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Aula 10 - Infraestrutura de Transportes

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23/03/2021 Disciplina Portal
estacio.webaula.com.br/Classroom/index.asp?191C757E76=4944233E2541B2F19DC4C47D007D5F6754FC92CC52DDA4EB202FA4628C072295C… 1/16
Gestão da cadeia de
suprimentos
Aula 10 - Infraestrutura de Transportes
INTRODUÇÃO
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Nesta aula, vamos continuar falando sobre uma das atividades mais importantes, a Logística. A�rmamos isto devido ao seu
custo que alcança até 60% do produto.
O custo do transporte, no Brasil, é tão relevante que representa 16% do PIB!
Uma vez que é ele o responsável por colocar o produto certo na hora certa, o transporte tem uma importância fundamental
para a Logística. Utilizamos todos os modais de transporte, fazendo com que a operação dessa atividade seja feita de forma
integrada.
Em nossa biblioteca, você pode assistir a um vídeo sobre uma empresa brasileira que já possui três modais de transportes: o
ferroviário, o rodoviário e marítimo, comprovando assim a importância da Logística.
Nesse particular, o transporte tem algumas funções importantes. Suas principais características são: velocidade,
disponibilidade, con�abilidade, capacidade e frequência.
OBJETIVOS
Explicar o relevante papel desempenhado pelos transportes na cadeia de suprimentos, através da compreensão de suas
funções e características.
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O PAPEL DOS TRANSPORTES
O transporte é uma das principais funções logísticas. Além de representar a maior parcela dos custos logísticos na maioria
das organizações, tem papel fundamental no desempenho de diversas dimensões do Serviço ao Cliente.
Do ponto de vista de custos, representa, em média, cerca de 60% das despesas logísticas, o que em alguns casos pode
signi�car duas ou três vezes o lucro de uma companhia, como é o caso, por exemplo, do setor de distribuição de
combustíveis.
As principais funções do transporte na Logística estão
ligadas basicamente às dimensões de tempo e utilidade
de lugar.
Desde os primórdios, o transporte de mercadorias tem sido utilizado para disponibilizar produtos onde existe demanda
potencial, dentro do prazo adequado às necessidades do comprador. Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a
troca de informações em tempo real, o transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, que
é o produto certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo e ao menor custo possível.
Assista ao vídeo Transportes ALL e entenda como acontece o processo de armazenagem, logística e distribuição.
Muitas empresas brasileiras vêm buscando atingir tal objetivo em suas operações. Com isso, vislumbram na Logística,
e mais especi�camente na função transporte, uma forma de obter diferencial competitivo. Entre as iniciativas para
aprimorar as atividades de transporte, destacam-se os investimentos realizados em tecnologia da informação, que
objetivam fornecer às empresas melhor planejamento e controle da operação, assim como a busca por soluções
intermodais que possibilitem uma redução signi�cativa nos custos.
Aqui, a função transporte será tratada inicialmente sob a perspectiva de integração às demais funções logísticas. Em
seguida, os cinco diferentes tipos de modais serão classi�cados sob a ótica de custos e serviço. Também serão
tratadas as questões que tornam a matriz de transporte brasileira desbalanceada. O texto também trata de uma
discussão sobre os impactos que a tecnologia da informação, mais especi�camente a Internet, vem causando na
gestão do transporte.
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VÍDEO
O ponto central desta análise é a relação entre políticas de transporte e de estoque?
Sim, o ponto central desta análise é a relação entre políticas de transporte e de estoque. Dentro de uma visão não integrada, o
gestor de estoques possui comumente o objetivo de minimizar os custos com estoque sem analisar todos os custos
logísticos. Este tipo de procedimento impacta, de forma negativa, outras funções logísticas, como, por exemplo, a produção
que passa a necessitar de uma maior �exibilidade (glossário) e uma gestão de transporte caracterizada pelo transporte mais
fracionado, aumentando uma forma geral o custo unitário de transporte.
ATENÇÃO
, É importante deixar claro que esta política pode ser a mais adequada em situações em que se utilizam estratégias baseadas no tempo,
como JIT, ECR, QR. Estas estratégias visam reduzir o estoque a partir de uma visão integrada da Logística, exigindo da função transporte
a rapidez e a consistência necessária para atender aos tamanhos de lote e aos prazos de entrega. Além disso, em muitos casos a
entrega deve ser realizada em uma janela de tempo que pode ser de um turno ou até de uma hora.
