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Tecnologia da informação e Comunicação

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TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO
E DA COMUNICAÇÃO
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Tecnologia da Informação e da Comunicação – Profª. Ms. Alessandra Corrêa Farago e 
Prof. Ms. Randal Farago
Olá, pessoal! Meu nome é Alessandra Corrêa Farago, sou graduada 
em Letras pela Unifafibe, especialista em Tecnologia da Informação 
e da Comunicação pela UnB, especialista em Planejamento e 
Gestão de Organizações Educacionais pela Unesp e mestre em 
Educação Escolar pelo Centro Universitário Moura Lacerda. Minha 
linha de pesquisa é voltada para a formação de professores, 
especificamente para a investigação das concepções e práticas de 
ensino. Sou professora efetiva de Língua Portuguesa na rede pública 
estadual há 17 anos e fui coordenadora pedagógica por sete anos 
do Curso Normal Integral (nos moldes do CEFAM) na Escola Estadual Otoniel Mota, em 
Ribeirão Preto. Também atuo como professora universitária nos cursos de Graduação e 
Pós-graduação na área de Educação das Faculdades Integradas Fafibe (Bebedouro) e do 
Claretiano - Centro Universitário de Batatais. Tenho uma família maravilhosa, e meus 
grandes amores são minha filha Marina e meu marido Randal, também professor do 
Claretiano, que compartilhou comigo a construção deste material.
e-mail: farago@claretiano.edu.br
Olá! Meu nome é Randal Farago, sou professor universitário desde 
2000. Trabalho nos cursos de Graduação e Pós-graduação das 
Faculdades Integradas Fafibe (Bebedouro), do Centro Universitário 
Moura Lacerda (Ribeirão Preto) e do Claretiano - Centro Universitário. 
Sou formado em Matemática pela Universidade Federal de São 
Carlos (UFSCar), onde fiz Mestrado em Engenharia de Produção. 
Atuei na área de Otimização Combinatória (subárea da Pesquisa 
Operacional) e hoje faço curso de Doutorado na FEARP-USP, na 
linha de Inovação e Sustentabilidade, sob a orientação da Profª. Drª. 
Sônia Valle Walter Borges de Oliveira. Na área corporativa, trabalhei 
na Companhia de Bebidas Ipiranga em Ribeirão Preto, como auditor interno e analista de 
custos e orçamentos. Tenho uma linda filha, chamada Marina, e uma esposa excepcional, 
chamada Alessandra Corrêa Farago, que também é tutora no Claretiano e autora deste 
material.
e-mail: randalfarago@usp.br
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
TECNOLOGIA
DA INFORMAÇÃO
E DA COMUNICAÇÃO
Alessandra Corrêa Farago
Randal Farago
Batatais
Claretiano
2014
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Claretiana, 2010 – Batatais (SP)
Versão: dez./2014 
658.4038 F225t 
 
 Farago, Alessandra Corrêa 
 Tecnologia da informação e da comunicação / Alessandra Corrêa Farago, Randal 
Farago – Batatais, SP : Claretiano, 2014. 
 168 p. 
 
 ISBN: 978-85-8377-334-4 
 
 1. Informática e educação. 2. Sociedade da informação e do conhecimento. 3. Informática 
 nos projetos educacionais. 4. Era digital e aprendizagem colaborativa. 5. Veículos e linguagens 
 do mundo contemporâneo. 6. Word, Point, Excel, PowerPoint, Publisher. 7. Internet. 
 8. Hipertexto. 9. Bibliotecas Virtuais. 10. Bibliotecas Virtuais. 11. Uso de softwares em sala de 
 aula. I. Farago, Randal. II. Tecnologia da informação e da comunicação. 
 
 
 CDD 658.4038 
 
 
 
 
 
 
 
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera
Raquel Baptista Meneses Frata
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Eduardo Henrique Marinheiro
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Juliana Biggi
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rafael Antonio Morotti
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
CADERNO DE REFERÊNCIA DE CONTEÚDO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 9
2 ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO .......................................................................... 12
UNIDADE 1 – TECNOLOGIA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 35
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 36
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 36
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 39
5 SOCIEDADE DO CONHECIMENTO E DA TECNOLOGIA ................................... 39
6 TECNOLOGIA NA VIDA E NA ESCOLA .............................................................. 42
7 SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO E DO CONHECIMENTO ................................. 47
8 INTEGRAÇÕES DAS TECNOLOGIAS E DOS PROJETOS EDUCACIONAIS ........ 50
9 ERA DIGITAL E APRENDIZAGEM COLABORATIVA .......................................... 53
10 NOVO PARADIGMA PARA UM NOVO TEMPO ................................................ 55
11 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 56
12 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 58
13 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 59
14 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 59
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 60
UNIDADE 2 – TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO E 
SUAS IMPLICAÇÕES PEDAGÓGICAS
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 63
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 63
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 64
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 65
5 NOVAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E DA COMUNICAÇÃO.................. 66
6 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 87
7 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 89
8 CONSIDERAÇÕES ..............................................................................................90
9 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 91
10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 92
UNIDADE 3 – INFORMÁTICA COMO RECURSO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO: 
1ª PARTE
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 95
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 95
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 96
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 96
5 COMPUTADOR E SISTEMA OPERACIONAL ..................................................... 97
6 PAINT: PROGRAMA FEITO PARA ARTE ............................................................ 101
7 WORD: EDITOR DE TEXTOS EFICIENTE ........................................................... 107
8 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 113
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 114
10 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 115
11 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 115
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 116
UNIDADE 4 – INFORMÁTICA COMO RECURSO DIDÁTICO-PEDAGÓGICO: 
2ª PARTE
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 119
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 119
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 120
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 121
5 EXCEL: SUA PLANILHA DE CÁLCULO ............................................................... 121
6 POWER POINT: ENRIQUEÇA SUAS APRESENTAÇÕES .................................... 130
7 PUBLISHER: PUBLIQUE E APAREÇA! ............................................................... 138
8 TEXTOS COMPLEMENTARES ............................................................................ 143
9 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 145
10 CONSIDERAÇÕES .............................................................................................. 145
11 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 145
12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 146
UNIDADE 5 – INTERNET E SOFTWARES: CRIANDO REDES DE 
CONHECIMENTO
1 OBJETIVOS ........................................................................................................ 147
2 CONTEÚDOS ..................................................................................................... 148
3 ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE ............................................... 148
4 INTRODUÇÃO À UNIDADE ............................................................................... 149
5 INTERNET EXPLORER: NAVEGANDO POR PÁGINAS NUNCA D’ANTES 
NAVEGADAS ...................................................................................................... 149
6 INTERNET E NOVO PARADIGMA EDUCACIONAL ........................................... 153
7 CIBERESPAÇO E AMBIENTES VIRTUAIS .......................................................... 155
8 O QUE O USO DE HIPERTEXTOS TRAZ DE INOVADOR PARA A 
APRENDIZAGEM? ............................................................................................. 157
9 FERRAMENTAS DE BUSCA: SEARCH-ENGINE ................................................. 160
10 USO DE SOFTWARES EM SALA DE AULA ........................................................ 161
11 TEXTO COMPLEMENTAR .................................................................................. 162
12 QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS ........................................................................ 164
13 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................. 164
14 E-REFERÊNCIAS ................................................................................................ 165
15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 166
Claretiano - Centro Universitário
EA
D
CRC
Caderno de 
Referência de 
Conteúdo
Conteúdo –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
A informática e a educação. Sociedade da informação e do conhecimento. In-
formática nos projetos educacionais. Era digital e aprendizagem colaborativa. 
As novas tecnologias da informação e comunicação. Veículos e linguagens do 
mundo contemporâneo. O computador no processo ensino aprendizagem: Word, 
Point, Excel, PowerPoint, Publisher. A Internet e o novo paradigma educacional. 
O ciberespaço e os ambientes virtuais. Hipertexto. Bibliotecas Virtuais. Uso de 
softwares em sala de aula. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
1. INTRODUÇÃO
Com o estudo de Tecnologia da Informação e da Comunica-
ção, você compreenderá conceitos, princípios e referenciais peda-
gógicos na apropriação e utilização das Tecnologias da Informação 
e da Comunicação (TICs) no processo educativo.
 Como futuro profissional do conhecimento, é importante 
não apenas compreender, mas também saber aplicar os princípios 
da TIC. Assim é necessário admitir que as TICs (TV, DVD, filmado-
© Tecnologia da Informação e da Comunicação10
ra, calculadora, computador, lousa digital interativa, internet etc.) 
podem potencializar o trabalho didático-pedagógico do professor.
Essa constatação corrobora a importância de incorporá-las ao 
cotidiano da escola, envolvendo as práticas didático-pedagógicas e 
demais atividades escolares. A literatura disponível e as pesquisas 
realizadas mostram que essa incorporação pode trazer contribui-
ções relevantes, com bons resultados na aquisição de conhecimen-
tos e na otimização do processo de ensino-aprendizagem.
No entanto, isso só ocorrerá se as tecnologias utilizadas es-
tiverem atendendo às intenções educacionais, viabilizando estra-
tégias mais adequadas às necessidades dos alunos, tendo em vista 
potencializar sua aprendizagem. 
Não se trata de apenas informatizar o ensino, pois isso traz 
em seu bojo um viés tecnicista e reducionista do uso das tecnolo-
gias como recursos meramente instrumentais utilizados para "ins-
truir o aluno". 
Hoje, o necessário nas escolas é utilizar as TICs de forma se-
letiva, crítica e analítica, o que significa dizer que a sala de aula 
deve abrir espaço para discussões democráticas sobre os conteú-
dos que são veiculados pela internet, televisão e outras mídias.
