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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIDOMBOSCO
DIREITO 3ºsemestre – Noturno - DIREITO CIVIL II – OBRIGAÇÕES
Aluno: Rafael Wilson Larsen Endlich	Registro Acadêmico: 2013925
Assunto: CLASSIFICAÇÕES GERAIS DAS OBRIGAÇÕES
Fonte: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: teoria geral das obrigações. V. 02. São Paulo: Saraiva, 2015. ​
“O direito das obrigações tem por objeto direitos de natureza pessoal, que resultam de um vínculo jurídico estabelecido entre o credor, como sujeito ativo, e o devedor, na posição de sujeito passivo, liame este que confere ao primeiro o poder de exigir do último uma prestação. Também denominados direitos de crédito, os direitos pessoais ou obrigacionais regem vínculos patrimoniais entre pessoas, impondo ao devedor o dever de prestar, isto é, de dar, fazer ou não fazer algo no interesse do credor, a quem a lei assegura o poder de exigir tal prestação positiva ou negativa. O direito de crédito realiza-se por meio da exigibilidade de uma prestação a que o devedor é obrigado, exigindo, desse modo, sempre, a participação ou colaboração de um sujeito passivo.”
“As codificações seguiram rumos diversos quanto à abrangência geral das obrigações. O legislador brasileiro manteve-se fiel à técnica romana, dividindo-as, em função de seu objeto, em três grupos: obrigações de dar, que se subdividem em obrigações de dar coisa certa e coisa incerta, obrigações de fazer e obrigações de não fazer. Os nossos Códigos, tanto o atual como o anterior, afastaram-se do direito romano apenas no tocante à terceira categoria, substituindo o praestare, dada a sua ambiguidade, pelo nonfacere.
As obrigações de dar e de fazer são obrigações positivas. A de não fazer é obrigação negativa. Esta não se confunde com o dever de abstenção, ínsito nos direitos reais e de caráter geral, imposto pela lei a todas as pessoas do universo, que não devem molestar o titular. As obrigações de não fazer são contraídas voluntariamente pelo próprio devedor, diminuindo sua liberdade e atividade” (Pag. 53 e 54)
“Obrigações simples são as que se apresentam com um sujeito ativo, um sujeito passivo e um único objeto, ou seja, com todos os elementos no singular. Basta que um deles esteja no plural para que a obrigação se denomine composta ou complexa. Por exemplo: “José obrigou-se a entregar a João um veículo e um animal”. As obrigações compostas com multiplicidade de objetos, por sua vez, podem ser cumulativas, também chamadas de conjuntivas, e alternativas, também denominadas disjuntivas. Nas primeiras, os objetos apresentam-se ligados pela conjunção “e”, como na obrigação de entregar um veículo e um animal, ou seja, os dois, cumulativamente. Efetiva-se o seu cumprimento somente pela prestação de todos eles. Nas alternativas, os objetos estão ligados pela disjuntiva “ou”, podendo haver duas ou mais opções. No exemplo supra, substituindo-se a conjunção “e” por “ou”, o devedor libera-se da obrigação entregando o veículo ou o animal, ou seja, apenas um deles e não ambos. Tal modalidade de obrigação exaure-se com a simples prestação de um dos objetos que a compõem.” (Pag. 54)
“As obrigações compostas com multiplicidade de sujeitos podem ser divisíveis, indivisíveis e solidárias. Divisíveis são aquelas em que o objeto da prestação pode ser dividido entre os sujeitos. Nas indivisíveis, tal não ocorre (CC, art. 258). Ambas podem ser ativas (vários credores) ou passivas (vários devedores).” (Pag. 55)
“solidariedade, contudo, independe da divisibilidade ou da indivisibilidade do objeto da prestação, porque resulta da lei ou da vontade das partes (CC, art. 265). Pode ser, também, ativa ou passiva. Se existirem vários devedores solidários passivos, cada um deles responde pela dívida inteira. Havendo cláusula contratual dispondo que a obrigação assumida por dois devedores, de entregar duas sacas de café, é solidária, o credor pode exigi-las de apenas um deles. O devedor que cumprir sozinho a prestação pode cobrar, regressivamente, a quota-parte de cada um dos codevedores (CC, art. 283).” (Pag. 56)
Assunto: OBRIGAÇÃO DE DAR 
Fonte: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: teoria geral das obrigações. V. 02. São Paulo: Saraiva, 2015. 
