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Simulado ELEVA 1º DIA

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LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES
1o DIA
CADERNO
1
CINZA
1 Este CADERNO DE QUESTÕES contém uma prova de 
redação e 90 questões numeradas de 01 a 90, dispostas 
da seguinte maneira:
a. as questões de número 1 a 45 são relativas à área de
Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b. a prova de Redação;
c. as questões de número 46 a 90 são relativas à área de
Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 1 a 5 são relativas à língua 
estrangeira. Você deverá responder apenas às questões 
relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida.
2	 Confira	 se	 o	 seu	 CADERNO	 DE	 QUESTÕES	 contém	 a	
quantidade de questões e se essas questões estão na 
ordem mencionada na instrução anterior. Caso o caderno 
esteja incompleto, tenha qualquer defeito ou apresente 
divergência, comunique ao aplicador da sala, para que ele 
tome as providências cabíveis.
3 Preencha corretamente os seus dados no CARTÃO- 
-RESPOSTA.
4 ATENÇÃO: após o preenchimento, escreva e assine seu 
nome nos espaços próprios do CARTÃO-RESPOSTA com 
caneta	esferográfica	de	tinta	preta.
5 Marque no CARTÃO-RESPOSTA, no espaço apropriado, o 
CÓDIGO DA PROVA abaixo.
CÓDIGO DA PROVA (INGLÊS): 33512
CÓDIGO DA PROVA (ESPANHOL): 33522
6 Não dobre, não amasse nem rasure o CARTÃO- 
-RESPOSTA, pois ele não poderá ser substituído.
7 Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 
5	opções	 identificadas	com	as	 letras	 , , , e . 
Apenas uma responde corretamente à questão.
8 No CARTÃO-RESPOSTA, preencha todo o espaço 
compreendido no círculo correspondente à opção escolhida 
para a resposta. A marcação em mais de uma opção anula 
a questão, mesmo que uma das respostas esteja correta.
9 O tempo disponível para esta prova é de cinco horas e 
trinta minutos.
10	 Reserve	 os	 30	minutos	 finais	 para	marcar	 seu	 CARTÃO-	
-RESPOSTA. Os rascunhos e as anotações assinaladas
no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
11 Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador 
e entregue o CARTÃO-RESPOSTA.
12 Você poderá deixar o local de prova somente após 
decorridas duas horas do início da aplicação.
13 Você será eliminado do Simulado, a qualquer tempo, no 
caso de:
a. prestar, em qualquer documento, declaração falsa ou
inexata;
b. perturbar, de qualquer modo, a ordem no local de
aplicação das provas, incorrendo em comportamento
indevido durante a realização do Simulado;
c. comunicar-se, durante as provas, com outro participante
verbalmente, por escrito ou por qualquer outra forma;
d. portar qualquer tipo de equipamento eletrônico e de
comunicação após ingressar na sala de provas;
e. utilizar ou tentar utilizar meio fraudulento, em benefício
próprio ou de terceiros, em qualquer etapa do
Simulado;
f. utilizar livros, notas ou impressos durante a realização
do Simulado;
g. ausentar-se da sala de provas levando consigo o
CARTÃO-RESPOSTA a qualquer tempo.
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
3a SÉRIE
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 3
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção Inglês)
QUESTÃO 01
The Intergovernmental Panel 
on Climate Change
The Intergovernmental Panel on Climate Change 
(IPCC) is the United Nations body for assessing 
the science related to climate change.
The IPCC was created to provide policymakers with 
regular	 scientific	 assessments	 on	 climate	 change,	 its	
implications and potential future risks, as well as to put 
forward adaptation and mitigation options.
Through its assessments, the IPCC determines the state 
of	knowledge	on	climate	change.	It	identifies	where	there	is	
agreement	 in	 the	 scientific	 community	 on	 topics	 related	 to	
climate change, and where further research is needed. The 
reports are drafted and reviewed in several stages, thus 
guaranteeing objectivity and transparency. The IPCC does 
not conduct its own research.
IPCC reports are neutral, policy-relevant but not policy-
prescriptive. The assessment reports are a key input into 
the international negotiations to tackle climate change. 
Created by the United Nations Environment Programme (UN 
Environment) and the World Meteorological Organization 
(WMO) in 1988, the IPCC has 195 member countries. In the 
same year, the UN General Assembly endorsed the action by 
WMO and UNEP in jointly establishing the IPCC.
A relação dos vocábulos “objectivity”, “transparency” e 
“neutral” refere-se 
A à utilização de pessoas dentro da ONU que sejam 
objetivas, transparentes e neutras nas relações com os 
países no trato de alguns temas.
B à criação de reportagens objetivas, transparentes e 
neutras para serem divulgadas no mundo sobre a 
meteorologia.
C à revisão de reportagens, garantindo objetividade, 
transparência e neutralidade no trato das mudanças 
climáticas.
D ao estabelecimento de regras objetivas, transparentes 
e neutras para que as mudanças climáticas tenham 
menores impactos nos países associados às ONU.
E à garantia da objetividade, da transparência e da 
neutralidade nos relatórios sobre mudanças climáticas 
dentro	do	mundo	científico.
QUESTÃO 02
Disponível em: bayleejae.com. Acesso em: 15 jan. 2020.
No cartum, os vocábulos “declutter”, na fala da menina, e 
“donate”, presente na caixa, estão associados, pois
A quando você resolve organizar suas coisas, você 
obrigatoriamente fará uma doação.
B há a separação de alguns itens que já não são mais 
utilizados e são direcionados à doação.
C a doação é um ato importante para a sociedade.
D a doação ocorre apenas com objetos que já foram 
utilizados diversas vezes e já se encontram desgastados.
E há diversas formas de realizar uma doação.
QUESTÃO 03
Disponível em: https://lh3.googleusercontent.com/9VfhzGMdhOPoCLf_
e4zR4DxZYGrk5ZfRdH_E6JyofZoQ7bffCgZV2POo8DavtJy9OrwEB0s=s87.	 
Acesso em: 15 jan. 2020.
Pogo é um personagem engajado em críticas sociais e 
políticas criado pelo cartunista Walt Keely (1913-1973) e 
atingia o público adulto e o infantil. A charge acima apresenta 
os personagens utilizando tecnologias distintas e o diálogo 
entre eles apresenta dúvidas contextuais, como
A fato de o jovem criticar o idoso pelo uso do jornal.
B o fato de as gerações serem muito próximas no 
desenvolvimento tecnológico e social.
C o idoso querer ensinar o jovem sobre as tiras de jornal 
de seu tempo.
D a questão de haver um problema sério sobre o uso 
errado da tecnologia.
E as	gerações	sentirem	dificuldades	em	acompanhar	as	
mudanças tecnológicas e sociais.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 4
QUESTÃO 04
There is no reason anyone would want a computer in 
their home.
Ken Olsen, founder of Digital Equipment Corporation, 1977.
Fazer previsões sobre o futuro é realmente algo difícil, 
principalmente em relação ao mundo tecnológico. Muitos 
empreendedores de um passado não tão distante 
acreditavam que computadores, internet e televisão, entre 
outros,	seriam	destinados	a	um	público	muito	específico	e	
não haveria uma demanda de mercado. De acordo com a 
previsão de Olsen,
A os computadores domésticos seriam utilizados apenas 
pelos adultos.
B as pessoas não iriam querer computadores em casa, 
pois aparentemente não haveria um uso para eles.
C os computadores foram desenvolvidos primariamente 
para o uso de desencriptação de mensagens inimigas e 
a criação de armas mais inteligentes durante a Segunda 
Guerra Mundial.
D os computadores seriam sempre muito grandes para 
caberem dentro de uma casa.
E as previsões sobre os usos da tecnologia para o público 
foram sempre acertadas.
QUESTÃO 05
When I had started building the time machine, I had had 
the stupid idea that people of the future would certainly be far 
ahead of us in all their inventions. Instead, they have become 
weak, child-like creatures. They dance and sing and wear 
flowers.
WELLS, H. G. The time machine, 2006. 
The Big Bang Theory
Wells	escreveu	esse	livro	no	final	doséculo	XIX,	em	que	um	
“viajante do tempo” se transporta para o ano de 802701. Ao 
chegar nesse futuro, ele percebe que não está preparado 
para o que encontra. Filmes e seriados foram criados com 
base na obra de Wells, como um episódio de The Big Bang 
Theory, em que os personagens adquirem a máquina do 
tempo e realizam suas próprias “viagens”, utilizando a fértil 
imaginação e os conhecimentos de física e de história. O 
“viajante do tempo”, em sua jornada futurística, não está 
preparado para o que ele encontra porque
A os avanços tecnológicos são muito superiores ao que 
ele poderia imaginar.
B as pessoas se comunicam telepaticamente por meio de 
um dispositivo implantado.
C ele encontra pessoas frágeis e infantis.
D o futuro do planeta está destruído em função das 
guerras que ocorreram.
E a dança da época é diferente da dança a que ele estava 
habituado.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção Espanhol)
QUESTÃO 01
La mirada de el dengue
Roberto Moso revisa y busca una fotografía todas las 
semanas y nos ofrece una reflexión sobre la vida.
Por si fuera poco…
Nuestro flash de hoy muestra una foto publicada por la 
agencia France24 y captada en un hospital de Honduras. 
Dos niños afectados por el dengue miran a la cámara con una 
mezcla de tristeza y agotamiento. Mientras el mundo mira 
con preocupación la epidemia de coronavirus COVID-19, el 
dengue avanza silenciosamente por Latinoamérica.
Esta misma semana el gobierno de Paraguay ha 
declarado la emergencia nacional por una enfermedad que, 
con el tratamiento adecuado, tiene una escasa mortalidad. 
El propio presidente del país, Mario Abdo Martínez, y su 
esposa han tenido dengue.
El cambio climático acelera la diseminación del dengue 
en el territorio americano y en las regiones tropicales de 
todo el mundo, anuncian unos investigadores. La mayor 
precipitación en ciertas áreas y el incremento general de la 
temperatura proporcionan condiciones ideales para que los 
mosquitos que transmiten el virus causante del dengue se 
reproduzcan y migren a nuevos territorios.
Este mal endémico está teniendo un repunte en el 
continente americano que comenzó en 2019, año en el que, 
según la Organización Panamericana de Salud (OPS), se 
produjeron más de tres millones de casos que provocaron la 
muerte de 1 538 personas.
Disponível em: www.eitb.eus/es/radio/radio-euskadi/programas/hagase-la-luz/ 
detalle/7065543/el-dengue-enfermedad-no-ha-sido-extinguida (adaptado). 
Acesso em: 15 jan. 2020.
.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 5
O mundo hoje está voltado para a epidemia do coronavírus, 
pois este é um vírus que no momento ainda não é muito 
conhecido e para o qual não existe vacina. Porém, o texto 
reflete	acerca
A do vírus da dengue ter menor importância que o 
COVID-19, pois o COVID-19 é um vírus muito mais 
perigoso, visto que mata.
B do vírus da dengue ser mais brando e, por isso, não 
exigir preocupação.