Assim, o que aqui nos interessa é a ampliação das possibili-
dades de uso das TICs, a fim de que o professor enriqueça a sua 
prática docente, variando os recursos didáticos e aprofundando os 
conteúdos no que tange à análise crítica do que é difundido nas 
mídias.
 Para que seus alunos tenham a oportunidade de desenvolver 
habilidades no manuseio das novas tecnologias e sejam capazes de 
lidar com a rapidez, a abrangência e a diversidade de informações, 
apresentando uma postura analítica e seletiva diante de tudo que 
é oferecido pelas TICs. O desenvolvimento dessas habilidades com 
certeza tornará o indivíduo mais competente para atender as de-
mandas do perfil exigido para o trabalhador do século 21, 
Claretiano - Centro Universitário
11© Caderno de Referência de Conteúdo
Porém, a escola deverá viabilizar novas formas de ensinar e 
de aprender, uma vez que o acesso à informação, à produção doconhecimento e às possibilidades de interação e comunicação foi 
drasticamente alterado se comparado ao contexto da escola do 
século 20. 
Entretanto, não podemos nos esquecer de que muitas esco-
las ainda não estão preparadas para essas novas demandas, isso 
porque a realidade que elas vivenciam às vezes contraria as possi-
bilidades de efetivação do uso das TICs na educação. Faltam equi-
pamentos, pois os existentes ficam sem a devida manutenção; os 
espaços físicos são precários; os professores estão, muitas vezes, 
despreparados tecnicamente; não existem pessoas para darem 
auxílio técnico ao docente em suas eventuais dificuldades; enfim, 
muitos são os motivos para que a escola deixe de assumir a neces-
sidade emergente de utilização das tecnologias existentes.
Diante desse quadro, é preciso trabalhar. Nossa consciência 
política, moral e ética deve falar mais alto, e a formação de nossos 
alunos deve estar em primeiro lugar, pois muitos deles não têm a 
oportunidade de usar das TICs fora do espaço escolar.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia 
e Estatística (IBGE), somente 12,46% da população no Brasil tem 
acesso a computadores e apenas 8,31% estão conectados à inter-
net (2006).
Esses percentuais expõem a escuridão digital e tecnológica 
em que vivem muitos de nossos alunos, e, quando a escola desis-
te de implementar o projeto de incorporação das TICs às práticas 
educativas, acaba acentuando o desnível entre alunos de baixa 
renda e alunos de classes sociais abastadas.
Ao longo deste estudo, você perceberá que a chegada das TICs 
nas escolas evidencia uma transformação nas ferramentas didático-
-pedagógicas convencionais. Portanto, se você já tem alguma noção 
sobre esse assunto, será uma boa oportunidade para aprofundar 
seu conhecimento mediante a troca de ideias por meio da Sala de 
© Tecnologia da Informação e da Comunicação12
Aula Virtual, mas, se você não tem nenhuma noção a respeito, não 
se preocupe, pois esta obra o auxiliará nesta jornada.
Nesta obra, o objetivo será justamente este: possibilitar uma 
reflexão criteriosa acerca da utilização das TICs no processo educa-
tivo. Nas unidades que se seguirão, você compreenderá esse uni-
verso conceitual e seus desafios para promover um viés sistemati-
zado da prática educativa. 
Após esta introdução aos conceitos principais, apresentare-
mos no tópico a seguir algumas orientações de caráter motivacio-
nal, bem como dicas e estratégias de aprendizagem, que poderão 
facilitar o seu estudo.
2. ORIENTAÇÕES PARA ESTUDO
Abordagem Geral
Neste tópico, apresenta-se uma visão geral do que será es-
tudado. Aqui, você entrará em contato com os assuntos principais 
deste conteúdo de forma breve e geral e terá a oportunidade de 
aprofundar essas questões no estudo de cada unidade. Desse 
modo, essa Abordagem Geral visa fornecer-lhe o conhecimento 
básico necessário a partir do qual você possa construir um refe-
rencial teórico com base sólida – científica e cultural – para que, no 
futuro exercício de sua profissão, você a exerça com competência 
cognitiva, ética e responsabilidade social. Vamos começar nossa 
aventura pela apresentação das ideias e dos princípios básicos que 
fundamentam este estudo. 
Iniciaremos refletindo sobre o papel das novas tecnologias 
no processo educacional, para que se perceba como as pessoas, 
nesse novo contexto, captam e processam a informação, a fim de 
criar ambientes de aprendizagem com recursos tecnológicos de in-
formação e comunicação. Além disso, identificaremos as principais 
transformações sociais, culturais e econômicas que ocorreram na 
sociedade mediante o desenvolvimento das TICs. 
Claretiano - Centro Universitário
13© Caderno de Referência de Conteúdo
Você já conhece o termo "sociedade da informação e do 
conhecimento"? Acreditamos que sim, porém, para uma melhor 
compreensão de tal conceito, é preciso retornar um pouco no tem-
po e entender a evolução da sociedade contemporânea. Assim, ex-
poremos a seguir uma trajetória histórica para compreender como 
chegamos à revolução tecnológica que conhecemos hoje. 
• De 1750 a 1950, vivemos a sociedade industrial, cuja ca-
racterística era a produção em massa de bens de consumo 
e que teve origem com a Revolução Industrial. Baseava-se 
nos pressupostos do paradigma newtoniano-cartesiano, 
definido por uma visão de mundo mecanicista e reducio-
nista. A preocupação existente estava na padronização 
das mercadorias e na mão de obra especializada.
• De 1950 a 2000 (aproximadamente), temos a sociedade 
pós-industrial, que nasceu com a Segunda Guerra Mun-
dial e cuja produção não se baseou na agricultura nem 
na indústria, mas, sim, na produção de serviços. Dessa 
forma, o trabalho intelectual começou a ser mais fre-
quente que o manual e a criatividade mais importante 
que a simples execução de tarefas. O trabalhador pas-
sou a ser intelectualizado, priorizando o dinamismo, a 
criatividade e a capacidade de se relacionar em diferen-
tes contextos.
• A partir do século 21, inicia-se a disseminação da socie-
dade da informação, em consequência da expansão exa-
cerbada da informação e da revolução da tecnologia, ca-
racterizada pela rapidez na difusão da informação e do 
conhecimento e pelo aceleramento dos processos produ-
tivos para atender as demandas mercadológicas. 
Com base nesse conceito de sociedade da informação e do 
conhecimento é que vamos entender a necessidade de se conhe-
cer as tecnologias que propiciarão à informação e ao conhecimen-
to se propagarem.
© Tecnologia da Informação e da Comunicação14
Esta nova era é caracterizada pelo aumento das atividades 
produtivas que são dependentes do uso das TICs e da gestão dos 
fluxos de informação existentes. Neste novo contexto, uma ava-
lanche de informações é veiculada diariamente, assumindo valo-
res éticos, sociais, políticos, estéticos, religiosos, antropológicos, 
econômicos etc., essenciais para entender os novos padrões de 
funcionamento e organização de nossa sociedade atual.
Mas, então, como podemos definir a sociedade da informa-
ção e do conhecimento?
Um estágio de desenvolvimento social caracterizado pela capacida-
de de seus membros (cidadãos, empresas e administração pública) 
de obter e compartilhar qualquer informação, instantaneamente, 
de qualquer lugar e da maneira mais adequada (GRUPO TELEFÔNI-
CA DO BRASIL, 2002).
O que se constata com o advento da sociedade do conhe-
cimento passa a exigir conexões, parcerias e trabalho conjunto, 
no sentido de ultrapassar a fragmentação e a divisão em todas as 
áreas do conhecimento.
Hargreaves (2004, p. 34) menciona que:
[...] a sociedade do conhecimento é uma sociedade de aprendi-
zagem. O sucesso econômico e uma cultura de inovação contínua 
dependem da capacidade dos trabalhadores de se manter apren-
dendo acerca de si próprios e uns com os outros. Uma economia do 
conhecimento não funciona a partir da força das máquinas, mas a 
partir da força do cérebro, do poder de pensar, aprender e inovar. 
As economias industriais precisam de trabalhadores para as máqui-
nas; a economia do conhecimento precisa de trabalhadores para o 
conhecimento. 
Historicamente, estamos passando por uma mudança de pa-
radigma, pois, com a evolução da ciência, existe uma tendência à 
superação do pensamento newtoniano-cartesiano, e, em decor-
rência disso, há um repensar da sociedade e da educação.
Para compreender melhor essa mudança paradigmática, 
antes de apresentarmos o paradigma newtoniano-cartesiano, co-
nhecido como paradigma conservador, e o paradigma inovador e 
contemporâneo, também chamado de paradigma emergente, o 
Claretiano - Centro Universitário
15© Caderno de Referência de Conteúdo
qual vem se consolidando desde meados do século 20, é necessá-
rio esclarecer o que é um paradigma.
Segundo Kuhn (1998, p. 225) "paradigma significa a conste-
lação de crenças, valores e técnicas partilhadas pelos membros de 
uma comunidade científica". Já Morin (1996, p. 287) afirma que 
"um paradigma significa umtipo de relação muito forte, que pode 
ser de conjunção ou disjunção, que possui uma natureza lógica en-
tre um conjunto de conceitos-mestres". 
Enquanto Cardoso (1995, p. 17) pondera que: 
[...] o conceito de paradigma é entendido como um modelo de 
pensar e ser capaz de engendrar determinadas teorias e linhas de 
pensamento dando certa homogeneidade e um modo de o homem 
ser no mundo, nos diversos momentos históricos.
