
pode ser verdadeiramente grande sem esse 
amor desinteressado e que, por maior que 
pareça um homem, o egoísmo sempre faz 
diminuir ou remover sua coroa e seu trono;
• Por não buscar Sua própria glória (Jo 8.50). De 
tal modo absorto estava Ele pelo desejo de 
glorificar ao Pai que não ficava lugar disponível 
para qualquer disposição de honrar ou exaltar a 
Si mesmo;
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
31
32
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
• Ao evitar a notoriedade e o louvor (Is 42.2). 
Muitos professores seguidores de Jesus Cristo 
cortejam a notoriedade, a fama. Mas Ele a 
evitava. Dava ordem terminante aos que por 
Ele eram beneficiados, que nada propagassem 
a Seu respeito. Não tinha escritório de 
publicidade;
• Ao associar-se aos desprezados e rejeitados 
(Lc15.1,2). Por que motivo Jesus escolheu um 
publicano para ser um dos doze? Talvez para 
dar uma lição objetiva de esperança para os 
mais desprezados entre os pecadores, para 
aqueles que eram prisioneiros das algemas 
mais fortes de pecado. Ninguém estava longe 
demais para que o Seu Evangelho o alcançasse 
e o salvasse; ninguém estava tão 
profundamente atolado no lodaçal do pecado 
que não pudesse ser erguido daqueles abismos 
até aos píncaros da glória;
• Por Sua paciente submissão e silêncio em vista 
de injúrias, ultrajes e injustiça (I Pe 2.23). Jesus 
Cristo mostrou humildade ao procurar a glória 
de Deus e os melhores interesses dos homens, 
e não Sua própria glória ou interesse, e isso a 
custo de grande sacrifício, sofrimento e 
vergonha.
III. A OBRA DE JESUS CRISTO
Referimo-nos aqui à obra de Jesus Cristo em 
relação à nossa redenção, e não em relação a Seu 
ministério pessoal de ensino, pregação e cura.
Questionário
1) Dê exemplo bíblico da Santidade de Jesus?
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
2) Dê exemplo bíblico da Humildade de Jesus?
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
III.1. A MORTE DE CRISTO
Lembremo-nos de que a principal missão de 
Cristo,ao se tornar homem quando veio à terra, não 
era a de ensinar, nem realizar milagres. É verdade 
que ele fez ambas as coisas, mas Deus poderia haver 
ungido profetas (como no Antigo Testamento) para 
tais fins.
A principal missão de Cristo foi de morrer pelos 
pecados do mundo, tarefa que nenhum profeta 
poderia cumprir. Eis o motivo da encarnação de Jesus 
Cristo: a restauração do homem à perfeita comunhão 
com Deus Pai, através do perfeito sacrifício do seu 
Filho. Cristo mesmo declarou: “O próprio Filho do 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
33
34
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
homem não veio para ser servido, mas para servir e 
dar a sua vida em resgate por muitos”. (Mc 10.45); 
Veja ainda Hb 2.9.
IMPORTANTE: 
O cristianismo é, distintamente, uma religião de 
expiação. Dá à morte de Cristo o primeiro lugar em sua 
mensagem evangélica. Dessa forma, o cristianismo assume uma 
posição sem paralelo entre todas as religiões do mundo. É uma 
religião redentora.
Anos atrás, foi realizado um Parlamento de Religiões em 
Chicago, Estados Unidos do Norte, em conexão com a Feira 
Mundial ali realizada. Por ocasião do parlamento, as grandes 
crenças étnicas do mundo se fizeram representar. 
Um a um seus líderes se levantaram e falaram a favor 
do budismo, do confucionismo, do hinduísmo e do maometismo. 
