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Farmacologia - Dúvidas

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Monitoria fármaco 08/04 
 
Diabetes 
 
DM1 – 10-15% dos casos 
- tipo 1A – 90% dos casos - auto imune, destruição das células beta - 
- tipo 1B – 10% dos casos – idiopático, predomina na raça negra e asiática. 
 
DM2 – 85-90% dos casos 
- a insulina não é aproveitada devido uma resistência a insulina; 
 
Outros: DM gestacional, overt-diabetes (DMNG), MODY, associado à drogas, 
endocrinopatias, etc. 
 
DM gestacional 
- solicitação da glicemia de jejum; 
 
Glicemia de jejum - ≥ 126 mg/dL – essa a diabetes já existia antes de engravidar, ou 
seja, diabetes mellitus não gestacional – 
Glicemia de jejum - 92 a 126 mg/dL – gestante pré-diabética – solicitar a hemoglobina 
glicada 
Hemoglobina glicada ≥ 6,5% - diabetes não gestacional – 
Hemoglobina glicada < 6,5% - diabetes gestacional – 
Glicemia de jejum - <92 mg/dL – não diabética – 
A partir da 24º semana fazer o exame de TOTG 
GL ≥ 92 mg/dL 
1h ≥ 180 mg/dL DMG – valores abaixo não diabética 
2h ≥ 153 mg/dL 
 
 
MODY 
- diabetes genético, três gerações na família que tem a diabetes. 
 
DM1 
- processo autoimune que destrói as células beta; 
- ocorre ao longo da vida do paciente; 
- acomete em sua grande maioria de pacientes jovens < 30 anos; 
- acomete em uma pouca minoria pacientes adultos – principalmente adultos não obesos 
– chamada de LADA, é DM1, porém, em pessoas >30 anos; 
- possui auto-anticorpos que aparecem antes do déficit de secreção de insulina; 
- são eles: ICA – anticorpo anti-ilhota – 80%, GAD – anticorpo descarboxilase para ácido 
glutâmica – 70%, AAI – anticorpo anti-insulina – 60%. 
- influencia genética – genes como HLA – DR3 e DR4 -; 
- aumenta a suscetibilidade à genes que causam a auto-imunidade contra as células 
beta e auto-agressões tóxicas ou infecciosas em indivíduos geneticamente suscetíveis; 
- influencia ambiental – infecções por vírus – cocksackie B – e antígenos ainda 
desconhecidos poderiam causar insulite – inflamação das ilhotas – em indivíduos pré-
dispostos geneticamente; 
- poliúria (terá muita glicose no sangue, ele não consegue aproveitar essa glicose 
devido ausência de insulina, essa glicose então passará por todo o corpo chegando 
ao rins aonde será eliminada, essa glicose será eliminada na urina, para não ocorrer 
uma eliminação somente de glicose o corpo também elimina água), polidipsia (devido a 
eliminação de muita água a ingestão de água também se torna elevada), 
emagrecimento (o paciente com muita glicose no sangue e não consegue colocar dentro 
da célula devido a ausência de insulina para a utilização de energia, como forma de 
compensação ela busca outras formas de energia que não seja a glicose, quebrando 
lipídeo, triglicerídeos, a fim de obter energia, assim perdendo peso), polifagia (diante 
desse emagrecimento aumenta a ingestão). 
- cetoacidose diabética – a quebra de triglicerídeo ou do lipídeo gera acido graxo 
mais glicerol, esse AG será oxidado, assim formando corpos cetônicos e eles aumentam 
a acidose do paciente; 
 
DM2 
- ocorre devido a resistência à insulina; 
- são adultos obesos; o DM não leva a obesidade mas a obesidade leva a DM. 
 
Clínica DM2 
O paciente geralmente é adulto, obeso, sedentário e com possíveis fatores de risco 
cardiovasculares. 
É raro a presença de cetoacidose diabética. 
Pode haver acantose nigricans – ligação da insulina em excesso nos receptores IGF 
(insuline like growth fator) – proliferação celular de queratinócitos; 
 
Fenômeno de Lua de Mel 
Por um curto período de tempo após o diagnóstico de DM1 costuma-se precisar de < 
doses (às vezes nem precisa de insulina). Por que isso ocorre? 
 
Tal fenômeno – chamado de fenômeno da lua de mel – indica que o pâncreas ainda 
possui algumas células beta funcionantes, que ainda conseguem produzir insulina 
endógena. Porém, com o tempo essas células beta vão sendo destruídas (lembrem-se 
que no DM1 ocorre a destruição progressiva das células beta) e não haverá mais a 
produção de insulina endógena, sendo necessário a administração de insulina exógena. 
 
Fenómeno do Alvorecer – causa hiperglicemia matinal ou ao acordar – 
O período final do sono e o início do amanhecer é marcado pelo pico de GH. (Lembrem-
se que o GH é um hormônio que aumenta a síntese de glicose). 
 