Outra questão importante ligada a esta análise está associada à escolha de modais. Dependendo do modal escolhido, o
transit time poderá variar em dias. Por exemplo, um transporte típico de Sáo Paulo para Recife pelo modal rodoviário demora
em torno de 5 dias, enquanto o ferroviário pode ser realizado em cerca de 18 dias. A escolha dependerá evidentemente do
nível de serviço desejado pelo cliente, e dos custos associados a cada opção. O custo total desta operação deve contemplar
todos os custos referentes a um transporte porta a porta, mais os custos do estoque, incluindo o estoque em trânsito. Para
produtos de maior valor agregado, pode ser interessante o uso de modais mais caros e de maior velocidade.
O Serviço ao Cliente é um componente fundamental da Logística Integrada. Todas as funções logísticas vistas
contribuem para o nível de serviço que uma empresa presta aos seus clientes. O impacto do transporte no Serviço ao
Cliente é um dos mais signi�cativos, e as principais exigências do mercado geralmente estão ligadas à pontualidade do
serviço, à capacidade de prover um serviço porta a porta, à �exibilidade, no que diz respeito ao manuseio de uma
grande variedade de produtos, ao gerenciamento dos riscos associados a roubos, danos e avarias e à capacidade de o
transportador oferecer mais que um serviço básico de transporte, tornando-se capaz de executar outras funções
logísticas. As respostas para cada uma destas exigências estão vinculadas ao desempenho e às características de
cada modal de transporte, tanto no que diz respeito às suas dimensões estruturais, quanto à sua estrutura de custos.
CLASSIFICAÇÃO DOS MODAIS DE TRANSPORTE
Os cincos modais de transporte básicos são:
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  o ferroviário;
  o rodoviário;
  o hidroviário;
  o aeroviário;
  os dutos e os de multimodalidade e intermodalidade.
A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos da quilometragem do sistema, do volume de tráfego, da
receita e da natureza da composição do tráfego.
De acordo com Alvarenga e Novaes (2000: 93), para se organizar um sistema de transporte é preciso ter uma visão sistêmica,
que envolve planejamento, mas para isso é preciso que se conheça:
  os �uxos nas diversas ligações da rede;
  o nível de serviço atual;
  o nível de serviço desejado;
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  as características ou parâmetros sobre a carga;
  os tipos de equipamentos disponíveis e suas características (capacidade, fabricante etc);
  e os sete princípios ou conhecimentos, referentes à aplicação do enfoque sistêmico.
Quanto aos parâmetros de carga, os principais elementos são: peso e volume, densidade média; dimensão da carga;
dimensão do veículo; grau de fragilidadeda carga; grau de perecibilidade; estado físico; assimetria; e compatibilidade entre
cargas diversas.
Sendo assim, pode-se observar que no transporte de produtos, vários parâmetros precisam ser observados para que se tenha
um nível de serviço desejável pelo cliente.
Dependendo das características do serviço, será feita a seleção de um modal de transporte ou do serviço oferecido dentro de
um modal.
A primeira dimensão a ser considerada na escolha do modal é a estrutura de custos �xos/variáveis e a classi�cação das
características operacionais de cada modal quanto à velocidade, disponibilidade, con�abilidade, capacidade e frequência que
serão discutidas a seguir.
Segundo Ballou (2001:156), a seleção de um modal de transporte pode ser usada para criar uma vantagem competitiva do
serviço. Para tanto, destaca-se a seguir algumas características dos modais de transporte.
Ferroviário
No Brasil, o transporte ferroviário é utilizado principalmente no deslocamento de grandes
tonelagens de produtos homogêneos, ao longo de distâncias relativamente longas.
Como exemplo destes produtos estão: os minérios (de ferro, de manganês), carvões minerais,
derivados de petróleo e cereais em grão, que são transportados a granel. No entanto, em países
da Europa, por exemplo, a ferrovia cobre um aspecto muito mais amplo de �uxos. Como
exemplos de meios de transporte ferroviário, pode-se citar o transporte com vagões, containers
ferroviários (1 a 5 toneladas) e transporte ferroviário de semi-reboque rodoviário (piggyback).
