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Leishmaniose: Doença Infecciosa Transmitida por Mosquito

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FACULDADE MAURÍCIO DE NASSAU 
 
 
 
GABRIELLI ALVES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LEISHMANIOSE 
Pesquisa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teresina – Piauí 
 
2021 
 
• LEISHMANIOSE 
É um tipo de doença infecciosa causada por um protozoário do 
gênero leishmania. Essa doença é transmitida através da picada 
da fêmea de um inseto hematófago da família dos flebótomos 
conhecido popularmente como mosquito-palha. 
Seu tratamento é feito sob orientação do dermatologista, 
podendo ser necessário o uso de medicamentos injetáveis, 
conhecidos como antimoniais pentavalentes. No corpo de seu 
hospedeiro, esses protozoários desenvolvem-se no interior de 
macrófagos, células pertencentes ao sistema de defesa do 
organismo. 
• CICLO DE TRANSMISSÃO 
A leishmaniose é uma doença metaxênica, onde o agente passa 
por transformações no organismo do vetor, nesse caso o 
flebotomíneo. 
O ciclo tem início com a inoculação de formas infectantes do 
parasito no hospedeiro durante o repasto sanguíneo. Ao 
atingirem a circulação sanguínea, as formas promastigotas de 
leishmania utilizam de mecanismos próprios para sobreviver á 
lise celular, que será ativada pelo sistema complemento. Devido 
a este mecanismo protetor, a leishmania sobrevive ao ataque do 
hospedeiro e ainda consegue invadir macrófagos através da 
manipulação de receptores celulares. 
A invasão de macrófagos é uma estratégia essencial para a 
sobrevivência da leishmania. Dentro deles, o parasito está 
protegido contra a resposta imune do hospedeiro e ao mesmo 
tempo, está exposto á ação do pH ácido e enzimas hidrolíticas 
dos fagolisossomas além de outros fatores microbicidas que 
protegem o agente de um ataque bacteriano e possibilita sua 
multiplicação. Uma vez infectado, o hospedeiro torna-se 
reservatório do agente. O cão é o principal reservatório 
doméstico. 
 
 
Há duas formas de leishmaniose: A leishmaniose tegumentar e 
Leishmaniose visceral. 
• LEISHMANIOSE TEGUMENTAR 
É uma doença infecciosa, não contagiosa, transmitida por várias 
espécies de protozoário do gênero leishmania, que acometem ao 
homem e provocam úlceras na pele e nas mucosas das vias 
aéreas superiores. No Brasil já foram identificadas três espécies 
diferentes de micro-organismos: Leishmania amazonenses e 
Leishmania guyanensis na região amazônica, e Leishmania 
braziliensis distribuído por todas regiões do país. O agente 
transmissor do protozoário, é a fêmea infectada do mosquito 
Lutzmyia, conhecido popularmente como mosquito-palha. A 
forma de contrair a doença é através da picada de um inseto, que 
se contamina pela leishmania após picar pessoas ou animais 
portadores da doença, principalmente cachorros, gatos e ratos, e 
por isso a doença não é contagiosa e não há transmissão de 
pessoas para pessoas. 
Uma vez inoculados no corpo humano, os parasitas 
desenvolvem nos macrófagos, células que fazem parte do 
sistema de defesa do organismo. 
A leishmaniose tegumentar pode manifestar-se em homens e 
mulheres de qualquer idade. A maioria das infecções ocorre em 
meninos a partir de dez anos de idade. Os sintomas variam 
segundo o tipo de parasita transmitido pela picada do mosquito e 
as condições imunológicas da pessoa. 
1. FORMA CUTÂNEA 
Costuma ser uma única ou várias lesões, quase sempre 
indolores na pele, Inicialmente são pequenas feridas, 
com fundo granuloso e purulento, bodas avermelhadas 
que vão aumentando de tamanho e demoram cicatrizar. 
2. FORMA MOCOCUTÂNEA 
Em geral transmitida pelo Leishmania braziliensis. A 
ferida primária tem as mesmas características da cutânea 
simples. A diferença é que, ao mesmo tempo, ou meses 
depois, surgem metásteses nas mucosas da nasofaringe 
que destroem a cartilagem do nariz e do palato 
provocando deformações graves. 
3. FORMA DIFUSA 
A presença de nódulos espalhados pelo corpo, é sua 
principal características. É a forma mais rara da 
leishmania tegumentar. 
METODO DE DIAGNÓSTICO: 
O diagnóstico baseia-se no aspecto clínico das feridas e 
no achado dos teste laboratoriais: Exame parasitológico 
direto e biopsia que determinam a presença, ou nçao, do 
parasita em amostra de tecido retirada das bordas das 
lesões. 
O diagnóstico diferencial com outras doenças de pele é 
indispensável para a eficácia do tratamento. 
TRATAMENTO: 
As lesões da leishmania tegumentar normalmente 
cicatrizam sem necessidade de tratamento. Porém, no 
caso das feridas que aumentam de tamanho, são muito 
grandes, se multiplicam ou localizada no rosto, mãos e 
articulações, pode ser recomendado fazer o tratamento 
com remédios, como cremes e injeções, orientados pelo 
dermatologista. 
Os remédios de primeira escolha no tratamento de 
leishmaniose são os antimoniais pentavalentes que, no 
Brasil é representado pelo antimoniato de N-
metiglucamina (glucantime) de 10 a 20 mg/kg/dia, 
intravenoso ou intramuscular, pelo período de 20 dias. 
Os efeitos colaterais incluem mialgia, inapetência, 
náuseas, vômitos, febre, fraqueza, cefaleia, tonturas, 
insônia, entre outros. 
• LEISHMANIOSE VISCERAL 
Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida 
pelo mosquito-palha (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, 
introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania 
Chagasi. 
Embora alguns canídeos, roedores e dentados e equídeos possam 
ser reservatório do protozoário e fonte de infecção para os 
vetores, nos centros urbanos a transmissão se torna 
potencialmente perigosa por causa do grande número de 
cachorros, que adquirem a infecção e desenvolvem um quadro 
clínico semelhante ao do homem. A doença não é contagiosa, 
nem se transmite diretamente. A transmissão ocorre apenas 
através da picada do mosquito fêmea infectado. Na maioria dos 
casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode varias 
de 10 a 24 meses. 
DIAGNÓSTICO: 
O diagnóstico precoce é fundamental para evitar complicações 
que pode pôr em risco a vida do paciente. Além dos sinais 
clínicos, existem exames laboratoriais para confirmar o 
diagnóstico, entre eles destacam-se os testes sorológicos (Elisa e 
reações de imunofluorescência), e de punção da medula óssea 
para detectar a presença do parasita e se anticorpos. 
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico diferencial, 
porque os sintomas da leishmaniose visceral são muitos 
parecidos com os da malária, esquistossomose, doença de 
chagas, etc. 
METODOS DE TRATAMENTO: 
Os medicamentos utilizados para tratar a leishmaniose visceral 
são compostos antimoniais pentavalentes, como o antimoniato 
de N-metil glucamina 20 mg/kg/dia, por via endovenosa ou 
intramuscular, durante 30 dias, dose máxima de 3 ampolas ao 
dia. 
Em poucos casos, estes medicamentos podem causar efeitos 
colaterais, como arritmias, dores no corpo e falta de apetite, e 
são contra-indicados em pessoas com insuficiência renal ou 
hepática, e em mulheres grávidas nos dois primeiros trimestres 
de gestação. 
• INTRADERMORREAÇÃO DE MONTENEGRO 
A IDRM na Leishmania visceral é geralmente negativo durante 
o período de estado da doença, não sento assim, utilizado para o 
diagnóstico. Na maioria dos pacientes, torna-se positivo após a 
cura clínica em um período de seis meses a três anos após o 
término do tratamento. 
No diagnóstico de leishmaniose tegumentar, o teste de 
Montenegro positivo tem sido considerado como indicativo de 
infecção atual ou pretérita por leishmania. A ocorrência de 
IDRM positiva induzida apenas pela inoculação de leishmanina 
deve ser levada em consideração. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
LEISHMANIOSE. Dispinível 
em:<https://www.biologianet.com/doencas/leishmaniose.htm> Acesso em: 
02 Abr. 2021 
 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR (CUTÂNEA). Disponível 
em:<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/leishmaniose-
tegumentar-cutanea > Acesso em: 02 Abr. 2021 
 
