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Guia Prático de Amamentação

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Guia 
Explicativo Sobre 
Aleitamento Materno 
O que é preciso saber sobre 
o leite materno? 
1 
 
 
Sumário 
Introdução ......................................................................................... 2 
Aspectos Fisiológicos e Biológicos da Amamentação ..................... 3 
Tipos de leite materno ...................................................................... 4 
Técnicas de Amamentação ............................................................... 5 
Posições de pega correta .................................................................. 5 
Ordenha e Armazenamento de leite materno: ............................... 6 
Orientações às mães: ........................................................................ 6 
Tempo de conservação e validade: .................................................. 7 
Descongelamento: ............................................................................. 7 
Aquecimento: .................................................................................... 7 
Importante: ....................................................................................... 7 
Amamentação em mães com COVID-19: ....................................... 8 
Aconselhamento em amamentação nos diferentes momentos: ..... 8 
Marcos Legais: Instrumentos de proteção do Aleitamento 
Materno no Brasil. ............................................................................ 9 
Sugestões de Vídeos ........................................................................ 10 
Sugestões de bibliografias .............................................................. 11 
REFERÊNCIAS .............................................................................. 12 
 
 
 
 
 
 
 
Elaboração 
Ana Maria Cardoso 
de Souza 
2 
 
Introdução 
O aleitamento materno é a mais sábia 
estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e 
nutrição para a criança e constitui a mais 
sensível, econômica e eficaz intervenção para 
redução da morbimortalidade infantil. Permite 
ainda um grandioso impacto na promoção da 
saúde integral da dupla mãe/bebê e regozijo de 
toda a sociedade. 
Amamentar é um processo que 
envolve interação profunda entre mãe e filho, 
com repercussões no estado nutricional da 
criança, em sua habilidade de se defender de 
infecções, em sua fisiologia e no seu 
desenvolvimento cognitivo e emocional, e em 
sua saúde no longo prazo, além de ter 
implicações na saúde física e psíquica da mãe. 
Apesar de todas as evidências 
científicas provando a superioridade da 
amamentação sobre outras formas de alimentar 
a criança pequena, e apesar dos esforços de 
diversos organismos nacionais e internacionais, 
as prevalências de aleitamento materno no 
Brasil, em especial as de amamentação 
exclusiva, estão bastante aquém das 
recomendadas, e o profissional de saúde tem 
papel fundamental na reversão desse quadro. 
Mas para isso é preciso estar 
preparado, pois, por mais competente que seja 
nos aspectos técnicos relacionados à lactação, o 
trabalho de promoção e apoio ao aleitamento 
materno não será bem sucedido se não tiver um 
olhar atento, abrangente, sempre levando em 
consideração os aspectos emocionais, a cultura 
familiar, a rede social de apoio à mulher, entre 
outros. Esse olhar necessariamente deve 
reconhecer a mulher como protagonista do seu 
processo de amamentar, valorizando-a, 
escutando-a e empoderando-a. 
Se a manutenção do aleitamento 
materno é vital, a introdução de alimentos 
seguros, acessíveis e culturalmente aceitos na 
dieta da criança, em época oportuna e de forma 
adequada, é de notória importância para o 
desenvolvimento sustentável e equitativo de 
uma nação, para a promoção da alimentação 
saudável em consonância com os direitos 
humanos fundamentais e para a prevenção de 
distúrbios nutricionais de grande impacto em 
Saúde Pública. 
Este guia educativo tem como objetivo 
abordar aspectos fisiológicos, biológicos e 
psicológicos relacionados ao aleitamento 
materno, assim como os marcos legais de 
proteção e promoção, para assim servir de 
apoio para acadêmicos de nutrição para a 
promoção, proteção, e contribuir para a prática 
do aleitamento materno no local de estágio em 
saúde coletiva. 
 
