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Desordens potencialmente malignas 70% dos CEC (carcinoma espinocelular) são derivados de lesões cancerizáveis. 60% delas são encontradas já em estágio avançado por motivos de: ser assintomático, erro de diagnóstico, falta de orientação sobre o autoexame e medo do paciente. A prevenção e diagnóstico precoce aumentam a chance de cura. Definição= lesões com crescimento celular descontrolado e risco de transformação em câncer. Leucoplasia= placa ou mancha branca que não pode ser caracterizada clinicamente como ou histologicamente como qualquer outra doença. Diagnóstico por exclusão de outras lesões. - ocorrência maior após 40 anos de idade, média de idade 60 anos. Prevalência em homens. Distribuição muda de acordo com diferença ambiental e hábitos. - etiopatogenia= cigarro, charuto, cachimbo; 6x mais comum em fumantes. Incidência anual em não-fumantes 0,6% e em usuários de tabaco 8,9%. Álcool também associado, porém com sinergismo com o tabaco - características clinicas= lesões únicas ou múltiplas; qualquer local da cavidade oral; 70% são encontradas no vermelhão do lábio, mucosa jugal e na gengiva Leucoplasia verrucosa proliferativa= uma forma rara, distinta e de alto risco dentre as DPM, etiologia desconhecida. - principais características= altas taxas de transformação maligna; presença de recidivas; leucoplasia com projeções agudas ou embotadas; desenvolvimento de diversas placas ceratóticas com projeções rugosas na superfície. Histopatologia: principais aspectos histopatológicos nas leucoplasias: - hiperplasia epitelial; - acantose; - presença ou não de hiperqueratose; - displasia presente em 5 a 25% dos casos Características da displasia epitelial: - alterações celulares: * células e núcleos aumentados; * nucléolos grandes e proeminentes * relação núcleo-citoplasma aumentada *núcleos hipercromaticos (coloração excessivamente escura) * disceratose (ceratinização prematura de células individuais) * atividade mitótica aumentada * figuras de mitose anormais (mitoses tripolares, mitoses em formato de estrela ou figuras de mitose acima da camada basal) - alteração na arquitetura do epitélio: * cristas epiteliais em formato bulbar ou em forma de gota de orvalho * perda da polarização * perolas de ceratina ou epiteliais * perda da coesão típica entre as células epiteliais O tratamento da leucoplasia depende do grau da displasia. Diagnóstico= investigação e remoção de possíveis causas -> observação -> 2 semanas Biópsia: o mais rápido possível se não for localizada na primeira consulta - tecido retirado de regiões mais seriamente envolvidas clinicamente - lesões grandes e multifocais -> varias biópsias Diagnóstico diferencial= candidíase, morsicatio, queratose por bolsa de tabaco e leucoedema Tratamento e prognóstico: - diagnóstico definitivo- biópsia. Lesões múltiplas varias biópsias Tratamento: remoção cirúrgica Prognóstico: taxa de 4% de transformação em CEC. Acompanhamento clinico a cada 6 meses. Eritroplasia: mancha vermelha que não pode ser diagnosticada clinica ou patologicamente como qualquer outra condição. Transformação maligna 17 vezes maior que a leucoplasia. Etiologia: desconhecida, acredita-se que seja associada ao CEC. Tabaco, álcool, mascar betel. Epidemiologia: menos comum que a leucoplasia; encontraram prevalência entre 0,02 e 0,83%. Características clinicas: predominante em homens; prevalência aos 65-74 anos; locais mais afetados são assoalho de boca, língua e palato mole; macula ou placa eritematosa de superfície aveludada, assintomática; 1,5 cm de diâmetro. Pode ser observada em qualquer localização. Maior risco em assoalho, língua e região retromolar. - histopatologia: Epitélio: ausência de produção de queratina, frequentemente atrófico Tecido conjuntivo: inflamação crônica 90% das lesões apresentam displasia grave, carcinoma in situ ou CEC - tratamento: tratamento efetivo mais cedo possível. Excisão cirúrgica- graus de displasia Prognóstico: alto risco de transformação maligna Diagnóstico diferencial: candidíase eritematosa, lúpus eritematoso e liquen plano erosivo Queilite actinica: lesão ulcerativa e/ou crostosa do vermelhão do lábio inferior com potencial de malignização, resultante da exposição excessiva a longo prazo aos componentes ultravioleta dos raios solares - etiologia: exposição cumulativa total a luz solar, sendo prevalente em pessoas de pele clara e em pessoas que trabalham ao ar livre (agricultores, pescadores) - características clinicas: normalmente ocorre em pessoas com +45 anos, leucodermas e predileção por gênero masculino (10:1) - inicia-se lentamente apresentando uma atrofia da borda do vermelhão do lábio que torna-se ressecado Fases clinicas- evolução: Inicio: atrofia do vermelhão e porção cutânea do lábio, palidez e perda da definição precisa entre a mucosa e a pele do lábio Progressão: mucosa vai se tornando eritematosa, áreas ásperas e escamosas, aparecimento de lesões leucoplasicas Avanço da progressão: ulceração focal crônica, Carcinoma de células escamosas. Histopatologia: epitélio escamoso estratificado; queratinização; displasia epitelial pode ser encontrada (leve a carcinoma in situ); discreto infiltrado inflamatório crônico; tecido conjuntivo subjacente: faixa basofilica, acelular e amorfa (elastose solar) Tratamento: - protetor solar nos lábios – fase inicial - áreas endurecidasm espessas com ulcerações ou leucoplasias devem ser feitas biopsias - casos graves sem malignidade: vermelhectomia - acompanhamento periódico. Prognóstico: CEC desenvolve-se em 6 a 10%.
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