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trabalho 1

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5. O que é o direito penal do inimigo?
O direito penal do inimigo formulado pelo professor Dr. GUNTHER JAKOBS é um método de luta contra a criminalidade, cujo o objetivo era a prevenção, onde haviam dois sistemas diferentes para os seres humanos, os cidadãos (pessoas racionais) e os inimigos (indivíduos perigosos). Com isso Jakobs usa o projeto punitivo com um sistema de imputação diferenciada, onde havia o direito penal do cidadão e o direito penal do inimigo, com o crime sendo uma negação da validade da norma, que para o cidadão o crime preservaria o significado simbólico de reafirmar a validade da norma, tendo sanção os fatos passados. Para o inimigo a pena para o crime teria um significado físico, onde buscaria a segurança, uma prevenção, com ação para evitar o perigo de fatos futuros.
Os fatos do cidadão são aqueles que não atentam contra a existência do estado e suas instituições, o cidadão quer a proteção da vida e a propriedade perante o Estado, portanto o Estado vêa que não respeitou a validade da norma e por isso será pego para compensar a lesão a validade da norma como cidadão.
Os fatos do inimigo são aqueles que atentam contra a economia, os crimes organizados, sexuais e principalmente crimes de terrorismo, que levaria o indivíduo ser incapaz de orientação normativa, sendo levado pelo princípio do prazer e assim teria uma infidelidade jurídica, sendo cabível a antecipação da pena como uma medida de segurança, para que não haja fatos futuros.
O sistema processual penal se funda no princípio acusatório para o cidadão com as garantias constitucionais do processo, como a ampla defesa, presunção de inocência etc. Para o inimigo, usa-se o princípio inquisitório julgado e punido sem as garantias constitucionais do processo, com defesa restrita, presunção de culpa etc. Além de requisitos de prevenção e intervenção, como prisões temporárias, proibição de contato com advogados etc.
6. O que é “ius puniendi”?
O “ius puniendi” deve ser compreendido como o direito de punir do Estado, revelando-se no Direito Penal Subjetivo, que se compõe de três elementos: a) poder de ameaçar com pena; b) direito de aplicar a pena; c) direito de executar a pena.
Nesse momento, cumpre-nos observar as duas facetas do “ius puniendi”. De um lado, a punibilidade abstrata, que se revela no poder de o Estado, na imaginação prever a pena e ameaçar de aplicá-la. De outro lado a punibilidade real, que nada mais é que o poder e o dever que o Estado tem de aplicar a pena em si, quando do ocorre uma inobservância da lei, ou uma infração penal.

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