C do COVID-19 não se sobrepor aos vírus já existentes.
D do vírus da dengue, que continua se propagando, 
enquanto o mundo se preocupa com o COVID-19.
E do vírus da dengue ser tão importante quanto o 
COVID-19, mas já estar catalogado e não causar 
mortes.
QUESTÃO 02
Pruebas para que una máquina pueda ser 
considerada más inteligente que un humano
Son varias las pruebas a las que podemos someter 
a una inteligencia artificial para saber si ha superado 
los niveles de la inteligencia humana.
Determinar	 que	 una	 inteligencia	 artificial	 es	 más	
inteligente que un ser humano es harto difícil porque 
ni	 siquiera	 podemos	 definir	 la	 inteligencia	 humana	 con	
precisión, por ello hay diversas pruebas complementarias 
para evaluar la inteligencia de una máquina.
Desde este campo de investigación, una inteligencia 
artificial	 que	 pudiera	 desarrollar	 cualquier	 tarea	 intelectual	
con una solvencia superior a la humana sería catalogada 
como	 una	 inteligencia	 artificial	 general	 (IAG).	 Por	 el	
momento, nadie ha logrado diseñar una inteligencia así (si 
bien algunos investigadores sostienen que hace unos años 
se superó una de las pruebas necesarias, el llamado test de 
Turing).
Para poder considerar que un sistema es un ejemplo 
operativo de este tipo de inteligencia general, la máquina 
debería superar las siguientes pruebas: test de humanidad 
(la prueba del café, la prueba del estudiante universitario, la 
prueba del empleo y el test de Turing)
PARRA, Sérgio. Pruebas para que una máquina pueda ser considerada más 
inteligente que un humano. Disponível em: www.muyinteresante.es/tecnologia/ articulo/
pruebas-para-que-una-maquina-pueda-ser-considerada-mas-inteligente-que-un-
humano-801582575740. Acesso em: 15 jan. 2020 (adaptado).
No	 mundo	 científico	 há	 uma	 grande	 corrida	 para	 que	 as	
máquinas consigam superar os seres humanos. Grandes 
cientistas trabalham intensamente para criar uma inteligência 
artificial	que	se	sobreponha	à	inteligência	humana.	Segundo	
o	texto,	determinar	a	superioridade	da	inteligência	artificial
A é difícil, mas a máquina realiza as provas facilmente, 
exceto uma delas.
B é difícil por causa das provas a que as máquinas têm de 
se submeter.
C é difícil por causa da imprecisão da inteligência humana.
D é difícil, mas existem investigadores que sustentam já 
terem conseguido.
E é difícil, mas existem pessoas que conseguiram mapear 
a inteligência humana.
QUESTÃO 03
La familia frente a la TV
Según un estudio de la Asociación de Televisión por 
Cable de los Estados Unidos, un estudiante norteamericano 
de 16 anos ha pasado en su vida, como mínimo, 11 000 
horas en el aula del colegio y 15 000 frente a un televisor. No 
hacen falta más datos para advertir que la formación moral 
y cultural de los niños y los jóvenes es hoy, en el mundo, 
en buena medida, el resultado de las tensiones entre el 
sistema educativo formal y lo que se ha dado en llamar el 
sistema paraeducativo o informal. Dicho de un modo más 
simple,	los	jóvenes	están	sometidos,	hoy,	a	la	influencia	de	
dos educadores que, a menudo compiten entre sí: la escuela 
y la TV [...].
La Nación.	Buenos	Aires,	27	ago.	2000.
O trecho acima consiste em
A um estudo que apresenta curiosamente o quanto se vê 
televisão hoje em dia.
B um relatório pedindo aos professores que sejam mais 
interessantes para seus alunos.
C um	texto	jornalístico	que	convida	a	refletir	sobre	toda	a	
influência	da	televisão	na	sociedade.
D um artigo que ajuda as famílias a educar as crianças.
E uma tese que confronta o quão importante é a televisão 
para a educação atual.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 6
QUESTÃO 04
Lesiones oculares en manifestaciones 
son una “tragedia”
Como	una	 “tragedia”	calificó	el	 titular	de	Salud,	Jaime	
Mañalich, las cerca de 200 personas que han sufrido 
daños complejos, e incluso, irreparables en su vista al ser 
golpeados en el rostro por balines de goma o lacrimógenas 
utilizadas por la policía para dispersar las manifestaciones 
no autorizadas que alteran el orden público y aquellas de las 
que se descuelgan incidentes violentos.
Al respecto, la autoridad sanitaria dijo que al programa 
Bienvenidos,	 que	 “hay	 situaciones	 concretas	 donde	 se	 ha	
hecho un uso excesivo de la fuerza represiva. Ese es un 
dato que lo reconoce hasta la policía uniformada”.
El facultativo recalcó que “en la medida en que alguna de 
estas	lesiones	se	han	producido	en	el	contexto	de	conflicto	
político,	podría	configurarse	fallas	a	los	derechos	humanos	
de las personas y eso es algo que tiene que investigarse”.
Consultado por el caso del estudiante de Sicología de 
la Universidad Academia de Humanismo Cristiano (UAHC), 
Gustavo Gatica, quien recibió balines en ambos ojos, 
mientras se manifestaba en Plaza Italia, el ministro de Salud 
tildó la situación como “desgracia máxima”. Ello, porque el 
joven de 21 años perdió la visión de uno de sus ojos y existe 
una alta probabilidad de que ocurra lo mismo con el otro.
Disponível em: http://lanacion.cl/2019/11/11/ministro-de-salud-lesiones-oculares-en-manifestaciones-son-una-tragedia/. 
Acesso em: 17 fev. 2020..
Essa notícia trata de um dos efeitos das manifestações 
ocorridas no Chile em 2019. Para o ministro da Saúde 
chileno,
A em todas as situações houve uso excessivo de força por 
parte da polícia.
B é preciso investigar se houve desrespeito aos direitos 
humanos dos feridos, no caso das lesões provocadas 
no	contexto	de	conflito	político.
C as manifestações não foram autorizadas, por isso a 
polícia cumpriu bem seu papel.
D a polícia não reconheceu o uso excessivo de força 
contra os manifestantes.
E os ferimentos são o menor efeito colateral das mani-
festações.
QUESTÃO 05
Redes sociales: amigos a la carta
[…] El deseo de vivir en sociedad es tan antiguo como 
la humanidad, aunque las formas han variado a lo largo de 
la historia. Por eso, no es extraño que en un vehículo de 
comunicación tan omnipresente como internet hayan crecido 
vertiginosamente el número de redes sociales en poco más 
de una década.
Y, como sucede con todos los cambios, mientras una 
importante parte del mundo se ha entregado sin pudor a la 
conexión virtual, hay quien teme perder el contacto con el 
mundo tangible que le rodea. […]
A decir verdad, las relaciones que se crean en el 
ciberespacio	son	un	reflejo	de	las	que	se	establecen	fuera	
de éste. Las personas que disfrutan de una vida social activa 
en la calle, es posible que también sean muy sociables en el 
mundo virtual. […]
No estamos hablando de dos mundos paralelos, un 
breve	 paseo	 por	 los	 foros	 virtuales	 es	 suficiente	 para	
descubrir que muchos de los contactos que nacen en la red 
están encaminados a facilitar después encuentros cara a 
cara. […] Un dato curioso es que en lugares cuya cultura es 
más proclive al contacto físico y a la vida al aire libre, tales 
como	 España,	 Italia	 o	 Brasil,	 las	 redes	 sociales	 alcanzan	
mayor éxito. […]
Revista Punto y Coma, no 26. Disponível em: http://hablacultura.com/cultura-textos- 
aprender-espanol/nuevas-tecnologias/redes-sociales/. Acesso em: 15 fev. 2020.
O	 artigo	 apresenta	 uma	 reflexão	 sobre	 a	 influência	 da	
internet nas relações humanas. Para o autor,
A as redes sociais se tornaram extremamente populares 
porque as pessoas preferem manter contato com seus 
amigos e conhecidos via internet do que se relacionar 
com eles na vida real.
B as redes sociais são apenas outra maneira de as 
pessoas estabelecerem vínculos, porque o ser humano 
é gregário por natureza.
C as pessoas mais ativas nas redes sociais são aquelas 
que	têm	maior	dificuldade	de	relacionamento.
D as relações estabelecidas na internet raramente se 
tornam efetivas fora do mundo virtual.
E a maior parte das pessoas tem receio de que o uso das 
redes sociais faça com que elas percam o contato com 
o mundo real.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
AZEVEDO, Ronaldo. 
Disponível	em:	http://poesiameiofio.blogspot.com/2012/02/ 
velocidade-ronaldo-azeredo.html. Acesso em: 15 jan. 2020.
No texto acima, um poema concreto, seu autor, Ronaldo 
Azeredo, explora expressivamente características do gênero. 
Nesse sentido, pode-se reconhecer que
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 7
A sua ênfase está restrita à forma, sem maiores 
preocupações quanto ao conteúdo.
B dialogando com a vanguarda futurista, constrói uma 
crítica à velocidade como símbolo negativo da época.
C sua	 construção	 “geométrico-isomórfica”	 obedece	 às	
propostas da fase ortodoxa do Concretismo.
D só pode ser lido no sentido horizontal, conforme 
preceitos	firmados	para	esse	tipo	de	poesia.
E representa a continuidade do processo discursivo 
tradicional, com nova concepção do verso.
QUESTÃO 07
Disponível	em:	https://digartmedia.files.wordpress.com/2013/05/001.jpg.	 
Acesso em: 15 jan. 2020.
A imagem acima, com humor, refere-se a um aspecto da 
reconfiguração	das	 formatações	 tradicionais	da	escrita	em	
meio digital, ou seja,
A o emprego intensivo de neologismos.
B o uso de recursos visuais de valorização da palavra.
C a livre utilização de formas abreviadas.
D a utilização indiscriminada de emoticons.
E alterações sintáticas expressivas.
QUESTÃO 08
Disponível em: http://ambiguidadesim.blogspot.com/2011/08/ambiguidade-em-
propagandas.html. Acesso em: 15 jan. 2020.
A	 rede	 de	mercados	Hortifruti	 tem	 firmado,	 diante	 do	 seu	
público-alvo, um padrão criativo de propaganda que se vale 
de	 trocadilhos	 jocosos	 envolvendo	 filmes	 consagrados,	
vinculando-os aos produtos que pretende divulgar. É o 
caso	de	“Kiwi	Bill”,	uma	alusão	ao	filme	Kill Bill, de Quentin 
Tarantino, na peça publicitária acima retratada, voltada para 
a comercialização da fruta “kiwi” (forma original na língua 
inglesa)	ou	“quiuí”	(no	português	do	Brasil).
No caso em questão, além desse recurso de caráter 
parodístico,	é	possível	identificar
A duplo sentido na expressão “vai pagar caro”.
B inusitado emprego polissêmico do verbo “apresentar”.
C uso metonímico da palavra “estrela”.
D ambiguidade na utilização da palavra “promessa”.
