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Apostila 8 - Produção de texto - elementos da comunicação e dissertação

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Prévia do material em texto

ENSINO 
MÉDIO
PRODUÇÃO 
DE TEXTO 8
Capa_Humanas cad8_ al_pr.indd 14 07/12/16 19:29
O Discurso Argumentativo II
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PRODUÇÃO 
DE TEXTO
Emiliana Abade
 O DISCURSO ARGUMENTATIVO II
1 Dissertação III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Quem sabe argumentar sabe fascinar . . . . . . . . . . . . . . .4
Estratégias persuasivas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5
2 Temas de vestibulares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
Do percurso à chegada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .17
Os vestibulares e o conhecimento de mundo . . . . . . . . .17
Tema . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .21
A redação no Enem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .23
2137831 (PR)
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MÓDULO
O Discurso Argumentativo II
Saber persuadir é uma arte que exige treino e dedicação para 
alcançar sua proficiência. Certamente, você usa suas habilidades de 
persuasão em diversos discursos do cotidiano, desde argumentar com 
seus pais sobre a possibilidade de ir a uma festa, até na resposta de uma 
questão de avaliação, na qual você busca, com conhecimentos, persua-
dir o professor de que sabe efetivamente o conteúdo. E é exatamente a 
construção desse conhecimento, a chave para uma argumentação per-
suasiva bem sucedida, seja oralmente ou em forma de um texto escrito. 
É preciso se debruçar constantemente sobre livros, sites e variadas fon-
tes confiáveis de pesquisa, para construir gradativamente um repertório 
cultural que se mobilize nos diversos contextos em que seja necessário 
persuadir alguém sobre algo.
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Objetivos:
c Compreender como 
os procedimentos 
argumentativos 
se realizam nos 
elementos que 
estruturam a 
comunicação humana 
– emissor, receptor, 
mensagem, código, 
canal e referente – 
para se alcançar a 
persuasão desejada.
c Aplicar essas 
estratégias persuasivas 
de acordo com a 
intencionalidade do 
discurso e o gênero 
textual em foco.
4 O Discurso Argumentativo II
CAPÍTULO
 QUEM SABE ARGUMENTAR SABE FASCINAR
Existem palestrantes que não nos convencem porque se mostram inseguros: às vezes são favo-
ráveis ao tema enfocado; outras vezes, desfavoráveis ao mesmo tema. Tornam-se ainda incoerentes 
porque as consequências dos fatos apresentados não correspondem às causas deles. Palestrante 
que titubeia torna tudo nebuloso.
Entretanto, quando o comunicador é brilhante, ele argumenta com entusiasmo, defende com 
tanta segurança seu ponto de vista que convence seu interlocutor até a mudar de opinião. Usa 
estratégias focadas no receptor, a quem deseja persuadir, como diariamente vemos na linguagem 
publicitária.
Para ser bem-sucedido, o comunicador precisa construir sua visão de mundo, lendo e refl etindo 
muito, buscando defi nições claras, coerentes. Precisa ainda estar constantemente motivado para 
despertar interesse em seus espectadores, fazendo-os vibrar com seus argumentos, muitas vezes, 
surpreendentes, inusitados e inimagináveis…
Quando o emissor consegue convencer seus interlocutores, espontaneamente ele é aplaudido 
e, com certeza, seu receptor já não será o mesmo. 
1 Dissertação III
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 ESTRATÉGIAS PERSUASIVAS
Persuadir, segundo o Dicionário Houaiss de língua portuguesa, signifi ca levar ou convencer (al-
guém ou a si mesmo) a acreditar (em algo); convencer-se; levar (alguém ou a si mesmo) a se deci-
dir a respeito de (algo); convencer (alguém) da necessidade ou conveniência de; levar (alguém) a 
mudar de atitude; convencer; fazer ou obrigar (alguém) a ter certeza (a respeito de algo); mostrar 
a conveniência ou a necessidade de; apontar, indicar; conduzir a uma solução ou situação con-
vincente, satisfatória; satisfazer.
Damos o nome de estratégias persuasivas a todos os recursos de natureza lógica que amarram 
as partes do texto, dando-lhe coerência.
Platão e Fiorin, em seu livro Para entender o texto — leitura e redação, dão a essas estratégias o 
nome de procedimentos argumentativos, defi nindo-os como “todos os recursos acionados pelo 
produtor do texto com vistas em levar o leitor a crer naquilo que o texto diz e em fazer aquilo que 
o texto propõe”.
A persuasão é empregada nas mais diferentes situações do dia a dia. Observe a tirinha a seguir.
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O objetivo do pai de Calvin é fazer o fi lho comer a comida que está no prato. Para convencê-
-lo, emprega uma estratégia persuasiva que se mostra efi caz, pois o menino come toda a salada 
que está à sua frente.
Leia agora um trecho do texto da psicóloga Rosely Sayão sobre o fi lme Boyhood — da infância 
à juventude.
De perto, quase toda família é normal. É a essa conclusão que chegamos ao assistir ao 
fi lme Boyhood, uma experiência instigante e reconfortante.
Instigante porque podemos testemunhar o crescimento, em todos os sentidos, dos persona-
gens principais e dos atores — os mesmos no transcorrer dos 12 anos de fi lmagem.
Reconfortante porque podemos perceber que os principais acontecimentos da vida em 
família estão nos detalhes e não nos dramas: o olho no olho em momentos importantes, uma 
palavra paterna dada na hora certa e, principalmente, porque percebemos que nenhum acon-
tecimento é, por si só, determinante do destino de uma vida.
Casamentos acontecem, fi lhos nascem, casamentos são desfeitos. Será que isso afeta as 
crianças? [...] Para muitas crianças, estranho é o fato de a mãe e o pai permanecerem casados 
[...] é claro que a ausência ou a distância do pai tem consequências para as crianças, mas elas 
não são irreversíveis. Sempre há tempo para o pai se fazer presente e acompanhar o fi lho em 
sua trajetória e colaborar para que ele veja a vida como ela, de fato, é.
Irmãos crescem e rivalizam: brigam entre si, se provocam, buscam a cumplicidade da mãe 
[...] E, quando eles crescerem, será que podem desenvolver uma relação fraterna que tenha 
ternura, respeito, companheirismo e amor? Sim: quando pequenos, parece impossível que 
isso possa acontecer, mas, na maturidade, ou quase lá, a perspectiva muda já que eles não 
dependem mais da mãe para viver.
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6 O Discurso Argumentativo II
E os dramas da vida cotidiana? Padrastos alcoólatras e suas crises intempestivas, cortes 
de cabelos à revelia, mudanças bruscas de escola, de cidade, de estilo de vida: as crianças têm 
como sobreviver saudavelmente a tantos eventos que hoje consideramos que “traumatizam”? 
Sim, elas superam, mesmo que com algum custo, e mais rapidamente do que podemos ima-
ginar. Crescer dói, mas o sofrimento passa.
[…]
Em pouco menos de três horas de filme, nos transformamos em testemunhas da vida 
de uma família no decorrer de 12 anos. Poderia ser uma experiência monótona, cansativa, 
entediante. Não é: trata-se de um filme que, por identificação, fisga o espectador de qualquer 
idade e o encanta.
[...]
Rosely Sayão. Disponível em: www1.folha.uol.com.br 
Agora, estabelecendo relação com os elementos que constituem a comunicação humana, va-
mos rever de que modo, no filme, o discurso acontece.
As personagens, que constituem uma família, aparecem como emissores (aqueles que produ-
zem e enviam a mensagem) e receptores (aqueles a quem a mensagem é transmitida). 
Pensando no texto escrito pela psicóloga, de que modo o discurso acontece? O emissor (Rosely 
Sayão — que produziu a argumentação) dirige-se aos leitores (receptoresda mensagem), focali-
zando a palavra (ou seja, a mensagem), da qual todos somos dependentes para existir e para nos 
superar, porque “para ser humano, é necessário ser o sujeito da palavra” (mensagem). Esse emissor 
usa, também, um código (a língua portuguesa), e um canal sensorial (a língua portuguesa escrita, 
constituindo texto). Finalmente, a compreensão de tudo aquilo que foi produzido pelo emissor 
(sua opinião sobre o filme Boyhood, por exemplo) ou daquilo que é produzido pelos falantes de 
um código denomina-se referente.
Como vimos, existem seis fatores responsáveis pela comunicação humana. Veja:
EMISSOR:
aquele que produz
a mensagem.
MENSAGEM:
o conjunto de sons ou 
de palavras (o texto 
escrito) que veicula
um conjunto de
informações.
CANAL:
o conjunto de meios 
sensoriais ou materiais
pelo qual a 
mensagem é 
transmitida. 
Exemplos: canal 
auditivo, telefone, jornal.
RECEPTOR:
aquele a quem a
mensagem é
transmitida.
CÓDIGO:
o sistema
linguístico, por
exemplo, uma
língua, que permite
produzir uma
mensagem.
REFERENTE:
a situação a que a
mensagem remete,
o seu conteúdo.
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Vamos observar, agora, algumas estratégias persuasivas baseadas nos seis fatores presentes no 
processo de comunicação.
Base: emissor
Em tempo de discurso eleitoral, candidatos usam estratégia discursiva para criar imagem 
favorável junto ao eleitor. O foco de sua mensagem está centrado nele, emissor. Veja o exemplo.
Eu queria ter a oportunidade de falar com você de todo Brasil. Eu governei o estado de 
Pernambuco por duas vezes. Fui reeleito com 83% dos votos e deixei o governo com mais de 
90% de aprovação. Governei com pouco, porque governei um estado do Nordeste brasileiro 
com muita pobreza, e botei o foco naqueles que mais precisam. Então, aprendi a fazer mais 
com menos. Agora, ao lado da Marina Silva, eu quero representar a sua indignação, o seu 
sonho, o seu desejo de ter um Brasil melhor. Não vamos desistir do Brasil.
Eduardo Campos. 
 
Base: receptor
Para persuadir o receptor, é necessária a criação de uma imagem favorável capaz de convencê-
-lo, como acontece neste trecho de Lya Luft.
Plantar um bosque
O bosque existe […] onde minha imaginação anda de mãos dadas com a realidade. Ain-
da somos poucos moradores nesse condomínio na serra, mas algumas casas novas vão apa-
recendo entre as árvores. A nossa, a menor de todas, foi feita como a gente queria: varan-
dona, lareira e aconchego, grandes vidraças trazendo o bosque para dentro do quarto […].
