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Terapias de Higiene Brônquica

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{ } 
Mecanismos de defesa pulmonar 
* Estamos em exposição constante a agressões externas 
* Ar respirado: mistura de gases e material particulado: 
- vírus e bactérias, material inorgânico, material orgânico, gases irritantes 
* Necessidade de homeostase alveolar: 
- aquecimento, saturação com vapor de água (umidificado), esterilização do ar 
* Os mecanismos de defesa estão presentes desde o nariz até os alvéolos 
* Grande reserva funcional de defesa: 
- deposição de partículas 
- macrófagos alveolares 
- resposta imune celular 
- aparelho mucociliar 
- tosse depuração normal das vias aéreas 
- vias aéreas patentes 
Deposição de partículas 
* As partículas que penetram nas VAs são carreadas pelo fluxo inspiratório 
* Dependendo do tamanho das partículas e padrão de fluxo aéreo 
- pode ter deposição em diferentes locais 
* Pode gerar alterações no padrão de fluxo: 
- diminuição progressiva do fluxo 
- turbulento: é o fluxo que todo ar tem que passar, portanto é um grande fluxo de ar e 
turbulento 
- laminar: ao chegar nas divisões o ar se dissipa mais e se torna laminar, sendo mais laminar 
(tranquilo) nas vias aéreas distais 
- difusão: local de fluxo bem tranquilo e harmonioso, nas 
pequenas vias aéreas 
* Impactação Inercial: 
- filtra grandes partículas (10 a 5 µm), no fluxo turbulento 
e transicional 
- ocorre no nariz, grandes e médias VA 
-o fluxo turbulento faz com que as partículas “batam” nas 
 paredes e se grudem no muco 
* Sedimentação gravitacional: 
- fluxo laminar, filtram partículas menores (5 a 1 µm) 
- a ação da gravidade atua para que as partículas grudem 
no muco 
- ocorre nas pequenas vias aéreas 
* Algumas partículas ainda acabam chegando nos alvéolos, 
mas são muito pequenas (vírus, bactérias e outras) 
Macrófagos alveolares 
 * Fazem a limpeza de partículas de pequeno tamanho das pequenas vias aéreas através da 
fagocitose, os macrófagos transportam a partícula até as células ciliadas (aparelho 
mucociliar) ou linfócitos para serem eliminadas. 
* Exercem a sua função com o auxílio de substâncias antimicrobianas: IgG 
* Células reguladoras da resposta imune 
Aparelho mucociliar 
* Epitélio respiratório é formado por células pseudoestratificadas ciliadas 
- desde o nariz até bronquíolos terminais, não estando presente nos bronquíolos 
respiratórios e nem nos alvéolos 
 
 
* Glândulas mucosas VAs e células claras do epitélio respiratório que produzem o muco, 
mas quanto mais delgada a via, menos tem essa produção. 
