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↪O sistema urinário é composto por dois rins, dois uréteres, uma bexiga e uma uretra; ↪Os rins excretam restos nitrogenados e regulam o volume e a composição dos líquidos corporais por filtração do sangue, reabsorção da água e dos solutos filtrados, e secreção de eletrólitos; ↪Os uréteres conduzem a urina dos rins até a bexiga, que armazena a urina e a expele através da uretra. Rim – Organização geral Características anatômicas superficiais ↪Em todas as espécies, os dois rins estão situados em uma posição retroperitonial, encostados contra os músculos lombares ou suspensos desde a porção dorsal do abdome; ↪Em geral, o rim direito está ligeiramente mais cranial do que o esquerdo; ↪A artéria e a veia renais, vasos linfáticos, nervos e ureter passam através de uma única indentação, o hilo; ↪O hilo contém, ainda, tecido adiposo e os dois ou três cálices, que se reúnem para formar a pelve renal, partes superior, dilatada do ureter; ↪A superfície do rim está coberta por uma cápsula fibrosa, a qual se compõe basicamente de fibras de colágeno, mas que também pode conter músculo liso e vasos sanguíneos; ↪Os rins de animais domésticos assumem várias formas; ↪A forma mais simples do rim de mamífero é o rim unipapilar, com apenas uma pirâmide renal solitária que consiste na base próxima ao córtex e em um ápice ou papila; ↪Gatos, cães, cavalos, ovinos e caprinos possuem rins unilobares com papilas fundidas, para a formação de uma crista renal solitária que esvazia na pelve renal; ↪Porcos, grandes ruminantes e seres humanos possuem um rim multilobar (multipiramidal) com numerosas pirâmides medulares e papilas; ↪As papilas deságuam em extensões da pelve renal ou do ureter denominadas cálices (menores ou maiores) ou diretamente na pelve. Córtex e medula ↪Uma secção longitudinal ou transversal ao longo do rim revela o parênquima, que está dividido entre o córtex, a parte externa vermelho-escura, e a medula, a parte interna de cor mais clara; Sistema Urinário Histologia Veterinária De Dellmann - 6ª Ed. Ebook JUNQUEIRA, Histologia Básica, Texto e Atlas - 12ª Ed ↪As estruturas no interior do córtex renal estão dispostas em raios medulares e labirinto cortical. Essas nomenclaturas surgiram porque, ao contrário da medula, que é constituída inteiramente de segmentos tubulares retos, o córtex renal contém tanto segmentos tubulares retos como segmentos tubulares contornados; ↪Estes raios contêm os dutos coletores corticais, ramos ascendentes grossos corticais da alça de Henle, e o túbulo reto proximal; ↪Secções do labirinto cortical possuem perfis irregulares de túbulos contornados que incluem o túbulo contor nado proximal, o túbulo contornado distal e o segmento conector, além de corpúsculos renais, ramo ascendente grosso distal (que diverge do raio medular para fazer contato com o aparelho justaglomerular do glomérulo) e tecido conjuntivo inicial; ↪A medula externa está localizada profundamente ao córtex; os vasos sanguíneos arciformes assinalam o limite entre o córtex e a medula externa; ↪A medula externa está subdividida em faixas externa e interna. A faixa interna é a região mais externa da medula externa e contém túbulos retos proximais (segmentos S3), ramos ascendentes grossos e dutos coletores; ↪A faixa interna é a parte interna da medula externa. Essa faixa não contém túbulos proximais; a transição dos túbulos retos proximais para os ramos descendentes finos da alça de Henle assinala o limite entre as faixas externa e interna; ↪Assim, a faixa interna contém os dutos coletores, os ramos ascendentes grossos e os ramos descendentes finos da alça de Henle; ↪A medula interna está localizada profundamente à medula externa; ↪As transições entre os ramos finos e os ramos ascendentes grossos da alça de Henle assinalam o limite entre as medulas interna e externa; ↪Assim, a medula interna não contém segmentos de ramos ascendentes grossos, apenas dutos coletores e ramos finos descendentes e ascendentes da alça de Henle, além de capilares e linfáticos; ↪Macroscopicamente, a medula interna pode ser subdividida em base e papila ou crista renal. A base fica adjacente à medula externa; ↪A papila (ou crista renal) é a parte terminal da medula interna que se estende até a pelve renal ou cálices renais. Partes do corpúsculo renal e do túbulo renal Néfron ↪Tradicionalmente, o néfron é considerado como a unidade estrutural e funcional do rim e abrange o glomérulo e todos os segmentos de túbulos renais através do segmento conector; ↪Néfrons podem ser classificados pela localização de seus glomérulos no córtex como superficiais (próximos à cápsula), mediocorticais ou justamedulares (próximos à medula) ou pelo comprimento de sua alça de Henle como de alça curta ou de alça longa; ↪Néfrons de alça curta geralmente possuem glomérulos superficiais ou mediocorticais e túbulos que se estendem apenas em direção à medula externa antes de retornarem ao córtex; ↪Néfrons de alça longa têm glomérulos e túbulos que se