Dessa forma, constata-se que os paradigmas se apresentam 
como ideias e pressuposições bem estudadas, delineadas, teoriza-
das, definidas por meio da reflexão e do caráter intencional. Eles 
se constituem orientadores que determinam as práticas educati-
vas; constituem-se em estruturas que determinam a forma de se 
conceber a educação e, também, a ação educacional, ou seja, con-
dicionam e determinam todas as ações, pensamentos e propostas 
educacionais de um dado momento histórico.
Segundo Ferreira (2010, p. 3):
Paradigma é um conjunto de conceitos interrelacionados de tal for-
ma a ponto de proporcionar referenciais que permitem observar, 
compreender determinado problema em suas características bási-
cas: o quê, como, o que se pretende observar e orientar possíveis so-
luções. É um conjunto conceitual que garante a coerência interna de 
qualquer proposta na área da educação e articulação entre o que se 
faz e o que se pensa, permitindo ao professor agir intencionalmente. 
Ao educador cabe fazer distinção entre paradigmas para que se per-
ceba as alternâncias no pensamento educacional ao longo da histó-
ria e, da mesma forma, se perceba quais idéias são relevantes, quais 
são desconsideradas e em que época o são e por quê. É sob esta 
perspectiva, o movimento em educação: de posse do conhecimento 
de determinados paradigmas, que se busca encaminhar os proces-
sos educativos, mas, para tanto, faz-se necessário reflexão, entender 
quais paradigmas são os orientadores e por que o são.
© Tecnologia da Informação e da Comunicação16
O paradigma newtoniano-cartesiano, que perdurou até a 
metade do século 20, caracterizou-se pela visão racional, reducio-
nista e fragmentada das coisas, tendo como foco a repetição, a 
memorização e a reprodução do conhecimento. Segundo Behrens 
(1999, p. 45) "os processos pedagógicos eram restritos a ações que 
envolviam o 'escute, leia, decore e repita'". 
Para Behrens (2005a, p. 17):
O século XX manteve a tendência do século XIX, fortemente in-
fluenciado pelo método cartesiano – a separação entre a matéria e 
a divisão do conhecimento em campos especializados em busca de 
uma maior eficácia. Esta forma de organizar o pensamento levou a 
comunidade científica a uma mentalidade reducionista na qual o 
homem adquire uma visão fragmentada não somente da verdade, 
mas de si mesmo, dos seus valores e dos seus sentimentos.
No âmbito educacional, o pensamento newtoniano-cartesiano 
influenciou, significativamente, a prática docente e a concepção do 
processo de ensino-aprendizagem, uma vez que a fragmentação do 
conhecimento levou à compartimentalização de conteúdos, e, 
com isso, as áreas de conhecimento não dialogavam entre si, para 
que o aluno tivesse a noção global de informações afins.
As metodologias pautavam-se na reprodução do conheci-
mento. Como exemplo, utilizava-se a cópia ("siga o modelo"), a 
repetição (escreva 20 vezes a palavra "exceção"), a memorização 
de conteúdos e a mecanização das atividades realizadas.
Com isso, o que se constata é que a ênfase de todo o proces-
so pedagógico estava no produto, ou seja, no resultado, restringin-
do-se ao cumprimento de tarefas de forma repetitiva, sem, muitas 
vezes, a criança perceber sentido naquilo que está realizando.
De acordo com Behrens (1996, p. 51):
A forte interferência do positivismo e a cisão entre o sujeito e ob-
jeto provocam uma educação fragmentada e mecanicista. Ao se-
parar corpo e mente, a ciência transfere para a educação e, por 
conseqüência, para o ensino um sistema fechado, compartimenta-
lizado e dividido. A ênfase da prática educativa recai na técnica pela 
técnica. Busca lançar mão de manuais para organizar o processo 
ensino-aprendizagem.
Claretiano - Centro Universitário
17© Caderno de Referência de Conteúdo
A mudança de paradigma, ocorrida a partir do final do sé-
culo 20, dá-se em função do progresso científico e tecnológico na 
história da humanidade. Os avanços oriundos da microeletrônica 
são impressionantes e alavancam a computação, a cibernética, as 
telecomunicações, as redes eletrônicas e a robótica.
Essas transformações levaram intelectuais e cientistas a bus-
carem novos referenciais, que pudessem romper com o pensa-
mento racionalista e mecanicista que dominou o mundo ocidental 
por, aproximadamente, 300 anos.
Atualmente, vivemos um novo paradigma, o qual alguns au-
tores, como Capra (1996), Moraes (1997), Santos (1987) e Behrens 
(1996), têm denominado ecológico, holístico ou emergente. Esse 
novo paradigma possui como características a visão de totalida-
de e o desafio de superação da reprodução para a produção do 
conhecimento. Para Capra (1996, p. 68), "o paradigma emergen-
te tem como função essencial reaproximar as partes na busca de 
uma visão do todo". 
Nesse aspecto, o currículo da escola não contribui para de-
senvolver, em nossos alunos, esse olhar para o todo, uma vez que 
temos um currículo fragmentado em disciplinas estanques. Segun-
do o paradigma emergente, deveríamos começar revendo esse 
processo curricular de divisão de conteúdo, com vista à integração 
curricular, para que o aluno tenha a compreensão de totalidade.
Segundo Prado (2010): 
O currículo por áreas evidencia as especificidades de cada área e, 
ao mesmo tempo, explicita a necessidade de integrá-las com vistas 
a compreender e transformar uma realidade. A compreensão da 
realidade é fundamental para que o aluno possa participar como 
protagonista da história, anunciando novos caminhos para exercer 
sua cidadania. Isso evidencia a necessidade de trabalhar com o de-
senvolvimento de competências e habilidades, as quais se desen-
volvem por meio de ações e de vários níveis de reflexão que con-
gregam conceitos e estratégias, incluindo dinâmicas de trabalho 
que privilegiam a resolução de problemas emergentes no contexto 
ou o desenvolvimento de projetos.
© Tecnologia da Informação e da Comunicação18
Pensando nessa situação, a metodologia de trabalho por 
projetos pode propiciar uma nova forma de aprender, viabilizando 
a integração entre conteúdos das áreas de conhecimento e diver-
sas tecnologias disponíveis (computador, televisão, internet etc).
Os alunos, por meio dos projetos didáticos, são capazes de 
realizar o trabalho com pesquisa, fazer novas buscas e levantar 
dúvidas, estabelecendo relações, descobertas e interpretações 
de problemas da realidade, podendo resolver situações concretas 
que permeiam suas vidas e seu cotidiano.
Nesse sentido, exige-se que a escola torne o aluno um prota-
gonista na produção do conhecimento, a fim de desenvolver a cria-
tividade, a reflexão, a curiosidade, o espírito crítico e investigativo, 
entre outras habilidades.
Considerando esse desafio, o professor precisará rever sua 
metodologia, que deverá ser pautada em situações-problema con-
textualizadas, viabilizando discussões reflexivas, analíticas e críti-
cas que, por sua vez, resultarão em produções coletivas e indivi-
duais, visando à aprendizagem colaborativa.
Behrens (2005a, p. 63) propõe que, para atender ao para-
digma emergente, é necessário articular três pressupostos: o da 
visão sistêmica, o da abordagem progressista e o do ensino com 
pesquisa.
a. A visão sistêmica ou holística busca a superação da fragmen-
tação do conhecimento, o resgate do ser humano em sua to-
talidade, considerando o homem com suas inteligências múl-
tiplas, levando à formação de um profissional humano, ético 
e sensível.
b. A abordagem progressista tem como pressuposto central a 
transformação social. Instiga o diálogo e a discussão coletiva 
como forças propulsoras de uma aprendizagemsignificativa e 
contempla os trabalhos coletivos, as parcerias e a participação 
crítica e reflexiva dos alunos e dos professores.
c. O ensino com pesquisa instiga à produção do conhecimento 
com autonomia, espírito crítico e investigativo. Considera o 
aluno e o professor como pesquisadores e produtores dos seus 
próprios conhecimentos.
Claretiano - Centro Universitário
19© Caderno de Referência de Conteúdo
Dessa forma, Behrens (2005b) pontua que uma atuação do-
cente competente deve se pautar nas demandas contemporâneas, 
que exigem a inter-relação desses três pressupostos atrelada à in-
corporação das TICs ao processo educativo. 
O computador, a internet e outras tecnologias e mídias são, 
como recursos didáticos, suportes essenciais na conjectura de ino-
vação do processo educativo, inovação essa que exige que o pro-
fessor estabeleça parcerias e viabilize o trabalho em grupo, pois 
uma das funções da educação tecnológica é a formação do cida-
dão capaz de aprender por meio da aprendizagem colaborativa. 
Desse ideário que mencionamos, advém a ideia de aprendi-
zagem colaborativa, que deverá ser problematizadora, desafiadora 
e reflexiva, a fim de levar os alunos a buscarem soluções que serão 
discutidas em grupo e fundamentadas em referencial teórico. Para 
isso, é importante que se considere a oferta de requisitos bási-
cos para viver numa sociedade em transformação, com vistas a 
preparar um cidadão responsável e ético para enfrentar os novos 
impactos tecnológicos.
Assim, como professores, devemos nos preparar para par-
ticipar dos processos de transformação e construção dessa reali-
dade, que nos impõe a necessidade de incorporar novos hábitos, 
percepções e demandas. Nessas demandas, está a inserção das 
tecnologias ao cotidiano escolar, uma vez que nossos alunos preci-
sam desenvolver habilidades para utilizar os instrumentos e recur-
sos tecnológicos existentes em nossa cultura.