* Para funcionamento adequado: 
- ter a interação entre o filme de muco e batimentos ciliares 
- propriedades do muco/função dos cílios 
* Funções: 
- proteção das VAs 
- captar e transportar partículas até as regiões distais (boca, nariz) 
- lubrificar as vias aéreas 
- umidificar o ar 
- diluir substâncias tóxicas 
* Cada célula ciliada possui cerca de 200 cílios 
 Muco brônquico: 
* É um filme de secreção que reveste as vias aéreas de condução com aspecto de gel, sua 
composição é de água (95%), íons, proteínas, lipídios e glicoproteína (mucinas), proteínas 
do complemento e imunoglobulinas 
* É constituído de 2 camadas: 
- hipófase sol: periciliar contínua, aquosa 
- epífase gel: mais externa, viscosa 
Batimento Ciliar: 
* Depende das fases gel e sol para conseguir bater e eliminar as partículas e o próprio muco, 
a frequência do batimento ciliar é de 10 a 14 Hz e transporta de 10 – 100 ml muco/dia 
* Efetivo: o topo do cílio toca a camada gel em um movimento unidirecional em direção à 
glote trazendo o gel e partículas 
* Retorno: se faz de forma lenta em 2/3 da duração do batimento, o movimento retrógrado 
do muco é minimizado (lento) e através da camada sol 
- assim proporciona maior eficiência do sistema ao não trazer de volta o gel 
* O movimento de propulsão dos cílios acontece num sincronismo: metacronismo 
- os cílios estão sequencialmente fora de fase, o que garante melhor desempenho no 
transporte do muco 
Resumindo: a eficácia do aparelho mucociliar vai depender do batimento ciliar, quantidade 
de muco, propriedades viscoelásticas (reologia) do muco e profundidade/tamanho da 
camada ciliar 
Tosse eficaz 
* Depende da capacidade de gerar altos fluxos expiratórios 
 
 
 
 
* Em casos de falência de extubação (fluxo expiratório muito baixo), o paciente não 
consegue proteger suas vias aéreas, tendo um diagnóstico de tosse ineficaz 
Depuração anormal das vias aéreas 
* Ocorre quando o aparelho muco ciliar não é eficientes, a tosse é ineficaz e as vias aéreas 
não são patentes 
- causa retenção de secreções = obstrução das VAs 
Consequências da Obstrução das VA 
* A obstrução brônquica resulta em restrição de fluxo aéreo, com isso há um aumento da 
resistência das VAs (RVA) por ter o raio diminuído com o acumulo de secreção. É necessário 
então fazer um trabalho respiratório maior para vencer a resistência aumentada, chegando 
num ponto em que os músculos respiratórios inspiratórios não conseguem manter o 
funcionamento, levando a uma diminuição da capacidade funcional e consequentemente a 
uma insuficiência respiratória 
* Outra questão importante é que o muco é um meio de crescimento de bactéria ideal, pois é 
úmido, aquecido (36,5 – 37°C ) e é muito proteico. Assim ao ter um acumolo excessivo de 
 
 
secreção, o paciente tem um meio de cultura propicio para o crescimento bacteriano, 
podendo acarretar infecções, que se forem recorrentes podem gerar uma lesão no epitélio 
produzindo mais muco e mais obstrução brônquica 
* A obstrução crônica pode levar a atelectasias, pois com a obstrução impedindo a chega de 
ar nos alvéolos cauza atelectasias. As atelectasias vão levar à um distúrbio na relação 
ventilação perfusão (V/Q), já que o capilar que passa ao entorno desse alvéolo não vai 
realizar a troca, o que leva a uma hipoxemia, resultando no aumento do trabalho dos 
músculos respiratórios. Outra coisa que acontece decorrente da atelectasia é uma 
diminuição da capacidade residual funcional (CRF) e diminuição da complacência, que 
também leva ao aumento do trabalho dos músculos respiratórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terapia de Higiene Brônquica 
* Indicações: 
- depuração mucociliar prejudicada 
- produção excessiva de muco (bronquiectasia, pneumonia, DPOC, asma) 
- retenção de secreções (tosse ineficaz) 
*Objetivo: 