Essas franjas do perceptível permitem que a gente cumpra o cotidiano de trabalho e corre-
rias, amores a cuidar, contas a pagar, o dinheiro escasso, a burocracia implacável e kafkiana, o 
carro que precisa ir para a ofi cina e a eterna lista do supermercado — tudo isso e muito mais, 
sem perder a graça! […]
Cada um de nós poderia curtir essa experiência na paisagem da janela, na caminhada 
pela praça ou parque […]. Plantar um bosque na alma, e curtir a sombra, o vento, a chuva, 
as crianças, o sossego. Não precisam ser reais. […] Eu até acho que a realidade não existe: 
existe o que nós criamos, sentimos, vemos ou simplesmente imaginamos.
Veja, 27 abr. 2011.
A autora do texto enumera ações maçantes, cansativas e reais do cotidiano, em oposição ao bos-
que, criando uma metáfora por meio da qual é possível uma existência de mãos dadas entre a ima-
ginação e a realidade. Fazendo essa transposição, dirige-se ao receptor, propondo-lhe o exercício real 
da realização de caminhadas dentro de si, para obter a experiência de plantar um bosque na alma…
A intenção de persuadir o leitor a transformar, a sentir graça no cumprimento da vida acele-
rada e rotineira, cultivando a alma, está bem caracterizada.
Base: referente
A estratégia baseada no referente é aquela que recorre a provas concretas, dados da situação, 
estatísticas, conhecimento de mundo. Geralmente, a base vinculada ao referente está presente nos 
editoriais de jornais, como revela o texto a seguir.
Cooperação global
Depois do bem-sucedido esforço de coordenação feito em 2008 a fi m de evitar que o 
mundo caísse numa recessão ainda mais grave, a rotina do encontro anual do G20 se tornou 
tediosa.
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8 O Discurso Argumentativo II
Declarações de princípios e promessas de cooperação entre as principais economias do 
planeta continuaram, mas cresceu o ceticismo quanto aos resultados que podem ser atingi-
dos sem um arcabouço formal que obrigue os países a cumprir o que prometem.
As decepções com o ritmo de crescimento global reforçaram o desalento. A Europa, por 
exemplo, ainda não recuperou o nível prévio de renda e permanece muito aquém das metas 
de emprego. Entre os emergentes, a euforia da década passada deu lugar ao realismo, que 
destaca as imensas deficiências institucionais existentes.
Há, ainda assim, razões para uma visão mais construtiva. Para começar, a expansão mun-
dial ficará em torno de 3% em 2014, próxima à média histórica. A China e outros emergentes, 
inclusive o Brasil, desaceleram, mas não se pode considerar desprezível que o grupo cresça 
quase 5% ao ano.
Assim, não é necessariamente promessa vazia o compromisso de adotar medidas para 
injetar, até 2018, US$ 2 trilhões adicionais na economia mundial — o que equivale a um 
acréscimo de 0,5 ponto percentual por ano ao crescimento projetado dos membros do G20.
Há uma coletânea de iniciativas nesse sentido e, mesmo que faltem (como sempre) me-
canismos de pressão, cresce a disposição para maior transparência e cobrança mútua entre 
as nações.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br 
O foco do editorial é objetivo, baseia-se nas provas concretas de dados da realidade — a promo-
ção do crescimento global. Para isso, o editor usa estatísticas, comparações e conclui com o ponto 
de vista — é positivo que haja disposição e cobrança mútua entre as nações para o cumprimento 
de promessas que visam ao crescimento.
Base: mensagem
A persuasão baseada na mensagem procura convencer o receptor, por meio da própria cons-
trução textual. Um enunciado bem construído, claro, com um vocabulário adequado, fala por si 
mesmo. Exemplos:
Integrar para não entregar — usada no projeto Rondon.
A natureza é a placenta dos homens — para preservação ambiental.
Uma terra sem homens para homens sem terra — para incentivo à habitação da região Norte.
Base: código
A estratégia baseada no código é aquela que explora as oposições linguísticas, como a oposição 
entre a presença ou não do artigo definido, verificada nos exemplos.
Todas são minhas amigas, mas Gabriela é a amiga.
Finalmente uma revista que trata a mulher como dona da casa, não de casa.
Sabemos que, em português, o artigo definido é oposto ao artigo indefinido, isto é, o definido 
destaca, particulariza, enquanto o artigo indefinido generaliza. Por isso, Gabriela é a amiga espe-
cial, particularizada entre todas as outras.
A oposição entre dona de casa e dona da casa revela significados diferentes:
 dona de casa — mulher que dirige o lar;
 dona da casa — proprietária da casa ou aquela que define as ações no lar.
Base: canal
Quando a valorização da mensagem está centrada no veículo que a transmite, a estratégia da 
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comunicação é o canal: jornal, revista, televisão, rádio, cinema, internet etc. Exemplos:
As músicas de Tom Jobim, Chico Buarque, Caetano Veloso, Milton Nascimento constantemente 
são citadas no N.Y. Times, El País, Clarín, no Corriere della Sera etc.
“Garota de Ipanema”, composição de Vinicius de Moraes e Tom Jobim, constantemente está 
presente em fi lmes produzidos em vários países.
Leia ainda este trecho do texto “Deixem em paz a nossa língua”, de Lya Luft.
[…] Mas, por favor, não tentem defender nosso português de estrangeirismos: a língua 
não precisa ser defendida. Elaé soberana. Ela é flexível. Ela é viva. Nenhum gramático 
ou legislador poderá botar essa dama em camisa de força […]. Como dirá qualquer bom 
professor de português, uma parcela imensa dos termos que hoje usamos […] começou 
como estrangeirismo: garagem do francês, futebol do inglês, coquetel da mesma forma. 
A língua incorpora esses termos se são úteis, e os adapta ao seu sistema.
Muitos termos não podem ser traduzidos. E não é possível formar frases decentes, fl uidas, 
claras, se a cada “estrangeirismo” tivermos de fazer uma explicação da palavra intraduzível. 
[…] Nós é que precisamos lutar contra uma postura de inferioridade que nos faz gastar ener-
gias que poderiam ser aplicadas em algo urgente como um orçamento vinte vezes maior para 
a educação do nosso povo.
Veja, 11 mar. 2011.
O texto lido é muito signifi cativo porque enfoca a língua portuguesa, uma língua de origem latina.
A emissora do texto é a favor do uso de palavras estrangeiras na língua portuguesa e defende seu 
ponto de vista com um argumento muito forte — existem palavras intraduzíveis, com a fi nalidade 
de persuadir o receptor a acreditar no que diz como verdade, induzindo-o a mudar de opinião.
O tema é polêmico porque, ao contrário da escritora, há muita gente que defende o impedi-
mento de estrangeirismo na língua portuguesa.
O código empregado é a língua portuguesa. O canal é a página escrita de uma revista sema-
nal. O referente é o assunto polêmico sobre a presença ou não de palavras estrangeiras na língua 
materna brasileira. A mensagem é clara, bem fundamentada com argumentos:
 de consenso: “Ela (a língua) é soberana.”, “Ela é viva.”;
 de raciocínio lógico: “A língua incorpora esses termos (estrangeirismos) se são úteis e os adapta 
ao seu sistema”;
 de competência linguística: “Não é possível formar frases fl uidas, claras, se a cada ‘estrangei-
rismo’ tivermos de fazer uma explicação da palavra intraduzível”.
Todas essas estratégias, todos os argumentos bem construídos proporcionam recursos para que 
o texto seja persuasivo, para que o leitor seja induzido a crer nele como verdade.
Por isso, é importante o conhecimento e a desenvoltura no uso desses conceitos, durante a 
comunicação. 
Para tornar o texto convincente, pouco adiantam manifestações de sinceridade do au-
tor ou declarações de certezas expressas por construções como tenho certeza, estou seguro, 
creio sinceramente, afi rmo com toda convicção, é claro, é óbvio, é evidente. Num texto, não 
se prometem sinceridade e convicção. Constrói-se o texto de forma que ele pareça sincero e 
verdadeiro. A argumentação é exatamente a exploração de recursos com vistas a fazer o texto 
parecer verdadeiro, para levar o leitor a crer. 
SAVIOLI, Platão e FIORIN, José Luiz. Lições de texto: leitura e redação. 5. ed. São Paulo: Ática, 2006. 
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10 O Discurso Argumentativo II
ATIVIDADES
Leia o texto para responder às questões 1 e 2.
Relatos selvagens
Por que nosso cinema brasileiro é tão inferior ao ar-
gentino? A Argentina está quebrada há anos. Sua 
política é risível (peronismo de todos os lados). 
Sua presidente atual, uma bolivariana louca.
Mas “los hermanos” continuam anos-luz à nossa frente em 
uma porção de coisas, entre elas o cinema. A “cultura” bra-
sileira é ainda um atraso em comparação à argentina.
[…]
Relatos selvagens, dirigido pelo argentino Damián Szifrón, 
conta seis histórias curtas sobre violência.
Não, você não vai ver um fi lme falando de como o capital 
é responsável por todas as desgraças do mundo, nem so-
bre como a sociedade desigual produz todo o mal. Relatos 
selvagens não é infantil — e, quem pensa que a violência é 
fruto do capitalismo, é infantil.
[…]
O tratamento da violência no longa parece ser o seguin-
te: a violência é constitutiva da espécie e a civilização faz o 
que pode com isso. Inclusive porque é a própria civilização 
quem estimula a violência, muitas vezes vista como o “ato 
de coragem” — que, em um dos relatos, faz um homem re-
cuperar o respeito da própria esposa.
[…]
Não faltaria em uma obra consistente como Relatos selva-
gens o reconhecimento da íntima relação entre violência e 
Eros. A história da festa de casamento traz à tona a sabida 
“energia positiva da agressividade” no tesão entre um ho-
mem e uma mulher. A paz eterna é brocha.
[…]
Bem-vindos à vida real, e não à pasmaceira politicamente 
correta brasileira.
Luiz Felipe Pondé. In: Folha de S.Paulo, 24 nov. 2014.
 1 Identifi que no texto:
a) o emissor:
O emissor é Luiz Felipe Pondé, autor do texto.
b) o receptor:
O receptor é o leitor que, provavelmente, se interessa por cinema.
c) a mensagem:
A mensagem é o próprio texto, são todas as informações que ele 
contém.
d) o código:
O código é a língua portuguesa escrita.
e) o canal:
O canal é o jornal Folha de S.Paulo.
f) o referente:
O referente é o conteúdo do texto, da mensagem, ou seja, a 
análise que o crítico faz do filme Relatos selvagens, ao comparar o 
cinema brasileiro e o argentino.
 2 Pela leitura, podemos afi rmar que o texto apresenta estratégia 
persuasiva com base no:
a) emissor.
b) receptor.
c) referente.
d) código.
e) canal.