 
3 
 
Aspectos Fisiológicos e Biológicos da Amamentação
 
Figura 1: Esquema dos componentes da mama. Fonte: 
Guilherme e Nascimento (2013, p.6). 
Ao redor do mamilo encontramos a 
aréola. Nesta área e nos mamilos, localizam-se 
glândulas areolares, que na gravidez crescem e 
produzem uma secreção cuja função consiste 
em lubrificar os mamilos e as aréolas. Essas 
glândulas constituem-se na fonte do cheiro da 
mãe, favorecendo o bebê a reconhecê-la e a 
encontrar a mama. 
A aréola é macia, flexível, elástica e está 
aderida ao tecido subcutâneo, rico em gordura. 
O mamilo fica no centro da aréola e possui 
grande sensibilidade, ficando mais rígidos e 
salientes especialmente na gestação e no 
período menstrual. São também ricamente 
providos de glândulas. 
 
Anatomicamente, os mamilos podem ser 
classificados em três tipos: 
• Mamilo normal: apresenta-se protruso e 
caracteriza-se pela existência de um ângulo 
com cerca de 45 graus em relação à aréola. 
É extremamente elástico e de fácil 
apreensão. 
• Mamilo plano: situa-se no mesmo nível que 
a aréola, inexistindo a presença de um 
ângulo entre os dois. É de tecido pouco 
elástico. 
• Mamilo invertido: caracteriza-se pela 
inversão total do tecido epitelial, podendo 
ocasionar o desaparecimento completo do 
mamilo. 
 
A produção do leite logo após o nascimento 
da criança é controlada principalmente por 
hormônios e a “descida do leite”, que costuma 
ocorrer até o terceiro ou quarto dia pós-parto, 
ocorre mesmo se a criança não sugar o seio. 
Grande parte do leite de uma mamada é 
produzida enquanto a criança mama, sob 
estímulo da prolactina. A ocitocina, liberada 
principalmente pelo estímulo provocado pela 
sucção da criança, também é disponibilizada 
em resposta a estímulos condicionados, tais 
como visão, cheiro e choro da criança, e a 
fatores de ordem emocional, como motivação, 
autoconfiança e tranquilidade. 
Por outro lado, a dor, o desconforto, o 
estresse, a ansiedade, o medo, a insegurança e a 
falta de autoconfiança podem inibir a liberação 
da ocitocina, prejudicando a saída do leite da 
mama. 
 
Reflexo da ocitocina: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
Tipos de leite materno 
É muito importante conhecer e utilizar as 
definições de aleitamento materno adotadas 
pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e 
reconhecidas no mundo inteiro (WORLD 
HEALTH ORGANIZATION, 2007). Assim, o 
aleitamento materno costuma ser classificado 
em: 
• Aleitamento materno exclusivo – quando a 
criança recebe somente leite materno, 
direto da mama ou ordenhado, ou leite 
humano de outra fonte, sem outros líquidos 
ou sólidos, com exceção de gotas ou 
xaropes contendo vitaminas, sais de 
reidratação oral, suplementos minerais ou 
medicamentos. 
• Aleitamento materno predominante – 
quando a criança recebe, além do leite 
materno, água ou bebidas à base de água 
(água adocicada, chás, infusões) e sucos de 
frutas. 
• Aleitamento materno – quando a criança 
recebe leite materno (direto da mama ou 
ordenhado), independentemente de receber 
ou não outros alimentos. 
• Aleitamento materno complementado – 
quando a criança recebe, além do leite 
materno, qualquer alimento sólido ou 
semissólido com a finalidade de 
complementá-lo, e não de substituí-lo. 
• Aleitamento materno misto ou parcial – 
quando a criança recebe leite materno e 
outros tipos de leite. 
 
