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Lesões ���r���u�çad�� � a��r���ha��� Princípios da determinação da cor da mucosa Cor Comprimento de onda Frequência Vermelho ~625-740 nm ~480-405 THz Laranja ~690-625 nm ~510-480 THz Amarelo ~565-590 nm ~530-510 THz Verde ~500-565 nm ~600-530 THz Ciano ~485-500 nm ~620-600 THz Azul ~440-485 nm ~680-620 THz Violeta ~380-440 nm ~790-680 THz O que é a cor? Percepção visual causada pela ação de um feixe de fótons sobre células especializadas da retina que transmitem a informação pré-processada ao nervo óptico, que passa ao sistema nervoso central que a interpreta como “tonalidade de cor específica”. A cor de um objeto é determinada pela frequência da onda que ele reflete. Um objeto terá determinada cor se não absorver os comprimentos de onda que correspondem àquela cor. Assim, um objeto é vermelho se absorve preferencialmente as frequências fora da frequência do vermelho. Cor da mucosa e seus determinantes: - Róseo pálido - palato duro, gengiva inserida, dorso de língua - ligadas ao osso - Vermelho fraco - assoalho bucal, mucosa jugal, ventre de língua, palato mole - Depende de: - espessura de queratina (normal, hiperpara ou hiperortoceratose); - espessura das camadas do epitélio (acantose e edema celular); - vascularização subjacente (normal, aumentada, diminuída); - deposição de material na superfície da mucosa - cor dada pelo pigmento externo; - deposição de material na camada basal/lâmina própria/submucosa - podendo puxar pro vermelho se há extravasamento de sangue ou pro marrom, por deposição de melanina. Imagem 1. Nas lesões brancas, a primeira camada está mais relacionada com lesões brancas e amarelas em questão da espessura do epitélio. Na segunda camada é a região de depósito de materiais extrínsecos. Imagem 2. Aumento da espessura do epitélio com uma lesão provavelmente esbranquiçada. 1. Lesões ���n��� da ����sa ���� Manobras diagnósticas: inspeção; distensão da mucosa; raspagem com espátula de madeira ou metal; procura de prováveis agentes traumáticos; citologia; biópsia. a. Det����nação d� ��� da ����sa, co���s�ção d�� ��ci���: ➔ O epitélio ➔ A lâmina própria ➔ Material exógeno tal como biofilme na língua (língua saburrosa) b. Sem���éc�i�� d�� �esões ���n��� ➔ Manobras clínicas ➢ Inspeção; extensão com o uso da espátula de madeira - suspeita de leucoedema que desaparece quando distendida; raspagem; busca ativa de possíveis agentes traumáticos. c. Lesões ��� �um���� da ����s�u�� d� e���éli� � acúmu�� de ����at��� ➔ Hiperqueratose friccional (hiperqueratose reacional) ➢ Etiologia: trauma (fricção) crônico de baixa intensidade e longa duração na superfície da mucosa; ➢ Frequentemente assintomática, ou leve ardência/desconforto; ➢ Clinicamente apresenta-se como placas brancas não removíveis à raspagem, em geral discretas, afetando mais frequentemente a borda lateral da língua, mucosa jugal, lábio ou rebordo alveolar de pacientes desdentados; ➢ Fator etiológico geralmente detectável e tem relação anatômica com a lesão. Lesões sem fator detectável ou sem relação anatômica devem ser vistos com suspeição - a lesão deve melhorar em até 1 mês ou dois. Língua crenada (língua com volume acima do normal). Realização de placa de mordida se necessário. ➢ Diagnóstico final conclusivo deve respeitar eliminação do fator etiológico e desaparecimento da lesão, acompanhamento de médio prazo. Biópsia isoladamente não é capaz de definir o diagnóstico. Imagem 2. Acantose e hiperqueratose Acantose: aumento das células da camada espinhosa (camada mais superficial da pele). Acantólise: processo de dissolução ou separação das pontes intercelulares da camada de células espinhosas do epitélio. Pode haver a formação de bolhas abaixo da camada córnea, devido à lesão dos desmossomos e conseqüente perda da adesividade das células epidérmicas. Hiperqueratose: espessamento da camada córnea do epitélio. Pode estar presente uma hiperparaqueratose (quando há persistência dos núcleos na camada córnea) ou uma hiperortoqueratose (quando os núcleos não persistem). Imagem 3. Hiperortoqueratose (sem núcleo), acima, e hiperparaqueratose, (com