Então o Dr. Joseph Cook, de Boston, que havia sido escolhido 
para representar o cristianismo, levantou-se para falar. “Eis a 
mão de Lady Macbeth”, disse ele, “manchada pelo horrendo 
assassínio do rei Duncan. Vede-a a perambular pelos salões e 
corredores de seu palácio, fazendo alto para clamar: Sai, 
mancha maldita! Sai, repito! Jamais hão de ficar limpas estas 
mãos?’’ Voltando-se então para os que estavam assentados na 
tribuna, disse o orador: “Pode algum de vós, ansiosos como 
estais de propagar vossos sistemas religiosos, oferecer qualquer 
purificação eficaz para o pecado e a culpa do crime de Lady 
Macbeth?” Pesado silêncio mantiveram todos eles, e com razão, 
pois nenhuma das religiões que representavam, nem qualquer 
outra religião humana sobre a terra, pode oferecer purificação 
eficaz para a culpa do pecado. Somente o sangue de Cristo, que 
pelo Espírito Eterno se ofereceu a Si mesmo sem mancha a 
Deus, pode purificar a consciência das obras mortas a fim de 
servirmos ao Deus vivo.
1.O que Cristo proclamou da Cruz? – Muitas 
vezes, no decorrer do seu ministério, Jesus Cristo 
vaticinou sua própria morte, especialmente quando 
ele previu que a sua hora se aproximava. Seus 
discípulos, porém, pareciam não compreender, nem a 
realidade nem o significado da morte do seu Mestre. 
(Mc 9.31,32).
Estando no Calvário, Jesus declarou o 
significado de sua morte, tanto para seus discípulos 
como para todos os ouvintes.
a) O perdão
Em primeiro lugar, ele falou de perdão. Em 
Lucas 23.34 temos suas palavras: “Pai, perdoa-lhes, 
porque não sabem...” Por meio da sua morte, mesmo 
aqueles que zombavam dele, que cuspiam no seu 
rosto, e que lhe cravavam as mãos e os pés, podiam 
obter o perdão ali mesmo, se arrependidos, nEle 
cressem como Senhor e Salvador.
b) O Paraíso
Em segundo lugar, Jesus falando da cruz 
prometeu o Paraíso aos arrependidos. Enquanto um 
dos malfeitores crucificados com ele, zombava, outro, 
reconhecendo a inocência e a divindade de Cristo, lhe 
disse: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu 
reino”. (Lc 23.43) Ao que Cristo respondeu: “Em 
verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”. 
(Lc 23.43) A obra expiatória na cruz do Calvário 
proporciona a única entrada para o céu, pois a Bíblia 
diz claramente que o pecado lá não pode entrar.
c) Deus não pode suportar Pecado
Em terceiro lugar, ouvimos as palavras 
angustiadas, proferidas por Jesus após três horas de 
agonia na cruz: “Deus meu, Deus meu, por que me 
desamparaste?” (Mt 27.46). Jesus Cristo, ao tomar os 
nossos pecados e iniquidades, sofreu a maior das 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
35 36
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
angústias pois sentia que o seu Pai lhe virara as 
costas por não admitir a presença do pecado em seu 
Filho. A mensagem fica bem clara: o pecado não tem 
parte com Deus.
d) Vitória 
 Em quarto lugar, ouvimos II Jo19.30, as 
triunfantes palavras do Salvador agonizante, “Está 
consumado”. Estas palavras foram pronunciadas 
como declaração de vitória sobre o pecado. Sua 
missão tinha se realizado completamente; tudo 
estava cumprido! A morte não conseguiria vencer ao 
Senhor Jesus, pois ele se submetera voluntariamente 
a ela como servo de Deus, dizendo em alta voz: “Pai, 
nas tuas mãos entrego o meu espírito”. (Lc 23.46). 
Como ele já dissera aos seus discípulos (Jo10.17,18), 
“...eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a 
tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a 
dou. Tenho autoridade para a entregar e também 
para reavê-la...” 
2.A Cruz trouxe Expiação – “Expiar implica 
cobrir as culpas, mediante um sacrifício exigido. A 
palavra é empregada 77 vezes no VT, sendo usada 
pela primeira vez em Ex 29.33 quando Moisés 
recebeu as instruções de Deus acerca do sacrifício de 
animais, cujo sangue serviria como símbolo de 
expiação dos pecados, satisfazendo temporariamente 
as exigências da Lei de Deus até o momento do 
sacrifício perfeito que Cristo efetuaria na cruz do 
Calvário.