“As obrigações positivas de dar, chamadas pelos romanos de obligationes dandi, assumem as formas de entrega ou restituição de determinada coisa pelo devedor ao credor. Assim, na compra e venda, que gera obrigação de dar para ambos os contratantes, a do vendedor é cumprida mediante entrega da coisa vendida, e a do comprador, com a entrega do preço. No comodato, a obrigação de dar assumida pelo comodatário é cumprida mediante restituição da coisa emprestada gratuitamente” (Pag. 57)
Fonte: GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume II: obrigações / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. – 12. ed. – São Paulo: Saraiva, 2011.
“As obrigações de dar, que têm por objeto prestações de coisas, consistem na atividade de dar (transferindo-se a propriedade da coisa), entregar (transferindo-se a posse ou a detenção da coisa) ou restituir (quando o credor recupera a posse ou a detenção da coisa entregue ao devedor)” (Pag. 76)
De dar coisa certa
“Nesta modalidade de obrigação, o devedor obriga-se a dar, entregar ou restituir coisa específica, certa, determinada: “um carro marca X, placa 5555, ano 1998, chassis n. ..., proprietário ....”, “um animal reprodutor bovino da raça nelore, com o peso de ..... arrobas, número de registro 88888, cujo proprietário é ....”. E, se é assim, o credor não está obrigado a receber outra coisa senão aquela descrita no título da obrigação. Nesse sentido, clara é a dicção do art. 313 do CC-02: “O credor não é obrigado a receber prestação diversa da que lhe é devida, ainda que mais valiosa”. Aplica-se, também, para as obrigações de dar coisa certa, o princípio jurídico de que o acessório segue o principal. Dessa forma, não resultando o contrário do título ou das circunstâncias do caso, o devedor não poderá se negar a dar ao credor aqueles bens que, sem integrar a coisa principal, secundam-na por acessoriedade.” (Pag. 76)
“a) se a coisa se perder, sem culpa do devedor, antes da tradição (da entrega da coisa), ou pendente condição suspensiva, fica resolvida a obrigação para ambas as partes, suportando o prejuízo o proprietário da coisa que ainda não a havia alienado. 
b) se a coisa se perder, por culpa do devedor, responderá este pelo equivalente (valor da coisa), mais perdas e danos. Neste caso, suportará a perda o causador do dano, já que terá de indenizar a outra parte. Imagine a hipótese de o devedor, por culpa ou dolo, haver destruído o bem que devia restituir. 
Em caso de deterioração (prejuízo parcial), também duas hipóteses são previstas em lei: 
a) se a coisa se deteriora sem culpa do devedor, poderá o credor, a seu critério, resolver a obrigação, ou aceitar a coisa, abatido de seu preço o valor que perdeu .
b) se a coisa se deteriora por culpa do devedor, poderá o credor exigir o equivalente, ou aceitar a coisa no estado em que se acha, com direito a reclamar, em um ou em outro caso, a indenização pelas perdas e danos.” (Pag. 77)
De dar coisa incerta
“Ao lado das obrigações de dar coisa certa, figuram as obrigações de dar coisa incerta, cuja prestação consiste na entrega de coisa especificada apenas pela espécie15 e quantidade. É o que ocorre quando o sujeito se obriga a dar duas sacas de café, por exemplo, sem determinar a qualidade (tipo A ou B). Trata-se das chamadas obrigações genéricas. Ressalte-se, entretanto, que essa indeterminabilidade do objeto há que ser meramente relativa, uma vez que, se assim não fosse, a finalidade da própria obrigação restaria frustrada. Em outras palavras, a prestação genérica (“dar duas sacas de café”) deverá se converter em prestação determinada, quando o devedor ou o credor escolher o tipo de produto a ser entregue, no momento do pagamento (“dar duas sacas de café do tipo A. Na mesma linha do nosso entendimento, Carlos Roberto Gonçalves preleciona: “Na obrigação de dar coisa INCERTA, ao contrário, o objeto não éconsiderado em sua individualidade, mas no gênero a que pertence... por exemplo: dez sacas de café, sem especificação da qualidade. Determinou-se, in casu, apenas o gênero e a quantidade, faltando determinar a QUALIDADE para que a referida obrigação se convole em obrigação de dar coisa certa e possa ser cumprida”. (Pag. 80 e 81)
Obrigação de dar dinheiro (Obrigação pecuniárias)
Fonte: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: teoria geral das obrigações. V. 02. São Paulo: Saraiva, 2015. 