Muito se fala, hoje, a respeito da qualidade em educação, e 
tal preocupação se reflete na melhoria da aprendizagem de nos-
sos educandos, considerando-se o seguinte questionamento: que 
alunos devemos formar para enfrentar as novas exigências da so-
ciedade da informação e do conhecimento?
Essa dúvida nos faz refletir sobre nosso papel como educa-
dores. Destacando o que diz Zabala (1998, p. 29) a esse respeito:
© Tecnologia da Informação e da Comunicação20
Tudo que fazemos em sala de aula incide em menor ou maior grau 
na formação de nossos alunos. A maneira de organizar a aula, o 
tipo de incentivos, as expectativas que depositamos, os materiais 
que utilizamos, cada uma destas decisões veicula determinadas ex-
periências educativas, e é possível que nem sempre estejam em 
consonância com o pensamento que temos a respeito do sentido e 
do papel que hoje em dia tem a educação.
Dessa forma, precisamos organizar nosso trabalho pedagógi-
co para a construção da cidadania e a transformação da escola em 
um espaço de vida, sonhos e produção de saberes, no qual as tec-
nologias sejam utilizadas em situações que tragam aprendizagens 
efetivas e preparem os alunos para aprenderem ao longo de sua 
caminhada, podendo intervir, adaptar-se e criar novos cenários.
Sobre essa questão, observe o que diz Hargreaves (2004, p. 14):
As demandas que se colocam para os jovens e os desafios que lhes 
apresentam no século XXI são profundamente diferentes do que os 
anteriores. Hoje em dia, as demandas de uma economia produti-
va moderna e de uma sociedade moderna includente levam nosso 
sistema de educacional a desenvolver o talento especial de cada 
criança.
De fato, os meios de comunicação apresentam informação 
abundante e variada de um modo muito atrativo às crianças e jo-
vens no contexto do século 21.
Nakashima e Amaral (2006, p. 36) mencionam que, hoje, os 
jovens: 
[...] utilizam os mais diferentes espaços audiovisuais para se expres-
sar, se relacionar e transformar a sua criatividade em uma produ-
ção própria, através da utilização de fotos digitais, vídeos, e-mails 
[Messenger], comunidades de relacionamentos [Twitter, Facebook, 
Orkut] e blogs disponibilizados na internet.
Algo que precisa ser dito nesta primeira conversa se refere 
à ênfase dada à perspectiva de que a escola prescinde de ser uma 
instituição de repasse de informações para tornar-se lugar forma-
dor de pensamento, compreensão e interpretação. E, em meio a 
esse volume exorbitante de informações e às possibilidades de in-
teração diversas, temos uma problemática a ser resolvida: a pouca 
Claretiano - Centro Universitário
21© Caderno de Referência de Conteúdo
capacidade crítica para lidar com a variedade e a quantidade de in-
formações, de meios de comunicação e de recursos tecnológicos.
Nesse sentido, a ação docente precisa desenvolver procedi-
mentos de análise e discussão no que se refere ao tratamento da 
informação, ou seja, viabilizar situações em que os alunos tenham 
de se posicionar de forma reflexiva, analítica e crítica, a fim de fa-
zer escolhas, definir prioridades e avaliar o grau de qualidade das 
informações, mídias e tecnologias que lhe são apresentadas.
Outro aspecto a se considerar são os espaços e meios de 
aprendizagem. Hoje, com as TICs, estes podem ocorrer por meios 
distintos e em lugares diferentes. Dessa forma, a aprendizagem 
poderá acontecer em ambientes virtuais ou físicos de aprendiza-
gem, considerando as possibilidades de interação entre os alunos 
e a troca de informações, com vistas a responder aos objetivos 
comuns delineados pelas necessidades de grupo.
Para Nakashima e Amaral (2006, p. 34):
As mudanças no contexto escolar são necessárias, pois a geração 
de alunos que o compõe mudou. Atualmente, quando se observa 
uma criança a partir dos quatro anos, notam-se certas habilidades 
que, anteriormente, uma criança da década de 80, nessa mesma 
faixa etária, não apresentava, como por exemplo, a capacidade de 
ligar a televisão e o DVD sozinha, colocar seus filmes prediletos e 
escolher a cena que deseja ver, memorizar as falas de personagens 
com facilidade, ligar o computador e instalar os jogos que deseja 
brincar. As crianças de hoje não têm medo de conhecer e investigar 
os recursos que os eletroeletrônicos proporcionam. Elas pergun-
tam aquilo que não sabem, gostam de experimentar coisas novas 
e fazer descobertas na prática, ou seja, elas já estão familiarizadas 
com o uso da tecnologia e interagem facilmente com a linguagem 
digital.
No entanto, há certo preconceito notado em alguns educa-
dores em utilizarem as tecnologias em sala de aula, em decorrên-
cia do tecnicismo educacional, que surgiu na década de 1960. Se-
gundo Leite (2003, p. 12):
[...] a proposta de levar para a sala de aula qualquer novo equipa-
mento tecnológico que a sociedade industrial vinha produzindo de 
modo cada vez mais acelerado foi, no Brasil, uma das pontas de 
© Tecnologia da Informação e da Comunicação22
um contexto político-econômico cujos objetivos eram inserir o país 
no mercado econômico mundial como produtor e consumidor de 
bens, em uma perspectiva de um desenvolvimento associado ao 
capital estrangeiro. Na educação isso se traduziu na defesa de um 
modelo tecnicista como fator de modernização da prática pedagó-
gica e solução de todos os seus problemas.
O tecnicismo educacional foi, e ainda é, criticado por muitos 
estudiosos da educação, pois apresenta uma visão tecnicista, re-
ducionista e mecanizada de ensino, dando ênfase aos meios edu-
cativos, sem questionar suas finalidades. 
Leite (2003, p. 12) pondera que:
[...] nessa perspectiva, a educação é um universo fechado, sem 
ligação com as questões sociais, e gera seus próprios problemas, 
passíveis, portanto, de resolução mediante a utilização de moder-
nas tecnologias e a elaboração de objetivos comportamentais e 
mensuráveis.
A esse respeito, Freire (2001, p. 57) também alerta que:
A técnica é sempre secundária e só é importante quando a servi-
ço de algo mais amplo. Considerar a técnica primordial é perder o 
objetivo da educação.A questão não são as técnicas em si mes-
mas – não que não sejam importantes, mas a verdadeira questão 
é a compreensão da substantividade do processo que, por sua vez, 
requer múltiplas técnicas para atingir um objetivo em particular. 
É o processo que leva à necessidade das técnicas que precisa ser 
entendido.
O momento requer uma nova maneira de lidar com o uso das 
TICs no ambiente escolar, uma vez que não podemos apenas ins-
trumentalizar nossos alunos para a utilização dessas tecnologias, 
mas também desenvolver habilidades que mudarão sua forma de 
agir e de pensar, isso porque terão de lidar com a abrangência e 
velocidade de informações e com o dinamismo do conhecimento.
Entretanto, uma preocupação recorrente na implementação 
das TICs no processo educativo refere-se ao conhecimento técnico 
e pedagógico que os professores precisarão ter para que as tecno-
logias sejam adequadamente utilizadas. O domínio do técnico e o 
pedagógico devem ser aprendidos pelo professor e incorporados à 
sua prática simultaneamente.
Claretiano - Centro Universitário
23© Caderno de Referência de Conteúdo
Outra questão a se considerar é que a chegada de novas tec-
nologias (computador, internet, vídeo etc.) à escola aponta novos 
desafios para a comunidade escolar. Diante desse cenário, o pro-
fessor vê-se em uma situação que implica novas aprendizagens e 
mudanças na prática pedagógica.
Neste estudo, também dedicaremos grande parte do conteúdo 
apresentado a conhecer as especificidades das diferentes TICs – suas 
potencialidades, limitações e implicações pedagógicas. Isso nos levará 
a pensar sobre diferentes entendimentos que podemos ter acerca do 
que são as TICs, seu papel e uso no ambiente educacional.
Nosso objetivo é você entender que as TICs podem ser utili-
zadas para gerar situações de aprendizagem com maior qualidade, 
ou seja, para criar ambientes de aprendizagem em que a proble-
matização, a atividade reflexiva, a atitude crítica, a capacidade de-
cisória e a autonomia sejam privilegiadas.
Também temos de evidenciar que a internet na escola não é 
garantia de inserção crítica das novas gerações e dos professores 
na cibercultura, pois muitas vezes ocorre que o professor convi-
da o aprendiz a um site, mas a aula continua sendo uma palestra 
para a absorção linear, passiva e individual, enquanto o professor 
permanece como o responsável pela produção e transmissão dos 
"conhecimentos". 
Esse é um dos maiores desafios para a ação da escola, que 
terá de se viabilizar como espaço crítico em relação às informações 
e manifestações veiculadas pelas TICs. 
O fato constatado é que a educação não pode ficar alienada 
em relação ao momento que estamos vivendo, uma vez que "mu-
dar" é a palavra de ordem na sociedade atual.
Podemos concluir, com uma simples e evidente afirmação, 
que não usamos tecnologia por mera brincadeira ou para dizer 
que somos modernos, mas, sim, porque, com recursos lúdicos e 
contemporâneos, podemos educar crianças e jovens para viverem 
com responsabilidade, criatividade, espírito crítico, autonomia e 
liberdade em um mundo tecnologicamente desenvolvido.
© Tecnologia da Informação e da Comunicação24
Nesse sentido, a inserção de TICs na escola deve mudar a 
forma como aprendemos, pois a função social deverá ser a de for-
mar cidadãos criativos, críticos e preparados para a sociedade do 
conhecimento e da informação.