núcleo), abaixo. ➔ Linha alba ➢ Lesão branca bilateral em formato linear associada a pressão, irritação por fricção, ou trauma por sucção da mucosa, pacientes obesos, estressados; ➢ Mais comum em pacientes jovens, é bilateral, geralmente em mucosa jugal (pode até aparecer em lábio inferior); ➢ Diagnóstico é cínico. Biópsia isoladamente não define; ➢ Não é necessário tratar, pode precisar de placa de mordida; ➢ Pode ocorrer regressão espontânea. ➔ Mucosa mordiscada ➢ Mastigação crônica da bochecha; ➢ Causa lesões geralmente localizadas na mucosa jugal; labial e margem lateral da língua. Mais frequente em mucosa jugal no terço médio e posterior; ➢ Prevalência mais alta em pessoas estressadas ou com quadros psicopatológicos ou psiquiátricos. Imagem 2. Irregularidade da superfície, com rasgamentos, que chama à proliferação de superfícies bacterianas. No conjuntivo pode haver um grau maior ou menor de inflamação crônica. Camada intermediária da imagem de paraceratina e camada inferior de acantose. ➔ Leucoedema ➢ Alteração comum da mucosa oral (e de outras mucosas livres), como uma variação da normalidade. Também pode acometer língua, lábio e até palato mole; ➢ Mais comum (visível?) em negros, talvez pela pigmentação melânica racial; ➢ Aparência opalescente branco acinzentada difusa da mucosa; O diagnóstico é clínico (estiramento que faz com que a região esbranquiçada suma) ou por exclusão, geralmente em adultos; ➢ Biópsia pode sugerir o diagnóstico; ➢ Tratamento é desnecessário. Imagem 3. Na camada superior, hiperparaceratose, na camada intermediária acantose (aumento da camada espinhosa), seguida de edema intracelular (células com citoplasma claro e núcleo picnótico - núcleo com cromatina extremamente condensada), com edema entre as células epiteliais. ➔ Nevo branco esponjoso ➢ Genodermatose (distúrbio de pele geneticamente determinado); ➢ Relativamente rara; ➢ Placas difusas, corrugadas ou aveludadas, brancas, espessas e simétricas: mucosa jugal (bilateral), e em menor grau comprometimento de língua e palato; ➢ Lesões assintomáticas; ➢ Diagnóstico por características clínicas, histórico familiar e biópsia incisional; Não há tratamento efetivo. Medidas de higiene para conter o mau-hálito. Imagem 2.3. Acantose, Hiperparaceratose (com núcleo), e vacuolização da camada de células espinhosas. A diferença com o leucoedema é que ao redor desse núcleo picnótico há um halo eosinofílico perinuclear. ➔ Leucoplasia pilosa oral ➢ Frequentemente (nem sempre) associada à imunossupressão por HIV - EBV ou drogas imunossupressoras após transplante de órgão; ➢ Talvez associada à infecção oportunista por EBV; ➢ Placas de formato papilar ou filiforme (geralmente bilateral); ➢ Em geral assintomática; ➢ Diagnóstico presuntivo clínico, definitivo por biópsia e imunoh./hibridização in situ; ➢ Não é necessário tratamento, mas o uso de antirretrovirais leva à regressão da lesão. Imagem 2. Acantose, hiperparaceratose e uma faixa de células balonizantes na camada espinhosa superior. Núcleo em colar de pérolas. ➔ Líquen plano ➢ Doença dermatológica crônica relativamente comum; ➢ Mulheres 3:2 homens (adultos) ➢ Lesões quase sempre bilaterais em espelho; ➢ Fina rede em forma de laço de linhas brancas (estrias de Wickham); ➢ Sintomático ou assintomático; ➢ Diagnóstico definitivo é complexo, clínico e histológico, controverso (sem acordo na literatura); ➢ Uso de corticosteróides tópico ou sistêmico para casos sintomáticos. ➢ Histopatológico: infiltrado inflamatório subepitelial em banda, destruindo a camada basal - união do clínico e histopatológico. ➔ Leucoplasia ➢ ➢ OMS: “Placa ou mancha branca que não pode ser raspada, nem caracterizada clinicamente ou patologicamente como qualquer outra doença”; ➢ Lesão malignizável, 15-20%, podendo evoluir para carcinoma espinocelular; ➢ Etiologia: tabagismo e etilismo, radiação UV (lesões em lábio), microrganismos, trauma;➢ Tratamento: diagnóstico histopatológico definitivo com biópsia -> conduta adequada (excisão cirúrgica? proservação?) a maior parte dos clínicos diz que é a remoção cirúrgica. ➔ Leucoplasia ➢ Sífilis secundária Imagem 2. Infecções em lábio superior, inferior