- mobilizar e remover o excesso de secreções brônquicas 
- manter as vias aéreas pérvias 
* No geral consiste em: descolamento – deslocamento – expectoração 
Técnicas de remoção de secreção brônquica 
* Existem vários mecanismos de ação como: 
- escoamento gravitacional (não é mais utilizada)= postura (gravidade) 
 - aumento do volume inspirado= mobilização, posicionamento, exercício respiratório, 
espirômetro incentivo, hiperinsuflação manual ou VM 
- aumento do fluxo expiratório= mobilização, posicionamento, tosse/huff, tosse assistida 
(manual ou mecânica) 
- oscilação= percussão, vibração, OAF 
- aumento capacidade residual funcional (crf)= posicionamento, CPAP, EPAP/PEP 
Drenagem postural – não é mais utilizado 
* Escoamento gravitacional do muco 
* Consiste em colocar o paciente em determinada postura/angulação para que o muco em 
cada um dos segmentos pulmonares escoe 
* Evidência científica: 
- combinada com outras técnicas 
- inefetiva se não for acompanhada de tosse ou manobras de expiração forçada 
- a ação da gravidade tem sido demonstrada em pacientes com fibrose cística, 
bronquiectasias e discinesia ciliar, cuja produção de muco ultrapassa 30 ml/dia 
* Vantagens: opção quando o paciente é incapaz de realizar outra técnica 
* Desvantagens: 
- é desconfortável e dura um longo tempo de terapia 
- sintomas de refluxo gastresofágico (RGE) 
* Contraindicações 
- limitações mudanças de decúbito 
 
 
- HIC, instabilidade hemodinâmica, trauma torácico ou abdominal 
Aumento do volume inspiratório 
* Para haverfluxo expiratório adequado é necessário volume inspiratório adequado 
- inspiração profunda e lenta 
- aumento da pressão transpumonar 
- estabilização das VAs pelos alvéolos 
- dilatação das VAs 
- ventilação distalmente à obstrução (atrás do muco) 
* Com as técnicas de volume inspiratório é possível colocar o ar inspirado atrás do muco 
através de ventilação colateral (ventilação por ligações entre alvéolos), ventilação distalmente 
à obstrução e aumento do fluxo expiratório 
* Para isso o fluxo inspiratório deve ser lento para carrear o muco para o lado distal, no 
sentido de expelir. Dessa forma, o fluxo inspiratório deve ser menor que o fluxo expiratório 
(bias flow = fluxo ins - fluxo exp) 
* Técnicas de aumento do volume inspirado: mobilização, posicionamento, exercício 
respiratório, espirômetro de incentivo, hiperinsulflação manual ou VM 
Mobilização e posicionamento 
* São essenciais para técnicas de higiene brônquica e reexpansão pulmonar, pois a simples 
mudança de decúbito proporciona uma distribuição da ventilação (equilíbrio ventilação 
perfusão – zonas dependentes e não dependentes) fazendo com que aumente o volume 
inspirado, proporcionando melhor oxigenação 
- inspiração: extensão de tórax 
- expiração: flexão de tórax 
* Quanto maior a mobilidade do paciente, menor o risco da ocorrência de um padrão 
ventilatório superficial e monótono (mais áreas hipoventiladas e atelectasias) 
* A mobilização é uma intervenção de primeira linha e deve preceder as demais, por isso 
sempre que possível é necessário retirar o paciente do leito, auxiliar a caminhada e 
incentivar outras atividades (endurance) 
- para esses pacientes fazerem essas atividades a demanda metabólica dos músculos vai ser 
aumentada, necessitando de mais O2 o que demanda um aumento do volume inspirado e 
recrutamento de mais unidades alveolares 
* Com todo esse aumento do volume inspirado, o ar vai atrás da secreção e então o muco é 
carreado junto ao aumento do fluxo expiratório 
* Para que a Mobilização seja eficaz como higiene brônquica, deve ter o aumento do volume 
minuto, para que isso ocorra deve acontecer o treino de endurance. Não adianta atividades 
passivas ou com o paciente já esteja acostumado 
* A técnica de Posicionamento é comprovada desde 1956, com um estudo que comprovou 