“Obrigação pecuniária é obrigação de entregar dinheiro, ou seja, de solver dívida em dinheiro. É, portanto, espécie particular de obrigação de dar. Tem por objeto uma prestação em dinheiro e não uma coisa. O Código Civil adotou, assim, o princípio do nominalismo, pelo qual se considera como valor da moeda o valor nominal que lhe atribui o Estado, no ato da emissão ou cunhagem. De acordo com o referido princípio, o devedor de uma quantia em dinheiro libera-se entregando a quantidade de moeda mencionada no contrato ou título da dívida, e em curso no lugar do pagamento, ainda que desvalorizada pela inflação, ou seja, mesmo que a referida quantidade não seja suficiente para a compra dos mesmos bens que podiam ser adquiridos, quando contraída a obrigação.” (Pag.74 e 75)
“A obrigação de indenizar, decorrente da prática de um ato ilícito, por exemplo, constitui dívida de valor, porque seu montante deve corresponder ao do bem lesado.
Toda moeda, admitida pela lei como meio de pagamento, tem curso legal no País, não podendo ser recusada. Moeda de curso forçado, portanto, é a única admitida pela lei como meio de pagamento no País. 
Os juros constituem, com efeito, remuneração pelo uso de capital alheio, que se expressa pelo pagamento, ao dono do capital, de quantia proporcional ao seu valor e ao tempo de sua utilização. Pressupõe, portanto, a existência de uma dívida de capital, consistente em dinheiro ou outra coisa fungível. Daí a sua natureza acessória” (Pag. 76)
Assunto: OBRIGAÇÃO DE FAZER 
Fonte: GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume II: obrigações / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. – 12. ed. – São Paulo: Saraiva, 2011.
“Nas obrigações de fazer interessa ao credor a própria atividade do devedor. Em tais casos, a depender da possibilidade ou não de o serviço ser prestado por terceiro, a prestação do fato poderá ser fungível ou infungível. A obrigação de fazer será fungível quando não houver restrição negocial no sentido de que o serviço seja realizado por outrem. Assim, não obstante eu contrate a reparação do cano da cozinha com o encanador Caio, nada impede — se as circunstâncias do negócio não apontarem em sentido contrário — que a execução do serviço seja feita pelo seu colega Tício. Em casos como esse, diz-se que a obrigação não foi pactuada em atenção à pessoa do devedor.” (Pag. 88)
“Assim, poderá o credor, independentemente de autorização judicial, contratar terceiro para executar a tarefa, pleiteando, depois, a devida indenização, o que, se já era possível ser admitido no sistema anterior por construção doutrinária, agora se torna norma expressa. Por outro lado, se ficar estipulado que apenas o devedor indicado no título da obrigação possa satisfazê-la, estaremos diante de uma obrigação infungível. Trata-se das chamadas obrigações personalíssimas (intuitu personae), cujo adimplemento não poderá ser realizado por qualquer pessoa, em atenção às qualidades especiais daquele que se contratou. Tal ocorre quando se contrata um renomado artista para pintar um retrato, ou um consagrado cantor para apresentar-se em um baile de formatura. Tais pessoas não poderão, sem prévia anuência do credor, indicar substitutos, sob pena de descumprirem a obrigação personalíssima pactuada” (Pag. 89)
“Se a prestação do fato se torna impossível sem culpa do devedor, resolve- -se a obrigação, sem que haja consequente obrigação de indenizar. Entretanto, se a impossibilidade decorrer de culpa do devedor, este poderá ser condenado a indenizar a outra parte pelo prejuízo causado.” (Pag. 89)
(Pag. 94)
Assunto: DAS OBRIGAÇÕES DE NÃO FAZER
Fonte: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: teoria geral das obrigações. V. 02. São Paulo: Saraiva, 2015. 