extendem até o interior da medula antes de se refletir de volta ao córtex. Corpúsculo renal ↪O corpúsculo renal é formado pelo tufo de capilares glomerulares, mesângio e cápsula glomerular, a qual também é conhecida como cápsula de Bowman; ↪O corpúsculo renal é esférico e varia quanto ao tamanho entre as espécies; ↪Vasos sanguíneos entram e saem do glomérulo no polo vascular. O polo urinário se situa em posição oposta ao polo vascular, onde a cápsula glomerular se abre para o túbulo contornado proximal. Capilares glomerulares ↪O tufo capilar glomerular (ou rede glomerular) é uma rede de capilares ramificantes e anastomosantes. Esses capilares são revestidos por uma camada extremamente fina de endotélio fenestrado; ↪O sangue entra pela arteríola aferente e deixa a estrutura por meio da arteríola eferente no polo vascular; ↪A membrana basal glomerular (MBG) separa as células endoteliais em sua superfície interna das células epiteliais viscerais, ou podócitos, que revestem sua superfície externa; ↪A MBG consiste em três camadas: lâmina rara interna, a camada adjacente ao endotélio; lâmina rara externa, a camada adjacente aos podócitos; e lâmina densa, a camada entre as lâminas raras. Mesângio ↪O mesângio forma o centro do glomérulo e é composto de células contráteis especializadas imersas em uma matriz acelular; ↪As células mesangiais possuem processos celulares irregulares e alongados, contêm feixes de microfilamentos formados por proteínas contráteis e são unidas a células mesangiais adjacentes por junções de hiato; ↪As funções das células mesangiais são fagocitose, produção da matriz mesangial, manutenção da coerência das alças capilares e regulação do fluxo sanguíneo glomerular por meio da regulação da resistência capilar; ↪A matriz mesangial se caracteriza por uma rede densa de microfibrilas circundada por um material amorfo similar à MBG. Cápsula glomerular ↪A cápsula glomerular (cápsula de Bowman) circunda o glomérulo; ↪Possui dois folhetos: um interno, ou visceral,junto aos capilares glomerulares, e outro externo, ou parietal, formando os limites do corpúsculo renal; ↪Folheto externo (parietal): constituído por epitélio simples pavimentoso, que se apoia na lâmina basal e numa fina camada de fibras reticulares. ↪Folheto interno (visceral): suas células modificam-se durante o desenvolvimento embrionário. Estas células são chamadas de podócitos e formadas pelo corpo celular, de onde partem diversos prolongamentos primários que dão origem aos prolongamentos secundários.↪O corpo da célula epitelial visceral contém o núcleo e é origem de diversos processos primários de grandes dimensões dos quais emanam processos secundários e terciários menores; ↪Os menores desses processos são denominados processos podálicos ou pedicelos. Os processos podálicos secundários e terciários de uma célula fazem interdigitação com os processos de células adjacentes; ↪Os espaços estreitos (25 a 60 nm) entre os processos podálicos são denominados fendas de filtração, as quais são fechadas pelo diafragma da fenda; ↪O epitélio parietal, uma camada de epitélio escamoso simples que reveste a cápsula, faz uma transição abrupta no polo urinário para o epitélio cubuoide do túbulo proximal; ↪Uma célula epitelial adicional existente na cápsula de Bowman é a célula peripolar. As células peripolares estão localizadas no polo vascular do glomérulo na junção entre os epitélios parietal e visceral voltados para o espaço urinário; ↪As células peripolares contêm grânulos limitados por membrana e que se coram intensamente Assim, acredita-se que a célula peripolar seja uma célula secretória, porém sua função específica ainda não foi descoberta. Túbulo renal Túbulo proximal ↪O túbulo proximal se inicia no polo urinário do corpúsculo renal; ↪O túbulo proximal é, por uma margem considerável, o mais longo segmento tubular cortical; assim, perfis de túbulos proximais dominam as secções histológicas do córtex; ↪A primeira parte do túbulo proximal é denominada túbulo contornado proximal (TCP), porque se torce e vira no labirinto cortical até entrar no raio medular, onde se transforma no túbulo reto proximal (TRP); ↪O TRP avança através do raio medular e se estende até a faixa externa da medula externa. Os segmentos do túbulo proximal também são classificados como segmentos S1, S2 e S3 com base em diferenças no comprimento ou abundância de características comuns a todas as células do túbulo proximal; ↪Em geral, a superfície apical do túbulo proximal está revestida por uma borda em escova formada por longas projeções da membrana plasmática apical conhecidas como microvilosidades; ↪As bordas laterais das células epiteliais são caracterizadas por uma elaborada interdigitação de processos celulares laterais; ↪Além disso, a superfície basal das células tem uma membrana notavelmente pregueada com processos de células adjacentes localizadas entre as prega; ↪Os pregueamentos da borda em escova apical e da membrana plasmática basolateral aumentam significativamente a área