e palato. Imagem 3. Ora se apresenta ulcerada, ora em placa d. Lesões ��� �cúmu�� �� te���� ne��óti�� ➔ Úlcera traumática ➢ Etiologia: ○ trauma dentário: língua, lábios e mucosa jugal ○ outras fontes de irritação: lesões da gengiva, palato e fórnice vestibular ➢ Áreas de eritema que circundam uma membrana fibrinopurulenta esbranquiçada, amarelada, acinzentada central removível; ➢ Diagnóstico aspecto clínico e história clínica; ➢ Acompanhamento, deve sumir em duas semanas ou duas; ➢ Tratamento sintomático - anestésico tópico ou analgésico; ➢ Doença de Riga-Fede: ulceração persistente em recém nascidos, o dano mucoso ocorre pelo contato da língua com dentes decíduos, precocemente erupcionados, durante a amamentação. ➢ Úlcera eosinofílica: úlceras persistentes (meses) em geral em borda de língua, com marcado infiltrado eosinofílico em profundidade (intramuscular). Ulceração da superfície mucosa ventral da língua com halo hiperqueratótico - não é carcinoma espinocelular Tratamento por remoção do agente traumático e corticóide na lesão. ➔ Queimadura elétrica e queimadura química Elétrica e térmica ➢ Ingestão de alimentos ou bebidas quentes; contato com corrente elétrica; ➢ Edema - área afetada torna-se necrótica (membrana branca/amarela) e começa a se soltar (sangramento pode desenvolver-se durante esse período); ➢ Tratamento: remissão dos sintomas, anti-inflamatórios e antibióticos em casos com possibilidade de infecção. Química ➢ Aspirina, perborato de sódio, peróxido de hidrogênio, gasolina, terebintina, fricção com álcool e ácido de bateria; ➢ Medicamentos de venda livre, sem necessidade de prescrição médica, utilizados para o clareamento dentário, também contém o peróxido de hidrogênio de carbamida, e podem levar a necrose da mucosa. e. Lesões ��� �cúmu�� �� mi���r���is��� ➔ Candidose ➢ Etiologia: Candida albicans; ➢ Infecção fúngica bucal mais comum no homem - manifestações clínicas diversas; ➢ Manifestação clínica: estado imunológico do hospedeiro; o meio ambiente da mucosa bucal e a resistência da C. albicans; ➢ Pseudomembranosa: placa branca, aderente na mucosa bucal, removíveis à raspagem; ➢ Placa composta por massa de hifas emaranhadas, leveduras, células epiteliais descamadas e fragmentos de tecido necrótico. Candidose crônica hiperplásica “leucoplasia” por cândida ➢ Tratamento: placas brancas que não podem ser removidas pela raspagem; ➢ Lesões leucoplásicas induzidas ou consequentes à candida; ➢ Diagnóstico: presença de hifas de Candida associadas com lesão, bem como pela resolução completa da lesão após terapia com antifúngicos. ➔ Biofilme ➢ Pode ocorrer em qualquer área da mucosa oral: mucosa jugal, rebordo alveolar, gengiva, vestíbulo; ➢ Adesão do biofilme na superfície da mucosa; ➢ Tratamento: remoção e orientação de higiene oral. f. Lesões ��� r��ução d� ���cu����zação ➔ Escleroderma ➢ O diagnóstico pode ser radiográfico com aumento do espaço pericementário generalizado. É clínico, mas faz a biópsia para confirmação. ➢ Doença sistêmica, com repercussões orais; ➢ Áreas da mucosa ou pela pálidas, esbranquiçadas, de aspecto “estirado”, mucosa “fosca”, seja jugal, seja envolvimento perioral, área geralmente mais fibrosa sob manipulação, podendo diminuir a mobilidade dos lábios; ➢ Terapias imunossupressoras locais ou sistêmicas são eficientes. Imagem 1. Pode resultar na diminuição de abertura bucal, em um grau mais severo, que dá além disso uma aparência de envelhecimento na região oral. ➔ Fibrose submucosa oral ➢ Doença crônica potencialmente maligna; ➢ Forma cicatrizes; ➢ Subcontinente indiano, (relacionada à inserção crônica do sachê de betel); ➢ Xerostomia, trismo, queimação oral (estomatopirose), vesículas, petéquias, melanose; ➢ Tratamento: corticosteróides intralesionais, licopeno; ➢ Acompanhamento frequente, devido potencial maligno da lesão. Imagem 2. Hiperceratose na porção superior, hiperplasia da camada basal e fibrose, na região inferior, no interior da lâmina própria. 