que a simples mudança de posição já aumenta a capacidade aumenta, assim como a CRF 
* É uma técnica que pode ser aplicada em todas as idades 
* Vantagens: é holística, pode ser lúdica, trabalha o físico e o cognitivo 
* Contraindicações: limitações de mudanças de decúbito e limitações ao esforço físico 
Aumento da Capacidade Residual Funcional 
* Para o aumento da CRF as técnicas usadas são: posicionamento, CPAP, EPAP/PEP 
* Evidencias científicas: PEP + TEF são efetivas para remoção de secreções, melhor 
manutenção da função pulmonar e melhora da função física em fibrose cística; PEP foi a 
técnica de preferência por adultos e crianças em vários estudos; diminui as exacerbações em 
pacientes com bronquite crônica; aumenta a CV e a CVF em pacientes com esclerose 
múltipla; maior CRF e diminuição na ocorrência de atelectasias em PO de cirurgia 
abdominal 
Pressão expiratória positiva (PEP) 
* É quando se coloca no paciente uma resistência à expiração, ficando mais difícil de expirar, 
com isso cria uma pressão retrógada nas vias aéreas durante a expiração 
 
 
* Isso facilita a higiene brônquica, pois aumenta o volume de reserva expiratório, aumenta a 
CRF e age de 2 formas: 
- estabiliza as VAs durante a expiração (ao aumentar o volume), mantendo-as abertas 
durante a expiração, esse ar então consegue sair melhor e com ele carrear o muco para ser 
expelido = tala pneumática 
 - através da ventilação colateral é possível aumentar o volume de ar atrás do muco através 
dos poros de Kohn e canais de Lambert e também abre áreas que ter colapsado (atelectasias) 
por obstrução brônquica 
EPAP 
* Também utiliza da resistência expiratória, é uma mascara ou bocal que gera na expiração 
uma resistência linear através de uma válvula de PEP ou por orifícios no bocal/máscara 
- resistências da válvula de PEP 5 – 20 cmHg 
* PEP com selo d’água (bottle PEP): 
- se utiliza de um cano/tubo de plástico com diâmetro médio e um frasco de vidro/plástico 
com mensuração da coluna de água em centímetros (quanto maior a coluna de água, maior 
a resistência), assim o volume de água determina a PEP 
- interessante pois permite ser feita de forma lúdica com crianças ao colorir a água ou 
colocar detergente para fazer bolhas 
* Como é feita: 
- sempre começar com a resistência menor e aumentar conforme a tolerância do paciente 
- preferencialmente com o paciente sentado, com cotovelos apoiados 
- inspiração lenta e profunda, com causa inspiratória de 2 a 3 segundos e expiração 
prolongada 
- realizar séries de 5 ciclos respiratórios ou 5 minutos (aumentar pressão) 
- huffing/tosse 
- repetir até a higiene brônquica completa 
* Crianças acima de 18 meses já são capazes de fazer e se segue até a fase adulta 
*Vantagens: é de fácil aprendizagem, dá independência para o paciente realizar, no caso do 
Bottle PEP é barato e pode ser lúdico 
* Desvantagens: custo com máscara e peças, as crianças necessitam de assistência e no caso 
das Bottles PEP deve ter atenção para evitar engolir a água 
* Contra indicação: pneumotórax não drenado, instabilidade hemodinâmica, hipertensão 
intracraniana 
Aumento do fluxo expiratório 
* Para o aumento do fluxo expiratório as técnicas mais utilizadas são: mobilização, 
posicionamento, tosse/huff e tosse assistida manual e mecânica 
* A varredura da expiração por si só já carreia a secreção para ser expelida, mas tbm existem 
outros mecanismos como o cisalhamento do muco e 
Cisalhamento do muco 
* Quando há um fluxo expiratório aumentado existe a interação gás – líquido (ar e muco) 
que promove a deformação e cisalhamento do muco, alterando a reologia do muco 
(características do muco) que torna o muco mais fluido e mais fácil de ser carreado 
- depende da velocidade do fluxo e dos padrões de fluxo do ar 
Compressão dinâmica das VAs – Propulsão de fluídos pelo fechamento das VAs distais 