Glossário de Conceitos
O Glossário de Conceitos permite a você uma consulta rápi-
da e precisa das definições conceituais, possibilitando-lhe um bom 
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhe-
cimento dos temas tratados na obra Tecnologia da Informação e da 
Comunicação. Veja, a seguir, a definição dos principais conceitos: 
1) Banco de dados: "conjunto de informações arquivadas 
em registros. Um conjunto de registros forma um ban-
co de dados. Cada registro tem um (ou mais) índice que 
permite o acesso rápido a suas informações. Exemplo: 
fichas de alunos contendo seu histórico escolar, com-
portamento e dados pessoais. As fichas são os registros 
no banco de dados e podem ser acessadas através, por 
exemplo, do número ou nome do aluno" (UFSM, 2010).
2) Blog: "[...] página da web personalizada e pessoal que 
é atualizada constantemente e organizada cronologica-
mente, como um diário" (NAKASHIMA; AMARAL, 2006).
3) Browser: "significa rastreador. Programa para navegar 
pela Internet. Os mais utilizados são o Internet Explorer, 
da Microsoft, o Mozilla Firefox, Opera e, mais atualmen-
te, o Google Chrome. Os browsers, além de apresen-
tarem textos, podem mostrar imagens, sons, vídeos e 
mesmo executar programas" (UFSM, 2010).
4) CD-ROM (Compact Disk-Ready Only Memory): "disco 
compacto usado como dispositivo de memória nos com-
putadores" (UFSM, 2010).
5) Ciber: "vem de cibernética, ciência que estuda as comuni-
cações e o sistema de controle nos seres vivos e nas má-
quinas. Há poucos anos surgiu o termo ciberespaço, que se 
refere basicamente ao espaço virtual da Internet. Hoje em 
dia a palavra é usada com a conotação de ‘relativo à infor-
mática, comunicação e novas tecnologias’" (UFSM, 2010).
Claretiano - Centro Universitário
25© Caderno de Referência de Conteúdo
6) Ciberespaço: "Metáfora usada para descrever o espaço 
não físico criado por redes de computadores, nomeada-
mente a Internet, onde as pessoas podem comunicar de 
diferentes maneiras, por exemplo, através de mensagens 
eletrônicas, em salas de conversa ou participando em 
grupos de discussão. Nota: o termo foi criado por William 
Gibson no romance "Neuromancer" (APDSI, 2007).
7) Conhecimento: "é o que cada indivíduo constrói como 
produto do processamento, da interpretação, da com-
preensão da informação. É o significado que atribuímos 
e representamos em nossa mente sobre a nossa realida-
de. É algo construído por cada um, muito próprio e im-
possível de ser passado (o que é passado é a informação 
que advém desse conhecimento, porém nunca o conhe-
cimento em si)" (VALENTE; ROMANO, 2011)
8) Construcionismo: "significa a construção de conheci-
mento baseada na realização concreta de uma ação que 
produz um produto palpável (um artigo, um projeto, um 
objeto) de interesse pessoal de quem produz" (VALEN-
TE, 1999, p. 141). 
9) Download: "transferência de um arquivo de um com-
putador remoto para um computador local. O arquivo é 
requisitado através do browser" (UFSM, 2010).
10) E-mail: "mensagem eletrônica que é enviada de uma 
pessoa a outra através dos computadores conectados à 
rede. Os usuários recebem do provedor uma caixa pos-
tal (endereço eletrônico) que é utilizada para armaze-
namento das mensagens. As mensagens são enviadas a 
esses computadores (servidores de e-mail), que as redi-
recionam para os seus assinantes" (UFSM, 2010).
11) Ensinar: "[...] tem sua origem no latim, ensignare, que 
significa ‘colocar signos’, e, portanto, pode ser com-
preendido como o ato de ‘depositar informação’ no 
aprendiz – é a educação bancária, criticada por Paulo 
Freire (1970)" (PRADO, 2010).
12) Ferramenta de busca (search-engine): "Programa que 
busca informações pela Internet, usando palavras-cha-
ve" (UFSM, 2010).
© Tecnologia da Informação e da Comunicação26
13) Grupo de discussão (news group): "[...] discussões man-
tidas em algum computador e separadas por assunto 
dentro do qual os usuários podem enviar e ler mensa-
gens. Para acompanhar as discussões o usuário precisa 
acessar o provedor (news server) de grupos de discus-
são" (UFSM, 2010).
14) Homepage: "página escrita usando hipertexto e seguin-
do um padrão específico adotado na Web (HTML). Um 
site de Internet pode ter várias páginas. A home page é 
a primeira página do site" (UFSM, 2010).
15) HTML (Hypertext Mark-Up Language): "É a linguagem 
de hipertextos usada na Web. Permite links para outros 
arquivos de texto, para arquivos de som, de imagem e 
de vídeo. Os links podem ser âncoras (dentro da mesma 
página), locais (dentro do mesmo site) ou externos (para 
outros sites)" (UFSM,2010).
16) HTTP (Hypertext Transfer Protocol): "Protocolo usado 
para a transferência de hipertexto (UFSM, 2010).
17) Internet: "rede mundial que interliga computadores. Co-
meçou no final dos anos 60, com objetivos militares, e 
se caracteriza por ser uma rede altamente descentrali-
zada. É comumente chamada de www ou web. Nasceu 
após uma experiência militar para conexão de computa-
dores diferentes em várias partes do mundo, germinou 
na experiência de conexão de computadores de diversas 
universidades espalhadas pelo mundo. A Internet só foi 
possível após a criação de um protocolo de fácil manipu-
lação e que poderia trafegar em qualquer equipamento 
de informática, o TCP-IP, de transfer control protocol-
-Internet protocol, ou seja, protocolo de transferência" 
(BRASIL, 2010). Intranet: "rede local baseada no proto-
colo IP" (UFSM, 2010).
18) Link: "[...] especifica o caminho (endereço) que o brow-
ser precisa rastrear na rede para trazer a informação so-
licitada pelo usuário. Os browsers entendem o formato 
html padrão que especifica endereços contidos em links 
(palavras destacadas). O clique do mouse sobre essas 
palavras leva a outras páginas" (UFSM, 2010).
Claretiano - Centro Universitário
27© Caderno de Referência de Conteúdo
19) Lista de discussão: "discussões mantidas por assuntos 
predeterminados, em que um computador (list server) 
gerencia o envio e recebimento de mensagens para uma 
lista de e-mails (mailing lists). O usuário precisa se ins-
crever e, então, passará a receber as mensagens em sua 
caixa postal" (UFSM, 2010).
20) Multimídia: "uso simultâneo de várias mídias (texto, 
som, imagem etc.). Um computador multimídia é aque-
le capaz de utilizar essas mídias simultaneamente, para 
isso tem caixas acústicas, placa de vídeo e outros peri-
féricos. Parte do crescimento da Web deveu-se às suas 
características multimídia" (UFSM, 2010).
21) Navegar: "o mesmo que surfar na Internet. Significa se-
guir os links das páginas buscando informações. O na-
vegador não precisa se preocupar com o local onde as 
informações estão armazenadas (elas podem estar em 
qualquer computador do planeta ligado à Internet)" 
(UFSM, 2010).
22) Notebook: "computador portátil" (UFSM, 2010).
23) Paradigma: "[...] conjunto de princípios cognitivos in-
conscientes e pressupostos que definem o tipo de dados 
que somos capazes de ver em primeiro lugar" (WILBER, 
1989, p. 70).
24) Processador de texto: "o mesmo que editor de texto. 
Programa para editar um texto e trabalhar sua estética" 
(UFSM, 2010).
25) Projetor multimídia: "aparelho para ser ligado ao com-
putador e projetar numa tela as mesmas imagens que o 
computador envia ao monitor" (UFSM, 2010).
26) Provedor de acesso: "[...] tem uma ligação permanente 
com a Internet através de uma linha telefônica rápida, e 
modems ligados aos seus computadores para permitir 
que usuários o contatem e usem como ponte para aces-
sar a Internet" (UFSM, 2010).
27) Rede: "o termo ‘rede’ refere-se a dois ou mais compu-
tadores conectados com o objetivo de permitir que as 
pessoas se comuniquem e/ou compartilhem recursos" 
(BRASIL, 1998).
© Tecnologia da Informação e da Comunicação28
28) Sistema operacional: "sistema utilizado pelo computa-
dor para que o processador realize as operações conti-
das nos diversos programas" (UFSM, 2010).
29) Site: "conjunto de páginas de uma mesma instituição 
na Internet. Um site contém páginas escritas em HTML 
(o protocolo padrão usado na Internet). Um site pode 
ser pessoal, institucional, comercial, educacional etc." 
(UFSM, 2010).
30) Software: "são os programas de computadores. Cada 
software pode conter um conjunto de programas e/ou 
diversos arquivos para funcionar. Quanto mais fácil de 
ser usado, maior será seu tamanho, necessitando, assim, 
de mais espaço tanto no disco rígido quanto na memória 
do tipo RAM" (BRASIL, 1998).
31) Tecnofobia: "medo de tecnologia" (UFSM, 2010).
32) Teleconferência: "Comunicação síncrona (em tempo 
real) para a troca de mensagens entre dois computado-
res. Hoje em dia alguns programas permitem a criação 
de um 'quadro-branco' em que se pode desenhar ou 
mostrar arquivos de imagens, além da janela de texto. 
Também chamada de chat ou bate-papo" (BRASIL, 2010).
33) Tutorial: "Explicações passo a passo de uso de uma fer-
ramenta. Usado geralmente em seções do tipo 'como fa-
zer', na qual entram detalhes, explicações simplificadas 
e exemplos" (BRASIL, 2010).