“A obrigação de não fazer, ou negativa, impõe ao devedor um dever de abstenção: o de não praticar o ato que poderia livremente fazer, se não se houvesse obrigado. O adquirente que se obriga a não construir, no terreno adquirido, prédio além de certa altura, ou a cabeleireira alienante que se obriga a não abrir outro salão de beleza no mesmo bairro, por exemplo, devem cumprir o prometido. Se praticarem o ato que se obrigaram a não praticar, tornar-se-ão inadimplentes, podendo o credor exigir, com base no art. 251 do Código Civil, o desfazimento do que foi realizado, “sob pena de se desfazer à sua custa, ressarcindo o culpado perdas e danos”. Assim como a obrigação de fazer, a negativa ou de não fazer constitui obrigação de prestação de fato, distinguindo-se da de dar. Enquanto na primeira há uma ação positiva, na de não fazer ocorre uma omissão, uma postura negativa. Nesta, a abstenção da parte emerge como elemento fundamental para o interesse do credor. Observe-se que, embora seja extenso o campo de aplicação ou incidência dessa modalidade de obrigação, devem ser respeitados certos limites, não sendo lícitas convenções em que se exija sacrifício excessivo da liberdade do devedor ou que atentem contra os direitos fundamentais da pessoa humana (como, p. ex., a de suportar indefinidamente determinado ônus, de não sair à rua, de não casar, de não trabalhar etc.).” (Pag. 95)
“Se o devedor realiza o ato, não cumprindo o dever de abstenção, pode o credor exigir que ele o desfaça, sob pena de ser desfeito à sua custa, além da indenização de perdas e danos. Incorre ele em mora desde o dia em que executa o ato de que deveria abster-se. Assim, se alguém se obriga a não construir um muro, a outra parte pode, desde que a obra é realizada, exigir, com o auxílio da Justiça, que seja desfeita e, no caso de recusa, mandar desfazê-la à custa do inadimplente, reclamando as perdas e danos que possam ter resultado do mencionado ato. A mora, nas obrigações de não fazer, é presumida pelo só descumprimento do dever de abstenção, independentemente de qualquer intimação. De acordo com a disciplina legal, ou o devedor desfaz pessoalmente o ato, respondendo também por perdas e danos, ou poderá vê-lo desfeito por terceiro, por determinação judicial, pagando ainda perdas e danos. Em ambas as hipóteses se sujeita ao pagamento de perdas e danos, como consequência do inadimplemento. Nada impede que o credor peça somente o pagamento destas.” (Pag. 97)
Assunto: DAS OBRIGAÇÕES SOLIDÁRIAS
Fonte: Gonçalves, Carlos Roberto Direito civil brasileiro, volume 2 : teoria geral das obrigações / Carlos Roberto Gonçalves. – 14. ed. – São Paulo : Saraiva, 2017
“Caracteriza-se a obrigação solidária pela multiplicidade de credores e/ou de devedores, tendo cada credor direito à totalidade da prestação, como se fosse credor único, ou estando cada devedor obrigado pela dívida toda, como se fosse o único devedor. Desse modo, o credor poderá exigir de qualquer codevedor o cumprimento por inteiro da obrigação. Cumprida por este a exigência, liberados estarão todos os demais devedores ante o credor comum (CC, art. 275). ANTUNES VARELA explica o fenômeno da seguinte forma: “A obrigação com vários devedores diz-se solidária, quando o credor pode exigir de qualquer deles a prestação por inteiro e a prestação efetuada por um dos devedores os libera a todos perante o credor comum.” (Pag. 144)
“Na realidade, na solidariedade não se tem uma única obrigação, mas tantas obrigações quantos forem os titulares 202. Cada devedor passará a responder não só pela sua quota como também pelas dos demais; e, se vier a cumprir por inteiro a prestação, poderá recobrar dos outros as respectivas partes.” (Pag. 145) 