a) Exemplos de Expiação
Antes mesmo do uso bíblico da palavra 
“expiação”, o conceito já aparece em Gn 3.21 onde 
temos o sacrifício de animais pelo próprio Deus, para 
vestir Adão e Eva com suas peles; vemos também o 
sacrifício agradável feito por Abel (Gn 4.4), e o 
sacrifício de animais limpos realizado por Noé após 
sair da arca com sua família, (Gn 8.20,21).
b) Cristo é Nossa Expiação
Veja o que diz em Is 53.6,7; o versículo 10 do mesmo 
capítulo esclarece ainda: “Quando der ele a sua alma 
como oferta pelo pecado”. Ainda no NT, João, o 
Batista o chama “Cordeiro de Deus, que tira o pecado 
do mundo”. (Jo1.29, 36) Estava se referindo à sua 
missão expiatória.
-Veja estas referências: II Co 5.21; Ef 5.2; Isto nos diz 
que Cristo, o perfeito Filho de Deus, que nunca 
cometeu pecado, de acordo com a vontade do Pai 
tomou sobre si toda a nossa culpa para que nós (os 
pecadores) pudéssemos receber por intermédio de 
Cristo a justiça de Deus, como se essa fosse a nossa 
própria justiça. Este ato de reconciliação agradou em 
tudo ao Pai.
3.A Cruz trouxe Redenção – “Redimir” quer 
dizer “comprar de volta”, “readquirir” uma pessoa ou 
coisa, mediante pagamento do preço exigido. Tal 
conceito de redenção, ou resgate com relação a 
escravos foi decretado pela Lei Mosaica:
“... e vender-se ao estrangeiro... depois de haver-se 
vendido, haverá ainda resgate para ele: Um de seus 
irmãos poderá resgatá-lo.” (Lv 25.47, 48) 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
37
38
FAETESPCRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
Toda a humanidade se encontra “vendida à 
escravidão do pecado” (Rm 7.14) e precisa de um 
Redentor que possa resgatá-la. O preço elevado de tal 
redenção é a morte, como se lê em Ez 18.4, foi isso 
que para nos resgatar, Jesus morreu em nosso lugar.
IMPORTANTE:
A quem é devido o preço da redenção? 
Evidentemente não é a Satanás. Ele simplesmente 
escraviza aqueles que escolhem uma vida de pecado. O 
preço do resgate é devido à santidade de Deus; a nossa 
dívida é com Deus mesmo. E foi Deus, não Satanás quem 
aceitou o “pagamento” mediante o sacrifício de Cristo. O 
resultado foi a derrota eterna de Satanás.
a) Cristo, Nosso Redentor 
Jesus se declarou Redentor da humanidade 
quando disse que sua missão era a de “dar a sua vida 
em resgate por muitos” (Mt 20.28). Veja ainda I Tm 
2.6.
A palavra “redimir” ou “resgatar” é usada 
muitas vezes na Bíblia, sendo que muitos desses usos 
prefiguram a obra redentora de Cristo.
4.A Cruz trouxe Reconciliação – 
“Reconciliar” significa harmonizar as relações 
interrompidas entre dois indivíduos, promovendo o 
mútuo entendimento através da remoção de barreiras 
e restaurando a comunicação entre ambos. O ato, ou 
o processo de reconciliação geralmente abrange três 
pessoas: 1)o ofensor; 2) o ofendido; 3) o mediador.
No caso espiritual, o ofensor é toda a 
humanidade. A bíblia afirma claramente, “Todos 
pecaram e carecem da glória de Deus” (Rm 3.23). O 
ofendido é o Deus Santo, que dado o estado 
pecaminoso de Adão e Eva os expulsou do Jardim do 
Éden. A natureza santa e justa de Deus não tolera a 
comunhão com pecadores impenitentes, cujo salário 
do pecado é a morte, a separação eterna de Deus 
(Rm 6.23), a menos que se arrependam e sigam a 
Cristo.
a) Cristo, Nosso Reconciliador
Glória a Deus! Há reconciliação agora! O 
reconciliador é Jesus Cristo, que veio reconciliar com 
Deus não os justos, mas os pecadores!
-Veja esses versículos, com cuidado (Rm 5.8-11).