E desvinculação entre os elementos verbais e não verbais
QUESTÃO 09
Disponível em: http://economia.estadao.com.br/blogs/nos-eixos/como-raca-e-genero-ainda-afetam-as-suas-chances-de-conseguir-emprego-e-bons-salarios/. 
Acesso em: 15 jan. 2020 (adaptado).
Os	gráficos	são	gêneros	 textuais	que	aliam	elementos	verbais	e	não	verbais	em	representações	visuais	voltadas	para	a	
exibição	de	dados	sobre	assunto	determinado.	O	gráfico	acima,	relativo	ao	rendimento	médio	salarial	verificado	no	Brasil,	a	
partir dos critérios raça e cor, permite a constatação de que
A a diferença salarial entre os diversos segmentos representados manteve-se relativamente estável no período considerado.
B os elementos constitutivos apontam para uma acentuada tendência de elevação salarial nas faixas relativas a pretos e 
pardos.
C as	pessoas	tidas	como	pardas	apresentam,	no	final	do	período,	tendência	de	crescimento	superior	às	pessoas	de	cor	
preta.
D os	dados	coletados	desmentem	afirmações	correntes	relativas	à	existência	de	desigualdades	no	país.
E o rendimento médio dos assalariados brancos é mais que o dobro daquele relativo aos pretos ou pardos.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 8
QUESTÃO 11
Disponível	em:	http://api.ning.com/files/PD*OEYumS6U8Fqqi8SlHCA*gDrb9PKj-FnL2A
TNUBZmHn1nBZ5SBuomXTDni8oYaPHA-p7RlZl89CrHM4FdzRuB9TZKULF2O/05.jpg.	
Acesso em: 15 jan. 2020.
As charges são construções textuais que, voltadas para o 
cotidiano das pessoas que constituem o público-alvo, não 
raro trazem consigo, junto a componentes de humor em 
maior ou menor grau, um tom de crítica.
No caso da charge acima, esse tom é potencializado, 
basicamente, por meio da ironia representada
A pelo acidente de trânsito noticiado.
B pela	figura	da	morte	diante	do	computador.
C pelo sinal de like atribuído à morte.
D pela	figura	da	foice	e	sua	carga	simbólica.
E pela irrealidade da cena apresentada.
QUESTÃO 12
Mas, se por um lado é certo de que a imprensa se 
constitui em uma defesa contra eventuais excessos 
cometidos pelo poder e um forte controle sobre as atividades 
desenvolvidas pelo Estado, assegurando, além disso, a 
expansão da liberdade humana, também pode-se dizer que 
a liberdade de imprensa tem limites internos e externos. Os 
limites internos traduzem-se nas responsabilidades sociais 
e no compromisso com a verdade. Os limites externos 
significam	que	a	liberdade	de	imprensa	tem	seu	âmbito	de	
atuação estendido até o momento em que não atinja outros 
direitos de igual hierarquia constitucional. [...]
Quando estávamos limitados ao impresso, poder-se- 
-ia	argumentar	que	a	ausência	de	 legislação	específica	se	
constituísse em fator favorável ao exercício da liberdade 
de informar. Agora, porém, quando se multiplicaram os 
recursos da divulgação e os instrumentos da comunicação 
se aperfeiçoaram, é impraticável coexistirmos sem uma 
legislação adequada, capaz de equilibrar os interesses 
conflitantes	da	sociedade	e	do	cidadão,	do	empresárioda	
comunicação,	 do	 profissional	 que	 ele	 emprega	 e	 do	 povo	
que lê, assiste ou ouve a notícia. [...]
QUESTÃO 10
Nesta época de redes sociais, ainda sou dos que 
acordam com o rádio. É uma garantia de que escutarei 
notícias, não fakes. Imagine se, naquela mesma manhã, 
na	Casa	Branca,	Donald	Trump	 tiver	 tropeçado	no	próprio	
topete e fraturado a uretra. Se for verdade, é algo de que 
precisamos	ficar	sabendo	em	tempo	real.
Nos anos 50, foi pelo Repórter Esso e pelo O Globo no 
Ar que ouvi as notícias da morte de Francisco Alves, Getúlio 
Vargas, Carmen Miranda, James Dean e Oliver Hardy, o 
Gordo de O Gordo e o Magro. Infelizmente, nenhuma delas 
era boato.
Durante muito tempo, a divisão entre o rádio e seus 
ouvintes	era	mais	nítida.	Cada	qual	ficava	em	seu	lado	do	
dial, e isso parecia muito natural. As únicas possibilidades de 
um ouvinte se ouvir no rádio eram se fosse entrevistado na 
rua, telefonasse para pedir música ou cantasse no programa 
de calouros.
Hoje, principalmente nas rádios que só tocam notícia, 
não é mais assim. Os ouvintes são estimulados a participar 
da	programação,	telefonando	para	a	emissora	a	fim	de	dar	
notícias sobre o que está acontecendo no seu bairro ou rua. 
E, com isso, temos:
Há um tiroteio na Praça Seca, em Jacarepaguá. 
Vazamento de água da altura de um chafariz está inundando 
a Rua do Matoso, na Tijuca. Acidente envolvendo dois 
ônibus	 fechou	 uma	 pista	 da	 Avenida	 Brasil	 na	 altura	 de	
Bonsucesso.	Engarrafamento	na	ponte	Rio-Niterói	faz	com	
que a travessia sentido Rio esteja levando 23 minutos. E por 
aí vai. Só notícias chatas, desagradáveis. Gostaria de, um 
dia, ser acordado ao som de:
Garças sobrevoam a Lagoa. O Sol está nascendo de 
uma maneira incrível atrás da igreja da Penha. Há um ipê 
amarelo	 todo	 florido	 na	 Gávea.	 O	 mar	 está	 cristalino	 no	
Arpoador, dá até para ver os cardumes. Acabo de passar 
por um casal apaixonado se beijando numa praça do Grajaú.
Essas coisas também acontecem todo dia no Rio. Talvez 
por isso não sejam notícia.
CASTRO, Ruy. Folha de S.Paulo, 12 nov. 2019.
Ao tecer considerações sobre a presença do rádio em seu 
cotidiano, o cronista
A expressa seus temores de que o rádio, acompanhando 
o movimento das redes sociais, passe a ser divulgador 
das chamadas fake news.
B rememora uma época em que o rádio era mais interativo 
do que no presente, propiciando maior participação dos 
ouvintes.
C relaciona, com um tom de desaprovação, exemplos 
de hipotéticas notícias do tipo das que o rádio, na 
atualidade, veicula.
D considera positiva a participação dos ouvintes como 
contribuintes das notícias que os rádios veiculam.
E questiona o fato de que, no rádio, algumas notícias, 
ainda que agradáveis, acabam sendo vulgarizadas.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 9
Liberdade de imprensa implica responsabilidade. 
Quando atua dentro do limite da legalidade e de princípios 
éticos, a participação da imprensa na construção da 
democracia é fundamental e, nesse contexto, a liberdade de 
imprensa passa a ter um caráter preferencial entre os demais 
direitos constitucionais. Todavia, quando ocorre violação 
à dignidade da pessoa humana, o direito de informação 
e expressão continua a existir, porém despido do referido 
caráter preferencial.
LEAL, Magnólia Moreira; THOMAZI, Letícia Rossato. A liberdade de informação pela 
imprensa e o princípio constitucional da dignidade da pessoa humana. Disponível em: http://
coral.ufsm.br/congressodireito/anais/2012/12.pdf. Acesso em: 15 jan. 2020 (adaptado).
A leitura do fragmento acima enseja a compreensão de que, 
para as autoras, a liberdade de imprensa
A deve constituir, independentemente de quaisquer 
considerações limitadoras, o maior dos direitos de que 
dispõem todos os componentes da sociedade.
B rejeita a existência de imperativos legais de qualquer 
natureza,	 pois	 isso	 configuraria	 indesejável	 censura,	
própria dos espaços antidemocráticos.
C deve ser garantida à luz do princípio da relatividade, pois 
não deve abrigar notícias falsas ou matérias que violem a 
dignidade humana.
D deve estar sujeita a limitações, voltadas para os interesses 
maiores do Estado, verdadeiro guardião da democracia.
E independe	do	grau	de	responsabilidade	e	de	confiabilidade	
que	 mereçam	 os	 empresários	 e	 os	 profissionais	 da	
comunicação.
QUESTÃO 13
Foco na postura e mudança de hábitos são 
aliados na manutenção da saúde corporal
Inflamação,	 hérnia	 de	 disco,	 dor	 de	 cabeça	 e	 até	
dificuldade	 de	 aprendizagem.	 Problemas	 comuns	 e	 que	
podem ser evitados a partir de mudanças simples, mas 
que sem a atenção devida não são colocadas em prática. 
A postura correta no dia a dia é uma aliada e tanto para 
manter a boa saúde do corpo e da mente.
Usar um apoio ao passar as roupas, dormir com o 
travesseiro entre as pernas e olhar sempre para frente 
ao caminhar são algumas das recomendações dos 
especialistas. Porém, elas esbarram em um obstáculo: 
o hábito. É que o cérebro, acostumado a movimentos 
inadequados, precisa ser reeducado em cada atividade, até 
entender qual é a prática certa.
A observação atenta das formas e curvas do próprio 
corpo é uma boa maneira de notar incorreções na postura. 
Especialista	em	fisioterapia	esportiva	e	ortopédica,	Magda	
Rocha explica que o autoconhecimento é essencial. “A má 
postura causa dor, e as pessoas só dão importância a isso 
em função da resposta a esse incômodo. Mas o que elas 
não sabem é que o corpo não entende qual é a postura 
ideal. Ele cria padrões de comportamento”, ensina.
Segundo	a	profissional,	atitudes	como	mexer	no	celular	
durante uma caminhada pode estimular a coluna vertebral 
a	 ficar	 em	 posições	 inadequadas,	 o	 que	 compromete	 o	
funcionamento do organismo.
Outros sintomas também devem ser analisados. “É 
preciso estar atento a dores de cabeça por estar pisando 
errado, distúrbios do sono, alterações no humor por um 
desgaste físico muito grande. Às vezes, esse quadro 
indica a necessidade de procurar um especialista”, frisa a 
fisioterapeuta.
INÁCIO,	Bruno.	Foco	na	postura	e	mudança	de	hábitos	são	aliados	na	
manutenção da saúde corporal. Disponível em: www.hojeemdia.com.br/horizontes/
foco- na-postura-e-mudan%C3%A7a-de-h%C3%A1bitos-s%C3%A3o-aliados-
namanuten%C3%A7%C3%A3o-da-sa%C3%BAde-corporal-1.632889.	 
Acesso em: 15 jan. 2020.
Em	dado	momento	do	texto	acima,	aponta-se	uma	afirmação	
da especialista Magda Rocha, segundo a qual o corpo “cria 
padrões	de	comportamento”.	De	acordo	com	a	afirmação,	
entende-se que
A o corpo humano, ainda que não submetido a posições 
corretas no cotidiano de uma pessoa, acaba por lhe 
corrigir eventuais defeitos posturais.