 3 (Unifesp) 
Todo estudante sabe que atualidade também é questão de 
vestibular. Para garantir um bom desempenho, fi que aten-
to a temas que se repetem durante alguns dias em jornais, 
sites ou canais de TV. Quando estiver se informando, re-
Observa-se que a mensagem é bem fundamentada com argu-
mentos de consenso: “a violência é constitutiva da espécie”; de 
competência linguística: “o reconhecimento da íntima relação 
entre violência e Eros”. Essas estratégias proporcionam recursos 
para que o texto seja persuasivo com base no referente.
Alternativa c
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11O Discurso Argumentativo II
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lacione os acontecimentos aos conteúdos aprendidos em 
sala de aula. E cuidado especial com meio ambiente, sem-
pre em alta nas provas.
Veja, 18 maio 2011.
A intenção explícita do texto, considerado o receptor nele de-
fi nido, é:
a) descrever que o próprio vestibular é um tema de atualidade.
b) orientar os vestibulandos sobre como estudar atualidade.
c) mostrar aos professores que a TV é importante para se 
ensinar atualidade.
d) enfatizar as divergências entre informações da mídia e da 
escola.
e) indicar aos estudantes que meio ambiente é um tema já 
desgastado.
 4 (Unicamp-SP) O cartaz a seguir foi usado em uma campanha 
pública para doação de sangue.
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Rolezinho: diminutivo de rolê ou rolé; em linguagem informal, signifi ca 
“pequeno passeio”. Recentemente, tem designado encontros simultâneos de 
centenas de pessoas em locais como praças, parques públicos e shopping centers, 
organizados via internet. 
Anonymous riot: rebelião anônima.
Considerando como os sentidos são produzidos no cartaz e o 
seu caráter persuasivo, pode-se afi rmar que:
a) as fi guras humanas estilizadas, semelhantes umas às outras, 
remetem ao grupo homogêneo das pessoas que podem 
ajudar e ser ajudadas.
b) a expressão “rolezinho” remete à meta de se reunir muitas 
pessoas, em um só dia, para doar sangue.
c) o termo “até” indica o limite mínimo de pessoas a serem 
beneficiadas a partir da ação de um só indivíduo.
d) o destaque visual dado à expressão “ROLEZINHO NO HEMO-
RIO” tem a função de enfatizar a participação individual na 
campanha.
O texto serve de guia para que os estudantes se preparem para o vestibular. No trecho 
transcrito, pretende-se oferecer orientação para os estudantes se informarem sobre 
atualidades. Alternativa b
 5 +Enem [H18] Leia o texto com atenção.
Toda ortografia de qualquer língua com algum tipo de tra-
dição histórica é complexa. Mesmo o italiano, que aban-
donou a letra H no Renascimento, utiliza-a em dígrafos 
CH e GH e na conjugação do verbo “ter”, que tem a mes-
ma origem do nosso verbo “haver”. A ideia revolucioná-
ria de começarmos do zero causa muitos problemas. Foi 
assimquando a língua turca mudou de alfabeto da noi-
te para o dia no começo do século XX. Mudanças desse 
tipo são traumáticas não só para adultos que têm hábitos 
consolidados, mas para crianças que estão no processo de 
alfabetização ou de aquisição de vocabulário. Nenhuma 
língua natural é coerente stricto sensu, porque as regras 
que a compõem são heranças de séculos e, portanto, su-
jeitas a preferências distintas em diferentes épocas. As 
exceções são normais. Apenas poderíamos esperar coe-
rência de uma língua artificial criada, como o esperanto. 
Mesmo assim, abundam os casos de incoerência nessa 
língua, pois, quando chegamos a um detalhamento maior, 
vemos que está longe de ser uma língua lógica, no sentido 
filosófico. Quanto à falta de necessidade, discordo. 
Os países que compõem a lusofonia necessitavam de pa-
dronização para a língua escrita, isto é, para a sua orto-
grafia (e não, obviamente, para o seu léxico, para as suas 
preferências morfológicas e sintáticas). Em meio à conso-
lidação desse processo surge essa proposta, mas o perigo 
é que cada um pode propor como bem quiser “soluções 
melhores” e isso, se não for bem administrado, pode gerar 
o caos.
Mário Eduardo Viaro. 
Stricto sensu: no sentido específi co.
O especialista defende a tese de que qualquer língua com al-
gum tipo de tradição histórica é complexa. Para ele, o esperan-
to é uma língua coerente porque:
a) não é uma língua natural.
b) não aceita desvios da norma padrão culta.
c) não apresenta mudanças traumáticas ao longo de sua história.
d) as regras que a compõem são heranças de séculos.
e) apresenta padronização da língua escrita.
Verifique no Portal SESI os materiais complementares com 
atividades relacionadas aos conteúdos deste Capítulo
Pensamento Crítico
Roteiro de Estudos
MATERIAL COMPLEMENTAR
Para o especialista, nenhuma língua natural é 
coerente. Só se pode esperar coerência de uma 
língua artifi cial criada, como é o caso do esperanto. 
Alternativa a 
4. Considerando o sentido atual do termo rolezinho, o cartaz, veiculado em rede social, tem caráter persuasivo, pois, nesse caso, o rolezinho 
promoveria uma ação comunitária, envolvendo centenas de doadores para a campanha. Alternativa b 
Book_SESI_CAD8_PRODTEXTO.indb 11 09/12/16 18:14
12 O Discurso Argumentativo II
PARA PRATICARCOMPLEMENTARES
Leia o texto a seguir para responder às questões 6 e 7.
Sob a óptica do senso comum, conhecimento tem a ver com 
familiaridade. O conhecido, diz a linguagem comum, é o fami-
liar. Se você está acostumado com alguma coisa, se você lida 
e se relaciona habitualmente com ela, então você pode dizer 
que a conhece. O desconhecido, por oposição, é o estranho. O 
grau de conhecimento, nessa perspectiva, é função do grau de 
familiaridade: quanto mais familiar, mais conhecido. Daí a fór-
mula: “eu sei = estou familiarizado com isso como algo certo”. 
Mas se o objeto revela alguma anormalidade, se ele ganha um 
aspecto distinto ou se comporta de modo diferente daquele a 
que estou habituado, perco a segurança que tinha e percebo 
que não o conhecia tão bem quanto imaginava. Urge domá-lo, 
reapaziguar a imaginação. Ao reajustar minha expectativa e ao 
familiarizar-me com o novo aspecto ou o novo comportamen-
to, recupero a sensação de conhecê-lo. 
Sob a óptica da abordagem científi ca, contudo, a familiaridade 
é não só falha como critério de conhecimento como ela é ini-
miga do esforço de conhecer. A sensação subjetiva de conheci-
mento associada à familiaridade é ilusória e inibidora da curio-
sidade interrogante de onde brota o saber. O familiar não tem 
o dom de se tornar conhecido só porque estamos habituados a 
ele. Aquilo a que estamos acostumados, ao contrário, revela-se 
com frequência o mais dif ícil de conhecer verdadeiramente. 
GIANNETTI, Eduardo. Autoengano. 
São Paulo: Companhia das Letras, 2007.
 6 (U. F. São Carlos-SP, adaptada) Segundo o emissor do texto:
a) quanto mais familiar o que estudamos, mais fácil é conhecê-lo.
b) a imaginação é importante para entender o que conhecemos.
c) aquilo que é habitual leva ao verdadeiro conhecimento.
d) em ciência, deve-se desconfi ar daquilo que é familiar.
e) não há reciprocidade entre conhecimento e a sensação de paz.
 7 (U. F. São Carlos-SP, adaptada) Segundo Giannetti, o senso comum:
a) deve ser levado em conta em situações familiares.
b) é o inverso daquilo que é familiar e não científi co.
c) defi ne que algo é certo, em termos de ciência.
d) é prejudicial à óptica da abordagem científi ca.
e) tem a função de domar e inverter a realidade.
 8 (PUC-RS) As câmeras de vigilância estão em todos os lugares. No 
começo, a novidade incomodava, evocava um mundo contro-
lado, totalitário. Mas logo nos demos conta de que elas inibem 
e esclarecem crimes, ajudam em coisas prosaicas, como con-
trolar o trânsito. É uma vigilância barata, segura, muitas mais 
virão.
Porém, a presença de câmeras na escola coloca outras ques-
tões. O objetivo seria o mesmo, proteger e prevenir. As in-
tenções são louváveis, mas não se pode ignorar um fator fun-
damental: a escola é a primeira socialização não controlada 
pelos pais e é necessário que assim seja. Com o olhar vigilante 
e onipresente da família não se cresce. Crescemos quando re-
solvemos sozinhos nossos problemas, quando administramos 
entre os colegas as querelas nem sempre fáceis. Entre as crian-
ças, inúmeras rusgas se resolvem sozinhas, os pais nem fi cam 
sabendo, e é ótimo que assim seja.
O bullying deve ser combatido, mas não dessa forma. O pre-
ço a pagar pela suposta segurança compromete a essência de 
uma das funções da escola, que é aprender a viver em socie-
dade sem os pais e a sua proteção, evocada pela presença da 
câmera.
Na sala de aula e no pátio da escola cada um vale por si. É 
preciso aprender a respeitar e ser respeitado. Nós todos já pas-
samos por isso e sabemos como era dif ícil. Não existe outra 
forma, é isso ou a infantilização perpétua. A transição da casa 
para a escola nunca vai ser amena.
Essa proposta de vigilância não se ancora em razões pedagó-
gicas, e sim na angústia dos pais em controlar seus fi lhos. Não 
creio que seja a escola que reivindica câmeras, mas quem a 
paga. São os pais inseguros que querem estender seu olhar 
para onde não devem. Existe uma correlação forte entre pais 
controladores e fi lhos imaturos, adolescentes eternos que de-
moram para assumir responsabilidades. É possível cuidar dos 
nossos fi lhos mesmo permitindo a eles experiências longe dos 
nossos olhos. A escola é deles, esse é o seu espaço e seu desafi o.
Adaptado de CORSO, Mário. Câmeras na escola. Zero Hora, 5 jun. 2013. 
O ponto de vista do autor fundamenta-se numa concepção de 
escola que, acima de tudo:
a) constitui uma extensão da vida familiar, estimulando o 
respeito e promovendo o diálogo com os pais.
b) prioriza a preocupação com a segurança das crianças sob 
sua guarda, exercendo constante vigilância.
c) reproduz a vida em sociedade, espelhando a violência com a 
qual devemos, desde cedo, aprender a conviver.
d) assume seu papel educativo, combatendo o bullying e resol-
vendo os confl itos característicos da infância.
e) promove o crescimento e a autonomia dos alunos, orientando-
-os para que aprendam a viver em sociedade.
