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Resumo da aula: lesões potencialmente malignas e malignas de cavidade oral Aluna: Andressa Venancio Rodrigues – 18.2.000095 - De maneira geral, as neoplasias são lesões que a cada dia são mais prevalentes na nossa população. → diversos fatores podem estar contribuindo, até mesmo o envelhecimento da população. - O câncer de cavidade oral é a sexta neoplasia mais prevalente em homens e a oitava prevalente em mulheres. LESÕES POTENCIALMENTE MALIGNAS - Alguns cânceres orais são precedidos clinicamente por lesões potencialmente malignas. → Essas lesões têm o potencial de se transformar em lesões malignas. → Obrigatoriamente não irá acontecer essa transformação. - Sua variedade na forma clínica podem ser apresentar como lesões avermelhadas ou vermelhas e esbranquiçadas. - Normalmente são lesões solitárias e assintomáticas. - O risco de malignização é variável. - É importante a detecção precoce para que essas lesões não se transformem em neoplasias. →LINHA DE EVOLUÇÃO: Lesões potencialmente malignas → carcinoma in situ → câncer invasivo → metástase linfonodais à distância. *carcinoma in situ: carcinoma que ainda está preso em região de epitélio. *carcinoma invasivo: carcinoma que invade a região de tecido conjuntivo, *metástase linfonodais à distância: disseminação para outras partes do corpo. LEUCOPLASIA - Termo clínico que não estará descrito no histopatológico → termo puramente clínico - Placa branca que não pode ser caracterizada clinicamente ou histopatologicamente como qualquer outra doença. - O profissional passa uma gaze e essa mancha branca vem junto → isso remete a uma lesão fúngica (candidíase). - A leucoplasia só será dada o diagnóstico quando foi tentado todas as manobras diagnósticas e a lesão não foi compatível com nada ou, quando foi feita a biópsia e nela foi descrevida uma lesão que não tem diagnóstico final ou não tem um nome específico para ela, mas foi visualizada em forma de hiperceratose associada com quadro de displasia. - Diagnóstico por exclusão CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS - Predileção por homens. - Pacientes com idade acima de 40 anos. - Incidência crescente com a idade. - Potencial de malignização - Pode se apresentar em forma de placa, homogênea, verrugosa ou mistura de todas essas características. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS - Espessamento da camada de ceratina → aumento da produção - hipercromatismo nuclear - Nucléolos evidentes - Aumento da relação núcleo citoplasma; aumento do volume celular → maior do que deveria estar. - Aumento da atividade mitótica. PROGRESSÃO - Fina: lesão branca homogênea em formato de placa. → melhor prognóstico e pouca displasia. - Espessa/Fissurada: várias fissuras → prognóstico mais sombrio e possibilidade de transformação maligna maior. - Verruciforme/Granular → projeções agudas e pior prognóstico → displasia moderada – severa. LEUCOPLASIA VERRUCOSA PROLIFERATIVA - Rápida progressão e em quase toda a cavidade. - Múltiplas placas ceratóticas com projeções de superfície áspera. - Mais prevalente em mulheres e menor relação com tabaco → forte associação como HPV. - Fica indistinguível de um carcinoma verrucoso. - Desenvolve células displásicas → carcinoma de células escamosas. *A displasia se desenvolve em: - Camada basal: leve - Até o terço médio do epitélio: moderada - Além do terço médio do epitélio: severa - Todo o epitélio, mas não invadiu tecido conjuntivo: carcinoma in situ - Invade o tecido conjuntivo: carcinoma invasor TRATAMENTO - Biópsia incisional e excisional → em lesões maiores, tirar um pouco da margem sadia para comparar. - Acompanhamento a longo prazo → tirar a lesão aos poucos e ficar acompanhando o paciente. - Eliminar os fatores de risco → conversar com o paciente de maneira clara sobre a eliminação desses fatores. ERITROPLASIA - Placa avermelhada não destacável a raspagem e que não pode ser diagnosticada como qualquer outra alteração. - Potencial de malignização é maior (18%-47%). - Diagnóstico por exclusão - Predileção por homens - Incidência crescente com a idade (> 60 anos). TRATAMENTO - Biópsia incisional da área mais pobre - Acompanhamento a longo prazo → mais criterioso - Eliminação de fatores de risco PROGNÓSTICO - Malignização – 18%-47% → carcinoma in situ e microinvasor na maioria dos casos. QUEILOSE/QUEILITE ACTÍNICA - Lesão exclusiva na região de lábio. - Exposição solar crônica. - Predileção pelo sexo masculino. - Inversão da predileção sexual em comunidades onde as mulheres se expõem igualmente a radiação ultravioleta. - Comum em trabalhadores rurais e pescadores. - Crescente com a idade → exposição solar acumulativa. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS - Atrofia da borda do vermelhão do lábio inferior. - Apagamento da margem entre a zona do vermelhão e a porção cutânea. - Áreas ásperas e cobertas por escamas, descamado com dificuldade → período que a lesão está evoluindo. - Ulceração crônica → mais preocupante. CARACTERÍSTICAS HISTOLÓGICAS - Epitélio Atrófico - Hiperceratose – associada com o aumento do epitélio - Displasia em diferentes graus: leve, moderada, severa. - Infiltrado Inflamatório Crônico Leve. - Elastose Solar: alterações basofílicas amorfas e celular → característica importante nessa lesão. TRATAMENTO - Acompanhamento rigoroso - Diminuição da exposição solar - Uso de chapéus e protetor labial → correta orientação do uso dos chapéus - Biópsia: lesão ulcerada e que tem suspeita da possibilidade de ter um carcinoma de células escamosas. CEC – CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS - Principal neoplasia encontrada na cavidade oral, podendo ter poucos milímetros a muitos centímetros. - 10% das lesões que não apresentarem sinais de malignidade na biópsia incisional, mostram ser câncer. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS - Lesões vermelhas/brancas - Regiões ulceradas → indolor - Protuberância → borda elevada (conhecida como borda em rolete). - Região endurecida → firme a palpação. Nesses casos a biópsia deve ser realizada com urgência. EPIDEMIOLOGIA - Incidência crescente com a idade. - Aumento do número de casos diagnosticados - Predileção pelo sexo masculino - Mulheres estão associadas com o vírus do HPV. ETIOLOGIA - Fumo e a associação com o álcool são um dos principais fatores. *Localização: língua e soalho de boca → língua, gengiva, palato, mucosa jugal. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS - Tempo de evolução rápida. - Ausência de sintomatologia dolorosa. - Limites imprecisos. - Bordas irregulares - Mais comumente: úlcera com centro necrótico → aspecto radiográfico: roído de traça. CARACTERÍSTICAS HIISTOLÓGICAS - Bem diferenciado (I): se ver as células malignas, mas essas células lembram ainda células do epitélio. - Moderamente Diferenciado (II e III): mais displasia e mais pleomorfismo. - Pobremente Diferenciado ou Indiferenciado (IV): muita displasia e pleomorfismo. *Achados microscópicos: pérolas de ceratina e pleomorfismo celular e nuclear. TRATAMENTO - Cirurgia - Radioterapia - Quimioterapia
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