2. Lesões ���m���as �� ��co�� ��al a. Det����nação d� ��� da ����sa, co���s�ção d�� ��ci���: ➔ O epitélio: de duas, uma; ou tem mais sangue, ou o epitélio está mais estreito. ➔ Submucosa/ vasos e sangue ➔ Material exógeno: menos comum ➔ Material endógeno b. Sem���éc�i�� d�� �esões ���m���as ➔ Diascopia (vitropressão): pressão é a manobra mais frequente na semiotécnica de lesões vermelhas. Pressão com uma plaquinha de vidro contra a lesão avermelhada. Se a vermelhidão sumir, quer dizer que é um vaso funcional. ➔ Punção aspirativa simples: se vier uma boa quantidade de sangue em uma rapidez considerável, é uma lesão vascular. Se não, a lesão não é vascular. ➔ Pressão digital: para não gastar placas de vidro a toa, é substituída pela pressão digital, onde a lesão some depois que pressionada e logo retorna, mostrando também que o vaso está ativo. Se a lesão for arterial, ela se enche rapidamente. Se for venosa, demora um pouco mais de 20 segundos. ➔ Doppler vascular: confirmar se é vascular e saber até onde se estende. Mostra a presença do fluxo vascular na lesão e saber qual o feixe vascular. Exame mais complexo para planejar tratamento. c. Lesões ����me���d�� a�s���a��s � a����to �� ��s�u��t��a e r���ção d� es���s��a �� �pi�éli� ➔ Eritroplasia: ➢ Placa vermelha que não pode ser diagnosticada clínica ou patologicamente como qualquer outra condição; ➢ Representam na maioria das vezes uma displasia epitelial importante, carcinoma in situ ou carcinoma de células escamosas invasivo; ➢ Maior potencial de transformação maligna; ➢ Homens: 65-74 anos de idade, com fatores ligados a fumo, alcoolismo, etc; ➢ Soalho da boca, língua e palato mole. ➢ Histologicamente: sempre haverá um grau de displasia em termos histológicos, até que se atinja um carcinoma in situ. d. Lesões ����me���d�� �or ����ão � p���a t����u�l ➔ Escleroderma Traumas químicos e físicos ➢ Condição benigna comum; ➢ Áreas eritematosas decorrentes de erosão na mucosa da língua; ➢ Mulheres 2:1 homem; ➢ Etiopatogenia: desconhecida - Idade? Uso de contraceptivos orais? Alergias? Diabetes? ➢ Casos mais brandos: assintomáticos. Mais graves: ardência da mucosa ➢ Traumas químicos e físicos: erosão e/ou ulceração da mucosa; aumento da vascularização subjacente: eventos inflamatórios. ➔ Glossite migratória benigna (língua geográfica) ➢ Alongamento das cristas epiteliais com paraceratose e infiltração neutrofílica ➢ Perda das papilas filiformes e aumento da vascularização do tecido superficial, dando aspecto eritematoso. ➢ O indivíduo não se queixa ou tem leve sintomatologia. Aparece e desaparece e reaparece em diferentes lugares. ➢ Não tem tratamento e a etiopatogenia não é conhecida. ➢ Não se faz biópsia. Mas se fizer, é suficiente para fechar o diagnóstico Imagem 3. Alongamento das cristas epiteliais com paraceratose e infiltração neutrofílica. Áreas de acantose, aumento da vascularização conjuntiva. e. Lesões ����me���d�� �or ���r��a��m���o d� ���gu� �� co���n���o ➔ Hemorragia submucosa ➢ Associada a traumas da mucosa oral: contusões, mordidas, etc; ➢ Causas não traumáticas: trombocitopenia, coagulação intravascular disseminada (CID); infecções virais (mononucleose e sarampo); ➢ Zona elevada ou plana não-pálida, com coloração vermelho ou púrpura ao azul ou negro-azulado; ➢ Nenhum tratamento é exigido, exceto nos casos de etiologia sistêmica. ➔ Petéquias ➢ Pequenas manchas vermelhas, resultado do extravasamento de sangue dos capilares para os tecidos; ➢ Petéquias na mucosa bucal, são geralmente causadas por trauma, mas também podem ser causadas por infecção ou redução plaquetária (ex. Leucemias). f. Lesões ����me���d�� �or ���e�t� �� �as����ri��ção (diâme��� d�� �as�� sa��úin���) ➔ Granuloma piogênico ➢ Granuloma piogênico representauma resposta tecidual a um fator irritante local; A superfície é caracteristicamente ulcerada e varia do rosa ao vermelho, ao roxo, dependendo da idade da lesão; ➢ Predileção pela gengiva; ➢ Lábios, a língua e a mucosa jugal são as outras localizações mais comuns. ➢ Aspecto avermelhado porque é uma lesão extremamente vascularizada. ➢ É necessária biópsia e o tratamento é cirúrgico. Imagem 2. Aumento de volume exofítico de tecido de granulação com superfície ulcerada. Proliferação lobular endotelial na região mais profunda do tecido conjuntivo. Imagem 3. Maior aumento