“A solidariedade constitui, assim, modo de assegurar o cumprimento da obrigação, reforçando-ae estimulando o pagamento do débito. Sendo vários os devedores, a lei ou as partes, pretendendo facilitar o recebimento do crédito e principalmente prevenir o credor contra o risco da insolvência de algum dos obrigados, estabelecerão o regime da solidariedade ativa.” “A solidariedade assemelha-se à indivisibilidade por um único aspecto: em ambos os casos, o credor pode exigir de um só dos devedores o pagamento da totalidade do objeto devido. Diferem, no entanto, por várias razões. Primeiramente, porque cada devedor solidário pode ser compelido a pagar, sozinho, a dívida inteira, por ser devedor do todo.” (Pag. 148)
Assunto: DA SOLIDARIEDADE ATIVA
Fonte: Gonçalves, Carlos Roberto Direito civil brasileiro, volume 2 : teoria geral das obrigações / Carlos Roberto Gonçalves. – 14. ed. – São Paulo : Saraiva, 2017
“Solidariedade ativa é a relação jurídica entre credores de uma só obrigação e o devedor comum, em virtude da qual cada um tem o direito de exigir deste o cumprimento da prestação por inteiro. Pagando o débito a qualquer um dos cocredores, o devedor se exonera da obrigação” “Na solidariedade ativa concorrem, assim, dois ou mais credores, podendo qualquer deles receber integralmente a prestação devida. O devedor libera-se pagando a qualquer dos credores, que, por sua vez, pagará aos demais a quota de cada um.” (Pag. 155)
“O devedor não pode pretender pagar ao credor demandante apenas quantia equivalente à sua quota-parte, mas terá, isto sim, de pagar-lhe a dívida inteira. Em outras palavras, o devedor acionado por qualquer dos credores não pode opor a exceção de divisão e pretender pagar por partes, visto ser-lhe estranha a relação interna entre os credores” (Pag. 158)
“o devedor só se libera pagando ao próprio credor que tomou a iniciativa. Não se exonerará, porém, se vier a pagar a qualquer outro concredor, arriscando-se, se o fizer, a pagar duas vezes” (Pag. 159)
“A obrigação solidária ativa consiste no concurso, na mesma obrigação, de mais de um credor, cada um com direito à dívida toda (CC, art. 264). Em consequência, cada um dos credores solidários tem direito de exigir do devedor a prestação por inteiro. A esse direito corresponde, em regra, a obrigação do devedor de cumprir a prestação em mãos de qualquer deles.” (Pag. 166)
“A principal característica das relações internas entre cocredores solidários consiste no fato de o crédito se dividir em partes ou quotas que se presumem iguais até prova em contrário, tanto que o credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba.” (Pag. 169)
Assunto: DA SOLIDARIEDADE PASSIVA
Fonte: Gonçalves, Carlos Roberto Direito civil brasileiro, volume 2 : teoria geral das obrigações / Carlos Roberto Gonçalves. – 14. ed. – São Paulo : Saraiva, 2017
“A solidariedade passiva consiste na concorrência de dois ou mais devedores, cada um com dever de prestar a dívida toda. Segundo WASHINGTON DE BARROS MONTEIRO, tal modalidade é predicado externo que cinge a obrigação e por via do qual, de qualquer dos devedores que nela concorrem, pode o credor exigir a totalidade da dívida. Representa assim preciosa cautela para a garantia dos direitos obrigacionais.” 
“Cada devedor está obrigado à prestação na sua integralidade, como se tivesse contraído sozinho o débito. Assim, na solidariedade passiva unificam-se os devedores, possibilitando ao credor, para maior segurança do crédito, exigir e receber de qualquer deles o adimplemento, parcial ou total, da dívida comum. Se quiser, poderá o credor exigir parte do débito de cada um dos devedores separadamente.” (Pag. 172)
Fonte: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: teoria geral das obrigações. V. 02. São Paulo: Saraiva, 2015. 