Segundo Ballou (1993:127), existem duas formas de serviço ferroviário, o transportador regular e
o privado. Um transportador regular presta serviços para qualquer usuário, sendo regulamentado
em termos econômicos e de segurança pelo governo. Já o transportador privado pertence a um
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usuário particular, que o utiliza em exclusividade.
Com relação aos custos, o modo ferroviário apresenta altos custos �xos em equipamentos,
terminais e vias férreas, entre outros. Porém, seu custo variável é baixo.
Embora o custo do transporte ferroviário seja inferior ao rodoviário, este ainda não é amplamente
utilizado no Brasil, como o modo de transporte rodoviário. Isto se deve a problemas de
infraestrutura e a falta de investimentos nas ferrovias.
Rodoviário
É o mais expressivo no transporte de cargas no Brasil, atingindo praticamente todos os pontos do
território nacional, pois desde a década de 50, com a implantação da indústria automobilística e a
pavimentação das rodovias, esse modelo se expandiu de tal forma que hoje é o mais procurado.
Difere do ferroviário, pois se destina principalmente ao transporte de curtas distâncias de
produtos acabados e semiacabados. Por via de regra, apresenta preços de frete mais elevados do
que os modais ferroviário e hidroviário portanto sendo recomendado para mercadorias de alto
valor ou perecíveis. Não é recomendado para produtos agrícolas a granel, cujo custo é muito
baixo para este modal.
Em relação aos serviços, além da distinção entre transportadoras regulares e frota privada,
existem também transportadores contratados e isentos. Quando os clientes desejam obter um
serviço mais adequado às suas necessidades, isentando-se de despesas de capital ou problemas
administrativos associados à frota própria, estes se utilizam de transportadores contratados. Os
transportadores contratados são utilizados por um número limitado de usuários em contratos de
longa duração. Já os transportadores isentos são aqueles livres de regulamentação econômica,
como por exemplo, veículos operados e contratados por fazendeiros ou cooperativas agrícolas.
O transporte rodoviário apresenta custos �xos baixos (rodovias estabelecidas e construídas com
fundos públicos), porém seu custo variável (combustível, manutenção etc.) é médio.
As vantagens deste modal estão na possibilidade de transporte integrado porta a porta e de
adequação aos tempos pedidos, assim como frequência e disponibilidade dos serviços.
Apresenta como desvantagem a possibilidade de transportar somente pequenas cargas.
Hidroviário
O transporte hidroviário é utilizado para o transporte de granéis líquidos, produtos químicos, areia,
carvão, cereais e bens de alto valor (operadores internacionais) em contêineres. Os serviços
hidroviários existem em todas as formas legais citadas anteriormente. Como exemplos de meios
de transporte hidroviário, pode-se citar os navios dedicados, os navios contêineres e os navios
bidirecionais para veículos (roll-on, roll-off, vessel).
Este tipo de transporte pode ser dividido em três formas de navegação: a cabotagem, que é a
navegação realizada entre portos ou pontos do território brasileiro utilizando a via marítima, ou
entre esta e as vias navegáveis interiores (até, aproximadamente, 12 milhas da costa); a
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navegação interior, que é realizada em hidrovias interiores em percurso nacional ou internacional
e, por �m, a navegação de longo curso, realizada entre portos brasileiros e estrangeiros.
Em relação aos custos, o transporte hidroviário apresenta custo �xo médio (navios e
equipamentos) e custo variável baixo (capacidade para transportar grande quantidade de
tonelagem). É o modal que apresenta o mais baixo custo.
Este modal apresenta como vantagem a capacidade de transportar mercadoria volumosa e
pesada e o fato dos custos de perdas e danos serem considerados baixos, quando comparados
com outros modais. Suas principais desvantagens são a existência de problemas de transporte
no porto; a lentidão, uma vez que o transporte hidroviário é, em média, mais lento que a
ferramenta e a forte in�uência do tempo. Sua disponibilidade e con�abilidade são afetadas pelas
condições meteorológicas.
Aeroviário
O transporte aeroviário tem tido uma demanda crescente de usuários, embora o seu frete seja
signi�cativamente mais elevado que o correspondente rodoviário. Em compensação, seu
deslocamento porta a porta pode ser bastante reduzido, abrindo um caminho para esta
modalidade, principalmente no transporte de grandes distâncias.