O leite materno é caracterizado de acordo com 
suas características bioquímicas, adequadas a 
cada período da vida da criança. Distingue-se 
em: 
• Colostro: líquido espesso, de coloração 
amarelada devido à alta concentração de 
betacaroteno e alta densidade.É produzido 
nos primeiros sete dias de vida do bebê. O 
volume, no início, varia de dois a 20 ml em 
cada mamada, totalizando 50 a 100ml/dia, 
sendo suficiente para satisfazer as 
necessidades do lactente. O colostro 
apresenta alta concentração de 
imunoglobulina A e de lactoferrina que, 
juntamente com a grande quantidade de 
linfócitos e macrófagos, fornecem proteção 
ao recém-nascido. Além disso, tem ação 
laxativa, o que facilita a eliminação de 
mecônio e auxilia na prevenção da icterícia. 
• Mecônio – corresponde às primeiras fezes 
do bebê; possui um tom esverdeado escuro. 
• Icterícia – é a pigmentação amarela da pele 
e da parte branca dos olhos num recém-
nascido, causada por uma concentração 
elevada de bilirrubina no sangue. 
• Leite de transição: líquido produzido entre 
o 7° e o 15° dia após o parto. O volume de 
leite e a composição variam no decorrer dos 
dias. 
• Leite maduro: leite produzido como 
continuação ao leite de transição, 
apresenta-se como um líquido branco e 
opaco, com pouco odor, sabor ligeiramente 
adocicado e seu volume médio é de 700 a 
900 ml/dia, durante os primeiros seis 
meses. A partir do segundo semestre, a 
quantidade média de produção diária é de 
600ml. O leite materno tem 88% de água e 
é composto também por proteínas, 
carboidratos, lipídios, minerais e vitaminas. 
 
 
5 
 
Técnicas de Amamentação 
A técnica de amamentação, ou seja, a maneira como a dupla mãe/bebê se posiciona para 
amamentar/mamar e a pega/sucção do bebê são muito importantes para que o bebê consiga retirar, de 
maneira eficiente, o leite da mama e também para não machucar os mamilos. 
Quando o bebê pega a mama adequadamente – o que requer uma abertura ampla da boca, 
abocanhando não apenas o mamilo, mas também parte da aréola –, forma-se um lacre perfeito entre a 
boca e a mama, garantindo a formação do vácuo, indispensável para que o mamilo e a aréola se 
mantenham dentro da boca do bebê. 
Pontos-chave do posicionamento adequado: 
1. Rosto do bebê de frente para a mama, com nariz na altura do mamilo; 
2. Corpo do bebê próximo ao da mãe; 
3. Bebê com cabeça e tronco alinhados (pescoço não torcido); 
4. Bebê bem apoiado. 
Pontos-chave da pega adequada: 
1. Mais aréola visível acima da boca do bebê; 
2. Boca bem aberta; 
3. Lábio inferior virado para fora; 
4. Queixo tocando a mama.
 
 
 
 
 
 
 
Posições de pega correta 
Mãe sentada com 
bebê no colo 
Posição Invertida Posição deitada Posição 
Tradicional 
6 
 
Ordenha e Armazenamento de leite materno: 
Orientações às mães: 
 
1. Lavar cuidadosamente as mãos e antebraços. 
2. Lavar os seios com água corrente para tirar sujeiras. 
3. Usar máscara ou evitar falar, espirrar ou tossir enquanto estiver ordenhando o leite. 
4. Massagear, previamente e delicadamente a mama como um todo com movimentos circulares 
da base em direção a aréola. Esse procedimento deve ser feito preferencialmente pela nutriz 
que assim poderá localizar os pontos mais dolorosos. (Figura 1) 
5. Dispor de um frasco de vidro esterilizado para receber o leite. Preferencialmente vidros de 
boca larga 
6. Com tampas plásticas, que possam ser submetidos à fervura durante mais ou menos 20 
minutos. 
7. Ter a mão pano úmido limpo e lenços de papel para limpeza das mãos. 
8. Procure estar relaxada, sentada ou de pé, em posição confortável. 
9. O recipiente onde será coletado o leite materno (copo, xícara, caneca ou vidro de boca larga) 
deve estar esterilizado e posicionado próximo ao seio. 
10. Com os dedos da mão em forma de “C”, colocar o polegar na aréola ACIMA do mamilo e o 
dedo indicador ABAIXO do mamilo na transição aréola‐mama, em oposição ao polegar, 
sustentar o seio com seus outros dedos (Figura 2).
11. Use a mão esquerda para a mama esquerda e a mão direita para a mama direita ou use as duas 
mãos simultaneamente (uma em cada mama ou as duas juntas na mesma mama) 
12. Pressione seu polegar e o dedo indicador, um em direção ao outro, e levemente para dentro 
em direção a parede torácica. (Figura 3 e 4) Evite pressionar demais pois pode bloquear os 
ductos lácteos. 
 