“Como a solidariedade é benefício do credor para facilitar a cobrança, tornando, perante ele, cada um dos sujeitos passivos da obrigação o devedor único, responsável pela integralidade da obrigação, mesmo sendo esta divisível, não se compreende solidariedade nas obrigações de fazer, quando convencionado que o devedor cumpra a prestação pessoalmente. A solidariedade pode ser estipulada na convenção, como segurança para defesa do crédito.” (Pag. 156)
Assunto: DAS OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
Fonte: Gonçalves, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 2 : teoria geral das obrigações / Carlos Roberto Gonçalves. – 14. ed. – São Paulo : Saraiva, 2017
“As obrigações divisíveis e indivisíveis, porém, são compostas pela multiplicidade de sujeitos. Nelas há um desdobramento de pessoas no polo ativo ou passivo, ou mesmo em ambos, passando a existir tantas obrigações distintas quantas as pessoas dos devedores ou dos credores. Nesse caso, cada credor só pode exigir a sua quota e cada devedor só responde pela parte respectiva” (Pag. 112)
“As obrigações divisíveis e indivisíveis, como foi dito, são compostas pela multiplicidade de sujeitos. Tal classificação só oferece interesse jurídico havendo pluralidade de credores ou de devedores, pois, existindo um único devedor obrigado a um só credor, a obrigação é indivisível, isto é, a prestação deverá ser cumprida por inteiro, seja divisível, seja indivisível o seu objeto.” (Pag. 113)
“a) cada um dos credores só tem direito de exigir sua fração no crédito.
b) de modo idêntico, cada um dos devedores só tem de pagar a própria quota no débito 
c) se o devedor solver integralmente a dívida a um só dos vários credores, não se desobrigará com relação aos demais concredores; 
d) o credor que recusar o recebimento de sua quota, por pretender solução integral, pode ser constituído em mora; 
e) a insolvência de um dos codevedores não aumentará a quota dos demais; 
f) a suspensão da prescrição, especial a um dos devedores, não aproveita aos demais;
g) a interrupção da prescrição por um dos credores não beneficia os outros; operada contra um dos devedores não prejudica os demais.” (Pag. 114)
Fonte: NADER, Paulo. Curso de direito civil, vol. 2: Obrigações – 8. Ed. – São Paulo: Forense LTDA, 2016
“Conceito de obrigação divisível Nesta espécie de obrigação, o objeto admite fracionamento sem alteração do valor e utilidade das partes destacadas, que conservam a sua homogeneidade. Dizer-se que obrigação divisível é a que pode ser cumprida por partes é cair em círculo vicioso, porque a obrigação somente pode ser executada parceladamente se o objeto da prestação for divisível.” (Pag. 173)
“Indivisível é a obrigação cujo objeto não comporta separação em partes, sob pena de perda de qualidade em relação ao todo ou porque, comportando, a sua divisão foi excluída em lei ou por ato negocial. Assim, a divisibilidade não depende apenas da natureza da coisa ou fato, que podem ser objeto da prestação. Por outro lado, há obrigação indivisível que, por morte do credor ou do devedor, se faz divisível, quando nada em fração ideal. Nas obrigações indivisíveis, a doutrina distingue: a) a indivisibilidade por natureza, quando o objeto da prestação não se presta ao fracionamento sem perda do valor e homogeneidade, como um cavalo, televisor ou um computador; b) a indivisibilidade subjetiva, que decorre de acordo entre declarantes. O objeto da prestação é divisível por natureza, porém, para atender à conveniência própria, as partes consideram indivisível a obrigação. A doutrina admite duas formas de convenção: a expressa e a tácita. Quanto a esta, é forçoso que as circunstâncias a revelem induvidosamente; c) a indivisibilidade por força de lei, em que o objeto da prestação, se decomposto em partes, cada qual conserva as qualidades do todo, mas, o objetivo de preservar interesse de ordem social, induz o legislador a considerar indivisível a obrigação.” (Pag. 175)
Assunto: CLASSIFICAÇÃO ESPECIAL QUANTO AO ELEMENTO ACIDENTAL
Fonte: GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume II: obrigações / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. – 12. ed. – São Paulo: Saraiva, 2011.
