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FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 1 Autólise x Heterólise Autólise: é definida como sendo a destruição de um tecido por enzimas proteolíticas produzidas pelo próprio tecido. Quanto mais diferenciado e especializado for o tecido, mais rapidamente se instalará o processo de autólise, em razão da alta taxa metabólica e consequentemente pela maior necessidade de nutrientes e de oxigênio. São alterações caracterizadas por autólise: embebição pela hemoglobina, embebição pela bile, coagulação sanguínea. Heterólise: é a destruição do tecido por enzimas proteolíticas que são produzidas por bactérias saprófitas que decompõem o organismo e modificam o cadáver no seu aspecto geral, dificultando a avaliação anatomopatológica. São alterações caracterizadas por heterólise: pseudomelanose, coliquação, maceração, enfisema cadavérico, pseudoprolapso, intrussuscepção, timpanismo e deslocamento e ruptura pós-morte de vísceras. Alterações cadavéricas 1. Algor mortis ou frialdade cadavérica: consiste no resfriamento do cadáver até que ele atinja a temperatura do meio ambiente ou temperaturas mais baixas. Tempo em que ocorre: geralmente aparece de 3 a 4 horas após a morte, depois da parada das funções vitais, entre elas, a termorregulação. Depende da espécie, do estado de nutrição, da temperatura do ambiente e da causa da morte. Animais obesos e com muitos pêlos tendem a demorar mais a resfriar, pelo retardo na dissipação de calor. 2. Livor mortis ou hipóstase cadavérica: é a presença de manchas roxas nos locais de declive. Tempo em que ocorre: aparece de 2 a 4 horas após a morte, quando o animal permanece na mesma posição, fazendo com que haja um acúmulo de sangue mas regiões mais baixas por ação da gravidade. Isso tudo FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 2 ocorre por causa da parada da função cardíaca que promove esse acúmulo nas regiões mais baixas e a perda de tônus nos vasos. OBS - Diferenciar hipostase cadavérica de congestão hipostática: A anamnese informando se o animal permaneceu ou não em decúbito prolongado antes da morte é útil para diferenciar esses dois processos, pois a congestão hipóstatica é um processo ante-morte, que é acompanhada de edema nos lobos congestos, sendo comum a progressão para uma pneumonia hipostática. 3. Rigor mortis ou rigidez cadavérica: consiste na rigidez muscular e pouca ou nenhuma mobilidade articular. Tempo em que ocorre: em torno de 2 a 4 horas após a morte Depende da causa da morte, tendo duração de 12 a 24 horas, da temperatura de conservação do cadáver, da quantidade de pêlos que o animal tem e de tecido adiposo, além de outros fatores que podem acelerar a autólise. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 3 Fases do rigor: Fase pré-rigor: o tecido muscular ainda permanece vivo por algum tempo por haver glicogênio de reserva ainda, que mantém os níveis de ATP necessário para o metabolismo das fibras. Fase de rigor: com o esgotamento de glicogênio, a carência de ATP (que separa os filamentos de actina e miosina) leva a uma forte união entre os filamentos de actina e miosina que provoca a rigidez do animal. Fase pós-rigor: é marcada pelo relaxamento dos músculos e das articulações devido a destruição dos filamentos de actina e miosina por enzimas proteolíticas (que podem ser teciduais ou produzidas por bactérias). Ordem de rigor mortis: começa nos músculos involuntários e, posteriormente, os voluntários, nesta ordem: 1. Coração 2. Músculos respiratórios 3. Mastigatórios 4. Perioculares 5. Pescoço 6. Membros craniais 7. Tronco 8. Membros caudais Por que o coração é o primeiro órgão? Isso se dá pelo fato de que o coração possui reservas muito pequenas de glicogênio, e essa carência, na fase de rigor, faz com que haja deficiência de ATP resultando em forte união da actina com a miosina que persiste até a destruição desses miofilamentos por fenômenos líticos. 4. Coagulação sanguínea: com a parada da circulação sanguínea, as células endoteliais deixam de receber suprimento de O2, e começam a morrer. Então, vai haver liberação, pelas células endoteliais, da enzima tromboquinasse, que desencadeará a coagulação sanguínea. Quando o animal morre, o coração para em diástole, e por consequência do rigor mortis, que ocorre cerca de uma hora após a morte. O músculo cardíaco contrai e expulsa o sangue do ventrículo esquerdo. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 4 No ventrículo direito, mesmo com a contração do rigor, não vai ter um esvaziamento total da câmara, porque esse tem menor potencial contrátil em relação ao esquerdo. A presença de coágulos no ventrículo direito (VD) é normal pois o VD tem uma musculatura menos desenvolvida que a do lado esquerdo, de forma que não consegue expulsar todo o sangue. OBS - Diferenciar coágulo de trombo: Coágulo: é liso, brilhante, elástico e se apresenta solto no sistema cardiovascular com o formato do vaso ou da câmara cardíaca. Trombo: é opaco, friável, inelástico, com forma e tamanho variável e aderidos a parede do vaso ou ao endocárdio, deixando uma superfície rugosa e opaca ao ser retirado. 5. Embebição pela hemoglobina: são manchas avermelhadas na camada interna de grandes vasos (como na artéria pulmonar, aorta e etc.), no endocárdio e nos tecidos claros adjacentes a vasos sanguíneos, como omento, mesentério, serosa gástrica, intestinal e etc. Líquidos no interior das cavidades corporais também podem se tingir de vermelho em decorrência da embebição pela hemoglobina. Tempo em que ocorre: cerca de 8 horas após a morte devido a hemólise do coágulo que libera hemoglobina e tinge os tecidos de vermelho. OBS - Diferenciar área de embebição por hemoglobina de hemorragia A hemorragia é uma alteração ante-morte, e a embebição pós-morte. Na embebição temos uma coloração vermelho opaco e a mancha é superficial; já na hemorragia a mancha é vermelho intenso e, sempre mais profunda. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 5 Normal Com embebição por hemoglobina 6. Embebição pela bile: é evidenciado como manchas amarelo-esverdeadas nos tecidos circunvizinhos à vesícula biliar. Ocorre devido a autólise rápida da parede da vesícula provocada pelos sais biliares que facilitam a difusão dos pigmentos biliares. Normal Com embebição por bile Embebição por bile FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 6 7. Timpanismo: é verificado pela distensão abdominal provocada pelo acúmulo de gases no trato gastrointestinal. Os gases são formados pela fermentação e pela putrefação do conteúdo gastrointestinal. OBS - Diferenciar timpanismo pós-morte do timpanismo ante-morte: Timpanismo ruminal ante-morte: ocorre hiperemia e hemorragia no trato gastrointestinal, congestão dos órgãos abdominais (exceto o fígado e o baço, que geralmente apresentam-se pálidos devido à compressão do rúmen), congestão e edema pulmonar também podem ser observados. Timpanismo pós-morte: há ausência total de distúrbios circulatórios. E pode ser encontrado no estômago, no intestino e rúmen. Timpanismo ante-morte Timpanismo pós-morte 8. Pseudo-melanose: caracteriza-se pela presença de manchas cinza- esverdeadas no intestino, em órgãos abdominais adjacentes as alças intestinais e até no tecido subcutâneo abdominal. Com o avançar do tempo de morte, a pseudo-melanose pode ser observadadifusamente na carcaça, incluindo as vísceras torácicas. Como consequência do fenômeno putrefativo, há liberação de grande quantidade de sulfureto de hidrogênio, que se combina com o ferro liberado da degradação da hemoglobina formando o sulfureto de ferro. Este composto é responsável pela coloração cinza esverdeada da pseudo-melanose. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 7 Normal Com pseudo-melanose Pseudo-melanose 9. Enfisema cadavérico: caracteriza-se pela presença de crepitação no tecido subcutâneo, no tecido muscular e em órgãos parenquimatosos. Forma-se pela proliferação de bactérias putrefativas que decompõem os tecidos e resultam na formação de pequenas bolhas de gás sulfídrico. OBS – Diferença entre o enfisema ante-morte do pós-morte: Enfisema ante-morte: é muito comum no pulmão e no subcutâneo, em decorrência de perfurações cutâneas. Enfisema pós-morte: nele, outras alterações putrefativas estão comumente associadas a ele, como maceração, pseudo-melanose, dentre outros. 10. Maceração: caracteriza-se pelo desprendimento das mucosas em geral. Ocorre pela ação das enzimas proteolíticas, produzidas pelas bactérias, sobre as mucosas, tornando-as friáveis. É uma alteração muito precoce na mucosa ruminal e não deve ser confundida com putrefação do órgão. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 8 Mucosa gástrica normal Mucosa gástrica macerada 11. Coliquação: caracteriza-se pela perda progressiva do aspecto e da estrutura das vísceras que vão se tornando amorfas. As enzimas proteolíticas liberadas pela proliferação bacteriana decompõem e liquefazem o parênquima das vísceras. É uma alteração pós-morte facilmente identificada no fígado, baço e rins. Baço com coliquação 12. Pseudoprolapso retal: caracteriza-se pela exteriorização da ampola retal com ausência de alteração circulatória. Ocorre pelo aumento da pressão intra- abdominal determinada pelo timpanismo pós-morte. Pela ausência total de alterações circulatórias é possível diferenciar o pseudoprolapso retal pós-morte do ante-morte. 