Este tipo de transporte é utilizado principalmente nos transportes de cargas de alto valor unitário
(artigos eletrônicos, relógios, alta moda etc.) e perecíveis (�ores, frutas nobres, medicamentos
etc). Como exemplos deste meio de transporte estão os aviões dedicados e aviões de linha.
Segundo Ballou (1993:129), no modo aéreo existem os serviços regulares, contratuais e próprios.
O serviço aéreo é oferecido em alguns dos sete tipos: linhas-tronco domésticas-regulares,
cargueiras (somente cargas), locais (principais rotas e centros menos populosos, passageiros e
cargas), suplementares (charters, não tem programação regular), regionais (preenchem rotas
abandonadas pelas domésticas, aviões menores), táxi aéreo (cargas e passageiros entre centros
da cidade e grandes aeroportos) e internacionais (cargas e passageiros).
Dutos
A utilização do transporte dutoviário é ainda muito limitada. Destina-se principalmente ao
transporte de líquidos e gases em grandes volumes e materiais que podem �car suspensos
(petróleo bruto e derivados, minérios). A movimentação via dutos é bastante lenta, sendo
contrabalançada pelo fato de que o transporte opera 24 horas por dia e sete dias por semana. Os
direitos de acesso, construção, requisitos para controle das estações e capacidade de
bombeamento fazem com que o transporte dutoviário apresente o custo �xo mais elevado. Em
contrapartida, o seu custo variável é o mais baixo, nenhum custo com mão de obra de grande
importância. É, portanto, o segundo modal com mais baixo custo, �cando atrás apenas do modo
de transporte hidroviário.
Como vantagens, o transporte dutoviário se apresenta como o mais con�ável de todos, pois
existem poucas interrupçõespara causar variabilidade nos tempos e os fatores meteorológicos
não são signi�cativos. Além disso, os danos e perdas de produtos são baixos. Como
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desvantagem está a lentidão na movimentação dos produtos, o que inviabiliza seu uso para o
transporte de perecíveis.
Multimodalidade e Intermodalidade
A multimodalidade pode ser de�nida como a integração entre modais, com o uso de vários
equipamentos, como contêineres. Já a intermodalidade caracteriza-se pela integração da cadeia
de transporte, com o uso de um mesmo contêiner, um único prestador de serviço e documento
único. No Brasil utiliza-se a multimodalidade. Segundo Nazário (In: Fleyry et al., 2000:145), uma
das principais barreiras ao conceito da intermodalidade no Brasil diz respeito a sua
regulamentação da prática do Operador de Transporte Multimodal (OTM).
Com a implantação de um documento único de transporte, alguns estados argumentam que
seriam prejudicados na arrecadação do ICMS.
A integração entre modais pode ocorrer entre vários modais: aéreo-rodoviário, ferroviário-
rodoviário, aquário-ferroviário, aquário-rodoviário ou ainda mais de dois modais. A utilização de
mais de um modal agrega vantagens a cada modal, caracterizados pelo nível de serviço e custo.
Combinados, permitem uma entrega porta a porta a um menor custo e um tempo relativamente
menor, buscando equilíbrio entre preço e serviço.
O transporte é o principal componente do sistema logístico. Sua importância pode ser medida através de pelo menos três
indicadores �nanceiros: custos, faturamento, e lucro.
Custos
A economia e a preci�cação dos transportes dizem respeito aos fatores e às características que direcionam os custos.
Para desenvolver uma estratégia de logística e�caz é necessário atender tais fatores e características. Segundo
Bowersox (2006), os custos de transporte são calculados a partir de sete fatores. Apesar de não ser componente de
tarifa direta, cada um deles in�uencia na tarifa de frete. Tais fatores são: distância, volume, densidade, capacidade de
acondicionamento, manuseio, responsabilidade e aspectos de mercado. É importante ressaltar que cada fator varia de
acordo com as características especí�cas dos produtos. A distância é o fator de maior in�uência nos custos de
transporte, pois contribuem diretamente para despesas variáveis, como mão de obra, combustível e manutenção. Outro
fator é o volume de carga. Em muitas atividades logísticas, existem economias de escala do transporte para a maioria
das movimentações. Essa relação indica o custo de transporte por unidade de peso, que diminui à medida que o
volume de carga aumenta. Isso ocorre porque os custos �xos de coleta e de administração podem ser diluídos no
incremento do volume. Outro fator é a densidade do produto, combinação de peso e volume. Eles são importantes, pois
o custo de transporte para qualquer movimentação é cotado em valor por unidade de peso. A relação do custo de
transporte normalmente são avaliados como baixos e decrescentes por unidade de peso à medida que aumenta a
densidade. A capacidade de acondicionamento refere-se como as embalagens dos produtos podem acomodar-se nos
equipamentos de transporte. Já o manuseio refere-se aos equipamentos utilizados para manusear a carga durante o
processo de carregamento e descarga de caminhões, vagões ferroviários e navios, por exemplo. 