“Trata-se de obrigações condicionadas a evento futuro e incerto, como ocorre quando alguém se obriga a dar a outrem um carro, quando este se casar.Lembremos, apenas, que a condição “é a determinação acessória, que faz a eficácia da vontade declarada dependente de algum acontecimento futuro e incerto”. Cuida-se, portanto, de um elemento acidental, consistente em um evento futuro e incerto, por meio do qual se subordinam ou resolvem os efeitos jurídicos de determinado negócio.” (Pag. 132 e 133)
“no negócio jurídico a termo, pode o devedor cumprir antecipadamente a sua obrigação, uma vez que, não tendo sido pactuado o prazo em favor do credor, o evento (termo) não subordina a aquisição dos direitos e deveres decorrentes do negócio, mas apenas o seu exercício. Realizado o ato, já surgem o crédito e o débito, estando estes apenas com a exigibilidade suspensa. Por isso, não há, no caso de antecipação do pagamento, enriquecimento sem causa do credor, como ocorreria se se tratasse de negócio sob condição suspensiva, consoante se anotou linhas acima. Advirta-se, apenas, que a antecipação do pagamento, ante tempus, é simplesmente uma faculdade, e não uma obrigação do devedor. Nas obrigações a termo, portanto, em regra, poderá o devedor antecipar o pagamento, sem que isso caracterize enriquecimento sem causa do credor.” (Pag. 133)
“A obrigação modal é a que se encontra onerada com um modo ou encargo, isto é, por cláusula acessória, que impõe um ônus à pessoa natural ou jurídica contemplada pela relação creditória. É o caso, p. ex., da obrigação imposta ao donatário de construir no terreno doado um prédio para escola. Geralmente é identificada pelas expressões “para que”, “com a obrigação de”, “com o encargo de”.” (Pag. 134)
Assunto: CLASSIFICAÇÃO ESPECIAL QUANTO AO CONTEÚDO
Fonte: GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume II: obrigações / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. – 12. ed. – São Paulo: Saraiva, 2011.
Obrigações de meio
“A obrigação de meio é aquela em que o devedor se obriga a empreender sua atividade, sem garantir, todavia, o resultado esperado. As obrigações do médico, em geral, assim como as do advogado, são, fundamentalmente, de meio, uma vez que esses profissionais, a despeito de deverem atuar segundo as mais adequadas regras técnicas e científicas disponíveis naquele momento, não podem garantir o resultado de sua atuação (a cura do paciente, o êxito no processo)” (Pag. 134)
Obrigações de resultado
“Nesta modalidade obrigacional, o devedor se obriga não apenas a empreender a sua atividade, mas, principalmente, a produzir o resultado esperado pelo credor. É o que ocorre na obrigação decorrente de um contrato de transporte, em que o devedor se obriga a levar o passageiro, com segurança, até o seu destino. Se não cumprir a obrigação, ressalvadas hipóteses de quebra do nexo causal por eventos fortuitos (um terremoto), será considerado inadimplente, devendo indenizar o outro contratante. A respeito desse tema, interessante questão diz respeito à obrigação do cirurgião plástico. Em se tratando de cirurgia plástica estética, haverá, segundo a melhor doutrina, obrigação de resultado. Entretanto, se se tratar de cirurgia plástica reparadora (decorrente de queimaduras, por exemplo), a obrigação do médico será reputada de meio, e a sua responsabilidade excluída, se não conseguir recompor integralmente o corpo do paciente, a despeito de haver utilizado as melhores técnicas disponíveis.” (Pag. 135)
Obrigações de garantia
“Por fim, parte da doutrina ainda lembra da existência, na classificação das obrigações quanto ao conteúdo, das chamadas “obrigações de garantia”, que não se enquadram perfeitamente em nenhuma das duas anteriores. De fato, tais obrigações têm por conteúdo eliminar riscos que pesam sobre o credor, reparando suas consequências. A eliminação do risco (que pertencia ao credor) representa bem suscetível de aferição econômica. O exemplo típico de tais obrigações são os contratos de seguro, em que, mesmo que o bem pereça em face de atitude de terceiro (incêndio provocado), a seguradora deve responder.” (Pag. 135 e 136)
ASSUNTO: CLASSIFICAÇÃO QUANTO À LIQUIDEZ
Fonte: TARTUCE, Flávio. Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil / Flávio Tartuce. – 15. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020.