de superfície da célula; assim, permitem os altos índices de transporte transepitelial que ocorrem nesse segmento; ↪Numerosas mitocôndrias longas estão interpostas entre os pregueamentos laterais de membrana plasmática, criando estrições verticais visíveis ao microscópio óptico; ↪A associação muito próxima das mitocôndrias com a membrana plasmática proporciona uma fonte imediata de energia para as proteínas de transporte que dependem de trifosfato de adenosina (ATP) localizadas na membrana plasmática basolateral; ↪Nas proximidades da superfície apical, os lados laterais das células estão unidos por junções estreitas (zônulas ocludentes), zônulas aderentes e desmossomos (máculas aderentes). Junções de hiato ocasionais também unem as células; ↪O núcleo solitário é esférico e situa-se no meio até a parte basal da célula. As células do túbulo proximal contêm um aparelho endocitótico extenso que inclui numerosas vesículas apicais, endossomos e lisossomos; ↪O TRP se estende em direção à medula externa e, tipicamente, faz uma transição abrupta para o epitélio escamoso simples do ramo descendente fino na margem entre as faixas interna e externa da medula externa. Alça de Henle A estrutura conhecida como alça de Henle consiste em quatro segmentos tubulares: o ramo descendente grosso, agora mais comumente referido como túbulo reto proximal; o ramo descendente fino; o ramo ascendente fino, que está presente em néfrons de alça longa; e o ramo ascendente grosso, que às vezes é chamado de túbulo reto distal. Ramos finos da alça de Henle ↪O ramo fino da alça de Henle (RF) inicia-se no final do túbulo proximal e estende-se até a distância variável na medula antes de fazer um retorno abrupto e ter continuidade até o limite das medulas interna e externa; ↪Em néfrons de alça longa, o epitélio delgado se estende até a medula interna. A parte do TRP até o local de retorno abrupto é denominada ramo descendente fino; a parte desde a curva abrupta até o limite entre a medula interna/externa é denominada ramo ascendente fino. ↪Em geral, os ramos finos exibem um epitélio escamoso simples, com mudanças abruptas ou graduais para epitélio cuboide baixo nas duas extremidades dos segmentos finos, dependendo da espécie; ↪Os núcleos se protraem na direção do lúmen para um grau maior mais do que os núcleos das células endoteliais de capilares adjacentes; ↪Além disso, os núcleos são redondos ao serem observados do lúmen, enquanto os núcleos endoteliais estão alongados na direção do eixo longitudinal do vaso. Ramo ancendente grosso da alça de Henle ↪O ramo ascendente grosso da alça de Henle tem origem no limite entre a medula interna e a externa e ascende em direção ao córtex renal no raio medular; ↪O epitélio do ramo ascendente grosso medular (RAGM) é mais alto que o epitélio do ramo ascendente grosso cortical (RAGC); ↪Em néfrons de alça curta, o ramo ascendente grosso inicia-se no retorno abrupto da alça de Henle em diversas profundidades na medula externa; ↪Em néfrons de alça longa, o retorno abrupto ocorre na medula interna e o ramo ascendente grosso se estende desde o retorno até a transição para o ramo ascendente grosso no limite entre a medula interna e a externa; ↪O ramo ascendente grosso de cada néfron retorna ao polo vascular de seu próprio glomérulo. Nesse local, o ramo ascendente grosso contém um aglomerado especializado de células epiteliais, a mácula densa que faz parte do aparelho justaglomerular descrito mais adiante; ↪A transição do ramo ascendente grosso para o túbulo contornado distal ocorre em uma distância variável além da mácula densa; ↪As células do ramo ascendente grosso são do tipo cuboide, com microprojeções apicais curtas e grossas, bordas celulares ondulantes e um único cílio central na superfície apical; ↪As células exibem um conjunto impressionante de mitocôndrias verticalmente orientadas e de pregueamentos da membrana plasmática basolateral, necessários para que seja alcançada a alta velocidade de transporte ativo que ocorre nesse segmento. Túbulo Contorcido Distal ↪O túbulo contornado distal (TCD) é muito mais curto que o túbulo contornado proximal; portanto, seus perfis são relativamente raros no labirinto cortical; ↪As células do túbulo contornado distal são mais altas do que as células do ramo ascendente grosso cortical, e as bordas das células apicais são simples, não ondulatórias; ↪No entanto, assim como o ramo ascendente grosso, a superfície apical é revestida por microprojeções curtas, e as células exibem alta densidade mitocondrial; ↪O núcleo está localizado na região apical da célula, e pregueamentos da membrana plasmática basolateral, com mitocôndrias verticalmente orientadas dispostas entre as pregas, ocupam toda a região basal. Segmento conector ↪O epitélio do segmento conector (SC) tem aproximadamente a mesma altura do epitélio do túbulo contornado distal; ↪Entretanto, ao contrário do túbulo contornado distal, o segmento conector contém diversos tipos de células epiteliais, que podem abranger células do túbulo