13. Redução esquelética: caracteriza-se pela desintegração de tecidos moles. É mais frequentemente observada em animais que são desenterrados ou encontrados após vários dias depois da morte. 14. Intussucepção: a ocorrência do rigor que se instala na musculatura lisa intestinal associado ao timpanismo, pode determinar a ocorrência de intrussuscepções pós-morte. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 9 OBS - Diferença entre intussuscepção pós-morte de ante-morte: Intussucepção ante-morte: são acompanhadas de alterações circulatórias do segmento intestinal invaginado (intrussuscepto). Intussucepção pós-morte Intussucepção ante-morte 15. Deslocamento, torção e ruptura de vísceras: formam-se em decorrência de fermentação e da putrefação do conteúdo gastrointestinal que originam gases que vão para as porções mais elevadas, em relação ao solo e forçam as vísceras a mudarem de posição e até se romperem. Essas alterações devem ser diferenciadas de lesões ante-morte que são sempre acompanhadas de distúrbios circulatórios tais como, hiperemia, hemorragia e edema. Fatores que influenciam no aparecimento das alterações 1. Temperatura: quanto maior a temperatura, maior será a velocidade de instalação das alterações. Isto ocorre porque a temperatura baixa inibe a ação e a síntese das enzimas proteolíticas, assim como o crescimento bacteriano. 2. Tamanho do animal: quanto maior o animal, mais difícil será o resfriamento e maior velocidade de instalação das alterações. 3. Estado nutricional: quanto maior o teor de glicogênio muscular, mais tempo o rigor mortis levará para se instalar. No entanto, quanto melhor alimentado e mais gordo for o animal, menor será a dissipação de calor e maior a velocidade de instalação das alterações pós-morte. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 10 4. Causa mortis: infecções clostridianas e septicêmicas, tétano, intoxicação por estricnina e traumatismos encefálicos aceleram a instalação de algumas alterações pós-morte autolítica e/ou heterolítica. 5. Cobertura tegumentar: pêlos, penas, lã e gordura dificultam a dissipação de calor e aceleram a instalação das alterações pós-mortem. OBS: lesões ante-mortem são SEMPRE acompanhadas de alterações circulatórias como hiperemia, hemorragia e edema. Principais alterações em alguns órgãos 1. Coração: verificar presença de coágulos (comum no lado direito), observar se há endocardiose (espessamento nodular, firme e amarelado, com superfície lisa e brilhante, nas bordas livres da válvula mitral), observar também se há hipertrofia do miocárdio. 2. Fígado: bordas hepáticas devem ser finas, lisas, regulares e sem retrações de superfície, com textura normal (lisa) e friável, sua coloração normal deve ser marrom avermelhada. Observar se está em dimensões, formato e contorno habituais, se há a presença de cistos, nódulos, abcessos ou massas hepáticas. Observar coloração do parênquima e sua textura. 3. Pulmão: verificar se o pulmão está crepitante (normal), verificar enfisema pós- morte (presença de gás no pulmão), atelectasia (quando os brônquios se colabam), verificar presença de líquido espumoso no pulmão (edema pulmonar). 4. Medula óssea: temos por exemplo aplasia medular, que é um processo onde ocorre a ausência de multiplicação e maturação dos precursores hematopoiéticos, fazendo com que o animal apresente diversas hemorragias pelo corpo (hematoquesia, melena, hematêmese). Podem existir outras alterações como a mieloptise, quando há a substituição do tecido da medula óssea por outros tecidos que podem ser de origem neoplásica por conta de uma leucemia ou por conta de uma metástase ou por um tumor em alguma parte do corpo. Pode ter também a proliferação de tecido conjuntivo (mielofibrose), quando o tecido medular é substituído por tecido conjuntivo. Existem alterações inflamatórias como mielite, que é o processo inflamatório da medula óssea; hipoplasia e hiperplasia medular e também distúrbios mieloproliferativos como a leucemia e o mieloma múltiplo. Rins: rim direito maior que o esquerdo. Os rins devem ter cápsula lisa e delgada. Observar se há aderência ao remover a cápsula, relação córtex-medula (2:1). Observar se há cistos, cálculos ou massas. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 11 Principais alterações em patologias específicas 1. Alterações Leishmaniose: os achados incluem emaciação e aumento de volume do fígado, baço e linfonodos. A hipertrofia e hiperplasia do sistema macrofágico das vísceras é a razão da hepatoesplenomegalia, bem como alterações da medula óssea. Baço: o excesso de macrófagos chega a comprimir folículos linfóides e constrangem a circulação de capilares, provocando grande congestão capilar e podendo haver áreas de infarto. Fígado: há hipertrofia considerável das células de Kupffer aglomerando-se em torno dos sinusóides ou do espaço porta. Medula óssea: os macrófagos parasitados substituem pouco a pouco o tecido hematopoiético, daí podendo advir a anemia. Pele: apresenta lesões cutâneas e crescimento excessivo das unhas (onicogrifose). Rins: o exame dos rins pode revelar palidez da cortical. 2. Alterações cinomose: esse vírus (mobillivirus) possui afinidade por tecidos linfoides e epiteliais. SNC: possui 4 manifestações clínicas quando a doença atinge o SNC: encefalopatiados animais jovens - desmielinização, degeneração neuronal, ceratoconjuntivite, nasofaringite serosa catarral ou mucopurulenta, edema pulmonar e pneumonia intersticial, broncopneumonia purulenta ocorre devido a infecção bacteriana secundária (Bordetella bronchiseptica, Pasteurella multocida). Encefalite dos animais adultos: desmielinização progressiva - incoordenação, tetraplegia, epilepsia e inconsciência são os principais sinais. Encefalite dos cães idosos: infiltrações linfoplasmócitárias perivasculares maciças no córtex, mesencéfalo e cerebelo. Pode ocorrer hiperceratose dos coxins plantares, sinais como depressão, ausência de resposta aos estímulos não- álgicos, ataxia, mioclonias e convulsões. Encefalite pós-vacinal: sinais observados 1-2 semanas após a vacinação, os sinais observados são: comportamento agressivo, ataxia, paresia progressiva, decúbito, ocorre óbito em poucos dias. As lesões são observadas na substância branca da ponte, caracterizadas por malácia com numerosos esteroides axonais. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 12 Diagnóstico: feito por histopatológico da coleta dos órgãos com epitélio, devido a capacidade do vírus de causar inclusões intracitoplasmáticas no epitélio dos brônquios, bexiga e estômago. 3. Alterações raiva: de origem viral causada pelo vírus do gênero Lyssavirus. O agente viral tem possui predileção pelo SNC, quando penetra através no organismo possui a capacidade de invadir miócitos, onde se replica e é transportado por vários tecidos. Cérebro: os núcleos cerebrais do nervo vago e gânglio trigeminal são afetados, causando ganglioneurite, alterações na deglutição e sialorreia. Cérebro (medula): quando atinge da medula são expressos sinais de paralisia pélvica progressiva, paralisia da cauda e do esfíncter anal. Gânglios: necrose neuronal e neuroniofagia. Há presença de corpúsculos de inclusão intracitoplasmáticos eosinofílicos (corpúsculo de Negri), observados nos neurônios de Purkinje Glândula salivar: causa sialodenite. Alterações microscópicas: são variáveis, apresentando polo e leucoencefalomielite linfocitária, microgliose, degeneração (necrose neuronal), neuroniofagia e satelitose são frequentes. Alterações macroscópicas: não são observadas no SNC, são vistas na glândula salivar mandibular com edema, nos pulmões pode ocorrer broncopneumonia aspirativa em consequência da ganglioneurite. Diagnóstico: feito pela coleta do encéfalo de animais que morrem com sinais nervosos, através da histopatologia das lesões. Faz-se a detecção do vírus por meio da imunofluorescência. A presença dos corpúsculos de inclusão são patognomônicos da doença e confirmam a raiva quando encontrados, mas são observados em apenas 70% dos casos. 4. Alterações Tumor Venéreo Transmissível (TVT): Fêmeas: se caracteriza por proliferação exofítica com nódulos friáveis e hemorrágicos na mucosa vaginal. À histologia, há proliferação de células e aspecto histiocitário. Machos: é observado com mais frequência na glande do que no prepúcio. Caracteriza-se por apresentar formações nodulares grandes ou pequenas, simples ou múltiplas, avermelhadas, que sangram com FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 13 facilidade e, às vezes, ulceradas, constituídas por células arredondadas ou poliédricas. 