ANOTAÇÕES
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13O Discurso Argumentativo II
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TAREFA PROPOSTA
 1 “Coleta seletiva: condição para um mundo melhor.”
O enunciado apresenta estratégia linguística baseada:
a) no emissor.
b) no receptor.
c) na mensagem.
d) no código.
e) no canal.
 2 Qual é o receptor do seguinte texto?
Muitas vezes, quando se fala em coleta seletiva, nos lem-
bramos daqueles contêineres coloridos cujas cores indicam 
o local correto para se descartar determinado produto. Há, 
porém, formas mais práticas e fáceis de separarmos o lixo, 
e que podemos aplicar em nossas residências.
Em uma caixa, por exemplo, podemos separar o papel reci-
clável: caixas, papelão, papel de 
escritório, jornais,revistas, car-
tolinas, dentre outros, sem que 
estejam embolados ou sujos de 
restos de comida.
Em outro recipiente descarte o res-
tante do lixo seco: plásticos, vidros e metais. 
Sacos e sacolas plásticas, CDs, embalagens em ge-
ral, garrafas PET, caixas de leite e de suco, latas de alumínio, 
embalagens metálicas de congelados, dentre outros, são al-
guns exemplos. É importante lembrar que estes produtos 
devem ser previamente limpos para evitar mau cheiro e 
não atrair animais indesejáveis; ainda para facilitar o traba-
lho daqueles que se encarregarão de separar estes materiais 
para a reciclagem propriamente dita.
Adaptado de www.brasilescola.com
 3 (FFCLSM-MG) Examine a tira Calvin e Haroldo para responder à 
questão.
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Adaptado de www.kdimagens.com.
A leitura da tira permite concluir que:
a) a personagem dispõe de certos comportamentos para evitar 
a chegada de irmãos.
b) comer cereal crocante açucarado é uma forma de se manter 
incoerente.
c) ser hiperativo aos sábados é uma maneira de afastar o 
estresse da semana.
d) a personagem está decepcionada por não ter nenhum irmão 
nem irmã.
e) ver alguns desenhos na televisão ajuda a conservar os laços 
de amizade.
Texto para as questões de 4 a 7.
Palavras, palavras, palavras
Um amigo erudito, que ocasionalmente vem visitar meu 
enfi sema, como não tem fundos para fl ores ou presentes, 
me traz o prazer de sua presença e um papo — monólogo 
ou preleção, a bem dizer — sobre seu assunto favorito: vida, 
paixão e morte das palavras.
Sabe que eu tenho o mesmo gosto por elas que ele, embora 
indigno de beijar seus pés incalustres (obsoleto, português 
do Brasil: livre de calos). Sempre que posso tomo nota de-
pois de pedir a devida vênia (outro termo nosso em vias de 
extinção) e fi co por uns dias pesquisando e, que me resta?, 
meditando.
Meu amigo, que ensina inglês para emigrantes lusos e 
brasileiros recém-chegados à Grã-Bretanha (pois é, nem 
todo mundo está indo embora), gosta de se dizer poli-
glota, embora mais de uma vez tenha me explicado, e eu 
sempre esquecendo, a contradição existente na confec-
ção do termo formado por poli + glota. “Trata-se de um 
idiotismo lusitano seiscentista”, já me explicou e, tama-
nha sua verve formal e presença avassaladora, que eu já 
me esqueci. Em matéria de idiotismos minha cota já se 
esgotou.
[…] Mas eu tenho minha forma de apoquentá-lo. Como o 
dileto (Dileto não é seu verdadeiro nome) se encontra fora 
do país natal, que é o mesmo meu, gosto de atazaná-lo, ou 
melhor, espicaçar sua mente viva, com os neologismos que 
pesco aqui e ali nas águas bravias do mare nostrum ciber-
nético.
Já o pus frente a frente com brasileirismos atuais que o dei-
xaram rubro de vergonha ou ódio, pois ele é dif ícil de dis-
tinguir quando se queima. Taquei-lhe brasileirismos atuais 
como bullying, point, fashion week, os irmãos Loxas e Lun-
da e vi-o deixar minha casa falando sozinho entredentes, 
como se tivesse sido assaltado pelo mundo.
[…] De certa feita, fui contra as regras do jogo e deixei-
Em outro recipiente descarte o res-
tante do lixo seco: plásticos, vidros e metais. 
KONGSKY/SHUTTERSTOCK
As respostas encontram-se no portal, em Resoluções e Gabaritos.
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14 O Discurso Argumentativo II
-o zonzo por desconhecer o signifi cado de biringaço, que, 
após revelar-me sua total ignorância, danou-se quando eu 
expliquei tratar-se de lusitanismo obsoleto signifi cando, 
nas altas camadas sociais do século 17, uma espécie de 
guarda-costas alugado a preços de arrasar.
Palavras. Há nelas, embutida, uma tremenda luta corporal. 
Urge dela participar, mesmo passando rasteira (regionalis-
mo, Brasil).
Disponível em: www1.folha.uol.com.br 
 4 (Insper-SP) Considerando-se a temática central explorada no 
texto de Ivan Lessa, é possível identifi car a predominância da 
função:
a) apelativa, já que destaca o receptor.
b) emotiva, já que destaca o emissor.
c) referencial, já que destaca a informação.
d) metalinguística, já que destaca o código.
e) poética, já que destaca a mensagem.
 5 (Insper-SP) Assinale a alternativa cujo fragmento transcrito apre-
sente refl exão semelhante à exposta no texto de Ivan Lessa:
a) “Palavra eu preciso / preciso com urgência” (Sérgio Brito, 
Marcelo Fromer)
b) “Lutar com palavras é a luta mais vã / Entanto lutamos 
mal rompe a manhã” (Carlos Drummond de Andrade)
c) “É proibido não rir dos problemas / não lutar pelo que se 
quer/ abandonar tudo por medo” (Pablo Neruda)
d) “Sonhar / mais um sonho impossível / lutar quando é fácil 
ceder / vencer o inimigo invencível” (Chico Buarque)
e) “Ia e vinha / e a cada coisa perguntava / que nome tinha” 
(Sophia de M. B. Andresen)
 6 (Insper-SP) A análise do léxico empregado no texto permite 
afi rmar que:
a) a escolha de termos rebuscados comprova o elevado nível 
cultural que o autor afi rma ter.
b) há um jogo entre termos sofi sticados e coloquiais, que sugere 
o contraste entre o saber do amigo e o do autor.
c) o amigo emprega incorretamente termos difíceis, erudi-
tos, apenas com o intuito de confundir o autor.
d) a erudição do amigo, comprovada pelo seu vasto conheci-
mento linguístico, contrasta com sua humildade.
e) a preferência do autor por termos arcaicos evidenciam sua 
crítica ao discurso retórico erudito.
 7 (Insper-SP) Leia as seguintes defi nições dadas para “idiotismo”, 
de acordo com o Dicionário Aulete:
1. Qualidade ou estado de idiota; idiotice, idiotia.
2. Ling. Construção ou locução particular a uma língua.
Nas duas ocorrências de “idiotismo” no texto, o autor empre-
gou o termo:
a) de forma ambígua em cada uma delas.
b) com o sentido de “idiotice” na primeira e de “construção 
particular a uma língua” na segunda.
c) de forma ambígua especifi camente na primeira.
d) exclusivamente como conceito linguístico apenas na pri-
meira.
e) para associar ao amigo a “qualidade de idiota”.
 8 +Enem [H19] Observe a imagem.
Para receber a atenção dos alunos, o professor usou uma es-
tratégia persuasiva com ênfase no:
a) emissor.
b) receptor.
c) código.
d) canal.
e) referente.
PARA PRATICARCONSTRUINDO O TEXTO
 1 (FGV-SP) Leia os textos.
Texto I
Laerte. Fo lha de S.Paulo, 10 de junho de 2014.
Texto II
Declaração de Chapultepec
(Redigida em 1994, por 100 especialistas, a pedido da So-
LA
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15O Discurso Argumentativo II
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ciedade Interamericana de Imprensa (SIP), foi assinada 
pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1996, e 
pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Seu as-
sunto é a liberdade de expressão e de imprensa.)
Uma imprensa livre é condição fundamental para que as 
sociedades resolvam seus confl itos, promovam o bem-estar 
e protejam sua liberdade. Não deve existir nenhuma lei ou 
ato de poder que restrinja a liberdade de expressão ou de 
imprensa, seja qual for o meio de comunicação. Porque te-
mos consciência dessa realidade e a sentimos com profun-
da convicção, fi rmemente comprometidos com a liberdade, 
subscrevemos esta declaração.
Texto III
Quando lhe convém, a imprensa se denomina o quarto 
poder. E todo poder deve ser regulado pela sociedade, por 
meio de lei. Imagine-se o poder fi nanceiro sem regulação, o 
poder político sem fi scalização. E até o poder religioso: de 
repente surge uma religião que permite sacrif ícios huma-
nos. E o único poder em que não se pode tocar é o midiáti-
co? Temos que superar esses tabus.
Rafael Correa, Presidente da República do Equador. 
Folha de S.Paulo, 23 jul. 2014.
Texto IV
É preciso tratar de compreender esse discurso, que agora se 
torna raivoso, de uma direita que está presente no espaço 
público e nos estádios de futebol e já disputa as eleições, 
com as armas que tem. […] Seu maior poder é o controle 
da mídia. É por meio dela que a direita disputa a opiniãopública e impõe sua visão de mundo.
Adaptado de Sílvio C. Bava. 
In: Le Monde diplomatique Brasil, jul. 2014. 
Texto V
Apesar de já exercer um grande controle ideológico sobre o 
conteúdo dos meios de comunicação, a esquerda quer asfi -
xiá-los economicamente, consolidando o sonhado controle 
totalitário da imprensa.
José M. e Silva. Jornal Opção.
Os textos transcritos apresentam, de maneira enfática, dife-
rentes opiniões sobre a questão da regulação da imprensa em 
sociedades democráticas. Tendo em vista as sugestões neles 
contidas, redija uma dissertação em prosa, na qual você expo-
nha o seu ponto de vista sobre o tema: “Imprensa e democra-
cia: a regulação da imprensa nas sociedades democráticas.”
 2 Depois da leitura dos textos motivadores seguintes e com base 
nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, re-
dija um texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da 
língua portuguesa sobre o tema: “Você é favorável ou contra 
a descriminalização do aborto?” É necessário apresentar uma 
proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. 
Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, ar-
gumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista. 
Texto I
Maioria é contra legalizar aborto, diz Ibope
Pesquisa Ibope divulgada nesta quarta-feira (3 set. 2014) 
ouviu a opinião dos brasileiros sobre temas polêmicos. Veja:
Legalização do aborto:
79% contra
16% a favor
4% não sabe/não respondeu
Adaptado de http://g1.globo.com
Texto II
O que diz a lei sobre aborto?
O Código Penal Brasileiro, de 1940, diz que provocar abor-
to em si mesma ou consentir que outra pessoa provoque é 
crime (art. 124). A pena para a mulher varia de 1 a 3 anos de 
cadeia. O médico que realiza aborto com permissão da pa-
ciente pode ser punido com detenção de 1 a 4 anos (art.126). 
Já a pessoa que provoca aborto em outra sem o seu consenti-
mento está sujeita à pena de 3 a 10 anos (art. 125). Em ambos 
os casos, se a gestante sofrer lesão corporal, a pena aumenta 
um terço. Se morrer, a pena dobra (art. 127). Hoje o aborto é 
legal apenas para casos de gravidez resultante de estupro ou 
se a mulher corre risco de morte (art. 128).
Disponível em: http://revistatpm.uol.com.br 
Texto III
Entrevista com Zilda Arns
Sou absolutamente contra o aborto. Em primeiro lugar, sou 
a favor da vida, e fundamento meu ponto de vista não so-
mente na fé cristã, mas também na ciência e em aspectos 
éticos e jurídicos. Já está comprovado cientifi camente que 
o feto é um ser humano completo, desde a sua concepção e, 
por isso, tem direito à vida, como defende o artigo quinto da 
Constituição Brasileira e o artigo segundo do Código Civil. 
Cabe ao Estado o dever de tutelar e proteger a vida do em-
brião ou do feto de qualquer ameaça, sob pena de violação 
dos direitos humanos.
Sou médica pediatra e sanitarista, com mais de 47 anos de 
experiência em saúde pública. Além disso, estou nos últi-
mos 24 anos à frente da Pastoral da Criança (instituição que 
acompanha 1,9 milhão de crianças com menos de seis anos, 
em 42 mil comunidades pobres do país). Por isso, tenho a 
convicção de que medidas educativas e preventivas são as 
únicas soluções para o problema das gestações não dese-
jadas. Tentar solucionar problemas, como a gravidez inde-
sejada na adolescência, ou atos violentos, como estupros e 
os milhares de abortos clandestinos realizados a cada ano 
no País, com a legalização do aborto, é uma ação paliativa, 
que apontaria o fracasso da sociedade nas áreas da saúde, 
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16 O Discurso Argumentativo II
da educação e da cidadania e, em especial, daqueles que são 
responsáveis pela legislação no país. Não se pode consertar 
um crime com outro ainda maior, tirando a vida de um ser 
humano indefeso. É preciso investir na educação de quali-
dade, nas famílias e nas escolas.
É preciso, antes de tudo, refl etir. Será que nos países em que 
esse e outros abortos são permitidos, os jovens e as mulhe-
res estão mais conscientes e têm menos problemas? Esta e 
outras questões estão relacionadas na carta que enviei, no 
fi nal de 1997, ao Congresso Nacional como apelo da Pasto-
ral da Criança em defesa da Vida, e artigos publicados em 
revistas e jornais nos últimos anos. Antes de qualquer coisa, 
é preciso diminuir a desigualdade social e dar mais oportu-
nidades, principalmente às mulheres mais pobres.
Disponível em:. www.jornalgrandebahia.com.br 
Texto IV
#precisamosfalarsobreaborto
[…]
Das pessoas de quem mais discordo, as com quem mais con-
cordo são as contra a descriminalização do aborto. Afi nal, 
elas são contra o direito de as mulheres interromperem a gra-
videz pela mesma razão que eu sou a favor: respeito à vida.
Uma vida é algo precioso, raro, sagrado: assino embaixo e 
reconheço fi rma em cartório. Justamente por pensar assim, 
acredito que uma criança só deve vir ao mundo porque seus 
pais quiseram, não porque tiveram medo de ir pra cadeia. 
Entre um bebê que cresce sem amor, em casa ou num orfana-
to, e uma gestação interrompida até o terceiro mês, a segun-
da opção me parece, de longe, a menos ruim.
Não estou dizendo que uma gravidez indesejada desembo-
cará, necessariamente, numa criança mal-amada. Muitos be-
bês que surgiram mais por conta do desejo de um adulto por 
outro do que pelo desejo dos dois de terem um fi lho acabam 
se transformando numa grata surpresa. Mas se um casal (ou 
uma mulher) decide ter esse fi lho não planejado, ele passa 
a ser um fi lho planejado: se não com anos, ao menos com 
alguns meses de antecedência. Ele é uma escolha, não uma 
vítima do nosso arcaico Código Penal.
Como já sabia Vinicius de Moraes, criar um fi lho não é nada 
fácil (“Mas se não os temos…”). A noite passada acordei às 
três e às cinco da manhã pra consolar minha fi lha, que, gri-
pada, chorava no berço. (Dava pra ver nos olhos dela a indig-
nação: “O nariz não tá funcionando! Eu tô tendo que respirar 
pela boca! É ultrajante! Faça alguma coisa!”) É preciso todo 
o amor do mundo — e uma profi ssão que não te obrigue a 
acordar às seis da matina — pra ver graça numa hora dessas.
Fico imaginando a estudante de 15 anos que casou às pressas 
com o primeiro namorado, um motoboy de 18, largou a esco-
la e foi morar num puxadinho na casa dos sogros, no mesmo 
quarto que o bebê. Fico imaginando o motoboy ouvindo o 
choro às quatro, já misturado às buzinas que ouvirá a par-
tir das sete, para ganhar uma merreca que será inteiramente 
convertida em Hipoglós e fraldas da Mônica. Fico imaginan-
do o futuro dessa criança.
Ser feliz não é nada fácil. O cérebro humano, esse computa-
dor genial e incompetente, inventa aviões, concebe roman-
ces e pinturas com mais facilidade do que nos faz feliz. Que 
o digam, ou melhor, não o digam, Santos Dumont, Heming-
way e Van Gogh, que jogaram a toalha.
Uma pessoa com todas as condições para a felicidade — co-
mida, um teto, amor, estudo — tem grandes chances de nun-
ca alcançá-la. Imagina só uma criança que ninguém quer, 
que chega ao mundo com o ônus de ter esculhambado a vida 
dos pais? Deus do céu: existe coisa mais terrível do que um 
orfanato? Bebês e crianças sem pai nem mãe, esperando que 
algum dia alguém os leve consigo?
Um feto de algumas semanas que não vem ao mundo é uma 
coisa triste, sem dúvida, mas uma criança que cresce sem 
amor é uma tragédia — comparável a das meninas e mu-
lheres que, dia sim, dia não, morrem tentando abortar ile-
galmente por este Brasil afora. Tucanos e petistas, crentes e 
ateus, sem-teto e playboys: por respeito à vida, precisamos 
descriminalizar o aborto.
Antonio Prata. Disponível em: www1.folha.uol.com.br 
Assista
Ambicioso projeto encabeçado por Richard Linklater, Boyhood − da infância à juventude (EUA, 2014) fi l-
mado entre os anos de 2002 a 2013, com os mesmos atores, para mostrar com maior fi delidade as marcas da 
passagem do tempo no ambiente de uma família moderna. Tudo começa quando Mason, ainda um menino e 
com muitos sonhos, muda-se com a mãe e a irmã para Hustonassim que o pai volta de uma viagem ao Alasca. 
A partir disso, a trama conta a história de Mason dos seis aos dezoito anos de idade, tempo em que o garoto 
experimenta transformações, mudanças, frustrações, troca de escolas, descoberta do amor, desilusões. Duran-
te uma década, Mason vai viver momentos intensos — alguns tristes e outros maravilhosos —, conhecendo e desvendando medos e 
surpresas, mas sempre encontrando seu próprio caminho. 
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01
4.VÁ EM FRENTE
Book_SESI_CAD8_PRODTEXTO.indb 16 09/12/16 18:14
Objetivos:
c Aproximar-se dos 
modelos de propostas 
de produção textual 
de alguns vestibulares 
e do Enem, para 
compreender as 
características de 
seu formato e suas 
intencionalidades 
avaliativas.
c Compreender a 
importância da 
adequação temática e 
exercitar a depreensão 
do tema e seu 
atendimento em 
diversas propostas 
de redação de 
vestibulares.
17O Discurso Argumentativo II
CAPÍTULO
P
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CAPÍTULOCAPÍTULO
 DO PERCURSO À CHEGADA
Durante seu percurso pelo ensino médio, você conheceu muita coisa surpreendente, lendo, 
refl etindo, debatendo temas complexos que exigem a defi nição de cada um. E, com certeza, é no 
percurso, na travessia, que a gente vai construindo a visão de mundo necessária para a interação 
com as pessoas e para a entrada em uma faculdade.
Agora, no momento do vestibular, é importante estar tranquilo porque seus argumentos já estão 
amadurecidos, após tantos encontros com textos de Carlos Drummond de Andrade, Machado de 
Assis, Graciliano Ramos, Guimarães Rosa, Lygia F. Telles, Lya Luft, Chico Buarque, Caetano Veloso, 
Adélia Prado, Rubem Braga, Mario Quintana, Antonio Prata, Vinicius de Moraes, Carlos Heitor Cony 
e tantos outros… Sua criatividade também já desabrochou, após tantos fi lmes comentados, de A 
Bela e a Fera até Boyhood, e de tantos poemas e músicas interpretados… Também a leitura diária 
de editoriais consolidou seu poder de persuasão. Neste instante, basta prosseguir, sem medo, sem 
titubear, expondo com clareza seu ponto de vista, defendendo-o, com segurança, gostando do que 
faz, aperfeiçoando o argumento que não estiver bem claro… O importante é acreditar que você con-
seguirá abrir a porta da faculdade sonhada com a bagagem que construiu durante toda a sua vida!
 OS VESTIBULARES E O CONHECIMENTO DE MUNDO
Leia a seguir o depoimento de alguns profi ssionais sobre educação.
Ter peninha da pobre criança que não tem vontade de estudar é trocar o conforto emo-
cional de hoje pelo futuro do fi lho (mais fácil dizer do que fazer!). É errado acreditar que a 
educação deve ser sempre leve e divertida. Fica assim, depois que se toma o gostinho de lidar 
2 Temas de vestibulares
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com assuntos entendidos. Antes, é suor. A melhor maneira de adquirir confiança em si é 
aprender o que antes parecia impossível.