B o nosso corpo traz em si, originalmente, padrões 
comportamentais que nos vão adaptando e corrigindo 
posturas inadequadas.
C posturas incorretas e repetidas no dia a dia do indivíduo 
acabam por ser assimiladas pelo corpo, gerando 
variados problemas físicos.
D somos levados, pelo corpo e seus padrões, a buscar 
posturas ideais, corrigindo, automaticamente, compor-
tamentos inadequados.
E cada corpo humano possui, na origem, padrões posturais 
que vão sendo aperfeiçoados ao longo da vida.
QUESTÃO 14
A	final	do	Mundial	de	Triatlo,	no	último	sábado	(17),	no	
México, mostrou ao mundo que vencer nem sempre é o mais 
importante. Foi essa a lição deixada pelos irmãos ingleses 
Jonny	Browniee	e	Alistar	Browniee.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 10
Jonny venceria a competição caso mantivesse o ritmo 
forte, mas ele estava exausto e quase desabou na pista a 
700 metros da linha de chegada. As pernas não respondiam 
mais e ele precisou se apoiar em uma pessoa à beira da 
pista.
Alistar vinha logo atrás, disputando a segunda posição 
com o sul-africano Henri Schoeman. Ele ultrapassou o 
irmão, mas não o deixou para atrás. Alistar apoiou Jonny 
em seu ombro e correram assim, lado a lado, até a linha de 
chegada.
Schoeman acabou vencendo a corrida, mas a cena 
que não vai sair da cabeça das pessoas é a deAlistar 
empurrando Jonny para que o irmão chegasse em segundo 
lugar, com ele terminando na terceira colocação. Depois da 
prova, Jonny foi levado para o hospital, onde os médicos 
disseram que ele havia sofrido desidratação.
“Foi	uma	reação	humana	natural”,	afirmou	Alistair.	 “Eu	
teria feito o mesmo por qualquer pessoa naquela situação”.
Disponível em: https://razoesparaacreditar.com/gentilezas/atleta-desiste-de-ganhar-
medalha-de-ouro-para-ajudar-seu-irmao-vencido-pelo-cansaco/. 
Acesso em: 15 jan. 2020.
O	 episódio	 descrito	 nessa	 notícia	 exemplifica	 atitude	 que	
mereceu aplausos do mundo esportivo. O fato, aliado à 
frase	 final	 de	Alistar	 Browniee,	 simboliza,	 em	 um	 sentido	
mais amplo,
A o primado da solidariedade sobre a competitividade.
B a prevalência dos laços familiares sobre os esportivos.
C a mínima importância do resultado em competições 
esportivas.
D a humanização de um ambiente marcado por 
egocentrismos.
E o desejo de divulgar o esporte, a partir de exemplo 
meritório.
QUESTÃO 15
Os grandes críticos de arte Mário Pedrosa e Mirko Lauer 
diziam que o artesanato era a arte do povo. Para ambos, a 
denominação “artesanato” se deve a preconceitos dos que 
insistem em ser intelectuais com a força do achismo, ou 
dos desinformados teimosos. Hoje, parece engraçado, todo 
mundo é artista visual, crítico de arte e curador.
Do ponto de vista estético, nem Pedrosa nem Mirko 
faziam distinção entre arte e artesanato. A questão do 
artesanato é a proposital reprodução do “molde” para que 
o produto seja mais acessível ao público. O material usado 
pelos artesões é o mesmo de um artista visual.
Muitos artistas e artesões transformam elementos 
encontrados na natureza em objetos artísticos. O barro vira 
cerâmica, madeiras e pedras se transformam em esculturas, 
pedaços de papel se transformam em cestas, vasos. 
O artesanato produz objetos artísticos e utilitários. Mesmo 
no utilitário há incursões artísticas inusitadas. Hoje em dia, 
em todos os estados brasileiros, encontramos uma produção 
diversificada,	 realizada	 com	 matérias-primas	 regionais	 e	
com técnicas muito especiais que variam de acordo com a 
cultura, o modo de vida desse povo e o material de maior 
abundancia na região. O artesanato vem desde o princípio 
da humanidade e sabe-se que nada é mais regional que o 
artesanato.
Identificador	 de	 origens,	 fruto	 expressivo	 de	 culturas	
e tradições, seja na repetição de formas ou peça única. 
Não	existe	um	critério	matemático/científico	para	 se	 julgar	
obras de arte e artesanato. Existem sinais e sintomas, que 
nos	 ajudam	 a,	 no	 mínimo,	 identificar	 valores.	 O	 principal	
é a originalidade, a essência, a marca autoral, e tanto 
o artesanato como a arte erudita têm esses princípios. 
Existem obras ditas artesanais muito mais criativas que a de 
artistas já “consagrados”. Os artistas materializam sonhos, 
os artesões também. [...]
A repetição causa perda do valor de mercado. Só você 
no mundo terá essa obra, mais ninguém. Privilégio de 
poucos. Na realidade, no aspecto estético, arte e artesanato 
são	iguais.	A	repetição	no	artesanato	também	pode	justificar	
a repetição da gravura, da escultura. O que de fato existe é 
um terrível preconceito em relação às artes populares, que 
o tempo vai resolver.
ROMERO, César. Disponível em: www.correio24horas.com.br/noticia/nid/existe-um-
terrivel-preconceito-em-relacao-as-artes-populares/. Acesso em: 15 jan. 2020 (adaptado).
Segundo o autor do texto acima, e considerados os 
posicionamentos nele citados, o artesanato, comparado à 
arte propriamente dita, deve ser tido como
A arte menor, porque desprovido de autenticidade e com 
valor inexpressivo no mercado.
B de menor originalidade, porque desprovido de marca 
autoral e calcado em procedimentos de repetição.
C manifestação da arte popular, fruto de culturas e 
tradições, que nada deixa a desejar, esteticamente, em 
relação à arte.
D sem valor artístico considerável, dadas as marcantes 
finalidades	utilitárias	que	justificam	seus	trabalhos.
E produção	 diversificada,	 refletindo	 valores	 culturais	
regionais, a que falta, no entanto, a criatividade da arte.
QUESTÃO 16
Grafite, a arte além dos 
muros do preconceito
O	grafite	interfere	na	leitura	dos	espaços	urbanos,	e	os	
grafiteiros	acreditam	que	seus	desenhos	possam	ser	vistos	
e interpretados por pessoas de qualquer segmento social. 
A	maioria	dos	grafites	 representa	algo	para	o	grafiteiro	ou	
para o mundo que o rodeia. É uma espécie de linguagem 
e necessidade básica do ser humano de se comunicar 
mediante	figuras	e	símbolos	por	meio	da	arte.	[...]
Muitas polêmicas giram em torno desse movimento 
artístico,	pois,	de	um	lado,	o	grafite	é	desempenhado	com	
qualidade artística e, de outro lado, não passa de poluição 
visual e vandalismo.
A pichação ou vandalismo é caracterizado pelo ato de 
escrever em muros, edifícios, monumentos e vias públicas, 
bem	 diferentes	 da	 arte	 de	 grafitar.	Os	materiais	 utilizados	
pelos	grafiteiros	vão	desde	as	tradicionais	latas	de	spray até 
o látex.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 11
No Acre, a visão sobre essa arte não é tão diferente das 
demais localidades. Ainda se vê um olhar preconceituoso 
e marginalizado. Porém, ela tem resistido ao pensamento 
retrógrado e às mentes pequenas. [...]
Matias	Souza	é	integrante	do	movimento	RB	Grafitti,	no	
Acre,	e	revela	os	desafios	encontrados	no	percurso	dessa	
arte.	Ele	considera	que	o	grafite	em	Rio	Branco	teve	muitos	
desafios.	O	primeiro	deles	foi	a	conscientização	de	que	era	
arte e não pichação. Matias reconhece que por décadas o 
grafiteiro	 era	 visto	 como	pichador,	 levando	as	pessoas	ao	
preconceito, que foi diminuindo com a presença e a ação 
de	 grafiteiros	 de	 outros	 estados	 no	 Acre,	 que	 vieram	 e	
compartilharam	suas	artes.	Para	ele,	hoje	o	grafite	está	no	
cenário nacional como um movimento, no qual as pessoas 
das grandes cidades reconhecem o Acre como um “celeiro 
de	artistas	grafiteiros”.	[...]
MELO,	Katiussi.	Grafite,	a	arte	além	dos	muros	do	preconceito.	Disponível	em:	https://
agencia.ac.gov.br/grafitti-a-arte-alem-dos-muros-do-preconceito/.	 
Acesso em: 27 out. 2019 (adaptado).
A	 propósito	 das	 produções	 que	 hoje	 cercam	 o	 grafite	 no	
Acre, o texto autoriza o entendimento de que o conceito de 
“celeiro	dos	artistas	grafiteiros”	se	justifica	porque
A diferentemente	 de	 outros	 estados	 do	 país,	 o	 grafite	
acreano não chegou a passar por um estágio de 
discriminação.
B a despeito do diminuto prestígio de que gozam as 
suas produções, não se percebeu, no espaço acreano, 
olhares depreciativos típicos de outros locais.
C o	 grafite	 se	 diferencia	 da	 mera	 pichação	 pelo	 olhar	
externo diferenciador que sobre ele se debruça no Acre, 
independentemente das intenções autorais.
D as produções artísticas vindas de outros espaços têm 
trazido contribuições para que se superem visões 
preconceituosas	sobre	o	grafite	acreano.
E desde o início, era de se prever, por suas características 
especiais, únicas, o reconhecimento do Acre como o 
berço	das	produções	grafiteiras.
QUESTÃO 17
Podcasts são uma série de episódios gravados em 
áudio e transmitidos on-line. Esses episódios podem ser 
gravados em diversos formatos, sendo que os mais comuns 
são entrevista entre convidado e apresentador e gravações 
individuais nas quais o apresentador comenta sobre um 
tema	específico.
De qualquer maneira, para qualquer formato, esses 
programas precisam obrigatoriamente de um tema e 
de alguém para realizar a apresentação (normalmente 
denominados hosts). Apesar de ser disponibilizado on-line, 
uma das suas características fundamentais é a possibilidade 
de realizar o download dos episódios para escutá-los até 
mesmo off-line.
Inclusive, a palavra “podcast” é resultado da junção das 
palavras “iPod”, referindo-se a que esse conteúdo é portátil, 
e “broadcast”, referindo-se a que a sua transmissão segue o 
mesmo modelo das transmissões via rádio.
Se ontem ler um artigo de cincominutos em um blog 
era algo muito mais acessível do que ler uma revista física, 
hoje, escutar esse mesmo conteúdo em áudio pode ser mais 
acessível do que uma leitura.
Estamos inseridos em um cenário no qual consumir 
está totalmente conectado com tecnologia, acessibilidade e 
praticidade. Dito isso, os podcasts surgem como uma opção 
que garante ao ouvinte a conexão com todos esses pontos.
Disponível em: https://rockcontent.com/blog/podcasts/. 
Acesso em: 15 jan. 2020 (adaptado)..