5. Parvovirose: acomete principalmente cães com menos de seis meses de idade e animais não vacinados. Os sinais clínicos iniciais da enfermidade são inespecíficos e incluem anorexia, prostração, letargia e febre, progredindo para vômito e diarreia sanguinolenta de odor pútrido e consequentemente desidratação, emagrecimento e hipoproteinemia. Obs: a diarreia pode se apresentar de diferentes formas, com cor amarela, traços de sangue ou hemorrágicas. Conforme as diarreias e os vômitos progridem, observa-se acentuada desidratação do animal, que apresenta olhos fundos e perda da elasticidade cutânea. Verifica-se também a hipertermia devido a infecção causada pelo vírus ou ainda, por processos inflamatórios secundários causados por bactérias. 6. Broncopneumonia: a broncopneumonia é um processo inflamatório que ocorre no pulmão, ela ocorre na junção bronquíolo-alvéolo, que pode ser vista histologicamente. Na broncopneumonia, normalmente, a localização da lesão é cranio-ventral, então, macroscopicamente, pode-se suspeitar de uma broncopneumonia pela presença de áreas de consolidação mais avermelhadas (vermelho escuro ou acinzentado) na região mais cranial e mais ventral do pulmão, além disso, pode ocorrer coalescência e comprometimento de todo o lobo. 7. Tártaro nos dentes: o tártaro ocorre devido a deposição de bactérias nos dentes, esse acúmulo causa uma inflamação na cavidade oral, que geralmente são chamadas de periodontites. Essa periodontite pode causar uma complicação, pois a bactéria da cavidade oral pode chegar à circulação sanguínea, podendo colonizar o coração. Ao colonizar os tecidos internos cardíacos, que seria o endocárdio, elas causam um processo inflamatório chamada endocardite. Esse processo pode ser tanto no endocárdio valvular, sendo chamada de endocardite valvular, ou na parede do ventrículo ou do átrio, chamada de endocardite mural. O aspecto macroscópico desse processo consiste em um processo inflamatório que acomete a válvula, a lesão inicialmente ocorre com formação de lesões pequenas, ulceradas e à medida que esse processo progride vão se formar massas amareladas, que as vezes ficam cobertas de coágulos. Esses coágulos, ao serem retirados, apresentam uma área erodida. Essas áreas que ficam em baixo dessa massa removível e friável formada pelos coágulos são mais avermelhadas. Vale ressaltar que a endocardite é um processo inflamatório, diferentemente da endocardiose, que é um processo degenerativo. Processos inflamatórios em qualquer lugar do organismo podem culminar com a endocardite, como a mastite, um abcesso hepático, tudo isso pode fazer com que a bactéria colonize o endocárdio, pois ela pode alcançar o coração via corrente sanguínea. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 14 Técnica de necrópsia em cães e gatos Primeiramente deve-se, fazer, a identificação do animal quanto à espécie, raça, sexo, idade e procedência, bem como tomar conhecimento de todo o histórico clínico. Materiais básicos: ficha, caneta, faca, barbante, costótomo. Materiais necessários: pinças, tesouras, facas, costótomo e serrote ou machadinha. OBS: Para coletar uma amostra na necrópsia, quanto de formol se deve utilizar? A maioria das literaturas que dizem que o volume de formol deve ser 10x maior que o volume da peça que se deseja conservar, outras dizem que deve ser 20x, extrapolando. 1a Etapa: Exame externo Com a cabeça do animal posicionada à esquerda do necropsista, iniciar a avaliação externa do cadáver. Examinar todas as mucosas visíveis (oculares, oral e peniana ou vulvar). Examinar os orifícios externos (condutos auditivos, focinho e ânus). Examinar também a pelagem, coxins, região interdigital e unhas. Verificar carcaça quanto a presença de ectoparasitas 2a Etapa: Abertura e exame da carcaça Fazer uma incisão na região axilar, de ambos os lados liberando os ligamentos e músculos escapulares e costais. No animal macho, antes de desarticular a articulação coxofemoral deve- se fazer uma secção na bolsa escrotal. Expor os testículos. Dissecar os funículos espermáticos até o anel inguinal. Rebater o pênis caudalmente. Na região inguinal, desarticular a cabeça do fêmur com o acetábulo. Após desarticular a cabeça do fêmur com o acetábulo, o animal deve ser posicionado em decúbito dorsal. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANALÍVIA AZEVEDO 15 Fazer uma incisão na pele da região mentoniana até a sínfise pubiana e rebater a pele juntamente com a glândula mamária. Rebater a pele e avaliar o tecido subcutâneo e a musculatura. Em seguida, fazer um corte longitudinal em todos os linfonodos da cadeia superficial (submandibulares, cervicais superficiais, axilares, inguinais ou mamários e os poplíteos). 