Vemos, neste trecho, que antes de aceitarmos a 
Cristo como nosso Redentor, éramos chamados 
inimigos de Deus. Vemos também que o preço da 
nossa reconciliação com Deus foi a morte de nosso 
Senhor Jesus. Por ser Cristo o perfeito sacrifício, a 
morte não pôde retê-lo e ele ressuscitou dentre os 
mortos, para continuar sua obra de reconciliação em 
favor dos crentes (I Jo2.1; I Jo1.7-9).
b) O Ministério da reconciliação
Não foi só a nossa própria reconciliação com 
Deus que a morte de Cristo nos proveu, mas também 
o ministério da reconciliação entre os homens. Um 
Cristão iracundo, dado a contendas, duro, intrigante e 
que não perdoa, é uma anomalia e um escândalo 
para o reino de Deus, uma vez que fomos chamados 
para ministrar a reconciliação da parte de Deus (II Co 
5.18-21).
5.A Cruz trouxe Propiciação – Lemos em Êx 
25.17-22, do propiciatório construído por Moisés para 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
39
40
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
cobrir a arca da Aliança. A posição do propiciatório, 
como cobertura da Arca ressalta o fato de, em Cristo 
a misericórdia de Deus sobrepor-se à maldição da Lei.
Cristo foi dado por Deus Pai como propiciação 
pelos pecados daqueles que tivessem fé no seu 
sangue derramado (Rm 3.24-26).
-Meditemos na profundidade dessa revelação divina!
a) Cristo, Nossa Justificação
Ser justificado concernente a salvação, significa 
ser declarado justo, livre de pecados cometidos. 
Nossas tentativas de esconder ou cobrir nossos 
próprios pecados resultam tão inúteis como as folhas 
da figueira com que Adão e Eva tentaram cobrir sua 
nudez. Vale a pena lembrarmos que o Senhor 
proporcionou a Adão e Eva vestes de peles com que 
se cobrirem depois que eles lhe confessaram seu 
pecado. Mais uma vez se nota o derramamento de 
sangue para satisfazer a santidade de Deus, 
violentada que fora pelo pecado.
Quem nos justifica é Cristo, se tivermos fé no 
seu sangue, Deus vê ao olhar para nós, não as leis 
violadas em nosso coração, mas a propiciação através 
do sangue de seu Filho (Ef 2.13).
IMPORTANTE:
Quem é capaz de medir ou calcular a grande 
misericórdia de Deus? Ela nos proporcionou o único 
agente digno de servir como propiciação de nossos 
pecados – o sangue de Cristo. Ó maravilha do poder do 
sangue do Cordeiro! O sangue de Jesus tem poder de 
Justificar todo e qualquer pecador (I Jo2.2).
O FATO 
6.O Fato Central - O fato central de toda a 
história humana é a morte de Cristo. A cruz não 
apenas se eleva altaneira sobre as ruínas do tempo, 
mas se sobrepõe a tudo quanto interessa ao homem. 
Todos os séculos que antecederam à morte de Cristo 
no Calvário, ou inconscientemente ou com vaga 
esperança, aguardavam esse evento, e todos os 
séculos desde então só podem ser corretamente 
interpretados à luz da sua realização. 
Assim sendo, seria inconcebível que alguma luz 
não fosse projetada com antecedência sobre esse 
grande propósito de Deus de enviar um Salvador que 
morresse pelos homens – luz, não somente para o 
encorajamento daqueles que, sem seu concurso, es 
tariam tateando nas trevas, mas também para 
fornecer informações que possibilitassem a correta 
compreensão da Pessoa e da obra do Messias quando 
chegasse.
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
41
42
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
Questionário
1) De acordo com a Bíblia como se deu a morte do 
Senhor?
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
______________________________________________________
III.2.A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Era necessária a ressurreição de Cristo para que 
se pudesse confiar nEle como Salvador. Um Deus 
moribundo e crucificado, um Salvador do mundo que 
não pudesse salvar a SI MESMO, teria rejeitado pelo 
consenso universal da razão como horrendo paradoxo 
e coisa absurda.