O podcast, gênero que se vem impondo no meio digital, 
apresenta	como	fatores	diferenciais	que	 justificam	a	sua	a	
aceitação o fato de
A ser obrigatoriamente apresentado ao vivo, em 
determinado momento.
B poder ser baixado e disponibilizado em horários 
predeterminados.
C não ser uma produção original, destinando-se a 
divulgação de trabalho alheio.
D exigir, para produzir efeitos, tecnologia de elevadíssimo 
grau	de	sofisticação.
E permitir ilimitada quantidade de ouvintes e absoluta 
flexibilidade	de	horários.
QUESTÃO 18
PIGNATARI,	Décio.	O	infinito	dos	seus	olhos.	Disponível	em:	http://poemassempressa.
blogspot.com/2012/03/poema-concreto.html. Acesso em: 22 nov. 2018.
As possibilidades de leitura oferecidas pela poesia 
concreta passam pela fuga aos padrões de leitura dos textos 
poéticos tradicionais. 
No	poema	acima	transcrito,	é	possível	identificar
A a ausência de elementos de pontuação, determinando 
um	único	significado.
B os elementos visuais dissociados dos verbais na 
construção	do	significado.
C o espaço em branco como elemento de desconstrução 
da linguagem verbal.
D a articulação do verbal e do não verbal, possibilitando a 
sua	plurissignificação.
E a sobreposição da imagem sobre o texto verbal, 
anulando-lhe o sentido.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 12
QUESTÃO 19
Recente levantamento do instituto de pesquisa Datafolha, 
encomendada	 pela	 ONG	 Fórum	 Brasileiro	 de	 Segurança	
Pública	 (FBSP)	para	avaliar	o	 impacto	da	violência	 contra	
as	mulheres	no	Brasil,	levou	a	diretora-executiva	do	Fórum,	
Samira	 Bueno,	 a	 questionar	 a	 existência	 de	 espaços	 em	
que a mulher possa se sentir efetivamente segura no país. 
A diretora respondeu, entre outras, às seguintes questões 
que lhe foram formuladas pelo site	 BBC	 News	 Brasil	 a	
propósito do assunto:
BBC News Brasil – A razão para isso é mais cultural ou 
relacionada a políticas públicas?
Samira Bueno – A origem é cultural. Podemos ter as 
melhores políticas públicas de punição a agressores, mas 
se elas não incorporarem uma perspectiva de prevenção, 
pensando em como é possível alterar normas sociais e 
culturais, não vamos resolver o problema.
Temos a Lei Maria da Penha, a alteração na lei do 
estupro, a lei do feminicídio, a de importunação sexual; 
são todas boas, mas a lei por si só não resolve o problema. 
O menino que vê o pai batendo na mãe vai bater na esposa; 
a menina que sofre violência sexual dentro de casa e muitas 
vezes nem sabe que aquilo é uma violência. Se ouvir falar 
sobre	isso	na	escola,	vai	identificar	que	talvez	ela	seja	vítima.
BBC News Brasil – Como a política pública pode 
intervir no aspecto cultural?
Samira Bueno – Agressores têm de ser presos, mas 
também têm de passar por processos que não ocorrem, mas 
deveriam,	como	os	grupos	reflexivos.	Eles	precisam	entender	
que aquilo é uma violência, repensar seu comportamento. 
Temos que levar às escolas um ensino de igualdade de 
gênero, do que é a violência. No caso da violência doméstica, 
o homem vai repetir esse comportamento. É um padrão que 
precisa ser rompido.
A gente pode apostar na prisão como punição que vai 
alterar isso, mas sabemos que, se a ameaça de prisão fosse 
uma forma de evitar que as pessoas cometessem crimes 
no	Brasil,	estaríamos	numa	situação	melhor,	pois	 temos	a	
terceira maior população carcerária do mundo. Temos a lei 
do estupro há dez anos, mas não temos menos estupros 
por isso. O mesmo vale para a lei de drogas. Legislação 
é um instrumento importante, mas por si só, não resolve o 
problema.
Disponível em: www.bbc.com/portuguese/brasil-47365503. Acesso em: 12 dez. 2019.
Com relação ao aspecto cultural que envolve a questão, a 
entrevistada externou sua posição, segundo a qual 
A é preciso acrescer outros dispositivos legais ao conjunto 
de leis que, no país, já regulam a matéria, ainda que 
muitas delas sejam positivas.
B é necessário, independentemente da eventual prisão 
dos agressores, o estabelecimento de mecanismos 
sociais	que	os	levem	à	reflexão	de	seus	atos.
C a reprodução, no ambiente doméstico, de ações de 
violência contra a mulher deve ser limitada com ações 
mais efetivas voltadas para a punibilidade.
D a elevação do número de casos de estupro e de uso de 
drogas	serve	de	exemplo	para	justificar	a	necessidade	
de uma legislação mais rígida.
E medidas punitivas, como a prisão, devem ser abolidas 
no caso de agressão às mulheres, uma vez que não 
vêm dando resultado.
QUESTÃO 20
Disponível em: http://blogdastirinhas.blogspot.com/2010/08/hagar-n-10-ao-23.html. Acesso em: 13 mar. 2011.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 13
Na pequena narrativa que constitui a tira anterior, é possível 
reconhecer, como elementos da coesão nas falas de Hagar,
A uma pergunta inicial feita diretamente ao Eddie Sortudo, 
na qual o emprego do demonstrativo “essa” revela a 
aprovação de Hagar ao uso do apito.
B uma série de perguntas que, na realidade, pretendem 
levar Eddie Sortudo a valorizar a compra por ele 
efetuada.
C o uso reiterado do demonstrativo “isso”, com valor 
catafórico, sempre antecipando a menção ao objeto 
comprado por Eddie.
D o emprego da conjunção adversativa “mas”, estabe-
lecendo a contradição entre a compra do apito e a sua 
finalidade.
E o uso do elemento conector “então”, que introduz uma 
explicação para a compra efetuada.
QUESTÃO 21
Todo dia nos deparamos com uma notícia diferente 
que envolve tecnologia e suas contribuições para avanços 
de outras áreas. Todo dia, também com esses avanços, 
contribuímos para certa preocupação e ansiedade nos 
jovens que estão iniciando a carreira. No que esses avanços 
podem	 impactar	 seus	 futuros?	 Bom,	 os	 jovens	 que	 têm	
acesso a recursos e à educação de qualidade conseguem 
ingressar nesse tipo de discussão e provocação que faço 
neste parágrafo. Mas e os jovens marginalizados pela 
sociedade, qual a perspectiva deles em relação a esse 
debate? Como a tecnologia chega neles? Ela chega? [...]
As escolas públicas não têm, em sua maioria, recursos 
e espaços que promovam discussão acerca da utilização da 
tecnologia para soluções que impactem uma comunidade, 
mas dentro das periferias tem se criado um movimento 
incrível de troca de conhecimento nessa área.
O jovem que consegue atravessar a rede social e 
entender conceitos como algoritmos e programação tem 
tentado ensinar e colocar outros jovens de periferia no 
mercado. Perifa Code e Tecnogueto são alguns desses 
exemplos. Jovens como William Oliveira e Rodrigo Ribeiro, 
que conseguiram aprender e estão voando na área de 
tecnologia, criaram esses dois projetos que ensinam a 
jovens da periferia conceitos de programação e ajudam no 
direcionamento deles dentro do mercado.
Esses jovens estão conseguindo ser líderes de suas 
famílias utilizando a programação. Logo, essa ferramenta 
não só impacta a sociedade como muda economicamente a 
estrutura de uma família. [...]
HORA, Nina da. Folha de S.Paulo.
No primeiro parágrafo do fragmento transcrito, Nina da Hora 
formula algumas perguntas sobre o alcance da tecnologia 
pelos jovens socialmente marginalizados, da periferia. 
O desenvolvimento do texto permite o entendimento de que, 
na visão da autora,
A é impossível a vinculação entre esses jovens e a 
tecnologia, dada a carência dos recursos disponíveis no 
ensino público.
B o ensino público vem empreendendo projetos que estão 
permitindo ao jovem menos favorecido socialmente a 
igualdade de acesso à tecnologia.
C é	 viável,	 apesar	 de	 todas	 as	 dificuldades,que	 tais	
jovens	 consigam	beneficiar-se	 da	 tecnologia	 por	meio	
de projetos desenvolvidos na própria periferia.
D é a família, e não a escola ou outras entidades 
educacionais, quem deve propiciar aos jovens o acesso 
à tecnologia.
E as necessidades do mercado acabarão por absorver 
todos os jovens, em função dos previsíveis progressos 
da tecnologia.
QUESTÃO 22
Texto I
É	uma	coisa	bastante	uniforme	a	espécie	humana.	Boa	parte	dela	passa	seus	dias	trabalhando	para	viver,	e	o	poucochinho	
de tempo livre que lhe resta pesa-lhe tanto que busca todos os meios possíveis para livrar-se dele. Oh, destino dos homens!
GOETHE, Johanm Wolfgang Von. Os sofrimentos do jovem Werther. Porto Alegre: L&PM, 2001.
Texto II
Disponível	em:	https://br.pinterest.com/pin/429671620689812599/?lp=true.	Acesso	em:	15	jan.	2020.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 14
Os dois textos, a despeito de terem sido produzidos em 
diferentes momentos e com distintos recursos expressivos, 
dialogam quanto à mensagem pretendida, com um possível 
sentido que pode ser sintetizado na necessidade de o 
homem utilizar parte do seu tempo para
A valorizar sua qualidade de vida.
B aprimorar aspectos tecnológicos.
C aproveitar-se do dinamismo da atualidade. 
D retornar a valores consagrados do passado. 
E preparar-se para as conquistas do futuro.
QUESTÃO 23
Descobrimento
Abancado à escrivaninha em São Paulo 
Na minha casa da rua Lopes Chaves 
De supetão senti um friúme por dentro. 
Fiquei trêmulo, muito comovido
Com o livro palerma olhando pra mim.
Não vê que me lembrei que lá no Norte, meu Deus! 
muito longe de mim
Na escuridão ativa da noite que caiu
Um homem pálido magro de cabelo escorrendo nos 
 [olhos, 
Depois de fazer uma pele com a borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu.
ANDRADE, Mário de. Descobrimento (Dois poemas acreanos). 
In: ANDRADE, Mário de. Poesias completas.	Belo	Horizonte:	Itatiaia,	1980.
O poema “Descobrimento”, publicado em 1927, se insere no 
contexto	literário	da	primeira	fase	do	Modernismo	no	Brasil,	
que se iniciou em 1922, com a Semana de Arte Moderna.
É possível perceber, nesses versos, um ideário que encerra
A a renovação do sentimento dos românticos da primeira 
geração,	com	a	exaltação	ufanista	das	coisas	do	Brasil.
B a	afirmação	do	sentimento	de	 identidade	nacional	e	a	
problematização do problema social da desigualdade.
C um compromisso com a renovação estética no plano 
estritamente formal, com a manutenção do viés 
nacionalista	firmado	pela	tradição.