3a Etapa: Abertura e exame da cavidade abdominal Fazer uma incisão longitudinal da parede abdominal na linha alba da cartilagem xifóide até a região inguinal com a tesoura de ponta romba. Seccionar cranialmente a parede abdominal rente ao último arco costal de ambos os lados para maior exposição da cavidade abdominal. Remover o baço juntamente com o omento: tracionar o baço juntamente com o omento e com o auxílio de uma tesoura, cortar na inserção do omento à curvatura maior do estômago com cuidado de contornar o pâncreas. Remover os intestinos delgados e grosso: fazer ligaduras duplas na região do duodeno imediatamente após a porção caudal do pâncreas. Fazer ligaduras duplas na região do reto seccionando entre elas. Em seguida, com a tesoura, dissecar os intestinos do mesentério. Remover o fígado, estômago, parte do duodeno e pâncreas: tracionar o fígado, cortar a veia cava caudal e os ligamentos coronários e triangulares que fixam o fígado ao diafragma. Em seguida, fazer ligadura dupla no estômago próximo a região cárdia do estômago seccionando entre elas. Dissecar o pâncreas do mesentério retirando o conjunto fígado-estômago- duodeno- pâncreas. O mesentério deve ficar preso a carcaça. Fazer a avaliação das adrenais com um corte longitudinal. Remover o sistema gênito-urinário: individualizar os ureteres e com a tesoura romba, dissecá-los até a pelve. Se for macho, os testículos devem ser colocados para dentro da cavidade abdominal com o uso de uma tesoura seccionando a parede abdominal na região do anel inguinal. No caso da fêmea, dissecar os ovários juntamente com o útero. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 16 Em seguida, identificar o forame obturado e com o costótomo, seccionar o ramo cranial do púbis e o arco isquiático, de ambos os lados, para a retirada do assoalho da pelve. Com a faca, contornar a genitália externa e o ânus retirando todo o sistema gênito-urinário juntamente com o reto. 4a Etapa: Abertura e exame da cavidade torácica Seccionar o pavimento da cavidade oral rente às asas da mandíbula e tracionar língua. Seccionar os ossos hióides. Com uma secção profunda no palato mole rebater o conjunto língua- esôfago- traqueia até sua entrada no tórax. Com a faca, remover o esterno seccionando as articulações costocondrais. Após visualizar o interior da cavidade torácica quanto à presença de líquido e ao posicionamento das vísceras, remover o diafragma contornando-o rente aos arcos costais. Seccionar os ligamentos mediastínicos craniais tracionando o conjunto língua-esôfago-traqueia- pulmões- coração. 5a Etapa: Teste da resistência óssea, desarticulação, avaliação da medula óssea, da coluna vertebral e da medula espinhal Testar a resistência óssea: com a faca, seccionar os músculos intercostais isolando uma costela e quebrá-la, próximo, à sua articulação com a vértebra, observando o estalido. Desarticular a cabeça: Remover a cabeça com o corte da pele, músculos e ligamentos da região atlanto-occipital, até sua desarticulação. Desarticular os membros: todas as articulações devem ser expostas pelo lado medial do animal seccionando a pele, os músculos, cápsula articular e ligamento. Abrir a articulação escápulo-umeral. Abrir a articulação úmero-radio-ulnar. Abrir a articulação rádio-cárpica. Abrir a articulação fêmuro-tíbio-patelar. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 17 Abrir a articulação tíbio-társica. Examinar a médula óssea: dissecar o fêmur da pele e da musculatura e com o costótomo ou serrote, seccioná-lo transversalmente na região diafisária expondo a medula óssea. Examinar a coluna vertebral e a medula espinhal: este procedimento quase sempre é realizado mediante a suspeita de lesões nestes órgãos. Primeiramente, dissecar o segmento vertebral de todo o tecido mole que o envolve. Fazer uma secção longitudinal com serra automática ao longo de toda a extensão do segmento. Avaliar os corpos vertebrais, o canal vertebral e a medula espinhal. 6a Etapa: Exame das vísceras torácicas. Exame o conjunto lingua- esôfago- traquéia e pulmões. Seccionar a face dorsal da língua, ao longo do sulco mediano. Em seguida dissecar o esôfago da traqueia da sua porção torácica até porção cranial. Posteriormente, abrir o esôfago longitudinalmente. A traquéia também deve ser aberta com corte longitudinal desde a região da laringe até os brônquios avaliando-se os pulmões e os linfonodos traqueobronquiais. Exame do coração - Pinçar o saco periocárdico e abrí-lo expondo o coração. Remover o coração, seccionando os grandes vasos. Introduzir a tesoura na entrada das veias cavas e seccionar a aurícula direita em direção a sua extremidade. Introduzir a tesoura no átrio direito e em sentido anti-horário contornar o ventrículo direito rente ao septo interventricular até a saída da artéria pulmonar. Introduzir a tesoura na entrada das veias pulmonares e seccionar a aurícula esquerda em direção à sua extremidade. O ventrículo esquerdo deve ser aberto com a faca numa secção longitudinal até atingir as câmaras cardíacas. Com o auxílio da tesoura, abrir a aorta. Examinar as tireóides e glandulas sublinguais: seccionar longitudinalmente as tireóides e as glândulas sublinguais. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 18 7a Etapa: Exame das vísceras abdominais Avaliar o sistema gênito-urinário: seccionar longitudinalmente os rins pela sua parte convexa e remover a cápsula com a pinça. Os ureteres devem ser avaliados e abertos longitudinalmente quando necessários. A bexiga deve ser avaliada com um corte longitudinal. No macho, a uretra deve ser aberta da região prostática até a peniana, prodendo também a abertura do prepúcio. Seccionar sagitalmente os testículos. Seccionar transversalmente a prostata. Na fêmea, a uretra deve ser aberta da bexiga até a vulva. Seccionar a bolsa ovariana e expor os ovários, fazendo cortes longitudinais nos mesmos. Com a tesoura, abrir longitudinalmente os cornos uterinos e a vagina. Examinar o baço: Fazer secções transversais ao longo de toda a superfície parietal expondo o parênquima esplênico. Examinar o sistema digestivo: Antes de separar o fígado do estômago, realizar o teste do colédoco. Fazer uma incisão longitudinal na porção cranial do duodeno e comprimir a vesícula biliar observando-se o fluxo de bile para o duodeno. Separar o fígado do estômago e do pâncreas para a avaliação de cada órgãos separadamente. No fígado, realizar cortes transversais em todos os lobos, e em seguida, abrir a vesícula biliar. O pâncreas deve ser seccionado transversalmente para a avaliação do parênquima. Abrir o estômago pela sua curvatura maior da região cárdia até a região pilórica. Os intestinos e os linfonodos mesentéricos devem ser abertos longitudinalmente. 8a Etapa: Abertura e exame da cabeça FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 19 Procedimento manual: seccionar longitudinalmente a pele da região do focinho até a nuca. Rebater a pele e remover os músculos. Seccionar transversalmente o osso frontal, a cerca de 3cmcaudalmente às apófises supraorbitárias, unindo o extremo caudal de um olho ao outro. Seccionar os ossos temporal e occipital lateralmente. Unir a extremidade da secção anterior até o forame magno. Remover a calota craniana. Seccionar a dura-máter expondo o encéfalo e retirando-o do crânio. Realizar cortes transversais para avaliar o interior do encéfalo tomando o cuidado para não esmagá-lo ou fragmentá-lo demais. Em seguida, avaliar a hipófise, localizada no assoalho do crânio. Procedimento com serra automática: seccionar longitudinalmente a pele do focinho até a nuca. Rebater a pele e remover os músculos. Posicionar a cabeça de forma a fazer um corte longitudinal ao longo de toda a crista sagital externa. Separar a cabeça em duas hemipartes. Remover o encéfalo realizando cortes transversais no mesmo. Com esta técnica não é possível a avaliação da hipófise. Principais agentes abortivos 1. Brucella sp. - causa aborto geralmente no terço final da gestação. 2. Leptospira sp. – causa aborto geralmente no terço final da gestação. 3. Campylobacter fetus subespécie venerallis - provoca aborto entre os terços inicial e médio da gestação. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 20 4. Listeria monocytogenes – geralmente provoca aborto no final da gestação. 5. Salmonella sp. – geralmente provoca aborto no final da gestação. 6. Bacillus sp. – resulta em aborto dentro de 7 a 12 dias em novilhas no sétimo mês de gestação. 7. Mycoplasma e Ureaplasma – ocorrem principalmente no terço final da gestação. 8. Toxoplasma gondii – causa aborto geralmente no terço final da gestação. 9. Herpesvírus equino tipo I – causa aborto entre o nono e o décimo mês de gestação. 10. Leptospira sp. - as vacas apresentam aborto geralmente no quinto mês de prenhez. Coleta de material para exame da raiva Podem ser coletado material a partir de sítios como: córtex, cerebelo e cornos de amon (hipocampo), devem ser conservados dependendo do tipo de exame a ser feito. Outros locais de coleta: Hipocampo, núcleo do tronco encefálico (mesencéfalo, ponte e bulbo), neurônios da medula espinhal e do gânglio trigeminal. Forma mais técnica para coleta do material - cabeça Para remoção do cérebro (por exemplo), para remover a cabeça. 