de vasos sanguíneos capilares e inflamação difusa. ➔ Hemangiomas ➢ ➢ Termo que designa numerosas anomalias vasculares de desenvolvimento; ➢ Hemangiomas capilares (pequenos vasos); ➢ Hemangiomas juvenis (células endoteliais); ➢ Nódulos de coloração vermelho-clara a lesões roxas e azuladas; ➢ Tratamento: acompanhamento - remissão espontânea; escleroterapia, uso do doppler, e ressecção cirúrgica em cuidado com lesões muito infiltradas, com risco de sangramento. ➢ Histológica: presença de vasos sanguíneos grandes ou capilares. ➔ Varicosidades ➢ Veia anormalmente dilatada e tortuosa; ➢ Etiopatogenia (envelhecimento?); ➢ Variz sublingual, que ocorre em ⅔ dos indivíduos 60 ou +; ➢ Múltiplas bolhas papulares ou elevadas, purpúreoazuladas na borda ventrolateral da língua. ➢ Geralmente assintomáticas, não necessita tratamento. ➔ Sarcoma de Kaposi ➢ Neoplasia multifocal que tem origem nas células endoteliais vasculares; ➢ HHV-8 e indivíduos HIV +; ➢ Mancha -> placa -> nódulo; ➢ Dor, hemorragia e interferências funcionais. 3. Lesões ����el�� �� mu���� or�� a. Det����nação d� ��� da ����sa, co���s�ção d�� ��ci��� ➔ O epitélio: grande parte das lesões amarelas é composta por material que está abaixo do epitélio ➔ A lâmina própria/submucosa ➔ Material endógeno ➔ Material exógeno b. Exa�� �líni�� ��s �e�ões ����el���� ➔ Técnicas de exame e diagnóstico ➢ Inspeção ➢ Palpação ➢ Raspagem: não é tão importante como nas lesões brancas ➢ Procura de prováveis agentes traumáticos: ocasionalmente será necessário ➢ Anamnese detalhada (possível envolvimento sistêmico) ○ Exame clínico - sintomatologia ■ Sinais: Manifestações clínicas visíveis e perceptíveis pelo profissionais ■ Sintomas: São manifestações subjetivas percebidas pelo paciente e relatadas ao profissional ■ Semiotécnica: Pesquisa dos sinais e sintomas e coleta de dados básicos. ➢ Diagnóstico e exames: Exame físico; anamnese; características clínicas da lesão; história pregressa de saúde geral e bucal; história atual de saúde geral e bucal; exames complementares; revisão; diagnóstico; tratamento. ➔ Etiologia ➢ Variações da normalidade; ➢ Lesões reacionais; ➢ Alterações de desenvolvimento; ➢ Neoplasias benignas e malignas; ➢ Pigmentações exógenas; ➢ Pigmentações associadas a condições sistêmicas. ➔ Coloração amarelada das lesões Dentre as diversas causas do aspecto amarelado das lesões na cavidade bucal, podem ser citadas: ➢ Glândulas sebáceas; ➢ Gordura; ➢ Infecção; purulenta ➢ Icterícia; ➢ Queratina; ➢ Fibrina; ➢ Edema; tanto o líquido do edema quanto a fibrina ➢ Úlceras; ➢ Pseudomembranas; ➢ Pus; ➢ Medicamentos; ➢ Pigmentos exógenos; ➢ Queimaduras químicas/físicas. c. Lesões ����el�� ��r a�úmu�� �� ma����al ���óge�� ➔ Grânulos de Fordyce Orais ➢ Variações da normalidade ou até mesmo padrão da normalidade ➢ Glândulas sebáceas: geralmente múltiplas pápulas submucosas em geral, na boca inclusive, onde afetam mais a mucosa jugal ou vermelhão do lábio superior; ➢ Em geral são assintomáticas; ➢ Considerada uma variação anatômica (normalidade); ➢ Diagnóstico é clínico, pode ser necessário Bx para excluir outras entidades; ➢ Pode ser problema estético se acometer lábio - uso de laser para tratamento, micro agulha, cremes com clindamicina, isotretinoína, etc... ➢ Múltiplas glândulas sebáceas abaixo da superfície epitelial. Imagem 2. Múltiplas glândulas sebáceas abaixo da superfície epitelial. Imagem 3. Glândulas sebáceas nos lábios. Imagem 4. Tratamento a laser. ➔ Lipoma oral ➢ O lipoma é um tumor benigno de gordura; ➢ O metabolismo dos lipomas é completamente independente da gordura corpórea normal; apesar de parecerem semelhantes microscopicamente, são células mais proliferativas, formando nódulos de gordura, bem visíveis clinicamente, podendo ser infiltradas ou bem circunscritas, mais prevalente o primeiro tipo, e de crescimento lento; ➢ São aumento de volume nodulares, de superfície lisa e consistência macia, que podem ser sésseis ou pedunculados; ➢ Os sítios de ocorrência mais comuns incluem a língua, o assoalho da boca e os lábios; ➢ Tratamento: excisão local conservadora, sendo recidivas raras. Se for uma lesão infiltrada, recidiva