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Trabalho de Temas em Psico Social

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Como citar o artigo: Silva, J. V. & Corgozinho, J. P. (2011). atuação do psicólogo, SUaS/CRaS e psicologia social comunitária: possíveis articulações. Psicologia & Sociedade, 23(n. spe.), 12-21.
TEXTO DESENVOLVIMENTO – resumo do artigo.
O texto escrito por Janaína Vilares da Silva e Juliana Pinto Corgozinho, ambas pelo Centro Universitário Luterano de Palmas, em Palmas (TO), que tem como título: “A atuação do psicólogo, SUAS/ CRAS e psicologia social comunitária: possíveis articulações. ” Tem por objetivo mostrar a discrepância entre teoria e prática dentro da área social da psicologia e embora de caráter bibliográfico, evidência a urgência metodológica dentro do contexto de trabalho da psicologia social.
O texto busca mostrar como a teoria da psicologia social, as produções práticas da disciplina, assim como sua epistemologia voltada para a base materialista histórica dialética, poderia auxiliar e servir como referência para os profissionais que atuam na psicologia comunitária e principalmente no âmbito do SUAS e CRAS, uma vez que a prática não é bem fundamentada e muitos profissionais entram com concepções erradas e não possuem um referencial teórico eficaz para a atuação neste campo.
É fato consumado que as recentes políticas sociais e de inclusão vem gerando uma qualidade de vida melhor para as classes sociais mais baixas, assim como aumenta a demanda de trabalho para os psicólogos de todo o país. Em outras palavras, a medida em que se vê a ampliação de políticas públicas, também aumenta as vagas de concursos para psicólogos atuantes nas áreas sociais, porém, com uma noção muito fosca da realidade e não sabendo o que irá realizar, já que o próprio referencial não é claro nos próprios manuais usados para guiar a profissão.
Segundo o texto, é notável que essa abertura para a comunidade é um avanço enorme, por outro lado, fica como o processo formativo destes trabalhadores não os preparam e fazem com que seus trabalhos sejam realizados de maneira restrita, uma vez que não há referenciais nem metodológicos, nem teóricos para suprir as demandas trazidas pela sociedade. O texto, entretanto, crítica a forma de que muitas instituições nunca foram atrás de teorias já existentes como a da psicologia social 
Assim sendo, faz-se necessário ilustrar que o CRAS, Centro de Referência da Assistência Social, teve seu corpo técnico solidificado em 2005 e o SUAS, apesar da implantação ser bem recente, organiza-se como um sistema público não contributivo, decentralizado e participativo. O texto menciona também características próprias de cada instituição e sua história, tal como suas formações política, cultural e histórica, visto também na disciplina de Relações Étnico Raciais Brasileiras. Segundo as autoras, boa parte da contribuição de políticas sociais veio a partir de lutas por meio de movimentos sociais de diversos tipos.
Uma das considerações feitas no artigo é a de que a área mencionada tem um aspecto positivo muito importante para a psicologia como ciência e profissão, que é o fato de se afastar das vertentes mais elitistas e o olhar meramente clínico da psicologia, através do bem-estar comum dos sujeitos e grupos sociais, buscando lhes dar autonomia e inseri-los na sociedade de forma digna. 
É possível perceber que a intenção é mostrar que já existem conceitos e metodologias já existentes no campo da psicologia que poderiam ser usados nesse contexto para a preparação desta equipo, assim como ajudar a construir uma teoria ramificada para essa abordagem específica.
Durante a produção do texto, é possível evidenciar diversos tópicos e teorias relacionadas a disciplina de psicologia social, como a história da ABRAPSO (Associação Brasileira de Psicologia Social) e diversas menções a Silvia Lane, Jefferson Bernardes e Robert Farr, todos autores integrantes da bibliografia das aulas expositivas dessa mesma matéria. É descrito também os três objetivos da carreira de Wundt, no qual o terceiro é a construção de uma psicologia social, criando uma obra de dez volumes que abordam esses principais temas e é mencionado, inclusive, que a própria psicologia comunitária nasce como uma ramificação da psicologia social. 
O artigo também frisa conceitos aprendidos na grade curricular da disciplina de psicologia social, como o de estereótipo que é baseado em componentes comportamentais (discriminação), afetividade (sentimentos negativos) e cognitivos (estereótipo), dando o exemplo sobre o capacitismo e a generalização dos alvos do preconceito. 
Segundo o texto, quando um psicólogo entra em contato com os sujeitos das comunidades, ele precisa estar ciente de que aquele é um indivíduo concreto, inserido numa realidade-histórica-cultural, existindo no espaço vital. Essa visão geral é oferecida pelos conceitos ilustrados
A ideia é de que essa inserção seja feita por via universitária (teórica), pelos movimentos sociais (prática) e por programas que tentam incorporar ás diversas práticas da psicologia social de forma gradativa na comunidade, via instituições. É possível perceber que a intenção é mostrar que já existem conceitos e metodologias já existentes no campo da psicologia que poderiam ser usados nesse contexto para a preparação desta equipo, assim como ajudar a construir uma teoria ramificada para essa abordagem específica.
Uma vez que é bastaste conhecida a defasagem técnica do quadro de profissionais do âmbito social, conclui-se que é sim possível que esta inserção seja feita e o presente trabalho indaga essa questão a partir deste cruzamento de bibliografias sobre o tema, com a esperança de que o psicólogo que atua numa equipe trans, multi ou interprofissional, como ocorre no CRAS, possa ter suas ações corretamente delimitadas.
Por fim, fica evidente que o artigo pode ser correlacionado com os conceitos aprendidos na disciplina de psicologia social, assim como tais fundamentos são essências para se entender a proposta e dessa forma, demonstra a importância da disciplina dentro do currículo do curso, ao mesmo tempo que elabora a premissa do nosso trabalho.

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