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Terapias de Higiene Brônquica Técnicas de Desobstrução Brônquica Tosse Técnica de Expiração Forçada (TEF) ou Huffing Aceleração do Fluxo Expiratório (AFE) Drenagem Postural Tapotagem ou Percussão Vibração * Vibrocompressão ou manobra de pressão negativa ou descompressão brusca ELTGOL Oscilação Oral de Alta Freqüência Aspiração Traqueobrônquica Mobilização e Exercícios Tosse “A maioria das terapias de higiene brônquica somente ajudam a mover as secreções para vias aéreas centrais. A depuração real dessas secreções exige a tosse ou a aspiração.” Scanlan & Myslisnski, 2000 Técnicas de Tosse Tosse espontânea Ato voluntário de expulsão de ar dos pulmões ensinado ao paciente, supervisionado e monitorado, sem necessidade de qualquer estimulação ou reflexo. Esta técnica é utilizada quando o paciente é colaborativo e participa contribuindo com a terapia Tosse solicitada Técnicas de Tosse Tosse assistida O terapeuta orienta o paciente para que o mesmo realize uma inspiração profunda e após uma breve apnéia realize a tosse, que será assistida pelo fisioterapeuta apoiando e comprimindo o esterno ou o abdomem, na tentativa de aumentar a pressão e tornar a tosse eficaz Técnicas de Tosse Tosse provocada Manobra de estimulação do reflexo de tosse por ação mecânica Utilizada quando a tosse voluntária está abolida ou em pacientes não colaborativos. O terapeuta com auxílio da manobra de estimulação traqueal (através de sonda estéril) ou compressão da região abaixo da cartilagem tireóidea, provoca, por estimulação mecânica dos receptores irritantes de ação reflexa, que desencadeia a tosse, sendo esta muitas vezes, mais eficiente que a voluntária. Sinônimos: Tic Traqueal, Estimulo de fúrcula Soro fisiológico na narina Solução salina Estímulo com sonda Estéril Estímulo de fúrcula Técnica de Expiração Forçada (TEF) HUFFING Está técnica pode ser definida, como a modificação da tosse espontânea. Tem como objetivo auxiliar na eliminação de secreções com menor alteração da pressão pleural e menor possibilidade de colapso bronquiolar. Tosse com a glote aberta Sinônimo: “ Huffing” AFE – Aceleração do Fluxo Expiratório Manobra que comprime bruscamente o tórax com a finalidade de aumentar o fluxo aéreo expiratório. Deslocar secreções brônquicas médias e apicais por aumento brusco do fluxo expiratório é o principal objetivo dessa técnica. Drenagem Postural Utiliza a ação da gravidade para deslocar as secreções brônquicas de regiões mais distais das vias aéreas, para regiões mais centrais com o objetivo de serem expectoradas. Tapotagem ou Percussão O objetivo é percutir, com as mãos em concha, externamente a parede do tórax sobre a região acometida, a fim de gerar ondas mecânicas, que serão transferidas pelos tecidos até a árvore brônquica, realizando uma vibração capaz de deslocar as secreções. Tipos de Tapotagem Tapotagem Manual Tapotagem Mecânica Contra-indicação Osteoporose Metástase em costelas e coluna vertebral Fratura de costela Obesidade Hemoptise Hiperreatividade brônquica Vibração Tem objetivos semelhantes a tapotagem, que é a transferência de vibrações e oscilações mecânicas, através da parede externa do tórax, para as vias aéreas Vibrocompressão Tem objetivos semelhantes a tapotagem, que é a transferência de vibrações e oscilações mecânicas, através da parede externa do tórax, para as vias aéreas, associada à compressão do tórax Sinônimos: Manobra de pressão negatica ou descompressão brusca Contra-indicação Osteoporose Metástase em costelas e coluna vertebral Fratura de costela Obesidade Enfisema subcutâneo Expiração Lenta Total com a Glote Aberta em Decúbito Infralateral (ELTGOL) Consiste em uma manobra ativa, onde o paciente é colocado em decúbito lateral, deixando o hemitórax a ser tratado em contato com o leito. Nesta posição, o paciente é orientado a realizar inspirações e expirações lentas, a