D a	 enfática	 glorificação	 do	 nosso	 sentimento	 nativista	
e o consequente repúdio a todo e qualquer valor do 
estrangeiro.
E a aceitação do “adormecimento” da memória nacional, 
visto como peculiaridade consagrada em nossa tradição 
literária.
QUESTÃO 24
Admirável expressão que faz 
o poeta de seu atencioso silêncio
Largo em sentir, em respirar sucinto, 
Peno,	e	calo,	tão	fino,	e	tão	lento,	
Que fazendo disfarce do tormento,
Mostro que o não padeço, e sei que o sinto.
O mal, que fora encubro, ou me desminto, 
Dentro no coração é que o sustento:
Com que, para penar é sentimento, 
Para não se entender, é labirinto.
Ninguém sufoca a voz nos seus retiros; 
Da tempestade é o estrondo efeito:
Lá tem ecos a terra, o mar suspiros.
Mas oh do meu segredo alto conceito! 
Pois não chegam a vir à boca os tiros 
Dos combates que vão dentro no peito.
MATOS, Gregório. Admirável expressão que faz o poeta de seu atencioso silêncio.
Disponível em: https://pt.wikisource.org/wiki/Largo_em_sentir,_em_respirar_sucinto. 
Acesso em: 15 jan. 2020.
Gregório de Matos é, seguramente, a maior expressão lírica 
do	 movimento	 Barroco.	 No	 poema	 acima	 transcrito,	 o	 eu	
lírico	deixa	transparecer,	fiel	aos	princípios	desse	movimento	
artístico,
A o equilíbrio existencial, expresso, por exemplo, nos 
adjetivos “largo” e “sucinto”, que compõem o verso 
inicial.
B um	 sentimento	 voltado	 para	 a	 ausência	 de	 conflitos,	
ao	afirmar,	no	fim	da	primeira	estrofe,	que	não	padece	
tormentos.
C uma visão do mundo contraditória, antitética, marcada 
pela oposição entre a essência e a aparência.
D a calma de um interior despido de angústias, já 
antecipada na menção, no título do poema, a um 
“atencioso silêncio”.
E a convicção de que sempre é possível superar, no mais 
recôndito do ser, aparentes tormentas do espírito.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 15
QUESTÃO 25
Soneto
Quando cheios de gosto, e de alegria 
Estes	campos	diviso	florescentes,	
Então me vêm as lágrimas ardentes 
Com mais ânsia, mais dor, mais agonia.
Aquele mesmo objeto, que desvia
Do humano peito as mágoas inclementes, 
Esse mesmo em imagens diferentes
Toda	a	minha	tristeza	desafia.
Se	das	flores	a	bela	contextura	
Esmalta o campo na melhor fragrância, 
Para dar uma ideia de ventura;
Como, ó Céus, para os ver terei constância,
Se	cada	flor	me	lembra	a	formosura
Da bela causadora de minha ânsia?
Claudio Manuel da Costa
Um	 dos	 pilares	 do	 Arcadismo	 no	 Brasil,	 Claudio	 Manuel	
da Costa apresenta, em muitos de seus poemas, 
características que o diferenciam dos demais árcades. 
O	poema	aqui	transcrito	exemplifica,	no	tratamento	temático,	
essa distinção,
A ao colocar em destaque a valorização dos elementos 
vinculados à natureza.
B ao aproximar-se da estética barroca, com a expressão 
do	conflito	existencial.
C ao exprimir a preponderância da produção poética nos 
valores religiosos.
D ao	 identificar	o	estado	de	espírito	do	eu	 lírico	 com	as	
virtudes do campo.
E ao enunciar claro contraste entre as vantagens do 
campo e as agruras da cidade.
QUESTÃO 26
Muitas investigações de responsabilidade da Unesco 
preconizam a educação para todos, assentada em princípios 
de direito e não de caridade, igualdade de oportunidades e 
não de discriminação, promoção de sucesso de todos e de 
cada um.
A educação inclusiva pressupõe escola aberta para 
todos, ambiente em que todos aprendem juntos, quaisquer 
que	sejam	as	suas	dificuldades.
Primeiramente, a escola tem que cumprir essa 
prerrogativa como uma sociedade democrática na qual a 
justiça, o respeito pelo outro e a equidade sejam princípios 
para uma escola inclusiva.
A partir do todo, as partes, ou seja, os professores, 
poderão ter uma autonomia de inserir no contexto 
escolar a diversidade humana. Isso inclui desde os mais 
desfavorecidos	até	os	que	apresentam	deficiências	graves.	
[...]
Nesse contexto, todas as disciplinas e, em especial, a 
Educação Física passam do processo de exclusão para um 
de inclusão.
Em especial a Educação Física porque ela nasceu de 
uma visão homogeneizada na busca do rendimento e da 
competição. Quem não atingia a performance esperada 
ou	 não	 se	 enquadrava	 no	 perfil	 físico	 almejado	 pelos	
educadores eram excluídos da prática. [...]
Mas hoje, dentro do contexto escolar, já estamos 
acompanhando a educação inclusiva na qual os alunos 
participam, tendo ou não necessidades especiais, da mesma 
atividade.
Assim, a busca pelo ensino inclusivo na Educação Física 
é feita aceitando a heterogeneidade da classe e trabalhando 
sobre ela. [...]
E a Educação Física é uma das melhores disciplinas 
no ambiente escolar, pois por meio de atividades e jogos 
lúdicos promove a interação de todos os alunos e cria 
oportunidades	para	os	deficientes	mostrarem	que	 também	
são capazes de evoluir em conjunto.
Disponível	em:	https://blogeducacaofisica.com.br/inclusao-na-educacao-fisica/.	 
Acesso em: 15 jan. 2020 (adaptado).
O texto anterior, ao tratar das atividades de Educação 
Física como componentes do processo educativo, enseja 
inferência de que
A os alunos, nas aulas de Educação Física, devem 
adaptar-se a normas preestabelecidas pela tradição.
B o fundamento das aulas de Educação Física deve ser a 
busca de um maior rendimento do esporte.
C os alunos com necessidades especiais devem participar 
das aulas sem distinção quanto aos demais colegas.
D ao professor cabe consideraras heterogeneidades 
acaso	existentes	como	razão	suficiente	para	programar	
atividades	por	grupo	específicos.
E devem continuar a nortear os fundamentos da Educação 
Física os princípios voltados para a competição e a 
busca dos melhores.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 16
QUESTÃO 27
Mal dormira! Erguera-se de manhã muito cedo para 
lhe jurar que estava louco, e que punha a sua vida aos pés 
dela. Compusera aquela prosa na véspera, no Grêmio, às 
três horas, depois de alguns robbers de whist, um bife, dois 
copos de cerveja e uma leitura preguiçosa da Ilustração. E 
terminava, exclamando: — “Que outros desejem a fortuna, 
a glória, as honras, eu desejo-te a ti! Só a ti, minha pomba, 
porque tu és o único laço que me prende à vida, e se amanhã 
perdesse o teu amor, juro-te que punha um termo, com uma 
boa bala, a esta existência inútil!” – Pedira mais cerveja, e 
levara a carta para a fechar em casa, num envelope com o 
seu monograma, “porque sempre fazia mais efeito”.
E Luísa tinha suspirado, tinha beijado o papel devo-
tamente! Era a primeira vez que lhe escreviam aquelas 
sentimentalidades, e o seu orgulho dilatava-se ao calor 
amoroso que saía delas, como um corpo ressequido que se 
estira num banho tépido; sentia um acréscimo de estima por 
si	mesma,	e	parecia-lhe	que	entrava	enfim	numa	existência	
superiormente interessante, onde cada hora tinha o seu 
encanto diferente, cada passo conduzia a um êxtase, e a 
alma se cobria de um luxo radioso de sensações!
Ergueu-se de um salto, passou rapidamente um roupão, 
veio levantar os transparentes da janela. Que linda manhã! 
Era	um	daqueles	dias	do	fim	de	agosto	em	que	o	estio	faz	
uma pausa; há prematuramente, no calor e na luz, uma certa 
tranquilidade outonal; o sol cai largo, resplandecente, mas 
pousa de leve; o ar não tem o embaciado canicular, e o azul 
muito alto reluz com uma nitidez lavada; respira-se mais 
livremente; e já se não vê na gente que passa o abatimento 
mole da calma enfraquecedora.
QUEIRÓS, Eça de. O primo Basílio. 15. ed. São Paulo: Ática, 1994.
No fragmento acima, de livro do escritor português Eça de 
Queirós, o narrador descreve as sensações da personagem 
Luísa ao receber uma carta de Jorge, de quem se tornaria 
amante. Antes, detalha aspectos da construção da 
mensagem por parte de Jorge.
Considerando-se que Eça de Queirós é um dos maiores 
escritores do Realismo em Portugal, pode-se inferir, no texto,
A a reverência que Eça presta aos valores do ideário 
romântico, retratados nos hiperbólicos sentimentos 
externados por Luísa.
B uma crítica sutil aos valores tradicionais românticos, 
expressa nos elementos contextuais que cercaram o 
personagem Jorge quando da feitura da carta.
C a	 apresentação	 de	 um	 perfil	 feminino	 que	 antecipa	 o	
estereótipo realista, marcado por objetividade e negação 
de idealizações.
D um	perfil	 tipicamente	romântico	do	personagem	Jorge,	
com a integração, ao seu discurso, de elementos como 
o bife, a cerveja e o monograma.
E os elementos da natureza apresentados em dissonância 
com o estado de espírito de Luísa, como convém ao 
Realismo.
QUESTÃO 28
Seu metaléxico
economiopia
desenvolvimentir 
utopiada 
consumidoidos 
patriotários
suicidadãos
PAES, José Paulo. Poesia completa. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.
Os vocábulos “inventados” por José Paulo Paes no poema 
acima, escrito em 1973, constituem, em processos de 
aglutinação, um mosaico de palavras cuja sequência, com 
ironia, conduz o leitor a um desfecho trágico. É possível 
inferir que, entre os objetivos pretendidos pelo autor com 
esses neologismos, quando da elaboração do poema, 
estava presente, criticamente, o reconhecimento 
A da justa exaltação do progresso social, motivado por 
atores econômicos.
B da necessidade permanente de se cultivarem sonhos e 
aspirações.
C da pujança do léxico português como organismo vivo e 
criativo.
D da possibilidade de manipulação das pessoas pelos 
agentes políticos.
E da evolução dos modernos sistemas de informação e 
comunicação.
QUESTÃO 29
[...] Dançar-se noites e noites!... Levado por tais 
considerações ia esquecendo os meus próprios interesses. 