34) Upload: "Arquivo transferido de um computador local 
para um computador remoto" (BRASIL, 2010).
35) URL (Uniform Resource Location): "Endereço da web" 
(BRASIL, 2010).
36) Videoconferência: "Comunicação síncrona (em tempo 
real) entre dois computadores usando imagens e sons 
obtidos por pequenas câmeras e microfones acoplados 
aos computadores" (BRASIL, 2010).
37) Web: "Sistema baseado em hipertexto que permite a na-
vegação por computadores ligados à internet. Suporta 
texto, imagens, vídeo e sons" (BRASIL, 2010).
38) Webmaster: "Pessoa responsável por um site de inter-
net. Normalmente com responsabilidades pela inte-
Claretiano - Centro Universitário
29© Caderno de Referência de Conteúdo
gridade do site do ponto de vista técnico (questões de 
segurança, validade de links, velocidade etc.), embora 
algumas vezes seja também responsável pelo conteúdo" 
(BRASIL, 2010).
Esquema dos Conceitos-chave
Para que você tenha uma visão geral dos conceitos mais 
importantes deste estudo, apresentamos, a seguir (Figura 1), um 
Esquema dos Conceitos-chave. O mais aconselhável é que você 
mesmo faça o seu esquema de conceitos-chave ou até mesmo o 
seu mapa mental. Esse exercício é uma forma de você construir o 
seu conhecimento, ressignificando as informações a partir de suas 
próprias percepções. 
É importante ressaltar que o propósito desse Esquema dos 
Conceitos-chave é representar, de maneira gráfica, as relações en-
tre os conceitos por meio de palavras-chave, partindo dos mais 
complexos para os mais simples. Esse recurso pode auxiliar você 
na ordenação e na sequenciação hierarquizada dos conteúdos de 
ensino. 
Com base na teoria de aprendizagem significativa, entende-
-se que, por meio da organização das ideias e dos princípios em 
esquemas e mapas mentais, o indivíduo pode construir o seu co-
nhecimento de maneira mais produtiva e obter, assim, ganhos pe-
dagógicos significativos no seu processo de ensino e aprendiza-
gem. 
Aplicado a diversas áreas do ensino e da aprendizagem es-
colar (tais como planejamentos de currículo, sistemas e pesquisas 
em Educação), o Esquema dos Conceitos-chave baseia-se, ainda, 
na ideia fundamental da Psicologia Cognitiva de Ausubel, que es-
tabelece que a aprendizagem ocorre pela assimilação de novos 
conceitos e de proposições na estrutura cognitiva do aluno. Assim, 
novas ideias e informações são aprendidas, uma vez que existem 
pontos de ancoragem. 
© Tecnologia da Informação e da Comunicação30
Tem-se de destacar que "aprendizagem" não significa, ape-
nas, realizar acréscimos na estrutura cognitiva do aluno; é preci-
so, sobretudo, estabelecer modificações para que ela se configure 
como uma aprendizagem significativa. Para isso, é importante con-
siderar as entradas de conhecimento e organizar bem os materiais 
de aprendizagem. Além disso, as novas ideias e os novos concei-
tos devem ser potencialmente significativos para o aluno, uma vez 
que, ao fixar esses conceitos nas suas já existentes estruturas cog-
nitivas, outros serão também relembrados. 
Nessa perspectiva, partindo-se do pressuposto de que é você 
o principal agente da construção do próprio conhecimento, por 
meio de sua predisposição afetiva e de suas motivações internas 
e externas, o Esquema dos Conceitos-chave tem por objetivo tor-
nar significativa a sua aprendizagem, transformando o seu conhe-
cimento sistematizado em conteúdo curricular, ou seja, estabele-
cendo uma relação entre aquilo que você acabou de conhecer com 
o que já fazia parte do seu conhecimento de mundo (adaptado do 
site disponívelem: <http://penta2.ufrgs.br/edutools/mapascon-
ceituais/utilizamapasconceituais.html>. Acesso em: 9 jun. 2011). 
Claretiano - Centro Universitário
31© Caderno de Referência de Conteúdo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tecnologia da Informação e da Comunicação 
Revolução Tecnológica Revolução Pedagógica 
Linha histórica 
das 
transformações 
sociais, 
econômicas e 
culturais 
1750 a 1950 
Sociedade 
Industrial 
1950 a 2000 
Sociedade 
Pós-Industrial 
Século 21 
Sociedade da 
Informação 
Produção 
em massa 
de bens de 
consumo 
Produção 
de serviços 
Valorização 
do trabalho 
intelectual 
Explosão 
informacional e 
disseminação da 
informação e do 
conhecimento 
Paradigma 
Newtoniano-
Cartesiano 
Visão 
reducionista e 
mecanicista 
Dinamismo, 
criatividade e 
capacidade de 
relacionar em 
diferentes contextos 
Paradigma 
Emergente 
Transformação 
das ferramentas 
didático-
pedagógicas 
convencionais 
TV, DVD, Blu-Ray, 
Computador, 
Lousa Digital, 
Internet etc. 
Otimização do 
Processo Ensino-
Aprendizagem 
Utilização das TICs 
de forma crítica, 
seletiva e analítica 
Potencialização do 
trabalho didático-
pedagógico do 
professor 
Integração dos 
trabalhos por 
projetos e 
tecnologias 
Aprendizagem 
Colaborativa 
Educação 
Tecnológica 
Processos de 
transformações e 
construção de 
novos hábitos, 
percepções e 
demandas 
Exige conexões, 
parcerias e 
trabalhos em 
conjunto 
Visão sistêmica, 
ensino com pesquisa e 
abordagem progressista 
 
Trabalho manual 
Figura 1 Esquema dos Conceitos-chave de Tecnologia da Informação e da Comunicação.
Como pode observar, esse Esquema oferece a você, como 
dissemos anteriormente, uma visão geral dos conceitos mais im-
portantes deste estudo. Ao segui-lo, será possível transitar entre 
os principais conceitos e descobrir o caminho para construir o seu 
processo de ensino-aprendizagem
© Tecnologia da Informação e da Comunicação32
O Esquema dos Conceitos-chave é mais um dos recursos de 
aprendizagem que vem se somar àqueles disponíveis no ambien-
te virtual, por meio de suas ferramentas interativas, bem como 
àqueles relacionados às atividades didático-pedagógicas realiza-
das presencialmente no polo. Lembre-se de que você, aluno EaD, 
deve valer-se da sua autonomia na construção de seu próprio co-
nhecimento. 
Questões Autoavaliativas
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas sobre os conteúdos ali tratados, as quais podem ser 
de múltipla escolha, abertas objetivas ou abertas dissertativas. 
Responder, discutir e comentar essas questões, bem como 
relacioná-las com a prática do ensino de Pedagogia pode ser uma 
forma de você avaliar o seu conhecimento. Assim, mediante a re-
solução de questões pertinentes ao assunto tratado, você estará 
se preparando para a avaliação final, que será dissertativa. Além 
disso, essa é uma maneira privilegiada de você testar seus conhe-
cimentos e adquirir uma formação sólida para a sua prática profis-
sional.
Bibliografia Básica
É fundamental que você use a Bibliografia Básica em seus 
estudos, mas não se prenda só a ela. Consulte, também, as biblio-
grafias complementares.
Figuras (ilustrações, quadros...)
Neste material instrucional, as ilustrações fazem parte inte-
grante dos conteúdos, ou seja, elas não são meramente ilustra-
tivas, pois esquematizam e resumem conteúdos explicitados no 
texto. Não deixe de observar a relação dessas figuras com os con-
teúdos, pois relacionar aquilo que está no campo visual com o con-
ceitual faz parte de uma boa formação intelectual. 
Claretiano - Centro Universitário
33© Caderno de Referência de Conteúdo
Dicas (motivacionais)
O estudo desta obra convida você a olhar, de forma mais apu-
rada, a Educação como processo de emancipação do ser humano. 
É importante que você se atente às explicações teóricas, práticas 
e científicas que estão presentes nos meios de comunicação, bem 
como partilhe suas descobertas com seus colegas, pois, ao com-
partilhar com outras pessoas aquilo que você observa, permite-se 
descobrir algo que ainda não se conhece, aprendendo a ver e a 
notar o que não havia sido percebido antes. Observar é, portanto, 
uma capacidade que nos impele à maturidade.
Você, como aluno dos Cursos de Graduação na modalidade 
EaD, necessita de uma formação conceitual sólida e consistente. 
Para isso, você contará com a ajuda do tutor a distância, do tutor 
presencial e, sobretudo, da interação com seus colegas. Sugeri-
mos, pois, que organize bem o seu tempo e realize as atividades 
nas datas estipuladas. 
É importante, ainda, que você anote as suas reflexões em 
seu caderno ou no Bloco de Anotações, pois, no futuro, elas pode-
rão ser utilizadas na elaboração de sua monografia ou de produ-
ções científicas.
Leia os livros da bibliografia indicada, para que você amplie 
seus horizontes teóricos. Coteje-os com o material didático, discuta 
a unidade com seus colegas e com o tutor e assista às videoaulas. 
No final de cada unidade, você encontrará algumas questões 
autoavaliativas, que são importantes para a sua análise sobre os 
conteúdos desenvolvidos e para saber se estes foram significativos 
para sua formação. Indague, reflita, conteste e construa resenhas, 
pois esses procedimentos serão importantes para o seu amadure-
cimento intelectual.
Lembre-se de que o segredo do sucesso em um curso na 
modalidade a distância é participar, ou seja, interagir, procurando 
sempre cooperar e colaborar com seus colegas e tutores.