contornado distal, células do segmento conector, células intercaladase células principais; ↪As células do segmento conector são semelhantes, em termos de morfologia, às células do túbulo contornado distal, com um pregueamento proeminente da membrana plasmática basolateral, mitocôndrias verticalmente orientadas, poucas microprojeções apicais curtas da membrana plasmática e um núcleo apical; ↪As diferenças entre a célula do segmento conector e a célula do túbulo contornado distal podem ser apreciadas pela microscopia eletrônica; comumente observa-se menor número de microprojeções apicais, densidade mitocondrial mais baixa e um núcleo mais redondo nas células do segmento conector; ↪Contudo, a identificação definitiva dos perfis individuais desses dois tipos celulares no segmento conector talvez dependa da localização imunocitoquímica de transportadores específicos de célula; essa condição reforça o fato de que, embora a estrutura das células do túbulo contornado distal e a do segmento conector possam ser similares, suas funções são bastante diferentes; ↪Células principais e células intercaladas são estruturalmente distintas. Dutos coletores ↪Diversos néfrons se esvaziam em um duto coletor cortical (DCC), um segmento tubular reto no raio medular; ↪Os dutos coletores descem pela medula e se fundem em repetidas ocasiões. Os dutos coletores, ou papilares, medulares internos terminais se findam no ápice da papila ou ao longo da crista renal, formando uma área perfurada na superfície, denominada área cribrosa, onde é emitido o líquido tubular – agora considerado como urina; ↪O duto coletor não é considerado como parte do néfron, pois possui uma origem distinta durante o desenvolvimento; ↪De fato, o túbulo coletor inicial e o duto coletor surgem do broto uretérico, enquanto todos os componentes do néfron evoluem do blastema metanéfrico. Durante o desenvolvimento, esses dois componentes se fundem para formar um túbulo contínuo; ↪O termo túbulo renal engloba tanto o néfron como o duto coletor; ↪O duto coletor desempenha papéis importantes na regulação ácido-básica e da excreção do sal e da água; ↪Os segmentos conectores se fundem com o túbulo coletor inicial no labirinto cortical, e essas estruturas se fundem com o duto coletor cortical no raio medular; ↪O túbulo coletor inicial se compõe de células principais e de células intercaladas; assim, constitui um epitélio heterogêneo. A altura do epitélio do túbulo coletor inicial é tipicamente intermediária entre a altura do segmento conector e a do duto coletor cortical; ↪O duto coletor desce pelo raio medular, atravessa a medula externa e a interna e, depois de se fundir várias vezes com outros dutos coletores, se abre no ápice papilar ou na borda da crista renal; ↪Na maior parte de sua extensão, os dutos coletores estão revestidos com epitélio cuboide simples; ↪Dutos coletores corticais e medulares externos (DCME) contêm tanto células principais como células intercaladas; ↪As células principais constituem cerca de dois terços das células; têm perfil baixo e apresentam uma superfície apical lisa, com poucas microprojeções apicais curtas, e um cílio central solitário; ↪As células principais estão envolvidas na secreção de potássio e na reabsorção de água regulada pelo sódio, pelo cloreto e pelo hormônio antidiurético; ↪Células intercaladas são encontradas ao longo da maioria do duto coletor; ↪No segmento conector, túbulo coletor inicial e duto coletor cortical, há pelo menos três tipos distintos de células intercaladas: tipo A, um tipo de célula secretora de ácido; tipo B, um tipo de célula secretora de bicarbonato; e células intercaladas, não-A e não-B, cuja função ainda não foi caracterizada por completo; ↪Os segmentos dos dutos coletores medular externo e medular interno inicial contêm células principais e células intercaladas secretoras semelhantes às células intercaladas do tipo A; ↪A prevalência de células intercaladas diminui de forma gradual nos segmentos do duto coletor distal; além disso, essas células estão essencialmente ausentes no duto coletor medular interno terminal; ↪No duto coletor medular interno (DCMI) terminal, as células principais também desaparecem, e o tipo celular predominante, denominado célula do duto coletor medular interno, é uma célula epitelial mais alta composta por microprojeções apicais curtas e grossas com glicocálice conspícuo, uma quantidade um tanto pequena de membrana plasmática basolateral e poucas organelas citoplasmáticas. Vasculatura do rim ↪Cada rim é irrigado por uma única artéria renal que se origina na aorta abdominal. A ramificação da artéria renal pode ocorrer nas proximidades do hilo ou no interior do seio renal; ↪Esses ramos se dividem em artérias interlobares, as quais ascendem no parênquima renal até a junção corticomedular; ↪Neste ponto, as artérias interlobares formam vasos variavelmente arqueados conhecidos como artérias arciformes; ↪As artérias arciformes emitem artérias interlobulares, que avançam pelo labirinto cortical e