* Os volumes pulmonares tem um efeito importante na resistência das vias aéreas, pois 
quando o ar é inspirado a interdependência nos alvéolos e vias aéreas tracionam as paredes 
das vias aéreas, aumentando seu calibre 
* No momento antes do início da expiração a pressão alveolar muito grande pois há um 
acumulo de energia cinética advinda da inspiração (ar) e nesse momento a pressão dentro 
do alvéolo é maior que a pressão atmosférica. Sabendo que o ar vai de um lugar de maior 
pressão pra um de menor pressão, ele sai do alvéolo e segue para ser expirado 
* A pressão das pleuras nesse momento tbm é maior que a pressão atmosférica, funcionando 
como uma mola propulsora empurrando o ar para fora dos pulmões 
 
 
* A pressão alveolar então é determinada pela pressão pleural e também pela pressão 
elástica dos alvéolos, ambas pressionando para o fechamento do alvéolo 
Palv = Ppl + Pel 
* Ponto de Igual Pressão (PIP): momento em que a pressão das vias aéreas e pleural é a 
mesma e o ar continua saindo e perdendo pressão, imediatamente após o PIP a pressão 
dentro da via aérea é menor que a pleural podendo ocorrer um colapso, um fechamento das 
vias aéreas nesse ponto 
- a importância desse fato é que se utiliza o PIP para algumas técnicas de higiene brônquica 
para fazer uma propulsão do muco (milking effect) 
- quanto menor o volume alveolar menor a pressão alveolar, então o PIP vai acontecer mais 
perto da periferia, assim como quando a altos volumes pulmonares trazem o PIP mais para 
o centro 
- quando o PIP ocorre exatamente em cima de onde está o acumulo de secreção, causa ainda 
mais o efeito de cisalhamento e deformação do muco, facilitando seu transporte. 
Tosse 
* Capaz de gerar mobilização em secreções presentesaté a 5ª – 6ª geração, sendo um 
recurso indispensável na terapia de higiene brônquica 
* É a técnica responsável por eliminar o muco para ser expelido, por isso é a finalização de 
toda higiene brônquica 
* É dividida entre ativa, assistida (manual ou mecânica) ou provocada 
- ativa: é orientado, o terapeuta ensina as fases da tosse, o melhor posicionamento é 
sentado/semi-Fowler com os pés apoiados e leve flexão de tronco 
- tosse assistida manual: também é orientada, mas na fase expulsória é feita uma 
compressão torácica e/ou abdominal com a direção da força aplicada em direção para 
expelir – quando o paciente está em PO de cirurgias que precisam de esternotomia, o 
terapeuta pode fazer uma pressão contendo a incisão cirúrgica para diminuir a dor do 
paciente durante a tosse 
- tosse assistida mecânica: conta com a utilização do aparelho Cough Assist que tem uma 
máscara que ao ser acoplada durante a inspiração aplica uma pressão positiva ( aumenta 
volume corrente) e durante a expiração aplica uma pressão negativa (vácuo), aumentando 
os fluxos expiratórios – pressões de +/- 40 cmHg 
- tosse provocada: é feito um estimulo irritativo mecânico nos receptores tussígenos 
imediatamente acima da fúrcula esternal ou com uma espátula no final do palato duro 
Huffing 
* É uma expiração forçada com a glote aberta do início ao fim da manobra, sendo muito 
semelhante à tosse, no entanto não tem a fase compressiva da tosse 
* Ao eliminar o fechamento da glote a pressão alveolar diminui, deslocando o PIP um pouco 
mais distalmente 
* Pode ser iniciado a baixos, médios e altos volumes pulmonares 
* As vantagens em relação a tosse são: 
- menor pressão intratorácica por não ter a fase compressiva 
- menos dor 
- os pacientes pós-cirúrgicos que tem dor no tórax se beneficiam muito da técnica 
* Com base no huffing foi criada uma técnica chamada técnica de expiração forçada – TEF, 
que consiste em combinar o huff com exercícios respiratórios diafragmáticos 
* Modificação da TEF em 1992 em 3 ciclos repetidos de 3 etapas: controle da respiração, 