 
7 
 
 Tempo de conservação e validade: 
 
 
 
 
 
Descongelamento: 
Lentamente em refrigerador – pode ser usado em até 12 horas após o 
descongelamento. 
Em banho-maria – ofertar em até 1 hora. 
Não descongelar em micro-ondas e não ferver. 
 
Aquecimento: 
Em banho-maria (água quente em fogo desligado), agitando o vidro lentamente para misturar os seus 
componentes. 
Desprezar o leite aquecido e não consumido. 
 
Importante: 
O leite materno deverá ficar o menor tempo possível à temperatura ambiente. Caso a mãe decida doar 
o excesso do seu leite a um Banco de Leite Humano (BLH), é necessário congelá-lo imediatamente 
após a ordenha.
 
 
Sociedade 
Brasileira de 
Pediatria 
Ministério da 
Saúde 
Sociedade 
Americana de 
Pediatria 
Temperatura 
ambiente 
Sem dados Sem dados 3 – 4 Horas 
Na Geladeira 12 Horas 24 Horas 24 Horas 
No Freezer Até 15 Dias Até 30 dias Até 6 Meses 
8 
 
Amamentação em mães com COVID-19: 
Levando-se em conta que os benefícios 
do aleitamento materno superam em muito os 
riscos do COVID-19 nessa população, a 
manutenção da amamentação é recomendada e 
deve ser orientada, independentemente de a 
mãe ser assintomática, suspeita ou COVID-19 
confirmada. Assim, o Ministério da Saúde 
recomenda “... que a amamentação seja 
mantida em caso de infecção pela SARS-CoV-
2, desde que a mãe deseje amamentar e esteja 
em condições clínicas adequadas para fazê-
lo.” 
É fundamental, que em tempos de 
COVID-19, pela disseminação do vírus através 
das gotículas respiratórias, os seguintes 
cuidados gerais sejam tomados: 
1. Lavar as mãos com água e sabão por pelo 
menos 20 segundos antes e depois de tocar o 
bebê;
 
2. Usar máscara facial de pano (cobrindo 
completamente nariz e boca) durante as 
mamadas e evitar falar ou tossir durante a 
amamentação; 
3. A máscara deve ser imediatamente 
trocada em caso de tosse ou espirro ou a cada 
nova mamada; 
4. Evitar que o bebê toque o rosto da mãe, 
especialmente boca, nariz, olhos e cabelos; 
5. Após a mamada, em caso de mães 
suspeitas ou confirmadas de COVID-19, os 
cuidados com o bebê (banhos, sono) devem 
ser realizados por outra pessoa na casa que 
não tenha sintomas ou que não seja também 
confirmado de COVID-19. Em caso de troca 
de fraldas, o uso de luvas cirúrgicas ou de 
procedimento descartáveis é recomendado.
 
Aconselhamento em amamentação nos diferentes 
momentos: 
Os seguintes recursos são muito 
utilizados no aconselhamento, não só em 
amamentação, mas em diversas circunstâncias: 
Usar linguagem simples, acessível a quem está 
ouvindo; 
• Demonstrar empatia, ou seja, mostrar 
à mãe que os seus sentimentos são 
compreendidos, colocando-a no centro da 
situação e da atenção do profissional. Por 
exemplo, quando a mãe diz que está muito 
cansada porque o bebê quer mamar com muita 
frequência, o profissional pode comentar que 
entende porque a mãe está se sentindo tão 
cansada; 
• Evitar palavras que soam como 
julgamentos, como, por exemplo, certo, errado, 
bem, mal etc. Por exemplo, em vez de 
perguntar se o bebê mama bem, seria mais 
apropriado perguntar como o bebê mama; 
• Aceitar e respeitar os sentimentos e as 
opiniões das mães, sem, no entanto, precisar 
concordar ou discordar do que ela
 