originam as arteríolas aferentes que irrigam os glomérulos; ↪A parede da arteríola aferente é a principal localização das células justaglomerulares que produzem renina; ↪Os tufos capilares glomerulares são drenados por arteríolas eferentes. As arteríolas eferentes que provêm dos glomérulos localizados no córtex superficial ou intermediário se distribuem até as redes capilares peritubulares dos capilares fenestrados; ↪Evidências consistentes sugerem que as células endoteliais dos capilares peritubulares corticais sintetizam o hormônio eritropoetina, o qual estimula a produção de eritrócitos; ↪As arteríolas eferentes de glomérulos justamedulares fornecem sangue para toda a medula. Essas arteríolas se dividem na faixa externa da medula externa, originando vasa recta descendentes (vasos retos); ↪As vasa recta descendentes irrigam as redes capilares peritubulares adjacentes ao longo da extensão da medula. Os capilares drenam para as vasa recta ascendentes, as quais ascendem na medula; ↪As vasa recta descendentes são arteríolas com endotélio contínuo, ao passo que as vasa recta ascendentes são vênulas com endotélio fenestrado; ↪Muitas das vasa recta descendentes e ascendentes se reúnem para formar feixes vasculares que estão distribuídos de forma regular pela medula inteira; ↪Em geral, as veias acompanham as artérias e compartilham o mesmo nome. A drenagem venosa da medula é resolvida pelas vasa recta ascendentes que deságuam nas veias arciformes ou, ocasionalmente, nas veias interlobulares; ↪A drenagem venosa do córtex basicamente é realizada pelos capilares peritubulares que deságuam em veias estreladas, veias interlobulares ou veias arciformes; ↪As veias arciformes esvaziam-se nas veias interlobares, as quais coalescem para formar uma única veia renal que deixa o hilo e deságua na veia cava caudal. Interstício, linfáticos e nervos ↪Normalmente, o interstício entre os túbulos renais e os vasos sanguíneos é esparso, sobretudo no córtex, onde os túbulos e vasos ficam muito próximos; ↪Há presença de maior quantidade de interstício na medula, em particular na medula interna. O interstício contém diversos tipos de células intersticiais e a matriz extracelular, a qual se compõe de fibras de colágeno, glicoproteínas e proteoglicanos; ↪As células intersticiais incluem fibroblastos, células derivadas da medula óssea e uma única célula intersticial repleta de lipídio que é especialmente conspícua na medula interna; ↪Os linfáticos são encontrados no interstício que circunda as artérias intrarrenais; esses vasos têm início no polo vascular do glomérulo, ou mais distalmente ao longo da arteríola aferente, e continuam até o hilo renal; ↪O rim possui enervação eferente ao músculo liso das artérias,arteríolas aferentes e eferentes e vasa recta descendentes; os nervos avançam pelo interstício que circunda os vasos; ↪Numerosos axônios e terminais nervosos também estão presentes na área do aparelho justaglomerular; eles contatam as células justaglomerulares da arteríola aferente produtoras de renina. Aparelho justaglomerular ↪O aparelho justaglomerular está localizado no polo vascular do glomérulo; ↪Seus componentes são a mácula densa, as células mesangiais extraglomerulares e as células justaglomerulares; ↪A mácula densa é uma aglomerado de células epiteliais especializadas no ramo ascendente grosso cortical, no local onde esse ramo avança entre as arteríolas aferente e eferente; ↪As células são altas e estreitas, em comparação com as células do ramo ascendente grosso típico, e os espaços intercelulares entre elas parecem estar dilatados; ↪As células mesangiais extraglomerulares (células de Polkissen, células lacis, células de Goormaghtigh) são encontradas entre a mácula densa e as duas arteríolas e continuam com as células mesangiais no interior do glomérulo; ↪As células são achatadas e dispostas em várias camadas. Junções de hiato conectam as células mesangiais extraglomerulares entre si, com células mesangiais intraglomerulares e com células justaglomerulares, mas não com as da mácula densa; ↪As células justaglomerulares (JG ou granulares) se localizam principalmente na arteríola aferente e são derivadas de músculo liso. Relações de estrutura-função no rim Função geral ↪O filtrado glomerular atravessa os túbulos renais, nos quais ocorrem reabsorção de solutos e água e secreção de solutos. A reabsorção de solutos e água através do epitélio tubular renal até os capilares peritubulares ocorre por vias transcelulares e paracelulares; ↪A via transcelular utiliza processos ativos e passivos para mobilizar substâncias através das membranas plasmáticas e do citoplasma; ↪O transporte ativo necessita de proteínas de transporte da membrana plasmática e de energia do ATP para que íons específicos sejam mobilizados através da membrana, frequentemente contra um gradiente eletroquímico; ↪As membranas plasmáticas também contêm proteínas de canal e proteínas transportadoras que não utilizam ATP; essas proteínas facilitam o movimento de íons ou da água