expansão torácica, espiração forçada (TEF) e nomearam de ciclo ativo da respiração 
- a composição do ciclo depende do conforto do paciente 
- é repetida até que não se perceba mais secreção brônquica 
- é uma boa técnica para o paciente fazer sozinho como um auto tratamento (depois de ter 
aprendido a técnica 
* Ambas as técnicas podem ser feitas em crianças acima de 3/4 anos e em adultos 
* Desvantagem: tempo para aprender, requer concentração/cooperação do paciente eas 
crianças necessitam de assistência e monitoramento 
 
 
Compressão manual torácica 
* Pressão manual exercida sobre o tórax na expiração com o objetivo de aumentar o fluxo 
expiratório e auxiliar no carreamento proximal das secreções 
- pode ser associada ou não a outras terapias de higiene brônquica como a vibrocompressão 
ou a técnicas de aumento de fluxo expiratório (AFE) 
* Contra indicação: osteoporose, fraturas de costelas, tórax instável 
Aumento do fluxo expiratório (AFE) 
* Técnica que recebe o mesmo nome do mecanismo de ação e foi desenvolvida por Joel Barthe 
no final da década de 1960, definida como um aumento passivo, ativo-assistido ou ativo do 
fluxo aéreo expiratório 
* Tem o objetivo de mobilizar, carrear e eliminar as secreções traqueobrônquicas, com ou 
sem ajuda de um fisioterapeuta 
* É realizada com o paciente em supino, uma mão do fisioterapeuta é colocada sobre o tórax 
e outra sobre o abdome. A mão torácica faz uma força oblíqua de cima para baixo e de 
frente para trás, já a mão abdominal(apoio) fica para conter a dissipação de energia para a 
cavidade abdominal. É iniciada no início da expiração (platô inspiratório) e na expiração 
com a glote aberta 
- AFE rápida: alto fluxo expiratório que mobiliza as secreções das VAs de médio para as VAs 
de grande calibre, é indicado quando a ausculta pulmonar evidencia secreções nas vias 
aéreas de grande calibre 
- AFE lenta: expiração lenta e prolongada, baixo fluxo expiratório e baixos volumes 
pulmonares, mobiliza as secreções dos pequenos brônquios até as VAs proximais 
* Contra indicação: osteoporose, fraturas de costelas, tórax instável 
Expiração lenta total com glote aberta em decúbito infralateral (ELTGOL) 
* Consiste em uma expiração lenta com a glote aberta que da CRF até a VR com o paciente 
em decúbito infralateral com o lado do pulmão comprometido 
- pode ser chamado de ELTGO quando não é feito em decúbito infralateral 
* A mobilização é feita contra a gravidade, ao colocar o paciente em decúbito infralateral o 
pulmão que está do lado em contato com a maca será o que vai ventilar mais (pulmão 
dependente), 
* Ao fazer a compressão das vísceras em direção cefálica durante a expiração tem por 
objetivo fazer a depuração efetiva das secreções, deslocando as secreções das VAs 
periféricas/médisa por meio da expiração lenta e prolongada, durando de 10 a 15 min de 
cada lado 
* Importante lembrar que deve ser feita sempre com a glote aberta, caso o paciente não 
entenda é possível fazer com o uso de um bocal 
* Técnica: o fisioterapeuta permanece atrás do paciente, mão direita na região abdominal e 
mão esquerda no terço médio do tórax superior 
- mão do abdome aplica uma pressão lentamente em direção cefálica no final da expiração 
normal (CRF) 
- mão tórax realiza apoio em direção ao quadril 
* Pode ser feita com crianças acima de 6 anos e adultos 
* Vantagem: faz a higiene brônquica das VAs periféricas 
* Desvantagens: leva tempo para aprender e requer concentração e cooperação 
* Contraindicação: lesões cavitárias, abcessos, bronquiectasias importantes, casos de 
desequilíbrio V/Q 
Drenagem autógena (DA) 
* Essa técnica utiliza inspirações e expirações lentas e controladas pelo paciente, é composta 
por 3 fases seguidas pelo huff ou tosse: 
- ventilação a baixos volumes (descolar): o paciente respira a baixos volumes mobilizando a 
secreção da periferia – abaixo do volume corrente 