1. Para remoção da cabeça: desarticulação da cabeça, primeiramente é feita a localização da articulação atlanto-occipital, corte da pele, fazer o posicionamento da faca junto a articulação, secção da medula e do resto da pele e musculatura. 2. Depois deve-se fazer uma incisão na linha média dorsal do nariz até o forame magno. 3. Rebater a pele ventralmente e fazer um corte transversal, em seguida retirar os músculos temporais do crânio. 4. Com serra ou machadinha, fazer três cortes através do crânio. Sem cortar o cérebro. O primeiro corte é feito transversal ao limite anterior da cavidade FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 21 craniana, posterior ao processo zigomático. Girar o crânio para um lado e ligo a extremidade do corte transversal com o forame magno e repita no lado oposto. 5.Retirar a calota craniana. 6.Se necessário, remover o tentorium cerebelar com fórceps. Realize corte transversal dos lobos olfativos. Cortar os nervos cranianos e a haste hipofisária, liberando o cérebro. 7. Não se deve mergulhar o cérebro em formalina. Dividir o cérebro (pois é necessário tecido para análises laboratoriais imediatas, tal como para a raiva). No caso da imunofluorescência direta a amostra deverá ser conservada em refrigerador e no caso da imuno-histoquímica em formol (por exemplo). 8. Seccionar partes de todas os locais citados, afim de examinar maior número de sítios, pois o vírus pode estar alojado em qualquer um deles. 9. Não esquecer de fazer a identificação com a descrição do material colhido. Forma menos técnica para coleta do material – cabeça 1. A remoção da cabeça: desarticulação da cabeça, primeiramente é feita a localização da articulação atlanto-occipital, corte da pele, fazer o posicionamento da faca junto a articulação, secção da medula e do resto da pele e musculatura. 2. Fazer uma incisão longitudinal na pele da cabeça, divulsionar e cortar toda a musculatura da cabeça. 3. São feitas então as três linhas de corte para a retirada da calota craniana, uma linha de corte transversal aproximadamente dois dedos acima da orbita ocular e dois cortes laterais unindo o corte transversal ao forame magno (ou até a região do côndilo occipital), unindo assim os três cortes. 4. Remoção da calota, retirada das meninges. Segurar a cabeça e com uma tesoura fazer o corte dos pares de nervos cranianos que estão no assoalho do crânio. (Se for ser fixado pode ser colocado o encéfalo inteiro na formalina, para de posi ser cortado, como na imuno-histoquímica), senão é cortado in natura assim como as outras amostras como cerebelo e enfim, para posterior exame de imunofluorescência sendo cortados flaps dos vários tecidos. 5. Sem esquecer de fazer a identificação com a descrição do material colhido. Para coleta na medula vertebral Para remoção do cordão espinal 1. Retirar a pele restante da carcaça. Remover os músculos epaxiais. FEITO POR LAÍS DANTAS, PRISCILA SALES E ANA LÍVIA AZEVEDO 22 2. Remover os arcos vertebrais torácicos, o que permite a visualização do posicionamento correto da lâmina de serra para a posterior remoção de arcos cervical e lombar. Sem cortar a medula espinhal. 3. Ainda nas vértebras torácicas transeccionar os processos espinhosos das vértebras torácicas com uma serra óssea. Cortar através dos arcos vertebrais adjacentes aos processos espinhosos em um ângulo de aproximadamente 45 graus. Fazer um corte transversal anterior ao T-1 e posterior ao T-13. Remover a arcos torácicos para expor a medula espinhal. 4. Nas vértebras lombares, cortar através dos arcos vertebrais imediatamente dorsais aos processos transversais em um ângulo de 90 graus da vertical (perpendicular aos processos espinhosos). Fazer um corte transversal na junção lombossacral. Remover os arcos lombares para expor a medula espinhal. 5. Nas vértebras cervicais, cortar através dos arcos vertebrais a meio caminho entre os processos espinhosos e os processos transversais em um ângulo de 0 graus (em paralelo com os processos espinhosos). Remover os arcos cervicais para expor a medula espinhal. (Nesse caso não é necessário abrir as vértebras sacrais.) 6. Segurar a dura-máter com uma pinça, cortar as raízes nervosas e remover a medula espinal do canal. 7. Para facilitar o exame e fixação, cortar cuidadosamente e rebater a dura-máter ao longo da linha média dorsal para o comprimento completo da medula espinal. 8. A coleta de material ocorre da mesma forma da cabeça.
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