através das membranas lipídicas, com frequência impulsionados por gradientes gerados por transportadores ativos; ↪A via paracelular envolve o movimento passivo de água e de solutos do lúmen do túbulo para o interstício através de junções nas células epiteliais e de espaços intercelulares laterais; ↪O movimento através da via paracelular também é promovido por gradientes gerados por transportadores ativos, mas fica limitado pela permeabilidade das junções estreitas que unem as células; ↪Túbulos proximais exibem junções estreitas permeáveis; é permitido um transporte paracelular significativo, porém o epitélio não pode manter gradientes grandes; ↪No ramo ascendente grosso, no túbulo contornado distal e no duto coletor as junções estreitas são relativamente impermeáveis; ocorre pouco transporte paracelular, mas são mantidos elevados gradientes de sal e água. Túbulo proximal ↪Normalmente, o túbulo proximal reabsorve cerca de 85% da água e dos sais no filtrado glomerular e 100% da glicose, dos aminoácidos, dos peptídeos e das proteínas de baixo peso molecular filtrados; ↪A extensa área da superfície da membrana plasmática apical desenvolvida pela borda em escova contém numerosas proteínas de transporte específicas que acoplam a absorção de sódio com outros processos de transporte, como a absorção de bicarbonato e glicose; ↪A reabsorção de água segue o gradiente químico criado pela reabsorção ativa de sódio; canais de água (aquaporinas) permitem que a água atravesse a membrana lipídica hidrofóbica; ↪O túbulo proximal não é um epitélio muito denso e não pode gerar grandes gradientes eletroquímicos. Assim, embora a maior parte da água e dos solutos filtrados seja reabsorvida no túbulo proximal, o líquido do túbulo que ingressa no ramo descendente fino é essencialmente isotônico; ↪Proteínas de baixo peso molecular e peptídeos são filtrados, mas em geral são reabsorvidos por completo no túbulo proximal; ↪Essas moléculas são capturadas do lúmen por endocitose mediada por receptor em vesículas endocíticas e são metabolizadas em endossomos e lisossomos; ↪O túbulo proximal também secreta íons orgânicos, inclusive muitos agentes farmacológicos e toxinas. A captação dessas substâncias no sangue e sua secreção para o lúmen podem concentrar o íon orgânico no túbulo proximal, em alguns casos até níveis tóxicos. Ramos finos e ramo ascendente grosso da alça de Henle ↪O arranjo físico e as características de transporte dos ramos finos e do ramo ascendente grosso da alça de Henle permitem que o rim produza urina concentrada com um gasto mínimo de energia; ↪Um sistema de contracorrente é gerado pela estrita aposição dos ramos finos descendente e ascendente e pela direção oposta do fluxo do líquido tubular nesses túbulos; ↪As vasa recta descendentes e ascendentes possuem arranjo de contracorrente similar. O mecanismo de contracorrente, juntamente com a reabsorção ativa de NaCl pelo ramo ascendente grosso e com as permeabilidades seletivas dos ramos finos à água, sal e ureia origina e mantém um interstício medular hipertônico e possibilita a produção de urina concentrada; ↪O líquido tubular deixa o túbulo reto proximal, atravessa o ramo descendente fino através das regiões mais profundas da medula, faz um retorno abrupto e, em seguida, ascende através do ramo ascendente fino e do ramo ascendente grosso em néfrons de alça longa ou pelo ramo ascendente grosso em néfrons de alça curta; ↪Os ramos finos ascendente e descendente, embora semelhantes na estrutura, exibem permeabilidades distintas que são elementos necessários do mecanismo de contracorrente para concentração; ↪Outro componente fundamental para esse sistema é a osmolaridade intersticial progressivamente crescente na medula e o arranjo de contracorrente das vasa recta descendentes e ascendentes; ↪As vasa recta estão dispostas em padrão similar ao dos ramos finos, com partes descendentes e ascendentes conectadas por um giro abrupto; ↪A osmolaridade plasmática no interior das vasa recta descendentes (VRD) é aproximadamente igual à do interstício cortical; ↪As VRD passam por concentrações intersticiais mais elevadas de NaCl e ureia de forma progressiva. Elas não são fenestradas, mas permitem que ocorra difusão paracelular de NaCl e movimento transcelular de ureia e água para o interstício medular por meio de proteínas específicas; ↪As vasa recta ascendentes (VRA) são fenestradas e, portanto, permeáveis à água, NaCl e ureia, permitindo um equilíbrio praticamente até à isotonicidade quando AVR deixam a medula hipertônica; ↪Esse sistema permite um aporte sanguíneo adequado à medula interna sem que ocorra degradação da hipertonicidade intersticial; ↪O ramo ascendente grosso também gera hipertonicidade medular pela reabsorção de sal sem água. O epitélio do ramo ascendente grosso apresenta extenso pregueamento da membrana plasmática basolateral que contém Na+-K + ATPase (adenosina trifosfatase) em abundância; ↪Essa enzima bombeia ativamente sódio da célula para o interstício; as numerosas