Se a ressurreição não tivesse seguido à 
crucificação, o desafio dos judeus teria permanecido 
como argumento irretorquível contra Ele: “Salvou os 
outros, a si mesmo não pode salvar-se; desça agora 
da cruz o Cristo, o rei de Israel, para que vejamos e 
creiamos”. Doutro modo, certamente aquilo que era o 
exemplo mais flagrante de fraqueza e mortalidade 
humana não poderia servir de demonstração 
competente de que Ele era Deus verdadeiro.
A salvação é efeito de poder e de um poder tal 
que prevalece até à vitória completa. Entretanto foi 
expressamente dito que Ele “foi crucificado em 
fraqueza”. A morte foi por demais penosa para a Sua 
humanidade, e por algum tempo arrebatou-lhe os 
despojos. Por issomesmo, enquanto Cristo estava no 
sepulcro, seria tão razoável esperar que um homem 
enforcado com cadeias de ferro descesse da forca 
para chefiar um exército, quanto o seria imaginar que 
um cadáver, assim permanecendo, pudesse triunfar 
sobre o pecado e a morte que com tanto sucesso 
triunfam sobre os vivos. Ele – Jesus [ o Cristo ] 
RESSUSCITOU. 
1.A Ressurreição de Jesus é o firme 
alicerce do Cristianismo – Sua ressurreição é 
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC43 44
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
o firme alicerce da Igreja Cristã, sendo o elemento do 
qual se origina uma das principais diferenças da 
doutrina cristã, quando considerada ante outras 
religiões. O apóstolo Paulo, escrevendo aos Coríntios 
sobre a importância da ressurreição, disse: “... se 
Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda 
permaneceis nos vossos pecados” (IÇO 15.17).
a) A importância da ressurreição
Os mensageiros da ressurreição de Cristo foram 
ministros dotados de grande poder. Um anjo do 
Senhor facilmente fez deslizar uma pedra maciça (Mt 
28.2,3). Foi um anjo o portador da extraordinária 
mensagem de vitória sobre a morte (Mt 28.5-7). A 
morte não é o fim da vida para aqueles que estão em 
Cristo (Mt 16.18; Jo6.37-40; 19.25,26). 
Jesus ressuscitou! Aleluia! Atravessou a matéria 
física, deixando vazio o túmulo onde jazera. O anjo 
rolou a pedra que fechava a entrada do túmulo, para 
que todos vissem que este, agora, estava vazio. 
Glória a Deus!
b) Os resultados da ressurreição
“Ele não está aqui, porque já ressuscitou!” (Mt 
28.6). O que serve de derrota para uns, foi a 
mensagem de gloriosa vitória e poder para outros. A 
ressurreição de nosso Senhor trouxe aos crentes a 
garantia da vitória sobre a morte e o inferno, e a 
certeza da vida eterna (ICo 15.20-23; 53-55). 
O pavor da morte dissolve-se, por assim dizer, e 
o crente em Cristo pode agora, enxergar para além 
das nuvens, até á glória dourada da vida eterna em 
seu Salvador. Assim, a certeza da nossa futura 
ressurreição em Jesus é sempre nova, baseada no que 
diz a Escritura:
-“Mas agora Cristo ressuscitou dos mortos, e foi feito 
as primícias dos que dormem” (ICo 15.20). 
Devemos, portanto, ter em mente este agora e, 
assim, proclamar a ressurreição de nosso Senhor 
como um fato sempre novo! A ressurreição de 
Cristo é, para sempre, a suprema e majestosa 
base do Evangelho e da nossa fé.
2.Cristo ressuscitou ao terceiro dia – O 
Senhor Jesus havia ensinado aos seus discípulos que 
Ele ressuscitaria “ao terceiro dia” (Mt 16.21; Mc 9.31; 
Lc 9.22). após permanecer três dia e três noites no 
seio da terra (Mt 12.40). Para que haja uma melhor 
compreensão do significado dos sofrimentos, morte e 
ressurreição de Jesus, voltemos nossas atenções para 
a semana da sua crucificação.
a) Cronologia dos acontecimentos 
Cronologicamente falando, Jesus terminou seu 
discurso escatológico numa terça-feira e, a partir daí, 
seguiu em direção à cruz, “como um cordeiro levado 
ao matadouro”, para que se cumprisse a Escritura (Is 
53.7). Acompanhemos então os acontecimentos que 
se seguiram a esse dia:
• Domingo: Jesus é ungido em Betânia em casa 
de Marta, onde estavam seus irmãos, Maria e 
Lázaro (Jô 12.1-7). João diz que este 
acontecimento deu-se “seis dias antes da 
Páscoa”. Portanto, exatamente no domingo!