pode não ser rara. Antes da excisão, biópsia por agulha fina ou incisional para fechar diagnóstico. Imagem 2. Lesão nodular rica em tecido adiposo. ➔ Cisto linfoepitelial oral ➢ Lesão pouco frequente, associada aos locais com tecido linfóide oral; ➢ É um cisto hiperqueratinizado, em geral superficializado (passível de enxergar através do epitélio) na mucosa de palato mole, amígdalas, soalho bucal e borda posterior de língua. Em geral menor que 1 cm. ➢ Frequentemente assintomático, descoberto em exame de rotina; ➢ Tratamento: remoção cirúrgica sem margem de segurança. Imagem 2. Cisto linfoepitelial (fascículos de queratina) revestida por epitélio pavimentoso queratinizado com infiltrado linfocítico na periferia. ➔ Sialolitíase ➢ Os sialolitos são estruturas calcificadas que se desenvolvem dentro do sistema ductal salivar; ➢ A maioria se origina na glândula submandibular; ➢ Sintomatologia é variada (depende do grau de obstrução e da quantidade de pressão negativa resultante produzida dentro da glândula); ➢ Diagnóstico envolve história clínica e exames de imagem; geralmente de 3-4mm geralmente; ➢ Tratamento: excisão cirúrgica; Imagem 3. Sialolito maior que o convencional visto por panoramica (não comum). É mais comum por oclusais. ➔ Abscessos superficializados ➢ Características clínicas muito variadas, mas quase sempre com sinais clássicos da infecção bacteriana aguda ou crônica; ➢ História clínica sugestiva; ➢ Fator causal associado e definível; ➢ Sinais e sintomas bastante característicos (dor); ➢ Exames por imagem variam conforme duração; ➢ Resposta a tratamento; ➢ Biópsia tem uso restrito, em geral quando há falha na terapêutica, para excluir diagnóstico mais que para definir; ➢ Diagnóstico sempre importante, sendo ou não abscesso. Imagem 2. Suspeita de abscesso. Dente vital. Manda pra histopatologia com suspeita de lipoma: era um cistoadenoma papilífero. ➔ Icterícia (condição) ➢ Manifestações clínicas: Amarelamento das escleras, pele, mucosas, clareamento das fezes e escurecimento da urina. Pode afetar desde recém nascidos (níveis elevados de bilirrubina são normais nos primeiros dias após o nascimento) até idosos, com diferentes consequências de acordo com níveis e causas primárias. Coceira. Alteração da cor da urina e das fezes. Nível normal de bilirrubina em adultos: até 1 mg/dL. De 2 a 3 mg/dL resultam em icterícia. Bilirrubina pode estar na forma conjugada ou não conjugada. Bilirrubina não conjugada elevada pode ser causada por excesso de quebra de hemácias, traumas extensos, síndrome de Gilbert, deficiência alimentar prolongada, em recém nascidos e em problemas de tireóide. Bilirrubina conjugada elevada pode ser causada por cirrose, hepatite, medicações hepatotóxicas ou bloqueio do ducto biliar. ➢ Tipos: ○ Pré-hepática: aumento da hemólise. Formas graves de malária, doenças hematológicas (anemia falciforme, talassemia, síndrome hemolítico-urêmica). Neste tipo de icterícia, pode haver elevação do urobilinogênio (na urina), acima de 1 a 1,5 dl/ml. ○ Hepática: destruição dos hepatócitos diminui a capacidade de processamento e excreção de bilirrubina que se acumula no sangue. Pode ser causada por hepatite aguda ou crônica, cirrose, hepatite por drogas, ou cirrose por álcool. ○ Pós-hepática ou obstrutiva:bloqueio do ducto biliar por cálculo, tumores na cabeça do pâncreas, atresia biliar, tumores do ducto, pancreatite e gravidez. ➢ Carotenemia: excesso de consumo de caroteno, em alimentos avermelhados, amarelos, laranja.. d. Lesões ����el�� ��r i��úri� �ísi�� �u ��ími�� ➔ Ulcerações traumáticas Imagem 1. Ulceração bem circunscrita na mucosa jugal posterior esquerda. Imagem 2. Ulceração da superfície mucosa ventral da bochecha com halo hiperceratótico (biofilme, fibrina) ➔ Queimaduras químicas ou físicas ➢ Ingestão de alimentos ou bebidas quentes; contato com corrente elétrica; ➢ Edema -> Área afetada torna-se necrótica (membrana branca/amarela) e começa a se soltar (sangramento pode se desenvolver durante esse período); ➢ Tratamento: remissão dos sintomas e antibióticos em casos com possibilidade de infecção secundária. e. Lesões ����el�� ��r �e�ósi�� �� ma����al ��óge�� Diagnóstico em geral clínico, com base na história clínica, por vezes com “teste terapêutico” Investigar o que o paciente tomou, fumou. O dentista remove com escovação ou até mesmo o paciente. Chás, frutas. f. Lesões ����r�a� c�� ��pe��� �ma����do ➔ Cistos do recém nascido (Pérolas de Epstein) ➢ Microcistos de queratina (região totalmente diferente de cisto epitelial). Gengiva e palato são as regiões mais frequentes. Não há necessidade de tratamento, só a mastigação faz com que os nódulos desapareçam. ➔ Xantoma verruciforme ➢ Material gorduroso depositado na região do conjuntivo (é uma lesão proliferativa), de caráter benigno. ➢ Diagnóstico clínico, lesões de longa duração, adultos. ➢ Remoção e encaminhamento para o histopatológico. ➢ Na pele (pálpebra), em adultos, leva a denominação de Xantoma. O xantoma na região da pálpebra, bilateralmente, leva a denominação de xantelasma (adultos e idosos). ➢ Diagnóstico clínico e se necessário, biópsia incisional. ➢ Tratamento: cirúrgico para destruição superficial do epitélio. Imagem 1. Xantoma verruciforme. Imagem 2. Xantelasma. ➔ Cásio (caseum) ➢ Acúmulo de material externo, alimentos (fóveas da amígdala). Com o passar do tempo pode se tornar de uma consistência amolecida auma mais fibrosa. É uma forma de cálculo na amígdala. A questão alimentar não é fator principal, mas a saliva deve ser um maior influenciador, não necessariamente relacionado com má hábitos de higiene. ➢ Com o cotonete ou placa de madeira, o material sai facilmente. ➢ Enviar o material para histopatologia. ➢ Realizar bochechos para limpar a região da amígdala. ➢ Tamanho normal de 2 a 4 mm; ➢ Tomar cuidado para não confundir na panorâmica com hemangiomas (lesões vermelhas) ou calcificações de paredes vasculares. 4. Lesões ����ra� �� m��o�� �ra� a. Det����nação d� ��� da ����sa, co���s�ção d�� ��ci���: ➔ O epitélio ➔ A lâmina própria/ submucosa ➔ Material endógeno ➢ Se for, localizado na lâmina própria (melanina), ou na submucosa com precipitação de hemossiderina. ➔ Material exógeno ➢ Localizado na superfície b. Exa�� �líni�� ��s �e�ões ����el����; ➔ Etiologia Imagem. Divisão 1 de acordo com origem endógena e exógena. Imagem. Divisão 2, clínica. ➢ 99% das lesões não tem tanta importância, mas o 1% restante tem. ➔ Semiotécnica ➢ Será mais frequente o uso da biópsia c. Lesões ����ra� ��r ��úmu�� �� pi���n��ção �xóge��; ➔ Língua pilosa negra: ➢ Papilas filiformes hipertrofiadas podem adquirir uma língua de coloração escura através de: Alimentos; tabaco; medicamentos (com ferro, CHX); microrganismos cromogênicos. ➢ Tratamento: eliminação de fatores predisponentes e higienização oral eficiente. Há ainda pigmentação por jambolão ou amora. Imagem 2. Hiperplasia das papilas filiformes. Na seta superior, bactérias e abaixo a região de hiperceratose. ➔ Tatuagem por amálgama: ➢ O amálgama pode ser incorporado ao interior da mucosa oral de diversas maneiras: ○ Áreas com abrasão prévia da mucosa podem ser contaminadas por pó de amálgama; ○ Pedaços de amálgama quebrado podem cair nos sítios de extração. O fio dental pode ser contaminado com partículas de amálgama de uma restauração colocada recentemente, ou ainda pode haver tratamento endodôntico com incorporação de amálgama no ápice. ○ Caso não haja história pregressa de exo ou cirurgia paraendodôntica, realizar biópsia Imagem 1. Tatuagem de amálgama por fio dental. Imagem 2. Tatuagem por amálgama por acidente cirúrgico. Imagem 3. Tatuagem de amálgama relacionada à endodontia (pouco comum), quando abriam o ápice para selar o ápice e o amálgama usado atingia a mucosa. Imagem 4/5. Alvéolo vazio indicando pigmentação por amálgama e fragmento de amálgama na radiografia para confirmação. Imagem 6. Fragmentos de amálgama e fibras pigmentadas pela prata. ➔ Tatuagem intencional/acidental: ➢ Por fatores culturais ou ritualísticos; ➢ Acidental por grafite. ➢ É possível diferenciar a prata da amálgama do grafite e do ferro, uma vez que as lesões são semelhantes em microscopia por varredura. ➔ Melanose do fumante: ➢ 21, 5% dos tabagistas exibem áreas de pigmentação melânica ➢ A exposição a aminas policíclicas (nicotina) tem