Pus-me a ler o jornal, os anúncios de “precisa-se”. Dentre 
eles, um pareceu-me aceitável. Tratava-se de um rapaz, de 
conduta	afiançada	para	acompanhar	um	cesto	de	pão.	Era	
nas Laranjeiras. Estava resolvido a aceitar; trabalharia um ano 
ou	mais;	guardaria	dinheiro	suficiente	que	me	desse	tempo	
para pleitear mais tarde um lugar melhor. Não havia nada 
que me impedisse: eu era desconhecido, sem família, sem 
origens. Que mal havia? Mais tarde, se chegasse a alguma 
coisa, não me envergonharia, por certo?! Fui, contente 
até. Falei ao gordo proprietário do estabelecimento. Não 
me recordo mais das suas feições, mas tenho na memória 
as suas grandes mãos com um enorme “solitário” e o seu 
alentado corpo de arrobas. — Foi o senhor que anunciou 
um rapaz para. Foi; é o senhor? respondeu-me logo sem me 
dar tempo de acabar. — Sou, pois não. O gordo proprietário 
esteve um instante a considerar, agitou os pequenos olhos 
perdidos no grande rosto, examinou-me convenientemente 
e	 disse	 por	 fim,	 voltando-me	 as	 costas	 com	 mau	 humor:	
Não me serve. — Por quê? atrevi-me eu. — Porque não me 
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 17
serve. E veio vagarosamente até uma das portas da rua, 
enquanto eu saía literalmente esmagado. Naquela recusa 
do padeiro em me admitir, eu descobria uma espécie de sítio 
posto à minha vida. Sendo obrigado a trabalhar, o trabalho 
era-me	 recusado	 em	 nome	 de	 sentimentos	 injustificáveis.	
[...] Era uma desigualdade absurda, estúpida, contra a qual 
se iam quebrar o meu pensamento angustiado e os meus 
sentimentos liberais que não podiam acusar particularmente 
o padeiro. Que diabo! eu oferecia-me, ele não queria! que 
havia nisso demais? Era uma simples manifestação de um 
sentimento geral e era contra esse sentimento, aos poucos 
descoberto por mim, que eu me revoltava. Vim descendo a 
rua, e perdendo-me aos poucos no meu próprio raciocínio. 
Preliminarmente descobria-lhe absurdos, voltava ao interior, 
misturava os dois, embrulhava-me. No Largo do Machado, 
contemplei durante momentos aquela igreja de frontão 
grego e colunas dóricas e tive a sensação de estar em país 
estrangeiro. [...]
BARRETO,	L.	Recordações do escrivão Isaías Caminha. 
São Paulo: Ática, 3. ed., 1994.
O narrador-personagem, Isaías, que compõe o título, é um 
afrodescendente à procura de emprego no Rio de Janeiro.
A “sensação de estar em país estrangeiro” a que ele se 
refere decorre de um sentimento experimentado – e muito 
presente	na	obra	de	Lima	Barreto	como	um	todo	–,	ligado
A a uma percepção de que os elementos arquitetônicos 
e	urbanísticos	então	verificados	eram	diferentes	dos	de	
sua terra de origem.
B ao reconhecimento da existência de preconceitos e 
discriminações que percebia estender-se de uma forma 
geral à sociedade.
C às	 dificuldades	 enfrentadas	 no	 mercado	 de	 trabalho,	
fruto de razões econômicas que o país enfrentava na 
oportunidade.
D ao seu temperamento liberal que, quando reconhecido 
pelos de ideologia conservadora, constituía um entrave 
ao êxito social.
E à vergonha que sentia de sua origem humilde e à 
vontade de alcançar, pelo trabalho, a aceitação das 
invejadas elites sociais.
QUESTÃO 30
Afirmar	que	ao	jovem	pobre	só	resta	o	caminho	do	crime	
ou da cultura é o mesmo que corroborar a ideia de que todo 
negro só tem talento para o futebol ou para o samba. É curioso 
notar como as representações culturais assumem papéis 
diversificados	 dependendo	 da	 classe	 em	 que	 atua.	 Nos	
setores mais abastados, o envolvimento com a arte é visto 
como uma possibilidade para o desenvolvimento humano e 
para o estímulo de talentos até então desconhecidos. Já nas 
classes mais pobres, a arte é vista como salvacionista, como 
a única forma de se refutar o caminho do crime. Não há no 
funk e no hip-hop o desejo de serem representantes de uma 
nação homogênea,mas justamente o contrário: a intenção 
é mostrar a existência de diversos brasis, que convivem 
sim com as experiências da violência urbana, cada um a 
seu modo. A necessidade é chamar a atenção para os fatos 
específicos	 que	 não	 correspondem	 à	 amplitude	 do	 seu	
estado, muito menos do seu país, mas o que ocorre no seu 
bairro, ali na esquina de sua rua. Se o samba anuncia a união 
entre as comunidades, o funk e o hip-hop reforçam que hoje 
essa união se não é inexistente, está comprometida por uma 
série	de	fissuras.
Disponível em: www.cult.ufba.br/enecul2006/gustavo_souza.pd. 
 Acesso em: 15 jan. 2020.
No texto acima, que versa sobre a arte e a sua presença na 
sociedade, o funk ou o hip-hop são considerados
A equivalentes ao samba, quanto aos seus propósitos de 
busca de uma identidade nacional.
B símbolos	 exemplificativos	 da	 violência	 que	 assola	 as	
comunidades menos favorecidas no espaço brasileiro.
C possibilidades sempre presentes da descoberta, pelos 
organismos culturais, de talentosos valores artísticos.
D afirmações	 da	 mais	 autêntica	 brasilidade,	 por	
representarem a verdadeira realidade urbana brasileira.
E manifestações reveladoras de uma realidade social 
marcada por distintas situações de violência.
QUESTÃO 31
Enfim,	Senhor,	despojados	os	templos	e	derrubados	os	
altares,	acabar-se-á	no	Brasil	a	cristandade	católica;	acabar-
-se-á o culto divino, nascerá erva nas igrejas, como nos 
campos; não haverá quem entre nelas. Passará um dia de 
Natal, e não haverá memória de vosso nascimento; passará 
a Quaresma e a Semana Santa, e não se celebrarão os 
mistérios de vossa Paixão. Chorarão as pedras das ruas 
como diz Jeremias que choravam as de Jerusalém destruída: 
chorarão as ruas de Sião, porque não há quem venha à 
solenidade. Ver-se-ão ermas e solitárias, e que as não pisa 
a	devoção	dos	fiéis,	como	costumava	em	semelhantes	dias.
Disponível em: http://bocc.ubi.pt/pag/vieira-antonio-contra-armas-holanda.html. 
 Acesso em: 15 jan. 2020.
O texto anterior é um fragmento do “Sermão pelo bom 
sucesso das armas de Portugal contra as da Holanda”, 
relacionando-se	 à	 invasão	 holandesa	 no	 Brasil,	 em	 1640.	
Nele, o orador dirige-se a Deus, prenunciando a derrocada 
da	religião	católica	em	terras	brasileiras,	caso	o	Brasil	fosse	
entregue aos holandeses.
Dentre os elementos que conferem coesão ao texto, é 
possível reconhecer
A no vocábulo que dá início ao fragmento, o valor 
significativo	de	concessão,	equivalente	a	“portanto”.
B o emprego dos particípios “despojados” e “derrubados”, 
com a ideia de consequência em relação ao contido nas 
orações com o verbo “acabar”.
C o valor meramente aditivo conferido à conjunção “e”, na 
oração “e não haverá memória de vosso nascimento”.
D a oração “Chorarão as pedras das ruas” atribuindo 
ações	de	seres	animados	a	seres	inanimados,	em	figura	
denominada hipérbole.
E em “como diz Jeremias que choravam as de Jerusalém 
destruída”, o valor anafórico do pronome “as”, 
recuperando o nome “pedras”.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 18
QUESTÃO 32
Texto I
Cota zero
Stop.
A vida parou
ou foi o automóvel?
ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra completa. 2. ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.
Texto II
Sinal de apito
Um silvo breve: atenção, siga.
Dois silvos breves: pare.
Um silvo breve à noite: acende a lanterna.
Um silvo longo: diminua a marcha.
Um silvo longo e breve: motorista a postos.
(A este sinal todos os motoristas tomam lugar nos
[seus veículos para movimentá-los imediatamente.)
ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra completa. 2. ed. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1967.
Os dois poemas acima integram o livro Alguma poesia, de 
Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1930. Ambos 
se aproximam quanto à temática, voltada para a presença 
crescente do automóvel nas cidades, símbolo do capitalismo 
industrial que então se impunha. De certa forma, os dois 
textos se vinculam, podendo o segundo ser visto como uma 
explicitação	 do	 significado	 atribuível	 ao	 primeiro.	 Nesse	
sentido,
A ambos	 os	 poemas	 reafirmam	 a	 visão	 futurista	 de	
Marinetti, segundo a qual “um automóvel rugidor, que 
correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de 
Samotrácia”.
B o poema que constitui o texto I instaura uma dúvida, mas 
resolve-a apontando para a vida como algo que se opõe 
ao	automóvel,	que,	parado,	remete	aos	significados	de	
limitação, perda.
C no texto II, constrói-se, no quinto verso, com a construção 
“um silvo longo e breve”, um paradoxo, tangenciando 
crítica social voltada para a submissão do homem a 
comandos sem sentido.
D no texto II, os versos se constroem como em uma linha 
de montagem do processo de produção do fordismo, 
fundamentado na padronização, em clara reverência de 
Drummond aos progressos do capitalismo.
E no texto I, o automóvel, máquina ícone da modernidade 
trazida pela industrialização, é colocado no mesmo plano 
do homem, em um desejável processo de comunhão 
com vistas ao progresso.
QUESTÃO 33
Dança e espectadores formam uma unidade; ambos 
são ao mesmo tempo objeto e sujeito de um processo 
interacional no qual a consciência de cada um dos atores 
sociais envolve necessariamente o outro. Na percepção, a 
consciência se coloca como uma intencionalidade doadora 
de sentido.
Para que exista a dança, é preciso haver movimento 
e imobilidade. Não obstante, é preciso também tradição 
e transmissão, o que implica identidade e memória, como 
assinala Mauss. A complementaridade de movimento e 
não movimento é que sustenta a dança, que possibilita 
alguma comunicação não verbal e faz distinguir movimento 
cotidiano dos movimentos chamados de dança, fruto do 
desenvolvimento de técnicas corporais extracotidianas.
O gesto/movimento na dança não cumpre uma 
função, não assume uma tarefa útil, instrumental. Assume 
um papel estético, simbólico e intencional, certamente. 
Seu compromisso não é, então, com a utilidade, e, sim, 
com a arte, com a poiesis, ou seja, com o fazer inspirado, 
diferenciado e que tanto pode entreter quanto levar a uma 
reflexão	ou	estranhamento.
O	 entretenimento	 ou	 a	 reflexão	 vai	 depender	 da	
percepção que o público tiver da dança cênica. E essa 
percepção	 doa	 sentido,	 atribui	 sentido	 e	 significados	
polissêmicos. O movimento, embora transitório, será alvo de 
distintas percepções. E tanto movimento quanto percepções 
são consequências de experiências anteriores portadas por 
quem se mexe ou permanece parado e por quem assiste à 
movimentação dançada.
OLIVEIRA, Denise da Costa; SIQUEIRA, Euler David de. O corpo que dança: 
percepção, consciência e comunicação. Disponível em: https://www.e-publicacoes.
uerj.br/index.php/logos/article/view/14675/11143. Acesso em: 14 maio 2020.