A responsabilidade envolve características dos produtos que podem resultar em danos ou reclamações potenciais. E,
aspecto de mercado, o último fator a ser considerado dentre os fatores econômicos, refere-se ao volume de transporte
em uma rota ou ao balanceamento. Ambos também in�uenciam os custos de transporte.
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A segunda dimensão a ser considerada na escolha do modal é a qualidade dos serviços oferecidos. São cinco as dimensões
mais importantes, no que diz respeito às características dos serviços oferecidos: dimensão e disponibilidade, velocidade,
consistência e capacidade.
Dimensão e disponibilidade
A dimensão disponibilidade se refere ao número de localidades onde o modal se encontra. Aqui,
aparece a grande vantagem do rodoviário, que quase não tem limites no lugar que pode chegar.
Teoricamente, o segundo em disponibilidade é o ferroviário, mas isto depende da extensão da
malha ferroviária do país. Nos EUA, tal malha, com cerca de 300 mil quilômetros, é sem dúvida a
segunda em destinação. No Brasil, nossa malha, de apenas 29 mil quilômetros, tem baixa oferta
fora das regiões Sul e Sudeste, o que faz com que o modal aéreo apresente maior disponibilidade
em muitas regiões. O modal aquaviário, embora ofereça potencial de alta disponibilidade devido à
nossa costa de 8 mil quilômetros, e nossos 50 mil quilômetros de rios navegáveis, apresenta, de
fato, uma baixa disponibilidade, por causa da escassez de infraestrutura portuária, de terminais e
de sinalização.
Velocidade
Faturamento
Importante ressaltar que os valores apresentados anteriormente podem variar substancialmente, de setor para setor, e
de empresa para empresa. A participação no faturamento, que em média é de 3,5%, pode variar, por exemplo, de 0,8%,
no caso da indústria farmacêutica, a 7,1%, no caso da indústria do papel e celulose. Como regra geral, quanto menor o
valor agregado do produto, maior a participação das despesas de transporte no faturamento da empresa. 
Os cinco modais de transporte de cargas: rodoviário, ferroviário, aquaviário, dutoviário e aéreo possuem, cada um,
custos e características operacionais próprios, que os tornam mais adequados para certos tipos de operações e
produtos. Os critérios para escolha de modais devem sempre levar em consideração aspectos de custos, por um lado,
e características de serviços, por outro. Em geral, quanto maior o desempenho em serviços, maior tende a ser o custo
do mesmo.
Lucro
As diferenças de custo/preço entre os modais tendem a ser substanciais. Tomando como base um transporte de carga
fechada à longa distância, veri�ca-se que, em média, os custos/preços mais elevados são os do modal aéreo, seguido
pelo rodoviário, ferroviário, dutoviário e aquaviário, pela ordem.
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Em termos de velocidade, o modal aéreo é o mais veloz, seguido pelo rodoviário, ferroviário,
aquaviário e dutoviário. No entanto, considerando que a velocidade deve levar em consideração o
tempo gasto no porta a porta. Esta vantagem do modal aéreo só ocorre para distâncias médias e
grandes, devido ao tempo de coleta e entrega que precisa ser computado. Ou seja, quanto maior
a distância a ser percorrida, maior a vantagem do modal aéreo em termos de velocidade. Por
outro lado, é bom lembrar que, na prática, o tempo do rodoviário e do ferroviário depende
fundamentalmente do estado de conservação das vias e do nível de congestionamento das
mesmas.