mitocôndrias interpostas entre os pregueamentos da membrana plasmática produzem a energia necessária; ↪Os gradientes eletroquímicos criados pela Na+-K + ATPase basolateral promovem absorção de íons do lúmen pelo cotransportador NaK2Cl na membrana plasmática apical; ↪Esse transportador éexclusivo do ramo ascendente grosso e inativado pelos medicamentos furosemida e bumetanida, conhecidos como “diuréticos de alça”, porque promovem excreção de água e sal da alça de Henle; ↪O ramo ascendente grosso é impermeável à água; desse modo, a ávida captação de íons reduz a tonicidade do líquido tubular e aumenta a tonicidade do interstício medular. Túbulo contornado distal ↪No túbulo contornado distal (TCD), o transporte ativo promove reabsorção de sódio e cloreto; ↪Considerando que o TCD é impermeável à água, a osmolaridade do líquido tubular cai para cerca de 100 mOsm/kg; assim, o TCD é denominado “segmento de diluição”; ↪A Na+-K+ ATPase basolateral transporta sódio até o interstício; um cotransportador de NaCl na membrana plasmática apical, o local de ação dos diuréticos da classe das tiazidas, promove mediação da absorção de sódio e cloreto do lúmen; ↪O TCD reabsorve cálcio através do transporte ativo pela Ca-ATPase basolateral e do transporte ativo secundário através dos canais de cálcio apicais e de um trocador de sódio/cálcio basolateral; ↪Os complexos pregueamentos da membrana plasmática basolateral acomodam as muitas proteínas de transporte de íons e a enorme quantidade de mitocôndrias produz a energia necessária para as elevadas taxas de transporte ativo. Duto coletor ↪O duto coletor regula a composição final da urina e mantém a homeostase sistêmica acidobásica e de sódio, potássio e água; ↪Os diversos tipos de células epiteliais no duto coletor realizam essas funções fisiológicas específicas. Células intercaladas estão envolvidas na regulação acidobásica; ↪O duto coletor cortical (DCC) pode secretar tanto ácido como bicarbonato; essa função é efetuada por diferentes subtipos de células intercaladas; ↪As células intercaladas do tipo A secretam de forma ativa ácido através dos sistemas apicais H-ATPase e H, K-ATPase; bicarbonato é reabsorvido pelo trocador de ânions Cl-/HCO3 basolateral AE1; ↪As células intercaladas do tipo B secretam bicarbonato através de um trocador de ânions apical diferente, a pendrina; prótons são transportados até o interstício por bombas de prótons basolaterais; ↪As células intercaladas não-A, não-B possuem pendrina na sua parte apical, sugerindo que podem secretar bicarbonato; também possuem H-ATPase que, por sua vez, indica a possibilidade de secretarem prótons; ↪As células intercaladas secretoras de ácido sofrem mudanças estruturais para aumentar a eficiência da secreção ácida; ↪As tubulovesículas citoplasmáticas apicais contêm bombas de prótons. Durante a acidose, essas vesículas se fundem com a membrana plasmática apical, amplificando essa membrana e movimentando as bombas de prótons para onde possam bombear ácido para o líquido tubular; ↪A ativação da secreção de bicarbonato promove mudanças estruturais semelhantes nas células intercaladas do tipo B; vesículas que contém o trocador de íons pendrina são inseridas na membrana plasmática apical; ↪As células principais e as células do duto coletor medular interno (DCMI) regulam a excreção de sódio e água; ↪As principais reabsorvem sódio por meio da Na+-K+ ATPase na membrana plasmática basolateral e nos canais de sódio existentes na membrana plasmática apical; ↪Esses dois trajetos de absorção de sódio são intensificados pela aldosterona, um hormônio adrenal. As células principais e as células DCMI também regulam a excreção de água renal, mas esse processo depende de um interstício medular hipertônico e do hormônio antidiurético (ADH); ↪As células principais contêm canais apicais e basolaterais para água (aquaporinas). O canal apical de água, aquaporina 2, é regulado pelo ADH. Quando há necessidade de se conservar água, o ADH liberado pela hipófise ativa os canais de água apicais; ↪No DCMI, as células principais e as células do DCMI também contêm transportadores de ureia. Os transportadores de ureia na membrana plasmática apical (UT-A1 e UT-A3) facilitam a sua captação; ↪Também está presente um transporte de ureia basolateral facilitado, mas ainda são desconhecidos os transportadores específicos; ↪A captação da ureia através desses transportadores fica estimulada pelo ADH e contribui para a manutenção do interstício medular hipertônico e, portanto, para a conservação de água; ↪Tanto as células intercaladas como as células principais participam na regulação da excreção de potássio. As células principais secretam potássio através da Na+-K+ ATPase basolateral e dos canais de potássio apicais; ↪As células intercaladas são capazes de promover reabsorção de potássio pela H, K+-ATPase apical e canais de potássio basolaterais. Vias urinárias ↪As vias urinárias abrangem os cálices (grandes ruminantes e porcos), a pelve renal (pequenos ruminantes e porcos), os