“A obrigação líquida é aquela certa quanto à existência, e determinada quanto ao objeto e valor. Nela se encontram especificadas, de modo expresso, a quantidade, a qualidade e a natureza do objeto devido. O inadimplemento de obrigação positiva e líquida no exato vencimento constitui o devedor em mora automaticamente (mora ex re), nos termos do art. 397, caput, do Código Civil em vigor.” (Pag. 108)
“A obrigação ilíquida, por sua vez, é aquela incerta quanto à existência e indeterminada quanto ao conteúdo e valor. Para que seja cobrada, é necessário antes que seja transformada em líquida, geralmente por um processo de conhecimento. Após esse processo de conhecimento, é preciso realizar a liquidação da sentença nas formas previstas no Código de Processo Civil.” (Pag. 108)
“Liquidação por cálculo aritmético: é aquela feita mediante a apresentação de uma memória discriminada e atualizada do cálculo
Liquidação por arbitramento: realizada mediante a nomeação de um perito, que deverá apresentar um laudo apontando qual o montante devido. O arbitramento pode caber ao próprio juiz, no caso de fixação, na sentença, do valor devido a título de danos morais
Liquidação por artigos: é feita quando, para se determinar o valor da condenação, houver a necessidade de alegar e provar fato novo.” (Pag. 108)
Assunto: CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DEPENDÊNCIA
Fonte: TARTUCE, Flávio. Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil / Flávio Tartuce. – 15. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020.
“Quanto à dependência em relação à outra obrigação, a obrigação pode ser principal ou acessória. A obrigação principal é aquela que independe de qualquer outra para ter existência, validade ou eficácia. A obrigação acessória tem a sua existência, validade ou eficácia subordinada a outra relação jurídica obrigacional.
Vale lembrar que a extinção, nulidade, anulabilidade ou prescrição da obrigação principal reflete na acessória. Mas a recíproca não é verdadeira. Incide a regra pela qual o acessório segue o principal, precursora do princípio da gravitação jurídica.” (Pag. 110)
Assunto: CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO LOCAL PARA CUMPRIMENTO
Fonte: TARTUCE, Flávio. Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil / Flávio Tartuce. – 15. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020.
“No que tange ao local de cumprimento a obrigação pode ser quesível ou portável.
A obrigação quesível (ou quérable) tem o seu cumprimento no domicílio do devedor. Não havendo previsão no contrato, constitui regra geral” (Pag. 212)
Assunto: CLASSIFICAÇÃO QUANTO AO MOMENTO PARA CUMPRIMENTO
Fonte: TARTUCE, Flávio. Direito civil: direito das obrigações e responsabilidade civil / Flávio Tartuce. – 15. ed. – Rio de Janeiro: Forense, 2020.
“Em relação ao momento para cumprimento obrigacional, as obrigações classificam-se em obrigação instantânea com cumprimento imediato, obrigação de execução diferida e obrigação de execução continuada.
A obrigação instantânea com cumprimento imediato é aquela cumprida imediatamente após a sua constituição. Se a regra estiver relacionada com o pagamento, será ele à vista, salvo previsão em contrário no instrumento obrigacional. Em regra, não se pode rever judicialmente, por fato superveniente, contrato relacionado com obrigação instantânea.
A obrigação de execução diferida é aquela cujo cumprimento deverá ocorrer de uma vez só, no futuro. Exemplo típico é a situação em que se pactua o pagamento com cheque pós-datado ou pré-datado. Nesse caso, pode ser aplicada a revisão contratual por fato superveniente, diante de uma imprevisibilidade somada a uma onerosidade excessiva ou a revisão contratual por fato superveniente por simples onerosidade excessiva” (Pag. 212)

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