sido apresentada como estimulante na produção de melanina pelos melanócitos; ➢ Tinge mais comumente a gengiva vestibular anterior. ➢ Indica que o indivíduo está fumando em demasia. Imagem 1. Melanose do fumante Imagem 2. Leucoplasia Imagem 3. Eritroplasia Imagem 4. Carcinoma espinocelular da cavidade bucal ➔ Pigmentação por medicamentos (a maioria causa depósitos de melanina, exceto os baseados em prata, ferro e arsênico, que causam depósito do produto): ➢ Agentes antimaláricos e algumas doenças imunes (cloroquina, hidrocloroquina); ➢ Medicamentos quimioterápicos (doxorrubicina, bussulfano, ciclofosfamida ou 5-fluorouracil) - quimioterapia para câncer de mama são diferentes. ➢ Podem ocorrer em diversas regiões, como palato, gengiva, língua, etc. Imagem 2/3. Pigmentações atípicas por tratamento de câncer de mama. d. Lesões ����ra� ��r �u���t� �a �r���ção d� ���an��� Causada por aumento do número de melanócitos (ou de células “like”) ou pelo aumento da produção/deposição de melanina ➔ Pigmentação melânica racial: ➢ Afrodescendentes ou descendentes de asiáticos/árabes ➢ A pigmentação melânica ou melanose é resultante da deposição excessiva de melanina nos melanócitos da camada basal do epitélio e tecido conjuntivo; ➢ Características clínicas: presença de manchas escurecidas, simétricas (espelhadas) e bem delimitadas na região de gengiva inserida, mucosa jugal ou lingual, mas pode ocorrer em outras localizações. Comum em indivíduos negros ou descendentes; ➢ Em geral de longa duração e assintomáticas; ➢ Diagnóstico aspecto clínico e história clínica; ➢ Biópsia utilizada para descartar outras condições; ➢ Tratamento não é necessário, ou por estética. ➔ Lentigo simples: ➢ Aumento focal do depósito de melanina, concomitante com o aumento no número de melanócitos na região mais superficial do epitélio; ➢ Não depende da exposição ao sol; ➢ Mais comum em lábio inferior, seguida pela mucosa jugal; ➢ Mácula redonda, assintomática. uniformemente bronzeada ou marrom escura, bem demarcada e solitária; ➢ Tratamento: nenhum tratamento é necessário para o lentigo simples, exceto por estética. ➔ Nevo melanocítico intramucoso: Imagem 1.3. “Nevo azul”, histologicamente características. Imagem 2. “Nevo de OTA”. ➢ Aumento focal do depósito de melanina com invasão do epitélio conjuntivo subjacente; ➢ Nevos melanocíticos intraorais são relativamente raros; ➢ Maioria surge no palato, fundo de vestíbulo ou gengiva; ➢ Também tem o nome de “nevo azul”, as lesões mais escuras, com biópsia obrigatória; ➢ As lesões mais claras (Im. 2. ) recebem o nome de “nevo de OTA”, mais frequente em palato e rebordo alveolar superior, de cor amarronzada. Imagem 4. Agrupamento de células névicas melanocíticas no interior da lâmina própria. ➔ Melanoma: Imagem 1. Mancha de pigmentação difusa, na região lateral do palato duro. Imagem 2. Melanoma de disseminação superficial. ➢ O melanoma é uma neoplasia maligna de origem melanocítica que surgea partir de uma lesão melanocítica benigna; ➢ É comum na pele, mas não é comum na boca, mas se aparecer, é extremamente grave; ➢ O melanoma da mucosa tende a se apresentar em um estágio mais avançado e é muito mais agressivo que a sua contraparte cutânea; ➢ Melanoma lentiginoso acral é a forma mais comum de melanoma oral; ➢ Tratamento: a remoção cirúrgica radical é o tratamento de escolha; a hemimaxilectomia é realizada para lesões unilaterais que invadem o osso maxilar adjacente. Imagem 1. Aumento de volume ulcerado pigmentado na crista alveolar súpero-posterior. Imagem 2. Numerosos melanócitos atípicos dentro da porção basal do epitélio com invasão para o interior da lâmina própria superficial. ➔ Síndrome de Peutz Jeghers: ➢ Caracterizada por lesões semelhantes a sardas nas mãos, na pele peribucal e na mucosa bucal, associada à polipose intestinal e a predisposição para o desenvolvimento de câncer nos pacientes afetados (é hereditário); ➢ As vezes é até necessária remoção dos pólipos do intestino grosso para se evitar câncer; ➢ Afeta crianças; ➢ Afetam principalmente a região do vermelhão labial, a mucosa jugal e língua.
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