No texto acima, a dança é apresentada pelos autores como
A manifestação individual, na qual cada movimento 
traduz-se como uma atitude típica do dançarino.
B fundamentada unicamente na tensão entre movimento 
e imobilidade, que se complementam.
C arte que se opõe à percepção dos espectadores quanto 
à atribuição de sentidos.
D linguagem artística que cumpre função preponde-
rantemente lúdica em relação aos espectadores.
E atividade artística cuja realização pode provocar ações 
reflexivas	ou	de	entretenimento	dos	espectadores
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 19
QUESTÃO 34
Walt Disney criou o personagem Joe Carioca – que aqui 
virou	José	Carioca,	vulgo	Zé	–	em	1943,	para	o	filme	Alô, 
amigos, que, além de mostrar o personagem circulando pelo 
Rio de Janeiro, tinha em sua trilha sonora preciosidades 
como	 “Aquarela	 do	 Brasil”	 e	 “Tico-Tico	 no	 fubá”.	 Toda	
essa bajulação dos estúdios Disney tinha um propósito: 
conquistar a simpatia do governo brasileiro para que ele 
apoiasse os Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. 
Mas aconteceu mais do que isso: o personagem sobreviveu 
à guerra e ganhou revista própria.
Quem é Zé Carioca? Um sujeito folgado, malandro, 
golpista, alérgico a trabalho, que passa cheques sem fundo, 
foge de cobradorese paquera todas as mulheres. Será que 
era essa a visão que a Disney tinha de nós, habitantes de 
um longínquo país latino-americano? Consta que na versão 
original criada pelos gringos, Zé Carioca não era tão gaiato 
assim. Mas aconteceu mais do que isso, foram os próprios 
desenhistas e redatores brasileiros, quando começaram a 
editá-lo aqui. E acertaram na mosca, porque o personagem 
passou a ser um dos mais populares do grande elenco que 
compunha os gibis. Fosse um Zé Certinho, encalharia nas 
bancas.
Caricatura	 à	 parte,	 quem	 é,	 afinal,	 essa	 entidade,	 o	
carioca?	Quem	são	os	Zés,	Betos	e	Suélens	Cariocas,	que	
circulam pelas ruas e morros, que trabalham e sambam no 
pé, que contam piadas e fogem de balas perdidas?
Carioca virou um adjetivo. Ela é carioca, portanto, bonita, 
sensual, alegre, festiva, musa. E ele? É carioca também, 
mas a condescendência é menor. Há quem diga que eles, os 
rapazes,	são	bons	de	futebol,	mas	ruins	de	escritório.	Bons	
de chope, mas ruins de segunda-feira. E assim o resto do 
país	vai	mitificando	esses	boas-vidas,	sem	deixar	de	invejá-
-los, é claro. [...]
Adriana Calcanhoto, que é gaúcha, chegou bem perto 
da essência dessa turma, e fechou a questão na música que 
compôs para homenagear os habitantes do Rio. Diz a letra: 
“Cariocas não gostam de sinal fechado.” Se entendermos por 
fechado tudo o que é rígido, tudo o que impede a passagem, 
então a frase é perfeita. Abram alas para os cariocas do 
nosso imaginário e para os cariocas que ultrapassam nossa 
imaginação, para os Zés dos quadrinhos e para todos os 
outros que não são enquadráveis, cultivemos esses seres 
mitológicos que podem até ser irreais, mas que tornam o 
nosso país bem mais adorável.
MEDEIROS, Martha. O Globo, Rev. de Domingo, 20 jan. 2008.
Mais de uma década separa, do momento atual, a data 
desses fragmentos de uma crônica de Martha Medeiros. 
Muita coisa aconteceu de lá para cá, mas a esperança é que 
as palavras da cronista, favoráveis ao povo carioca, jamais 
percam o seu sentido.
Ao	traçar	certo	perfil	do	carioca,	Martha	vale-se	da	citação	
de um verso de Adriana Calcanhoto para admitir que ele 
se aproxima bem da essência do povo do Rio, para o qual 
caberia, nesse caso, o adjetivo
A instável.
B descontraído.
C acolhedor.
D desorientado.
E insubmisso.
QUESTÃO 35
Texto I
Vivia longe dos homens, só se dava bem com animais. 
Os seus pés duros quebravam espinhos e não sentiam a 
quentura da terra. Montado, confundia-se com o cavalo, 
grudava-se a ele. E falava uma linguagem cantada, 
monossilábica e gutural, que o companheiro entendia. A pé, 
não se aguentava bem. Pendia para um lado, para o outro 
lado, cambaio, torto e feio. Às vezes utilizava nas relações 
com as pessoas a mesma língua com que se dirigia aos 
brutos – exclamações, onomatopeias. Na verdade falava 
pouco. Admirava as palavras compridas e difíceis da gente 
da cidade, tentava reproduzir algumas, em vão, mas sabia 
que elas eram inúteis e talvez perigosas.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 63. ed. São Paulo: Record, 1992.
Texto II
Uma angústia apertou-lhe o pequeno coração. 
Precisava vigiar cabras: àquela hora cheiros de suçuarana 
deviam andar pelas ribanceiras, rondar as moitas afastadas. 
Felizmente os meninos dormiam na esteira, por baixo do 
caritó onde sinhá Vitória guardava o cachimbo. [...]
Baleia	 respirava	 depressa,	 a	 boca	 aberta,	 os	 queixos	
desgovernados, a língua pendente e insensível. Não sabia 
o que tinha sucedido. O estrondo, a pancada que recebera 
no	 quarto	 e	 a	 viagem	 difícil	 no	 barreiro	 ao	 fim	 do	 pátio	
desvaneciam-se no seu espírito. [...]
Baleia	 encostava	 a	 cabecinha	 fatigada	 na	 pedra.	 
A pedra estava fria, certamente sinhá Vitória tinha deixado o 
fogo apagar-se muito cedo.
Baleia	queria	dormir.	Acordaria	feliz,	num	mundo	cheio	
de preás. E lamberia as mãos de Fabiano, um Fabiano 
enorme. As crianças se espojariam com ela, rolariam com 
ela num pátio enorme, num chiqueiro enorme. O mundo 
ficaria	todo	cheio	de	preás,	gordos,	enormes.
RAMOS, Graciliano. Vidas secas. 63. ed. São Paulo: Record, 1992.
Os dois textos acima, transcritos do livro Vidas secas, 
exemplificam	bem	um	aspecto	marcante	da	obra,	relativo	à	
caracterização dos personagens, a saber
A um processo de animalização do homem e de 
humanização do animal, remetendo, pela degradação 
do primeiro, a uma aproximação com o segundo.
B uma visão humanizada da cachorra, antecipando 
postura da atualidade que confere aos animais de 
estimação status especial.
C a	 visão	 naturalista	 de	 Graciliano	 Ramos,	 influenciado	
pela	teoria	darwinista,	única	razão	capaz	de	justificar	o	
perfil	de	Fabiano.
D a ausência de uma visão social do problema dos 
retirantes sertanejos, pela atribuição a eles de defeitos 
insanáveis.
E a elevação do grau de dignidade dos personagens 
do	 livro	 em	 geral,	 simbolizados	 na	 figura	 sensível	 da	
cachorra	Baleia.
LC – 1o dia | Caderno 1 - Cinza - Página 20
QUESTÃO 36
Só o que eu quis, todo o tempo, o que eu pelejei 
para	achar,	era	uma	só	coisa	–	a	 inteira	–	cujo	significado	
vislumbrado dela eu vejo que sempre tive. A que era: que 
existe uma receita, a norma dum caminho certo, estreito, de 
cada uma pessoa viver – e essa pauta cada um tem – mas a 
gente mesmo, no comum não sabe encontrar; como é que, 
sozinho, por si, alguém ia poder encontrar e saber? Mas, 
esse norteado tem. Tem que ter. Se não, a vida de todos 
ficava	sempre	o	confuso	dessa	doideira	que	é.	E	que:	para	
cada dia, e cada hora, só uma ação possível da gente é que 
consegue ser a certa. Aquilo está no encoberto; mas fora 
dessa	 consequência,	 tudo	 o	 que	 eu	 fizer,	 o	 que	 o	 senhor	
fizer,	 o	 que	 o	 beltrano	 fizer,	 o	 que	 todo-o-mundo	 fizer,	 ou	
deixar	de	fazer,	fica	sendo	o	falso,	e	é	o	errado.	Ah,	porque	
aquela outra é a lei, escondida e vivível mas não achável, do 
verdadeiro viver: que para cada pessoa, sua continuação, 
já foi projetada como o que se põe, em teatro, para cada 
representador – sua parte, que antes já foi inventada, num 
papel…
Grande sertão veredas, Guimarães Rosa.
No texto acima, o personagem-narrador, na instigante 
linguagem que Guimarães Rosa imprime a suas narrativas, 
reflete	sobre	o	que	seria	“o	verdadeiro	viver”	de	cada	pessoa.	
Nesse sentido,
A revela,	 sem	 apresentar	 qualquer	 justificativa	 para	
amparar o seu raciocínio, a convicção de que cada 
pessoa	 tem	 um	 caminho	 específico	 a	 percorrer	 na	
existência.
B afirma	jamais	ter	se	preocupado,	antes,	em	questionar	
qual seria “o caminho certo” que lhe estaria reservado 
na vida, já que ela, a seu ver, tende a ser sempre “o 
confuso dessa doideira”.
C articula, como elemento expressivo favorável à tese de 
que todos têm um caminho predeterminado a seguir, 
uma gradação que envolve ele mesmo, o interlocutor, 
outros indivíduos e as pessoas em geral.
D indica a extrema facilidade que cada pessoa tem de 
identificar	“a	norma	dum	caminho	certo,	estreito”,	que	lhe	
permita viver segundo uma lei, a um tempo “escondida 
e vivível”.
E nega validade, ao formular comparação entre a vida e 
um	roteiro	de	uma	peça	teatral,	à	afirmação	de	alguns	
sobre a existência de algo já projetado para a vida de 
cada pessoa.
QUESTÃO 37
Sem necessidade
A verdadeira democracia se apoia em direitos iguais 
a todos. Mas há distância entre democracia e demagogia. 
(Aristóteles apontava a segunda como a degeneração da 
primeira.) O que temos em muitos países são discursos e 
políticas demagógicas em relação às minorias (que às vezes 
são numericamente maiorias), criando leis cosméticas e 
mudando só os nomes das coisas, em vez de combater a 
desigualdade, com educação, serviços públicos de qualidade 
e redistribuição de renda.
Exemplo	 de	 lei	 demagógica:	 no	 Brasil,	 chamar	 um	
negro de “negro” (embora seja essa a sua cor) é crime 
inafiançável	(racismo),	mas	matar	um	negro	–	ou	qualquer	
pessoa	–	é	afiançável	(homicídio).	Ou	seja,	o	que	a	lei	diz	
nas entrelinhas é o seguinte: se você não gosta de negros,

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