© Tecnologia da Informação e da Comunicação34
Caso precise de auxílio sobre algum assunto relacionado a 
este estudo, entre em contato com seu tutor. Ele estará pronto 
para ajudar você.
1
EA
D
Tecnologia na Construção 
do Conhecimento
1. OBJETIVOS
• Analisar o papel das novas tecnologias no processo edu-
cacional.
• Identificar as principais transformações sociais, culturais 
e econômicas que ocorrem na sociedade mediante o de-
senvolvimento da informática.
• Compreender e demonstrar como o indivíduo capta e 
processa a informação para criar ambientes de aprendi-
zagem com recursos tecnológicos de informação e comu-
nicação.
• Distinguir informação e conhecimento.
• Analisar as contribuições de algumas ferramentas da in-
formática nos projetos educacionais por meio da apren-
dizagem colaborativa.
© Tecnologia da Informação e da Comunicação3636
2. CONTEÚDOS
• Papel da informática no dia a dia.
• Tecnologia na vida e na escola.
• Sociedade da informação e do conhecimento.
• Integração dos projetos educacionais e das tecnologias.
• Era digital e aprendizagem colaborativa.
3. ORIENTAÇÕES PARA O ESTUDO DA UNIDADE
Antes de iniciar o estudo desta unidade, é importante que 
você leia as orientações a seguir:
1) Tenha sempre à mão o significado dos termos explicita-
dos no Glossário de Conceitos e suas ligações pelo Es-
quema dos Conceitos-chave para o estudo de não ape-
nas esta, mas todas as unidades desta obra. Isso poderá 
facilitar sua aprendizagem e seu desempenho.
2) Nesta unidade, você aprenderá sobre a Era da sociedade 
do conhecimento. Dessa forma, será interessante fazer a 
leitura do livro O Ensino na Sociedade do Conhecimento, 
de Andy Hargreaves, para aprofundar seus conhecimen-
tos e ampliar as convicções a respeito da necessidade de 
se repensar a função social da escola mediante as expec-
tativas do contexto imposto no século 21.
3) Para saber um pouco mais sobre Paulo Freire, educa-
dor notável brevemente apresentado a seguir, acesse o 
link que se encontra disponível em: <http://novaescola.
abril.com.br/index.htm?ed/139_fev01/html/repcapa>. 
Acesso em: 29 out. 2010. Consulte, também, a obra Di-
dática, para relembrar alguns conceitos relevantes des-
se importante pensador. 
4) Leia os textos indicados na bibliografia para que você 
amplie seus horizontes teóricos. Coteje-os com o ma-
terial didático e discuta a unidade com seus colegas de 
curso e com o tutor.
Claretiano - CentroUniversitário
37© U1 - Tecnologia na Construção do Conhecimento
5) Antes de iniciar a leitura desta unidade, será interessan-
te conhecer um pouco da biografia dos pensadores cujas 
ideias norteiam este estudo. Para saber mais, acesse os 
sites referenciados.
Paulo Freire
Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setem-
bro de 1921, no Recife, Pernambuco, uma das regiões 
mais pobres do país, onde logo cedo pôde experimentar 
as dificuldades de sobrevivência das classes populares. 
Trabalhou inicialmente no SESI (Serviço Social da Indús-
tria) e no Serviço de Extensão Cultural da Universida-
de do Recife. Ele foi quase tudo o que deve ser como 
educador, de professor de escola a criador de idéias e 
"métodos".
Sua filosofia educacional expressou-se primeiramente 
em 1958 na sua tese de concurso para a universidade do 
Recife e, mais tarde, como professor de História e Filosofia da Educação daquela 
Universidade, bem como em suas primeiras experiências de alfabetização como 
a de Angicos, Rio Grande do Norte, em 1963.
A coragem de pôr em prática um autêntico trabalho de educação que identifica 
a alfabetização com um processo de conscientização, capacitando o oprimido 
tanto para a aquisição dos instrumentos de leitura e escrita quanto para a sua 
libertação fez dele um dos primeiros brasileiros a serem exilados.
Em 1969, trabalhou como professor na Universidade de Harvard, em estreita 
colaboração com numerosos grupos engajados em novas experiências educa-
cionais tanto em zonas rurais quanto urbanas. Durante os 10 anos seguintes, 
foi Consultor Especial do Departamento de Educação do Conselho Mundial das 
Igrejas, em Genebra (Suíça). Nesse período, deu consultoria educacional junto 
a vários governos do Terceiro Mundo, principalmente na África. Em 1980, depois 
de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil para "reaprender" seu país. Lecionou na 
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e na Pontifícia Universidade 
Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, tornou-se Secretário de Educação 
no Município de São Paulo, maior cidade do Brasil. Durante seu mandato, fez um 
grande esforço na implementação de movimentos de alfabetização, de revisão 
curricular e empenhou-se na recuperação salarial dos professores.
A metodologia por ele desenvolvida foi muito utilizada no Brasil em campanhas 
de alfabetização e, por isso, ele foi acusado de subverter a ordem instituída, 
sendo preso após o Golpe Militar de 1964. Depois de 72 dias de reclusão, foi 
convencido a deixar o país. Exilou-se primeiro no Chile, onde, encontrando um 
clima social e político favorável ao desenvolvimento de suas teses, desenvolveu, 
durante 5 anos, trabalhos em programas de educação de adultos no Instituto 
Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Foi aí que escreveu a sua principal obra: 
Pedagogia do oprimido.
Em Paulo Freire, conviveram sempre presente senso de humor e a não menos 
constante indignação contra todo tipo de injustiça. Casou-se, em 1944, com a 
professora primária Elza Maia Costa Oliveira, com quem teve cinco filhos. Após 
a morte de sua primeira esposa, casou-se com Ana Maria Araújo Freire, uma 
ex-aluna.
© Tecnologia da Informação e da Comunicação3838
Paulo Freire é autor de muitas obras. Entre elas: Educação: prática da liberdade 
(1967), Pedagogia do oprimido (1968), Cartas à Guiné Bissau (1975), Pedagogia 
da esperança (1992) À sombra desta mangueira (1995).
Foi reconhecido mundialmente pela sua práxis educativa através de numerosas 
homenagens. Além de ter seu nome adotado por muitas instituições, é cidadão 
honorário de várias cidades no Brasil e no exterior.
A Paulo Freire foi outorgado o título de doutor Honoris Causa por vinte e sete 
universidades. Por seus trabalhos na área educacional, recebeu, entre outros, 
os seguintes prêmios: "Prêmio Rei Balduíno para o Desenvolvimento" (Bélgica, 
1980); "Prêmio UNESCO da Educação para a Paz" (1986) e "Prêmio Andres 
Bello" da Organização dos Estados Americanos, como Educador do Continentes 
(1992). No dia 10 de abril de 1997, lançou seu último livro, intitulado "Pedagogia 
da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa". Paulo Freire faleceu no 
dia 2 de maio de 1997 em São Paulo (imagem disponível em: <http://redesocial.
unifreire.org/pedagogia-vivencial-humanescente/blog/vii-coloquio-internacional-
-paulo-freire>. Acesso em: 31 out. 2010. Texto disponível em: <http://www.pau-
lofreire.org/pub/Crpf/CrpfAcervo000031/Vida_Biografias_Pequena_Biografia_
v1.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2011).
Fernando Hernández
Doutor em Psicologia e professor de História da Educação 
Artística e Psicologia da Arte na Universidade de Barce-
lona. Tem 50 anos e há 20 trabalha com a inserção do 
trabalho com projetos na escola (imagem disponível em: 
<http://tataiaraujo.blogspot.com/2007/12/entrevista-com-
-fernando-hernndez.html>. Acesso em: 20 dez. 2010. 
Texto disponível em: <http://novaescola.abril.com.br/in-
dex.htm?ed/154_ago02/html/repcapa>. Acesso em: 3 jan. 
2006).
Marilda Aparecida Behrens
Pedagoga pela UFPR, mestre e doutora em Educação 
pela PUC-SP. Atua há trinta anos na formação de profes-
sores universitários, na graduação em pedagogia e nas 
licenciaturas.
Leciona no mestrado em Educação da PUC do Paraná 
nas disciplinas Paradigmas Contemporâneos na Educa-
ção Superior e Docência na Universidade. Na graduação 
em Pedagogia atua nas disciplinas Didática e Prática de 
Ensino.
Especialista em Metodologia do Ensino Superior, lide-
ra dois grupos de pesquisa: Paradigmas educacionais e 
formação de professores e Educação, comunicação, e tecnologia. A autora pu-
blicou [...] O Paradigma emergente e a prática pedagógica (imagem disponível 
em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4769299J2>. 
Acesso em: 29 nov. 2010. Texto disponível em: <http://www.erdos.com.br/deta-
lhe_pro2.php?id=4769>. Acesso em: 29 nov. 2010, grifos do autor).
Claretiano - Centro Universitário
39© U1 - Tecnologia na Construção do Conhecimento
4. INTRODUÇÃO À UNIDADE
Com base no estudo desta unidade, esperamos que você re-
flita sobre o papel da tecnologia no processo educacional e iden-
tifique como o indivíduo capta e processa a informação para criar 
ambientes de aprendizagem com recursos tecnológicos de infor-
mação e de comunicação.
Nesse sentido, o nosso objetivo é que você compreenda a 
diferença entre informação e conhecimento e conheça um pouco 
da pedagogia de projetos, na perspectiva da integração entre dife-
rentes mídias e conteúdos.
Os tópicos a seguir abordam e discutem alguns conceitos, 
bem como possíveis implicações envolvidas na perspectiva de uma 
aprendizagem colaborativa, que se viabiliza pela articulação entre 
as Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs), os saberes 
e os protagonistas.