- ventilação a médios volumes (coletar): o paciente respira a médios volumes coletando a 
secreção das VAs médias – pouco maior que o volume corrente 
 
 
- ventilação a altos volumes (eliminar): o paciente respira a altos volumes eliminando 
secreções em VAs centrais – até a CRF 
* A melhor posição é sentado ou semi-Fowler, explicando a técnica para o paciente 
posicionando suas mão e reconhecendo o lugar da secreção 
Oscilação 
* As técnicas mais utilizadas são a de percussão, vibração e OAF 
* Essas técnicas consistem em fazer uma onda vibratória de frequência regulável 
intratorácica, com ação tixotrópica (diminuição da viscosidade) pela ressonância pulmonar 
alterando a reologia do muco 
- frequências variáveis entre 3 e 17 Hz 
Percussões torácicas /Tapotagem 
* Força mecânica aplicada de forma rítmica pelas mãos na região torácica do paciente sobre 
os segmentos pulmonares comprometidos 
* Age através da transmissão de ondas de energia que causam a mobilização do muco e 
diminuição de sua aderência à parede da VA 
- diminuição da viscosidade, que facilita o transporte do muco e estimula à tosse 
- a frequência ideal seria de 20 a 30 Hz, no entanto a capacidade manual é de 1 a 8 Hz – é 
muito menos do que o ideal para produzir um efeito nas VAs dos pacientes, por isso essa 
técnica caiu em desuso 
* Técnica: o terapeuta deve fazer movimentos de flexão e extensão de punho, pouco 
movimento de cotovelo e quase nenhum movimento de ombro, com ritmo constante. As 
mãos devem ser alternadas e a força aplicada pela mão dominante deve ser a mesma da 
aplicada pela não dominante, não causando dor ou desconforto ao paciente e deve produzir 
um som oco 
- a técnica não deve ser aplicada sobre a mama ou incisões cirúrgicas, deve ser feita com o 
tórax protegido (vestido) e aplicada durante a inspiração e a expiração 
* Indicações: hipersecreção pulmonar VA proximal e pode estimular tosse 
* Contraindicação:fratura ou luxação de costela, osteoporose grave e hemoptise franca 
* As evidências científicas são muito baixas 
Vibração/ Vibrocompressão 
* Consiste em fazer ondas vibratórias transmitidas à parede torácica por meio da 
tetanização dos mm agonistas e antagonistas do antebraço trabalhando em sinergia com a 
palma da mão, aplicada perpendicularmente ao tórax – pode ser feita também com 
vibrador elétrico 
- sempre vai ser aplicada na expiração 
- frequência entre 12 a 16 Hz para amplificar os movimentos ciliares em seu batimento que é 
de 13 Hz, assim diminuindo a viscosidade do muco 
- pode ser associada à compressão – vibrocompressão e utilizada em conjunto com a 
drenagem postural 
* Limitações: dificuldade em atingir a frequência de vibração eficaz 
* Contraindicação: osteoporose grave, fratura de costela, náuseas, vômitos, feridas cirúrgicas 
não cicatrizadas 
Oscilação oral de alta frequência (OOAF) 
* Faz uso de um dispositivo semelhante a um cachimbo com um cone em seu interior que 
possui uma esfera de aço que vibra durante a expiração – flutter, shaker e acapela 
* O fluxo de ar expirado eleva a esfera que volta a cair por ação da gravidade e a sucessão 
rápida desses eventos causa uma vibração retrógada das VAs (OOAF) 
- essa vibração chega numa frequência de 6 a 20 Hz, sendo capaz de alterar as propriedades 
viscoelásticas do muco 
- essas esferas também funcionam como uma resistência – PEP 
* Indicação: tosse persistente, hipersecreção pulmonar, DPOC, bronquiectasias, fibrose 
cística 
* Contraindicação: pneumotórax não drenado, instabilidade hemodinâmica 
* Vantagem: Paciente pode realizar sozinho 
 
 
Técnica Adjuvante 
Inalação 
*Promove hidratação do muco, facilitando o carreamento e expectoração e pode ser feita 
com o soro fisiológico 
- pode ser associada à técnicas de higiene brônquica

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