ureteres, a bexiga e a uretra; ↪Essas estruturas possuem organização histológica similar que contém uma túnica mucosa de epitélio de transição com até oito células de profundidade; uma camada de tecido conjuntivo frouxo subjacente (própria-submucosa); uma túnica muscular de músculo liso formando camadas longitudinal interna, circular intermediária e longitudinal externa; e uma túnica adventícia de tecido conjuntivo frouxo ou uma túnica serosa de mesotélio e tecido conjuntivo quando estiver presente um revestimento peritonial visceral; ↪As variações desse padrão geral são: 1. Pelve renal: em cavalos, glândulas mucosas (glândulas tubuloalveolares ramificadas simples) presentes na mucosa contribuem para a natureza viscosa/filamentosa da urina equina. O epitélio de transição tem apenas algumas células de profundidade. 2. Ureter: o ureter possui um lúmen estreito. Quando não está distendido, a mucosa se dobra longitudinalmente, conferindo ao lúmen um aspecto estrelado nas secções transversais. Em cavalos, estão presentes glândulas mucosas no uréter proximal. 3. Bexiga: células superficiais são grandes células epiteliais de transição que revestem o lúmen. Quando a bexiga está relaxada, as células superficiais contêm tubulovesículas membranosas intracitoplasmáticas extensas que, segundo se acredita, inserem-se na membrana plasmática quando a bexiga está distendida. As células de transição superficiais exibem extensos pregueamentos de membrana plasmática basolateral que fazem interdigitação com a membrana plasmática das células de transição subjacentes. Células de transição adjacentes estão conectadas por numerosos desmossomos com longos filamentos intermediários que se estendem pelo citoplasma; supõe-se que os desmossomos e os filamentos intermediários mantenham a integridade epitelial, assim como se esticam e se achatam durante a distensão da bexiga. Uma lâmina muscular composta por pequenos feixes isolados de músculo liso está presente em cavalos, ruminantes, cães e porcos, mas é ausente em gatos. A lâmina muscular divide a camada de tecido conjuntivo frouxo em uma lâmina própria interna e uma submucosa externa. O músculo liso da túnica muscular, denominado músculo detrusor, compõe-se de três camadas de músculo liso que, em alguns casos, não são bem definidas. 4. Uretra (fêmea): basicamente, o epitélio é do tipo de transição, mas nas proximidades do orifício uretral externo ele muda para escamoso estratificado. Vasos descritos como espaços cavernosos revestidos de endotélio estão dispersos no tecido conjuntivo da própria-submucosa, dando o aspecto de tecido erétil. A quantidade e a distribuição do tecido cavernoso na uretra dependem da espécie. Alguns feixes de músculo liso orientado em sentido longitudinal podem formar uma lâmina muscular rudimentar. O músculo liso na túnica muscular inclui componentes circulares e longitudinais irregularmente arranjados.Na uretra distal, feixes de músculo esquelético com orientação longitudinal e circular estão mesclados com, ou substituem, o músculo liso na túnica muscular. Um divertículo suburetral revestido por epitélio de transição e com uma camada subjacente de tecido conjuntivo frouxo pode ser observado em sentido ventral ao orifício uretral externo em porcos e em ruminantes. ↪Essas vias de passagem funcionam como condutor e reservatório para a urina, além de constituírem um mecanismo para enchimento da bexiga e liberação da urina; ↪A urina é transportada do rim até a bexiga por contrações peristálticas do músculo liso dos cálices, pelve renal e ureter; ↪Os uréteres ingressam na bexiga fazendo um ângulo agudo. Este ângulo funciona como uma válvula que impede o refluxo da urina de volta para o ureter; ↪O sistema nervoso controla os componentes musculares da bexiga e da uretra, enquanto a urina se enche e é esvaziada; ↪O enchimento da bexiga depende tanto da restrição do efluxo como do relaxamento da parede vesical. A restrição do efluxo é resultado da (a) constrição do esfíncter uretral via estimulação do músculo esquelético uretral pelo nervo pudendo e (b) estimulação simpática (nervo hipogástrico) do músculo liso do colo da bexiga (α-receptores); ↪O relaxamento da bexiga resulta da (a) inibição da inervação parassimpática (nervo pélvico) ao músculo detrusor e (b) inibição da contração do músculo detrusor por estimulação nervosa simpática (β- receptores); ↪A eliminação da urina é denominada micturição. Esse processo voluntário é mediado pelo tronco cerebral caudal sob controle cortical e cerebelar. Essencialmente, a micturição normal requer o processo inverso ao enchimento da bexiga, isto é, relaxamento do esfíncter uretral e contração do colo vesical e da bexiga; ↪Assim, é possibilitado o efluxo da urina por (a) inibição da inervação pudenda ao músculo esquelético e (b) inibição da inervação simpática do músculo liso do colo vesical. A contração da bexiga é resultado de (a) estimulação parassimpática do músculo detrusor e (b)
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