Consistência
A consistência, que representa a capacidade de cumprir os tempos previstos, tem o duto como a
melhor opção. Por não ser afetado pelas condições climáticas ou de congestionamentos, o duto
apresenta uma alta consistência, seguida na ordem pelo rodoviário, ferroviário, aquaviário e
aéreo. O baixo desempenho do aéreo resulta de sua grande sensibilidade a questões climáticas e
de sua elevada preocupação com questões de segurança, o que torna bastante comuns atrasos
nas saídas e nas chegadas. Vale lembrar novamente que, assim como no caso da velocidade, o
desempenho do rodoviário e do ferroviário depende fortemente do estado de conservação das
vias e do nível de congestionamento do trânsito.
Capacidade
A capacidade está relacionada à possibilidade de um determinado modal trabalhar com
diferentes volumes e variedadesde produtos. Nesta dimensão, o destaque do desempenho é o
modal aquaviário, que praticamente não tem limites sobre o tipo de produto que pode transportar,
assim como do volume, que pode atingir centenas de milhares de toneladas. O duto e o aéreo
apresentam sérias restrições em relação a esta dimensão. O duto é muito limitado em termos de
produtos, pois só trabalha com líquidos e gases, e o aéreo possui limitações em termos de
volumes e tipos de produtos.
A combinação de preço/custo com o desempenho operacional nestas dimensões de serviços resulta na escolha do modal
mais adequado para uma dada situação de origem - destino e tipo de produto.
Decisão sobre propriedade da frota: própria ou de terceiros?
A decisão sobre ter frota própria, ou utilizar ativos de terceiros, é a segunda mais importante decisão estratégica no
transporte. Neste caso, o processo decisório deve considerar além do custo e da qualidade do serviço, a rentabilidade
�nanceira das alternativas. A grande ênfase dada atualmente pelas empresas, principalmente as de grande porte, na
rentabilidade sobre os investimentos dos acionistas, tem sido um dos principais fatores a in�uenciar as empresas na direção
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de utilizar terceiros nas suas operações de transporte. Como a rentabilidade sobre investimentos é o resultado do lucro sobre
os investimentos do acionista, a maneira mais rápida de aumentar a rentabilidade, é reduzir os investimentos dos acionistas,
o que pode ser feito através da utilização de ativos de terceiros, no caso ativos de transportes.
Uma série de características da operação, e do setor, também contribui para o processo decisório de propriedade da frota.
Dentre estas se destacam:
  O tamanho da operação;
  A competência gerencial interna;
  A competência e competitividade do setor;
  A existência de carga de retorno; e os modais a serem utilizados.
Quanto maior o tamanho da operação de transporte, maior a possibilidade de que a utilização de frota própria seja mais
atraente do que a utilização de terceiros. Em primeiro lugar porque a atividade de transporte apresenta enormes economias
de escala. Quanto maior a operação, maior as oportunidades de redução de custos. Segundo porque as operações de
transporte estão �cando cada vez mais so�sticadas em termos de tecnologia e gestão. Ser pequeno signi�ca ter pouca
capacidade de manter equipes especializadas e de fazer investimentos contínuos em tecnologia, e em especial, tecnologias
de informação.
A crescente so�sticação do transporte faz com que a capacitação interna para planejar, operar e controlar, seja cada dia mais decisiva
para o desempenho da operação.
Nada adianta ser grande e ter recursos, se a organização não possui a capacitação interna para gerir de forma e�ciente sua operação de
transporte, e não está preparada para desenvolvê-la internamente.
Por outro lado é bom lembrar que a capacitação é uma medida relativa, que necessita ser confrontada com as opções externas à
organização, ou seja, a competência do setor de transporte na região onde opera a empresa contratante.
Existem situações onde uma empresa deseja terceirizar sua operação de transportes, mas �ca impossibilitada de fazê-lo, pois tem
di�culdades de encontrar um prestador de serviços capaz de atendê-la ao custo e com a qualidade de serviços já alcançados
internamente.
23/03/2021 Disciplina Portal
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ATENÇÃO
, O modal utilizado também in�uencia a decisão de propriedade da frota. Quanto mais intensivo em capital for o modal, como por
exemplo, ferrovia ou dutovia, maior a possibilidade de utilização de um terceiro. Modais intensivos em capital dependem de escala para
serem e�cientes, o que na maioria das vezes tornam inviáveis a um embarcador operar tais modais. Já no caso de veículos rodoviários,
existe grande �exibilidade de volume, o que aumenta a atratividade de frota própria.