Cláudio de Moura Castro, especialista em educação.
[…] na escola aprendi sobre mim mesma, sobre disciplina e convivência. Percebi que as 
diferenças agregam.
Viviane Senna, psicóloga. 
[…] porém, na minha vida o mais definitivo foram certamente as leituras, minha paixão 
por livros. E também o convívio, as conversas em nossa casa […].
Lya Luft, escritora.
[…] aprendi a ler vários romances, que foram fundamentais para a minha experiência de 
leitor e vários anos depois […]
Milton Hatoum, escritor.
Meus pais tiveram pouca ou nenhuma educação formal, o dinheiro do pequeno comércio 
mal dava para pagar as contas, mas nunca faltou dinheiro para pagar a escola […]
Simon Schwartzman, sociólogo e pesquisador. 
Adaptado de Claudia, maio 2011.
Os depoimentos de especialista em educação, escritores, sociólogo e psicóloga são muito se-
melhantes: a construção do conhecimento e a aprendizagem do que antes parecia impossível 
dependem de suor, disciplina, conversas em casa, leituras, e não de classe social ou situação eco-
nômica. Por isso, para a construção crítica de visão do mundo, são necessários dois ingredientes: 
vontade e persistência.
Vejamos como essas variáveis acontecem nos temas de vestibulares.
Um dos vestibulares da Fuvest, por exemplo, apresentou a seguinte proposta de redação aos 
candidatos.
Leia o seguinte extrato de uma reportagem do jornal inglês The Guardian, de 22 de janeiro de 
2013, para em seguida atender ao que se pede.
O ministro de finanças do Japão, Taro Aso, disse na segunda-feira (dia 21) que os velhos 
deveriam “apressar-se a morrer”, para aliviar a pressão que suas despesas médicas exercem 
sobre o Estado.
“Deus nos livre de uma situação em que você é forçado a viver quando você quer mor-
rer. Eu acordaria me sentindo cada vez pior se soubesse que o tratamento é todo pago pelo 
governo”, disse ele durante uma reunião do conselho nacional a respeito das reformas na 
seguridade social. “O problema não será resolvido, a menos que você permita que eles se 
apressem a morrer”.
Os comentários de Aso são suscetíveis de causar ofensa no Japão, onde quase um quarto 
da população de 128 milhões tem mais de 60 anos. A proporção deve atingir 40% nos próxi-
mos 50 anos.
Aso, de 72 anos de idade, que tem funções de vice-primeiro-ministro, disse que iria 
recusar os cuidados de fim de vida. “Eu não preciso desse tipo de atendimento”, declarou 
ele em comentários citados pela imprensa local, acrescentando que havia redigido uma 
nota instruindo sua família a negar-lhe tratamento médico para prolongar a vida.
Para maior agravo, ele chamou de “pessoas-tubo” os pacientes idosos que já não conse-
guem se alimentar sozinhos. O ministério da saúde e do bem-estar, acrescentou, está “bem 
consciente de que custa várias dezenas de milhões de ienes” por mês o tratamento de um 
único doente em fase final de vida.
Mais tarde, Aso tentou explicar seus comentários. Ele reconheceu que sua linguagem 
fora “inapropriada” em um fórum público e insistiu que expressara apenas sua preferência 
pessoal. “Eu disse o que eu, pessoalmente, penso, não o que o sistema de assistência médica a 
idosos deve ser”, declarou ele a jornalistas.
Não foi a primeira vez que Aso, um dos mais ricos políticos do Japão, questionou o dever 
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do Estado para com sua grande população idosa. Anteriormente, em um encontro de econo-
mistas, ele já dissera: “Por que eu deveria pagar por pessoas que apenas comem e bebem e 
não fazem nenhum esforço? Eu faço caminhadas todos os dias, além de muitas outras coisas, 
e estou pagando mais impostos”.
Adaptado de theguardian.com, 22 jan. 2013.
Considere as opiniões atribuídas ao referido político japonês, sabendo que elas pos-
suem implicações éticas, culturais, sociais e econômicas capazes de suscitar questões de vá-
rias ordens: essas opiniões são tão raras ou isoladas quanto podem parecer? O que as motiva?
O que elas dizem sobre as sociedades contemporâneas? Opiniões desse teor seriam possíveis no 
contexto brasileiro? Como as jovens gerações encaram os idosos?
Escolhendo, entre os diversos aspectos do tema, os que você considerar mais relevantes, redija 
um texto em prosa, no qual você avalie as posições do citado ministro, supondo que esse texto 
se destine à publicação — seja em um jornal, uma revista ou em um site da internet.
 Comentário à proposta de redação
O tema exige que o candidato refl ita sobre a situação do idoso, considerando as implicações 
éticas, culturais, sociais e econômicas decorrentes da opinião do ministro do Japão. Como o tex-
to será, supostamente, publicado, o aluno deve pensar na situação do idoso em nosso país. No 
Brasil, os idosos enfrentam muitas difi culdades que vão desde a locomoção até a falta de respeito 
dos mais jovens que, até mesmo,usam os assentos destinados ao idoso no transporte público. 
É importante lembrar que essa população vem crescendo no Brasil, o que representa um custo 
cada vez mais alto para o sistema previdenciário. Será que o país está preparado para arcar com 
essa conta? Existe assistência médica de qualidade que atende às especifi cidades dessa faixa etá-
ria? Cabe ainda ao aluno refl etir sobre o culto que a sociedade faz à juventude. Ninguém quer 
envelhecer para não ter que ser dependente, para não ser considerado um estorvo pelo Estado 
e, também, pela própria família. Esse pensamento vai ao encontro das declarações do ministro 
do Japão, manifestado de forma brutal, aparentemente chocante, mas refl ete um pensamento 
cada vez mais comum na contemporaneidade.
Leia outra proposta de redação, apresentada pelo Enem.
 Proposta de redação
Depois da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos 
ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma padrão da língua 
portuguesa sobre o tema “Publicidade infantil em questão no Brasil”, apresentando proposta de 
intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente 
e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.
Texto I
A aprovação, em abril de 2014, de uma resolução que considera abusiva a publicidade 
infantil, emitida pelo Conselho Nacional de Direitos da Criança e do Adolescente (Conan-
da), deu início a um verdadeiro cabo de guerra envolvendo ONGs de defesa dos direitos das 
crianças e setores interessados na continuidade das propagandas dirigidas a esse público.
Elogiada por pais, ativistas e entidades, a resolução estabelece como abusiva toda pro-
paganda dirigida à criança com “a intenção de persuadi-la para o consumo de qualquer 
produto ou serviço e que utilize aspectos como desenhos animados, bonecos, linguagem 
infantil, trilhas sonoras com temas infantis, oferta de prêmios, brindes ou artigos colecio-
náveis que tenham apelo às crianças.
Ainda há dúvidas, porém, sobre como será a aplicação prática da resolução. E associa-
ções de anunciantes, emissoras, revistas e de empresas de licenciamento e fabricantes de 
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20 O Discurso Argumentativo II
produtos infantis criticam a medida e dizem não reconhecer a legitimidade constitucio-
nal do Conanda para legislar sobre publicidade e para impor a resolução tanto às famílias 
quanto ao mercado publicitário. Além disso, defendem que a autorregulamentação pelo 
Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) já seria uma forma de 
controlar e evitar abusos.
Adaptado de IDOETA, P. A. e BARBA, M. D. A publicidade infantil deve ser proibida? 
Texto II
ITÁLIA
BRASIL
CHILE
NORUEGA
SUÉCIA
DINAMARCA
BÉLGICA
COREIA DO SUL
AUSTRÁLIA
QUÉBEC (Canadá)
ESTADOS UNIDOS
IRLANDA
FRANÇA
REINO UNIDO
Proibição parcial
Comerciais são
proibidos em 
certos horários ou
para determinadas
faixas etárias
Personagens
Famosos e persona-
gens de desenhos 
não podem aparecer
em anúncios de
alimentos infantis
Autorregula-
mentação
Não há leis
nacionais, o
setor cria normas
e faz acordos
com o governo
Alerta
Mensagens
recomendam
consumo moderado
e alimentação
saudável
Proibido
Não é permitido
nenhum tipo de
publicidade para
crianças e 
pré-adolescentes
A publicidade para crianças no mundo
Fontes: OMS e Conar/2013.
Disponível em: www1.folha uol.com.br
Texto III
Precisamos preparar a criança, desde pequena, para receber as informações do mundo 
exterior, para compreender o que está por trás da divulgação de produtos. Só assim ela se 
tornará o consumidor do futuro, aquele capaz de saber o que, como e por que comprar, ciente 
de suas reais necessidades e consciente de suas responsabilidades consigo mesma e com o 
mundo.
Adaptado de SILVA, A. M. D. e VASCONCELOS, L. R. A criança e o marketing: 
informações essenciais para proteger as crianças dos apelos do marketing infantil. São Paulo: Summus, 2012.
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 Comentário à proposta de redação
O tema proposto, “Publicidade infantil em questão no Brasil”, leva o candidato a considerar 
a forma como a publicidade é regulamentada no Brasil, que deixa a critério do próprio setor de 
publicidade a criação de normas estabelecidas em acordos com o governo. Questiona-se, porém, 
até que ponto a criança é capaz de discernir o que é bom ou ruim para ela. Será que ela tem sido 
alvo de manipulação voltada a estimular o consumismo? Quais são as consequências dessa ma-
nipulação? Já é possível perceber consequências no que tange ao comportamento das crianças?
Para elaborar seu ponto de vista, o candidato conta com três textos: o primeiro apresenta uma 
resolução, aprovada em abril de 2014 no Brasil, que considera abusiva a propaganda que tem a 
intenção de persuadir a criança para o consumo; o segundo é um infográfi co que apresenta um 
panorama da publicidade infantil no mundo; e o terceiro, fragmento de um livro, defende a neces-
sidade de preparar a criança para tornar-se o consumidor do futuro, capaz de saber o que, como 
e por que comprar. Os argumentos devem ser coerentes com a tese que o estudante se propuser 
a defender.
Como o Enem exige proposta de intervenção, o candidato pode sugerir que sejam criadas leis 
que regulamentem a publicidade infantil no Brasil ou que haja investimento em políticas educa-
cionais que visem ao desenvolvimento crítico da criança de modo a perceber estratégias empre-
gadas nas propagandas. 