Se temos muita produção de GH – temos muita produção de glicose, podendo causar 
uma hiperglicemia (principalmente devido à gliconeogênese). 
 
É a principal explicação para uma hiperglicemia matinal ou hiperglicemia ao acordar. 
 
Solução – aplicar a insulina não antes do jantar, mas sim antes de dormir 
 
Tratamento para a DM 
DM1 – tratamento medicamentoso gira em torno da aplicação de insulinas. 
DM2 – o tratamento gira em torno dos antidiabéticos orais. 
Seja DM1 ou DM2, além do tratamento medicamentoso faz-se necessário mudanças no 
estilo de vida – incluindo prática de atividades físicas e cuidados com os hábitos 
alimentares. 
 
Qual é o mecanismo pelo qual a insulina é liberada pela célula beta? 
Pré-proinsulina (célula beta) – proinsulina (REL) – insulina (completo de golgi), peptídeo 
C é liberado na mesma quantidade de insulina. 
 
Quais fármacos interferem nesse mecanismo? Como? 
Alfa bloqueador, beta bloqueador, alfa e beta agonista, citar exemplos. 
 
Quais são as características químicas da insulina humana? 
Caracterizada com uma cadeia A com 21 aminoácidos, uma cadeia B com 30 
aminoácidos, cada cadeia tem uma porção carboxílica e uma porção aminica. 
As cadeias irão se ligar por pontes de sulfeto, entre as posições 7 e 7, 20 e 19 e a 
cadeia A se auto liga na posição 6 ao 11. 
 
Para que serve o peptídeo C? 
 
Qual o mecanismo de ação da insulina? 
Todas as células do corpo terão receptores de insulina, porém, terá mais receptores nos 
hepatócitos e células adiposas. Esse receptor será composto por 4 unidades – 2 alfas e 
2 betas. As 2 alfas são extracelulares e as 2 betas são transmembranosas. 
As subunidades beta tem atividade tirosina quinase, podendo fosforilar. 
 
A insulina se liga ao receptor – na subunidade alfa – e a subunidade beta irá ativar a 
sua função tirosina quinase, ela se auto fosforila e a partir da fosforilação desencadeará 
uma cascata de reações. Ocorrerá a fosforilação do IRS – substrato do receptor de 
insulina – uma proteína que servira de ancoragem para outras coisas virem e se 
fosforilarem – MAP cinase e PI3 cinase. A partir dessas fosforilações a insulina terá várias 
funções. 
 
Detalhe o mecanismo da ação da insulina na mitose. 
Podendo ser de 3 formas distintas. 
I. A insulina estimula a mitose, a partir da fosforilação da MAP-cinase e PI3-cinase uma 
das funções que são possibilitadas são o crescimento celular, diferenciação celular, 
ação anti-apoptóticas, síntese de proteínas e glicogênio. D 
essa forma, pela ativação da map cinase e pi3 cinase. 
 
II. Além disso, a pro insulina atua da seguinte forma, algumas vezes a célula beta libera 
a pro insulina antes que ela se transforme em insulina; essa pro insulina portanto não tem 
a mesma potência metabólica da insulina completa, porém, ela confere potencial de 
estímulo a mitose de até 50%. Essa pro insulina se liga ao IGF e estimula a mitogênese. 
Por fim, o mecanismo de proto oncogênese; oncogênese é um gene tumoral, um indivíduo 
com um câncer de mama tem muito gene tumoral. Há genes que são mais propensos a 
sofrer mutações e se tornar um gene tumoral, são eles os pro oncogênese, como o proto 
oncogênese RAS. O RAS tem uma relação indireta com a síntese da insulina, ele 
indiretamente irá ajudar a fosforilar a MAP-cinase e PI3-cinase. Assim, se esse processo 
não for bem regulado essa mitose pode ser excessiva e pode levar a uma patologia. Em 
pessoas com diabetes esse processo será regulado levando mais facilmente a patologia. 
 
Detalhe o mecanismo da ação da insulina na translocação do GLUT4. 
Em uma célula muscular a insulina vai pegar a glicose do sangue e levar para dentro 
da célula. O GLUT4 é uma glicoproteína de transporte que pega a glicose do sangue 
e levapara dentro da célula, esse sendo um processo de difusão facilitada sem gasto 
energético. Essa GLUT4 não ficará o tempo todo na membrana, ela só irá para a 
membrana quando tiver glicose no sangue, fora isso ela ficará internamente na célula 
dentro de vesículas. A insulina é que irá estimular o deslocamento da GLUT4 para a 
membrana celular. 
 
Explique a tecnologia de DNA recombinante na síntese de insulina. 
A indústria farmacêutica irá produzir insulina a partir de bactérias. Injetam pro insulina 
no plasmídeo da bactéria, assim terá a pro insulina se desenvolvendo em peptídeo C e 
insulina a partir da bactérias.

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