partir da capacidade residual funcional até o volume residual, usando um bucal. O fisioterapeuta posiciona-se diante das costas do paciente e coloca uma das mãos nas últimas costelas, executando uma pressão abdominal e no tórax dependente, enquanto a outra mão realiza pressão no gradil costal do hemitórax que não está apoiado no leito. Estas pressões são realizadas durante a expiração. Objetivo Utilizar a propriedade de ação de cisalhamento de um fluxo aéreo lento sobre o muco brônquico para facilitar sua eliminação. Inicialmente, localiza-se a região de acúmulo de secreção pela ausculta pulmonar. Indicada na ausculta de sibilos inspiratórios, posiciona-se o paciente em decúbito lateral com o pulmão comprometido em posição infralateral. ELTGOL Deve ser realizada em pacientes colaborativos. Como uma manobra ativa, depende do comando do terapeuta e da colaboração do paciente. Ao realizar a manobra, as secreções são trazidas da periferia até a traquéia e são expectoradas por uma tosse espontânea causada pela própria técnica. Contra-indicações Obstrução cavitária Abscessos Bronquiectasias Oscilação Oral de Alta Freqüência (OOAF) Vibrações realizadas por aparelhos específicos, que ao serem acionados durante a expiração, fazem vibrar uma esfera metálica , provocando ondas mecânicas vibratórias, que são transferidas para as Vias aéreas, deslocando assim, as secreções brônquicas. Aparelhos: Flutter VRP 1 (Importado) Shaker (Nacional) Acapella (Importado) Descrição da Acapella A acapella combina os princípios de oscilação de alta freqüência por empregar uma alavanca de contrapeso e um imã. O ar exalado passa através de um cone, que é aberto e fechado ao mesmo tempo,por um tampão acoplado à alavanca, produzindo oscilações no fluxo de ar. Um botão localizado no fim do dispositivo ajusta a freqüência, a amplitude e a pressão média. Vantagens da OOAF Uso individual Fácil manuseio e limpeza Aparelho portátil Independência para as terapias Uso domiciliar Uso associado à inaloterapia Desvantagens da OOAF Apenas para pacientes conscientes e colaborativos Aspiração Traquobrônquica A aspiração endotraqueal é um procedimento importante para a remoção de secreções em pacientes com vias aéreas artificiais ou impossibilitados de expectoração voluntária. Ela tem que ser realizada cuidadosamente para evitar complicações de hipotensão, hipoxemia. Importante ao fisioterapeuta que a utilize ao final das manobras de desobstrução pulmonar Quando aspirar? Sempre que necessário: Sons de secreção pulmonar Tosse produtiva ineficaz Picos de pressão (VM) Técnica de aspiração nasotraqueal Escolher número adequado de sonda: 10 ou 12 (no adulto) Posicionamento adequado do paciente: hiperextensão de cabeça Oxigenoterapia suplementar Uso de luva e sonda estéril Introduzir sonda aberta até atingir traquéia (início da tosse) Retirar sonda em caso de reflexo de vômito iminente Aspirar com movimentos circulares e por no máximo 10 a 12 segundos Não é necessário retirar a sonda Técnica de aspiração de cânula de traqueostomia Escolher número adequado de sonda: 12 ou 14 (no adulto com cânula plástica) e 10, 12 ou 14 (no adulto com cânula metálica) Oxigenoterapia suplementar Uso de luva e sonda estéril Instilação de SF para estimular a tosse (nunca de água) Introduzir sonda aberta até atingir traquéia (início da tosse) Não é necessário introduzir toda a sonda Aspirar com movimentos circulares e por no máximo 10 a 12 segundos Ordem da aspiração: cânula, nariz e boca Técnica de aspiração de cânula orotraqueal Escolher número adequado de sonda: 12, 14 ou 16 (no adulto) Uso de luva e sonda estéril Instilação de SF para estimular a tosse (nunca de água) Introduzir sonda aberta até atingir traquéia (início da tosse) Aspirar com movimentos circulares e por no máximo 10 a 12 segundos Ordem da aspiração: cânula, nariz e boca PRÁTICA
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