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
45
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
• Segunda-feira:Entra em Jerusalém e chora sobre 
ela (Lc 19.37-41). Portanto, “no dia seguinte” (Jô 
12.12);
• Terça-feira: Faz a purificação do templo (Mc 
11.11,12,15), e após censurar os escribas e 
fariseus (Mt 23) ele acrescenta: “Bem sabeis 
que daqui a dois dias é a Páscoa” Mt 26.2);
• Quarta-feira: Os evangelistas não registram 
nenhuma atividade humana de Jesus nesse dia;
• Quinta-feira: Come a Páscoa com seus 
discípulos à tarde, e à noite segue para o Jardim 
do Getsêmani (Mt 26.20). De acordo com esta 
cronologia, Jesus morreu na sexta-feira e, 
conseqüentemente, ressuscitou no domingo. O 
testemunho deixado pelos Pais da Igreja 
Primitiva, até o terceiro século, é unânime em 
afirmar que a crucificação teve lugar na sexta-
feira.
b) Parasceve ou Sexta-feira 
Parasceve, significa “preparação para o 
sábado”. Na passagem de Marcos 15.42, fica 
terminantemente esclarecido que Jesus morreu numa 
sexta-feira: “E, chegada a tarde, porquanto era o dia 
da “preparação”, isto é, a “véspera do sábado”. Isso o 
autor deste evangelho registrou a fim de certificar-se 
de que seus leitores, não judeus, entenderiam que ele 
apontava o dia da crucificação como o dia 
imediatamente anterior ao sábado, pois leitores 
gentios talvez entendessem a expressão 
“preparação” como designação para um dia particular 
da semana.
Nas fontes informativas judaicas também 
encontramos provas sobre o fato de que o Senhor 
Jesus foi morto no dia da “preparação” ou em nossa 
linguagem moderna – sexta-feira, o dia anterior ao 
sábado daquela semana da Páscoa. 
3.Três dias e três noites no Seio da Terra 
a) Expressões diversas com o mesmo sentido
“Pois, como Jonas esteve três dias e três noites 
no ventre da ‘baleia’, assim estará o Filho do homem 
três dias e três noites no seio da terra” (Mt 12.40). 
Muitas pessoas questionam a veracidade da 
afirmação de Jesus na passagem em foco. Então 
perguntam: “Como pôde Jesus permanecer no túmulo 
três dias e três noites se Ele foi crucificado na sexta-
feira e levantado dos mortos no domingo pela 
manhã?”. 
A expressão usa-se em outras conexões das 
Escrituras como sendo idêntica a “Depois de três 
dias” (Mt 27.63). Conforme o costume dos judeus e 
de outros povos da antiguidade, parte de um dia, no 
começo e no fim de um período, era contado, em 
casos especiais, como um dia completo (Et 4.16; 5.1). 
A expressão “três dias e três noites”, na passagens 
bíblica supramencionada, equivale a dizer “três dias”. 
Do mesmo modo, as expressões “Depois de três dias” 
e “ao terceiro dia” (Mc 8.31; 10.34; Jo 2.19), são 
frases que se usam uma pela outra para significar o 
período de tempo que Jesus passou no “seio da 
terra”, desde a tarde da sexta-feira à manhã do 
domingo.
Elaboração - MEBAC Elaboração - MEBAC
46
47
FAETESP CRISTOLOGIA – a doutrina de Cristo FAETESP CRISTOLOGIA – a 
doutrina de Cristo
 
b) Diferentes métodos de contagem do tempo
Conforme nosso costume ocidental, muitas 
vezes usamos o mesmo método de contagem do 
tempo. Por exemplo, muitos casais esperam que seus 
filhos nasçam antes de meia-noite de 31 de 
dezembro. Se nascido às “23:59 horas” a criança será 
tratada, para efeito de imposto de renda, como tendo 
nascido a 365 dias

Mais conteúdos dessa disciplina