5. SOCIEDADE DO CONHECIMENTO E DA TECNOLOGIA
Para que você entenda como se constituiu a sociedade em 
que vivemos atualmente, retornaremos um pouco no tempo.
A grande transformação inicia-se com a sociedade de pro-
dução em massa, fortemente influenciada pela Revolução Indus-
trial e impregnada pelos pressupostos do paradigma newtoniano-
-cartesiano, caracterizado por uma visão de mundo mecanicista e 
reducionista.
Da Revolução Industrial, evoluímos para a revolução tecno-
lógica, que, por sua vez, provocou a geração das redes de informa-
tização. Essa nova geração proporcionou o contato rápido entre as 
pessoas, possibilitando o movimento de globalização.
Segundo o Dicionário Aurélio (2004) globalização é o proces-
so típico da segunda metade do século 20 que conduz a crescente 
© Tecnologia da Informação e da Comunicação4040
integração das economias e das sociedades dos vários países, es-
pecialmente no que se refere à produção de mercadorias e servi-
ços, aos mercados financeiros e à difusão de informações.
Mesmo diante dessa revolução, percebemos que nossa edu-
cação continua impregnada pelo pensamento conservador new-
toniano-cartesiano, tendo grandes dificuldades em absorver as 
mudanças geradas por essa revolução tecnológica.A chegada da sociedade do conhecimento exigiu que as 
pessoas estabelecessem parcerias, conexões, trabalho coletivo e 
inter-relacional, ultrapassando a fragmentação e a divisão por dis-
ciplinas em todas as áreas do conhecimento.
Nesse sentido, a tecnologia passou a ser um mecanismo de 
bem-estar social, uma vez que o grande desafio imposto à escola 
é preparar o aluno para a cidadania, formando um indivíduo éti-
co e responsável para enfrentar os novos desafios tecnológicos, 
levando-se em consideração os requisitos básicos para viver numa 
sociedade em constante transformação.
Muitos autores afirmam que a sociedade do conhecimento 
pode também ser chamada de sociedade da informação, surgindo 
no final do século 20 junto ao contexto de globalização.
Com a sociedade da informação, surge, então, uma nova era, 
em que as tecnologias de armazenamento são amplamente utili-
zadas e as transmissões de dados são de baixo custo. Com isso, a 
informação chega aos lugares com rapidez e em maior quantidade.
Mas o que é sociedade da informação?
Sociedade da Informação é um estágio de desenvolvimento social 
caracterizado pela capacidade de seus membros (cidadãos, empre-
sas e administração pública) de obter e compartilhar qualquer in-
formação, instantaneamente, de qualquer lugar e da maneira mais 
adequada (FUNDACIÓN TELEFONICA, 2010).
Observe a evolução da sociedade moderna na Figura 1.
Claretiano - Centro Universitário
41© U1 - Tecnologia na Construção do Conhecimento
Sociedade
Pós-industrial
Sociedade
Industrial
Sociedade
da 
Informação
Figura 1 Evolução da sociedade moderna.
A sociedade industrial perdurou, aproximadamente de 1750 
a 1950 e, nesse período, o maior desafio foi manter a eficiência, 
ou seja, fazer o maior número de coisas no menor tempo possível, 
tornando mais dinâmico o ritmo de vida.
Após a Segunda Guerra Mundial, surgiu a sociedade pós- 
-industrial, proveniente da expansão dos meios de interação e co-
municação entre pessoas de diferentes lugares do mundo, com a 
transformação do sistema econômico e a propagação das novas 
tecnologias. Esse tipo de sociedade não se consolidava na produ-
ção agrícola nem na indústria, mas, sim, na produção de serviços 
e informações.
Para compreender a sociedade pós-industrial, temos de ter 
clara a ideia de que ela se difere muito da anterior. Isso é percebi-
do no setor de serviços, que hoje absorve a maior parte da mão de 
obra disponível no mercado, mais que a agricultura e a indústria 
juntas, pois o trabalho intelectual é tido como mais importante do 
que o trabalho mecanizado.
Antes, tínhamos a especialização do trabalho e a padroni-
zação das mercadorias; agora, o que vale é a intelectualização e a 
desestruturalização do espaço e do tempo, ou seja, a possibilidade 
de estar em diferentes espaços de forma virtual tornando a comu-
nicação muito mais ágil, dinamizando nossas relações e ações.
© Tecnologia da Informação e da Comunicação4242
6. TECNOLOGIA NA VIDA E NA ESCOLA
Atualmente, vive-se um momento de grandes transforma-
ções, no qual a tecnologia está presente em atividades comuns do 
cotidiano.
Segundo Kenski (2002), as atividades cotidianas mais co-
muns, como dormir, comer, trabalhar, deslocar-se para diferentes 
lugares, ler, conversar e se divertir, são possíveis graças às tecnolo-
gias a que todos têm acesso. 
De fato, o conceito tecnologia possui diferentes significados 
variando conforme o contexto. Observe como Kenski (2002, p. 1) 
trabalha essa definição:
Para todas as demais atividades que realizamos em nossas vidas, 
precisamos de produtos e equipamentos resultantes de estudos, 
planejamentos e construções específicos para serem utilizados, na 
busca de melhores formas de viver. Ao conjunto de conhecimentos 
e princípios científicos que se aplicam ao planejamento, à constru-
ção e à utilização de um equipamento em um determinado tipo 
de atividade, chamamos de "tecnologia". Para construir qualquer 
equipamento – seja uma caneta esferográfica, seja um computador 
– os homens precisam pesquisar, planejar e criar tecnologias. 
O dicionário Aurélio (2004, p. 325) define tecnologia como 
"o conjunto de conhecimentos, princípios científicos, que se apli-
cam a um determinado ramo de atividade". 
Já Kline apud Almeida (2003, p. 48) propõe uma definição de 
tecnologia mais abrangente:
[...] como o estudo do emprego de ferramentas, aparelhos, máqui-
nas, dispositivos, materiais, objetivando uma ação deliberada e a 
análise de seus efeitos, envolvendo o uso de uma ou mais técnicas 
para atingir determinado resultado, o que inclui as crenças e os va-
lores subjacentes às ações, estando, portanto, relacionada com o 
desenvolvimento da humanidades.
A rapidez com que se dá a circulação de informações e a pro-
dução de conhecimento no mundo atual impõe novas demandas 
para o viver em sociedade. Assim, é necessário que as pessoas 
aprendam a conviver com as incertezas, com o imprevisto, com o 
provisório e com as constantes novidades.
Claretiano - Centro Universitário
43© U1 - Tecnologia na Construção do Conhecimento
Segundo Behrens (1999, p. 25), isso pressupõe:
[...] o desenvolver à capacidade de aprendizagem contínua, ou seja, 
à autonomia na construção e na reconstrução do conhecimento 
ao longo da vida, como analisar, refletir e ter disponibilidade para 
transformar seu conhecimento, processando novas informações e 
produzindo conhecimentos novos.
A escola faz parte desse momento de revolução tecnológica, 
e, para cumprir sua função social, ela deve estar aberta e incorpo-
rar novos comportamentos, hábitos e demandas, participando dos 
processos de transformação e construção de nossa sociedade. É 
necessário, pois, que os alunos desenvolvam habilidades para uti-
lizar os recursos tecnológicos de nossa cultura. Para isso, a escola 
precisa integrar a cultura tecnológica ao seu cotidiano.
Hoje, os meios de comunicação apresentam variedade e 
abundância de informação de maneira bastante atrativa. Dessa 
forma, os alunos têm acesso às diferentes informações, com níveis 
de complexidades distintos e que expressam diferentes percep-
ções, pontos de vista e valores.
Vale ressaltar que as Tecnologias da Informação e da Comu-
nicação permitem que a aprendizagem ocorra de diferentes ma-
neiras e em diferentes lugares. Por conseguinte, cada vez mais, as 
capacidades para imaginar, criar, questionar, inovar, tomar deci-
sões com autonomia e encontrar soluções rápidas assumem im-
portância.
A escola tem a função de ensinar os alunos a se relacionarem 
de forma seletiva e crítica com o universo de informações a que 
têm acesso no seu dia a dia, uma vez que, ao fazer isso, os edu-
cadores cumprem um importante papel de formar gerações mais 
conscientes, autônomas e críticas.
Repensando a escola
Diante desse novo contexto social, da sociedade da informa-
ção e do conhecimento, torna-se necessário repensar o papel da 
escola e as questões referentes ao ensino e à aprendizagem.
© Tecnologia da Informação e da Comunicação4444
É importante saber que o ensino na perspectiva tradicional, 
que privilegia a memorização de fatos e conceitos, organizado 
de forma fragmentada, bem como as soluções padronizadas e os 
exercícios repetitivos e de exaustão, não atende às exigências des-
se novo paradigma. Assim, o momento requer uma nova forma de 
agir e de pensar para lidar com a abrangência, com o dinamismo 
do conhecimento e com a rapidez de informações.
Podemos facilmente perceber uma gama de diferentes si-
tuações em que o indivíduo precisa fazer escolhas e definir priori-
dades, exigindo, para isso, capacidade de se posicionar de forma 
reflexiva e crítica. Sob essa ótica, o "ensinar" deve se configurar 
de forma diferente da perspectiva tradicional. Assim, é necessário 
que o nosso aluno desenvolva competências para atender as no-
vas exigências da sociedade do século 21.
Tais demandas valorizam a autonomia, a criatividade, a fle-
xibilidade para trabalhar em meio a incertezas, a facilidade em 
buscar e interpretar

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