pensa. Por exemplo, se uma mãe afirma que o 
seu leite é fraco, o profissional pode responder 
dizendo que entende a sua preocupação. E pode 
complementar dizendo 
que o leite materno pode parecer ralo no 
começo da mamada, mas contém muitos 
nutrientes; 
• Reconhecer e elogiar aspectos em que 
a mãe e o bebê estão indo bem, por exemplo, 
quando o bebê está ganhando peso ou sugando 
bem, ou mesmo elogiá-la por ter ido à Unidade 
Básica de Saúde.
9 
 
Marcos Legais: Instrumentos de proteção do 
Aleitamento Materno no Brasil.
A legislaçãodo Brasil de proteção ao 
aleitamento materno é uma das mais avançadas 
do mundo. É muito importante conhecer as leis 
e outros instrumentos de proteção do 
aleitamento materno para que possa informar às 
mulheres que estão amamentando e suas 
famílias os seus direitos. A seguir são 
apresentados alguns direitos da mulher que 
direta ou indiretamente protegem o aleitamento 
materno: 
• Licença-maternidade – à empregada 
gestante é assegurada licença de 120 dias 
consecutivos, sem prejuízo do emprego e da 
remuneração, podendo ter início no primeiro 
dia do nono mês de gestação, salvo antecipação 
por prescrição médica (Constituição brasileira, 
1988, art. 7, inc. XVIII). 
Direito à garantia no emprego – é 
vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa 
da mulher trabalhadora durante o período de 
gestação e lactação, desde a confirmação da 
gravidez até cinco meses após o parto (Ato das 
disposições constitucionais transitórias – artigo 
10, inciso II, letra b); 
• Direito à creche – todo 
estabelecimento que empregue mais de 30 
mulheres com mais de 16 anos de idade deverá 
ter local apropriado onde seja permitido às 
empregadas guardar sob vigilância e assistência 
os seus filhos no período de amamentação. 
• Pausas para amamentar – para 
amamentar o próprio filho, até que ele complete 
seis meses de idade, a mulher terá direito, 
durante a jornada de trabalho, a dois descansos, 
de meia hora cada um. Quando a saúde do filho 
exigir, o período de seis meses poderá ser 
dilatado a critério da autoridade competente. 
(Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 
396, parágrafo único); 
• Alojamento Conjunto – a Portaria 
MS/GM nº 1.016/2003 obriga hospitais e 
maternidades vinculados ao SUS, próprios e 
conveniados, a implantarem alojamento 
conjunto (mãe e filho juntos no mesmo quarto, 
24 horas por dia); 
Direito a gestante estudante de realizar 
os trabalhos escolares em casa - Lei n.º 6.202 
de 17 de abril 1975, atribui à estudante em 
estado de gestação o regime de exercícios 
domiciliares instituído pelo Decreto-lei nº 
1.044, de 1969, e dá outras providências. 
• Norma Brasileira de 
Comercialização de Alimentos para Lactentes e 
Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas 
e Mamadeiras – NBCAL (Portaria MS/GM n° 
2.051/2001 e duas Resoluções da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária, a RDC n° 
221/2002 e a RDC n° 222/2002) e Lei n° 
11.265, de 3 de janeiro de 2006. Esses 
instrumentos regulamentam a comercialização 
de alimentos para lactentes e crianças de 
primeira infância (até os 3 anos de idade) e 
produtos de puericultura correlatos.
10 
 