 TEMA
Rogério Chociay, em Redação no vestibular da Unesp: a dissertação, escreve: 
A obediência ao tema é também critério eliminatório. O objetivo da redação é justa-
mente o de verifi car se o candidato, com base em textos auxiliares, é capaz de focalizar com 
competência o tema sugerido em um texto dissertativo. […] A fuga temática pode signifi car 
que: a) não compreendeu o tema nem mesmo a partir dos textos auxiliares; b) não entendeu 
a proposta de redação […] d) trouxe decorada uma redação sobre outro tema; […] g) não 
tem repertório sufi ciente sobre o domínio focalizado pelo tema. Em qualquer dos casos, a 
redação é eliminada, pois o objetivo do exame de redação é verifi car a competência em que 
todas as alternativas citadas se revelam ausentes.
É preciso, portanto, que o candidato, ao iniciar sua redação, tenha certeza da opinião que 
assume. Se o tema for, por exemplo, “a pena de morte”, há três posições possíveis:
a) contra;
b) a favor;
c) a favor, apenas em certos casos.
Geralmente, os temas são dissertativos, isto é, analisam e interpretam a realidade com termos 
abstratos. A progressão é lógica e não cronológica e o tempo verbal empregado é o presente atem-
poral. Não podemos ainda nos esquecer de que, na dissertação, a mensagem é dirigida a vários 
interlocutores. 1
Veja a seguir outra proposta de redação.
(UEMG) Leia atentamente os textos seguintes.
Texto I
72% das pessoas não gostam do seu trabalho, aponta pesquisa
O consultor indiano e professor da universidade americana Harvard Raj Sisodia 
disse em palestra, durante evento em São Paulo, que pesquisa da Gallup no mundo 
mostra que 72% das pessoas não gostam do próprio trabalho. Desse total, 18% estão 
“ativamente desengajadas”, destacou o professor, e têm interesse em prejudicar a própria 
empresa em que trabalham. Segundo a pesquisa apresentada durante a palestra, essa taxa 
 OBSERVAÇÃO
 1 Muitos temas de redação dos 
vestibulares mais recentes são for-
mulados com base em constatações 
como as que seguem:
 O mundo em que vivemos expe-
rimenta constantes e aceleradas 
mudanças, e a globalização induz 
à eliminação de fronteiras.
 A imagem, as comunicações 
virtuais, estão modifi cando ve-
lhos conceitos: as redes sociais 
têm força para transformações 
políticas em tempo real.
 Confl itos raciais e fundamenta-
lismos continuam existindo,mas 
cresce a importância da inclusão, 
em oposição à elitização e ao 
individualismo.
 A construção e reconstrução do 
conhecimento, a leitura refl exiva 
diária e a educação ética garantem 
a formação de pontos de vista 
sobre esse mundo em transfor-
mação.
 É urgente a implantação de 
políticas para o desenvolvimento 
sustentável, aquele que não 
esgota os recursos, conciliando 
crescimento econômico e pre-
servação da natureza.
A refl exão sobre os temas de re-
dação dos vestibulares pode ser 
assim resumida: a aceleração do 
mundo parece irreversível, mas é 
preciso sabedoria para empregar 
as descobertas na construção de 
um mundo mais sustentável, mais 
humano, menos discriminatório, 
mais feliz.
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22 O Discurso Argumentativo II
de “completamente desengajados” varia de 18% a 20% — equivalente a uma em cada 
cinco pessoas. “As pessoas precisam trabalhar num lugar de que gostem. Pesquisas 
mostram que a maioria dos ataques cardíacos acontece na manhã de segunda-feira. 
Isso é um sinal de que há algo errado”, disse Sisodia, precursor do chamado “Capitalis-
mo Consciente”. Aqueles considerados engajados variam dentro de uma taxa de 28% a 
30% — nos últimos cinco anos, o índice não passa de 30%.
Adaptado de www.economia.uol.com.br
Texto II
Fonte: www.calango74.blogspot.com.br
Texto III
Sofremos com alguns enganos consagrados, como: “O trabalho enobrece”. 
O trabalho não enobrece, pode dar sentido à vida, sustentar uma existência digna, ou 
pode embrutecer. O que nos enobrece são pensamentos e atos nobres, o que é dif ícil.
Lya Luft
Texto IV
“Minha mãe sempre dizia: ‘Deus protege quem trabalha.’”
“É isso aí…”
“Acho que eu vou dar um jeito na minha vida. Chega de desentupir privada. Isso não é 
trabalho para uma pessoa decente.”
“Todo trabalho é digno”, eu disse.
“Ficar mexendo com a bosta dos outros…”
“Laboratório também mexe”, eu lembrei.
“Essa noite nem dormi”, ele continuou sem me escutar. “Nós passamos a noite fazendo 
planos, eu e a Sula.”
VILELA, 2013.
Redija um texto dissertativo-argumentativo, discutindo a organização social do trabalho. Pro-
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ponha medidas que visem à atenuação das difi culdades enfrentadas pelas pessoas em relação ao 
desempenho de suas atividades profi ssionais. Os textos I, II, III e IV são motivadores desta propos-
ta. Dê título à sua redação.
 Comentário à proposta de redação
Para dissertar sobre o complexo tema que enfoca a organização social do trabalho, o 
candidato precisa demonstrar que possui hábitos de leitura e discussão sobre assuntos polê-
micos como o enfocado. Precisa refletir que o trabalho é atividade humana, pode ser física 
ou intelectual, e geralmente visa a um objetivo. Não estar satisfeito com o trabalho pode 
significar ausência de sentido no desenvolvimento dessa atividade. Por que tantas pessoas 
se sentem insatisfeitas? O texto II ilustra a situação em que o empregado só trabalha sob 
a fiscalização do chefe. O candidato precisa ainda relacionar trabalho e capitalismo, em 
oposição ao trabalho artesanal mais lento e mais prazeroso. Pode ainda retomar a máxima 
que afirma que o trabalho enobrece/dignifica o homem para analisar o que está dito nos 
textos III e IV. Por fim, deve propor medidas que atenuem as dificuldades que as pessoas 
enfrentam no trabalho, como: procurar fazer aquilo que lhe dá mais prazer, conciliar o ga-
nho material com essa atividade, ter clareza sobre o objetivo do trabalho que desempenha 
e estar de acordo com ele, entre outras possibilidades.
 A REDAÇÃO NO ENEM
No Enem, cinco competências são avaliadas na redação. Como por texto entende-se uma 
unidade de sentido em que todos os aspectos se inter-relacionam para constituir a textuali-
dade, a separação por competências tem como finalidade tornar a avaliação mais objetiva.
 � Competência 1 – Demonstrar domínio da modalidade escrita formal da língua portuguesa.
 � Competência 2 – Compreender a proposta de redação e aplicar conceitos das várias áreas 
de conhecimento para desenvolver o tema, dentro dos limites estruturais do texto disserta-
tivo-argumentativo em prosa.
 � Competência 3 – Selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações, fatos, opiniões 
e argumentos em defesa de um ponto de vista.
 � Competência 4 – Demonstrar conhecimento dos mecanismos linguísticos necessários para 
a construção da argumentação.
 � Competência 5 – Elaborar proposta de intervenção para o problema abordado, respeitan-
do os direitos humanos.
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24 O Discurso Argumentativo II
ATIVIDADES
Em 2010, o vestibular da Fuvest propôs o seguinte tema: “Um mundo por imagens”. Seguem as orientações que constaram dessa 
prova.
Texto I
Adaptado de www.imotion.com.br/imagens
Texto II
A imaginação simbólica é sempre um fator de equilíbrio. O símbolo é concebido como uma síntese equilibradora, por meio 
da qual a alma dos indivíduos oferece soluções apaziguadoras aos problemas.
Gilbert Durand
Texto III
Em vez de nos relacionarmos diretamente com a realidade, dependemos cada vez mais de uma vasta gama de informações, 
que nos alcançam com mais poder, facilidade e rapidez. É como se fi cássemos suspensos entre a realidade da vida diária 
e sua representação.
Adaptado de Tânia Pellegrini.
Na civilização em que se vive hoje, constroem-se imagens, as mais diversas, sobre os mais variados aspectos; constroem-se ima-
gens, por exemplo, sobre pessoas, fatos, livros, instituições e situações.
No cotidiano, é comum substituir-se o real imediato por essas imagens.
Dentre as possibilidades de construção de imagens enumeradas em negrito, escolha apenas uma, como tema de seu 
texto, e redija uma dissertação em prosa, lançando mão de argumentos e informações que deem consistência a 
seu ponto de vista.
Instruções:
 Lembre-se de que a situação de produção de seu texto requer o uso da modalidade culta da língua portuguesa.
 Dê um título à sua redação, a qual deverá ter entre 20 e 30 linhas.
 Não será aceita redação desenvolvida em versos.
O texto a seguir foi selecionado como uma das melhores redações desse vestibular e aqui o transcrevemos com algumas correções. 
Ele é base para as atividades de 1 a 4.
 NÃO HÁ LIMITE PARA O IMAGINÁRIO HUMA
NO. MESMO EM CONDIÇÕES 
ADVERSAS, O HOMEM É CAPAZ DE CRIAR REPRES
ENTAÇÕES DA REALIDADE, SEJA COM 
INTENÇÃO DE MUDAR UMA SITUAÇÃO VIGENTE, 
SEJA PARA SAIR DA ROTINA 
MONÓTONA DO COTIDIANO OU FUGIR DE UMA R
EALIDADE HOSTIL À VIDA. ESSAS 
IMAGENS EXERCEM UM IMPORTANTE PAPEL NA A
LMA HUMANA, AS QUAIS VÃO 
MUITO ALÉM DA CONOTAÇÃO RECREATIVA, ELAS
 FORNECEM A ESPERANÇA E, EM 
ALGUNS CASOS, PODEM DETERMINAR A SOBREVI
VÊNCIA DE UM INDIVÍDUO.
 NO FILME “A VIDA É BELA”, CUJO CONTEXTO 
É O DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, 
UM HOMEM, PRISIONEIRO EM UM CAMPO DE CO
NCENTRAÇÃO, TECE UMA GAMA DE 
IMAGENS POSITIVAS E DIVERTIDAS PARA QUE 
SEU FILHO, UMA 
CRIANÇA,CONTEXTO ESTAR EM MEIO A UMA BRI
NCADEIRA. NESSE CASO, A FUGA DA 
REALIDADE POR MEIO DA INVENTIVIDADE HUMA
NA SIGNIFICOU O ALHEAMENTO 
DO INDIVÍDUO, MAS ISSO LHE GARANTIU A SO
BREVIVÊNCIA, POIS O GAROTO 
RESISTE ATÉ O FIM PARA QUE POSSA RECEBER 
SUA RECOMPENSA.