SELEÇÃO E NEGOCIAÇÃO COM TRANSPORTADORAS
Uma vez decidida à utilização de terceiros, torna-se necessário estabelecer critérios para seleção de transportadores. São
seis os principais critérios utilizados na seleção dos prestadores de serviços de transporte: con�abilidade; preço; �exibilidade
operacional; �exibilidade comercial; saúde �nanceira; qualidade do pessoal operacional; e informações de desempenho.
1.
Confiabilidade
O primeiro, é normalmente mais importante, critério para
seleção de um prestador de serviços de transportes tende a
ser a confiabilidade, ou seja, a capacidade de cumprir aquilo
que foi combinado como, por exemplo, prazos de entrega e
coleta, disponibilidade de veículos, segurança, preço,
informações. Surpresa desagradável é tudo que um
embarcador quer evitar. No mundo do just-in-time em que
vivemos nos dias atuais, desvios no planejado podem
resultar em impactos substanciais na operação do
destinatário. Portanto, ter certeza de que o planejado vai ser
cumprido, é um critério fundamental na hora de selecionar
um transportador.
2. Preço
O preço, como não poderia deixar de ser, tende a ser o
segundo critério mais importante. De fato, enquanto a
confiabilidade tende a ser um critério qualificador, ou seja, é
uma condição mínima necessária para um transportador ser
pré-selecionado, o preço tende a ser um critério
classificador, ou seja, dado que o critério confiabilidade foi
atendido, aquele transportador com menor preço tende a ser
selecionado. Importante lembrar, no entanto que, muitas
vezes, critérios de desempenho são tão críticos, como no
caso de produtos perigosos, ou de altíssimo valor agregado,
que as questões de segurança pesam mais do que
simplesmente o preço do frete.
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3.
Flexibilidade
operacional e
comercial
Flexibilidade, tanto comercial, quanto operacional, tem se
tornado um critério cada dia mais importante no processo de
seleção de transportadores. No mundo turbulento em que
hoje vivemos, onde a segmentação de clientes e mercados
é cada vez mais utilizada, e a inovação é uma constante, ter
flexibilidade para adaptar a operação e renegociar preços e
contratos é uma necessidade básica da maioria dos
embarcadores. Questões como local e horários de entrega,
tipos de veículos e embalagem, níveis de serviço, são
algumas das dimensões importantes de flexibilidade
valorizadas pelos embarcadores.
4. Saúde
financeira
A saúde financeira do prestador de serviço é outro critério
crescentemente utilizado na hora de selecionar uma
transportadora. A forte tendência por parte dos
embarcadores, de reduzir o número de transportadoras
utilizadas, assim como de estabelecer um relacionamento
cooperativo de longo prazo, faz com que a saúde financeira
do fornecedor de serviços cresça de importância. Nada pior
do que investir tempo e recursos no desenvolvimento de um
relacionamento sob medida, para descobrir mais adiante o
parceiro não terá condições de acompanhar suas
necessidades, seja em termos de capacidade de transporte,
seja em termos de modernização tecnológica ou gerencial.
5. Qualidade
do pessoal
operacional
Com a crescente sofisticação das operações de transportes,
tanto do ponto de vista tecnológico, quanto do ponto de vista
de serviços, a qualidade do pessoal operacional passou a
ter uma importância fundamental no desempenho dos
transportadores. Por qualidade do pessoal entenda-se
educação formal, capacitação técnica, e habilidade
comportamental. Portanto, ao selecionar uma
transportadora, torna-se cada vez mais necessário conhecer
e analisar o perfil profissional do pessoal operacional.
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6.
Informaçõesde
desempenho
O monitoramento contínuo das operações é uma das
principais características das empresas, modernas que
possuem sistemas logísticos avançados. Ao contratar um
terceiro para executar suas operações de transportes, as
empresas correm o risco de perder contato com seu
desempenho no campo. Para garantir que isto não
aconteça, torna-se necessário selecionar um prestador de
serviços com capacidade de medir o desempenho e
disponibilizar as informações para a empresa contratante.
Glossário
MAIOR FLEXIBILIDADE
Com lotes menores e mais frequentes, ocasionando um custo maior.
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