Sugestões de Vídeos 
 
- Tipos de Mamilos – Dificuldades na amamentação e como 
lidar >> https://youtu.be/YE_xZF1TKYU 
- Enfermeira Márcia Castanhel, da Secretaria Municipal de 
Saúde de Florianópolis, sobre Promoção do Aleitamento 
Materno na Saúde Básica? >> https://youtu.be/DhJ2lBsDI70 
- Amamentação – Fisiologia da Lactação >> 
https://youtu.be/9cqPtbEeovk 
- Vídeo “Amamentação: muito mais do que alimentar a 
criança”, produzido pela Sociedade Brasileira de Pediatria 
https://youtu.be/steVbu6mP5w 
– Vídeo “Amamentação, muito mais do que alimentar a 
criança | Posição e pega https://youtu.be/GoKlcVSmqaY 
– Vídeo “Ordenha Manual – Aleitamento materno” >> 
https://youtu.be/cH7_QXV3F1c 
- Vídeo Norma Brasileira para Comercialização de Alimentos 
para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, 
Chupetas e Mamadeiras (NBCAL): 
https://youtu.be/jtzRMXNjeGc
https://youtu.be/cH7_QXV3F1c
11 
 
Sugestões de bibliografias
- Cartilha para a mulher 
trabalhadora que amamenta 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/cartilha_mulher_t
rabalhadora_amamenta.pdf 
– Guia para implantação de salas 
de apoio à amamentação para a 
mulher trabalhadora: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/guia_implantacao
_salas_apoio_amamentacao.pd
f. 
- Guia para municípios caderno 
23 da Atenção Básica que trata 
sobre aleitamento materno e 
alimentação complementar: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/
publicacoes/saude_crianca_ale
itamento_materno_cab23.pdf 
- A creche como promotora da 
amamentação e da alimentação 
adequada e saudável: livreto para 
os gestores 
http://189.28.128.100/dab/docs/
portaldab/publicacoes/a_crech
e_promotora_amamentacao_li
vreto_gestores.pdf 
 
- BRASIL. Ministério da Saúde. 
Secretaria de Atenção à Saúde. 
Promovendo o Aleitamento 
Materno 2ª edição, revisada. 
Álbum seriado. 18p. Brasília: 
2007. 
http://www.redeblh.fiocruz.br/
media/albam.pdf%0c 
 
- Cartilha orientações para 
aleitamento materno em tempos 
de covid -19 
https://alimentacaosaudavel.or
g.br/wp-
content/uploads/2020/06/cartil
ha_aleitamento_ufpi_UFMA20
200511121706.pdf 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_mulher_trabalhadora_amamenta.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_mulher_trabalhadora_amamenta.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cartilha_mulher_trabalhadora_amamenta.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_implantacao_salas_apoio_amamentacao.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_implantacao_salas_apoio_amamentacao.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_implantacao_salas_apoio_amamentacao.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_implantacao_salas_apoio_amamentacao.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_aleitamento_materno_cab23.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/a_creche_promotora_amamentacao_livreto_gestores.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/a_creche_promotora_amamentacao_livreto_gestores.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/a_creche_promotora_amamentacao_livreto_gestores.pdf
http://189.28.128.100/dab/docs/portaldab/publicacoes/a_creche_promotora_amamentacao_livreto_gestores.pdf
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/albam.pdf%0c
http://www.redeblh.fiocruz.br/media/albam.pdf%0c
https://alimentacaosaudavel.org.br/wp-content/uploads/2020/06/cartilha_aleitamento_ufpi_UFMA20200511121706.pdf
https://alimentacaosaudavel.org.br/wp-content/uploads/2020/06/cartilha_aleitamento_ufpi_UFMA20200511121706.pdf
https://alimentacaosaudavel.org.br/wp-content/uploads/2020/06/cartilha_aleitamento_ufpi_UFMA20200511121706.pdf
https://alimentacaosaudavel.org.br/wp-content/uploads/2020/06/cartilha_aleitamento_ufpi_UFMA20200511121706.pdf
https://alimentacaosaudavel.org.br/wp-content/uploads/2020/06/cartilha_aleitamento_ufpi_UFMA20200511121706.pdf
12 
 
REFERÊNCIAS 
LIMA, A.P.E. et al. Aleitamento 
materno exclusivo de prematuros e 
motivos para sua interrupção no 
primeiro mês pós-alta hospitalar. Rev. 
Gaúcha Enferm., Porto Alegre, v.40, 
2015. Disponível em: 
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