 EM “O NÁUFRAGO”, O PERSONAGEM INTERPRE
TADO POR TOM HANKS IMAGINA 
UMA BOLA FALANTE, DOTADA DE PENSAMENTO, À
 QUAL FOI DADO O NOME DE 
“WILSON”. ESSA IMAGINAÇÃO DO NÁUFRAGO EV
ITOU QUE A SOLIDÃO O LEVASSE À 
LOUCURA E AO SUICÍDIO ATÉ SER RESGATADO.
 
 AMBOS OS EXEMPLOS DADOS SÃO SUBSTITU
IÇÕES DA REALIDADE POR IMAGENS 
VISANDO O “EU”, ASSIM COMO OCORRE NA SOC
IEDADE HOSTIL, A FUGA TORNA-SE 
UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA.
 LUTER KING, AO PROFERIR A FRASE “I HAVE
 A DREAM”, 
REFERIA-SE À IMAGEM CRIADA POR ELE 
DE UM MUNDO MELHOR, EM QUE O 
CONVÍVIO ENTRE BRANCOS E NEGROS 
FOSSE PACÍFICO. A REALIDADE, 
ENTRETANTO, ERA MARCADA POR UM 
VERDADEIRO “APARTHEID”, ATAQUES DE 
ORGANIZAÇÕESCOMO A KU KLUX KLAN, 
NUMA ESPÉCIE DE “CAÇA ÀS BRUXAS”. APÓS 
KING, MUITO DA INTOLERÂNCIA 
DIMINUIU. A IMAGEM CRIADA POR UM 
HOMEM SALVOU O COLETIVO.
 DESSA FORMA, NEM SOMENTE PARA FUGIR 
DA REALIDADE SERVEM AS IMAGENS. ELAS EXERC
EM 
PAPEL FUNDAMENTAL NA TRANSFORMAÇÃO DO 
MUNDO, O QUAL DE HOSTIL PODE TORNAR-SE 
MELHOR, COMO O CONSEGUIDO POR KING.
SEM LIMITES
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 NÃO HÁ LIMITE PARA O IMAGINÁRIO HUMA
NO. MESMO EM CONDIÇÕES 
ADVERSAS, O HOMEM É CAPAZ DE CRIAR REPRES
ENTAÇÕES DA REALIDADE, SEJA COM 
INTENÇÃO DE MUDAR UMA SITUAÇÃO VIGENTE, 
SEJA PARA SAIR DA ROTINA 
MONÓTONA DO COTIDIANO OU FUGIR DE UMA R
EALIDADE HOSTIL À VIDA. ESSAS 
IMAGENS EXERCEM UM IMPORTANTE PAPEL NA A
LMA HUMANA, AS QUAIS VÃO 
MUITO ALÉM DA CONOTAÇÃO RECREATIVA, ELAS
 FORNECEM A ESPERANÇA E, EM 
ALGUNS CASOS, PODEM DETERMINAR A SOBREVI
VÊNCIA DE UM INDIVÍDUO.
 NO FILME “A VIDA É BELA”, CUJO CONTEXTO 
É O DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, 
UM HOMEM, PRISIONEIRO EM UM CAMPO DE CO
NCENTRAÇÃO, TECE UMA GAMA DE 
IMAGENS POSITIVAS E DIVERTIDAS PARA QUE 
SEU FILHO, UMA 
CRIANÇA,CONTEXTO ESTAR EM MEIO A UMA BRI
NCADEIRA. NESSE CASO, A FUGA DA 
REALIDADE POR MEIO DA INVENTIVIDADE HUMA
NA SIGNIFICOU O ALHEAMENTO 
DO INDIVÍDUO, MAS ISSO LHE GARANTIU A SO
BREVIVÊNCIA, POIS O GAROTO 
RESISTE ATÉ O FIM PARA QUE POSSA RECEBER 
SUA RECOMPENSA.
 EM “O NÁUFRAGO”, O PERSONAGEM INTERPRE
TADO POR TOM HANKS IMAGINA 
UMA BOLA FALANTE, DOTADA DE PENSAMENTO, À
 QUAL FOI DADO O NOME DE 
“WILSON”. ESSA IMAGINAÇÃO DO NÁUFRAGO EV
ITOU QUE A SOLIDÃO O LEVASSE À 
LOUCURA E AO SUICÍDIO ATÉ SER RESGATADO.
 
 AMBOS OS EXEMPLOS DADOS SÃO SUBSTITU
IÇÕES DA REALIDADE POR IMAGENS 
VISANDO O “EU”, ASSIM COMO OCORRE NA SOC
IEDADE HOSTIL, A FUGA TORNA-SE 
UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA.
 LUTER KING, AO PROFERIR A FRASE “I HAVE
 A DREAM”, 
REFERIA-SE À IMAGEM CRIADA POR ELE 
DE UM MUNDO MELHOR, EM QUE O 
CONVÍVIO ENTRE BRANCOS E NEGROS 
FOSSE PACÍFICO. A REALIDADE, 
ENTRETANTO, ERA MARCADA POR UM 
VERDADEIRO “APARTHEID”, ATAQUES DE 
ORGANIZAÇÕES COMO A KU KLUX KLAN, 
NUMA ESPÉCIE DE “CAÇA ÀS BRUXAS”. APÓS 
KING, MUITO DA INTOLERÂNCIA 
DIMINUIU. A IMAGEM CRIADA POR UM 
HOMEM SALVOU O COLETIVO.
 DESSA FORMA, NEM SOMENTE PARA FUGIR 
DA REALIDADE SERVEM AS IMAGENS. ELAS EXERC
EM 
PAPEL FUNDAMENTAL NA TRANSFORMAÇÃO DO 
MUNDO, O QUAL DE HOSTIL PODE TORNAR-SE 
MELHOR, COMO O CONSEGUIDO POR KING.
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26 O Discurso Argumentativo II
 1 Destaque no texto: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Introdução – primeiro parágrafo;
Desenvolvimento – segundo, terceiro e quarto parágrafos;
Conclusão – quinto parágrafo.
 2 Leia o texto e nele identifi que a tese do enunciador, ou seja, a 
ideia central que ele apresenta e o seu posicionamento diante 
dela. A seguir, transcreva-a.
Em sua tese, o emissor afirma que o imaginário humano não possui 
limites e, em diversas situações, cria imagens capazes de tirá-lo 
da rotina, fomentar a esperança ou, até mesmo, determinar sua 
sobrevivência.
“Não há limite para o imaginário humano.”
 3 Considere as afi rmações:
 I. No segundo parágrafo, a expressão “Nesse caso” funciona 
como elemento coesivo do texto, que faz remissividade a 
todo o exposto no período imediatamente anterior.
 II. No terceiro parágrafo, o emissor usa argumentos que justi-
fi cam a criação de imagens que indivíduos fazem pensan-
do apenas em si mesmos, retratando um comportamento 
individualista.
 III. Na conclusão, o emissor propõe que a fuga da realidade, 
sugerida por King, seja a solução para muitos problemas 
da atualidade.
Está(ão) correta(s):
a) I e II.
b) I e III.
c) II e III.
d) I, II e III.
e) apenas II.
 4 Pode-se afi rmar que o texto é uma dissertação que atendeu à 
proposta, porque:
a) apresentou em seus períodos personagens importantes, 
Em sua conclusão, o emissor afi rma que a criação 
de imagens não serve apenas como fuga da rea-
lidade, mas também para transformar o mundo, 
como sugeriu Luter King.
Alternativa a 
tanto do universo cinematográfi co quanto do mundo real, 
obedecendo a uma sequência de ações.
b) fez uma denúncia contundente de uma situação: a fuga da 
realidade a partir da criação de imagens.
c) analisou a imagem, não no sentido restrito da palavra, mas 
em seu sentido fi gurado, como representação simbólica que 
se cria a partir de determinadas situações.
d) usou, em seu texto, argumentos convincentes que compro-
varam a tese de que a criação de imagens é prejudicial ao 
indivíduo no mundo atual.
e) analisou o fi lme A vida é bela, que retrata a importância da 
criação da imagem em razão de interesses coletivos.
 5 +Enem [H23] Leia o texto.
É a época do ano em que se espera que muitos adolescentes 
saibam e digam, enfi m, o que querem fazer (e ser) na vida. 
A nossa cultura acredita que exista uma receita para a felici-
dade e para o sucesso: a coincidência do nosso desejo com a 
profi ssão à qual nos dedicamos.
Se conseguirmos conhecer nosso desejo, escolheremos uma 
profi ssão cujo exercício será uma gratifi cação permanente. 
Já pensou? Teremos a obrigação de fazer o que a gente quer. 
Não é maravilhoso?
Pois é, não funciona assim: 
1) seguir o desejo da gente não é garantia de felicidade al-
guma, 2) para a grande maioria, o desejo não está escrito e 
escondido em algum recanto da mente: ele é incerto.
[…]
Contardo Calligaris. Disponível em: www1.folha.uol.com.br 
Considerando-se a época em que jovens fazem suas escolhas 
profi ssionais, o texto aponta que a nossa cultura acredita que 
exista uma receita para a felicidade e para o sucesso: a coinci-
dência do nosso desejo com a profi ssão à qual nos dedicamos. 
No entanto, para o autor: 
a) muitos jovens ainda não sabem escolher a profi ssão por 
serem imaturos.
b) escolher bem a profi ssão é certeza de satisfação permanente.
c) essa receita não existe, pois seguir o próprio desejo não é 
garantia de felicidade.
d) basta descobrir em que canto da mente está gravada a nossa 
vocação profi ssional.
e) o nosso desejo e a profi ssão que escolhemos nunca são 
coincidentes.
PARA PRATICARCOMPLEMENTARES
Texto para as questões 6 e 7.
Cruéis convenções nos convocam: estar em forma, ser com-
Para o autor, a receita para a felicidade em que desejo e 
escolha profi ssional são coincidentes não existe, uma vez que 
seguir o desejo não é garantia de felicidade e, para a grande 
maioria o desejo é incerto. Alternativa c 
4. A sequência de ações, mencionada na alternativa a, é característica do texto narrativo; em b, o texto não faz 
denúncia sobre a fuga da realidade; d é falsa, pois o texto em sua conclusão afi rma que a criação de imagens é 
importante para a transformação do mundo, entre outras ideias; ao construir sua argumentação acerca do fi lme 
A vida é bela, mostra a criação da imagem em razão de um único indivíduo, invalidando a alternativa e.
Alternativa c 
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27O Discurso Argumentativo II
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petente, ser produtivo, mostrar serviço, prover, pagar, e 
ainda ter tempo para ternura, cuidados, amor.

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