LEISHMANIOSE VISCERAL (CALAZAR). Disponível 
em:<https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/leishmaniose-visceral-calazar> 
 
LEISHMANIOSE VISCERAL. Disponível 
em:<https://www.medicinanet.com.br/conteudos/conteudo/2170/leishmanios
e_visceral.htm> Acesso em: 02 Abr. 2021 
 
LEISHMANIOSE – RESUMO COMPLETO. Disponpivel 
em:<https://www.sanarsaude.com/portal/carreiras/artigos-
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AVANÇOS NO TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE TEGUMENTAR 
DO NOVO MUNDO NOS ULTIMOS DEZ ANOS: UMA REVISÃO 
SISTEMÁTICA DA LITERARURA. Disponível em:< http://www.scielo.br> 
Acesso em: 02 Abr. 2021 
 
TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL E LEISHMANIOSE 
TEGUMENTAR AMERICANA NO BRASIL. Discponível 
em:<http://scielo.iec.gov.br> Acesso em: 02 Abr. 2021 
 
INTRADERMORREAÇÃO DE MONTENEGRO APÓS SUCESSUVAS 
REPETIÇÕES DO TESTE EM PORTEIRINHA MG. Dispinível 
em:<http://www.scielo.br> Acesso em: 02 Abr. 2021 
 
LEISHMANIOSE TEGUMENTAR: O QUE É, SINTOMAS E 
TRATAMENTO. Disponível em:<https://www.tuasaude.com/leishmaniose-
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TRATAMENTO PARA LEISHMANIOSE VISCERAL: REMÉDIOS E 
CUIDADOS. Disponível em:< https://www.tuasaude.com/leishmaniose> 
Acesso em 02 Abr. 2021 
https://www.biologianet.com/doencas/leishmaniose.htm
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/leishmaniose-tegumentar-cutanea
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/leishmaniose-tegumentar-cutanea
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/leishmaniose-visceral-calazar
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http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962011000300012#:~:text=H%C3%A1%20comercialmente%20dispon%C3%ADvel%20o%20antimoniato,formas%20cut%C3%A2neas%20localizadas%20e%20disseminadas.
http://scielo.iec.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742011000100012
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822003000200009
https://www.tuasaude.com/leishmaniose-tegumentar/#:~:text=Os%20rem%C3%A9dios%20de%20primeira%20escolha,por%2020%20a%2030%20dias.
https://www.tuasaude.com/leishmaniose-tegumentar/#:~:text=Os%20rem%C3%A9dios%20de%20primeira%20escolha,por%2020%20a%2030%20dias.
https://www.tuasaude.com/leishmaniose/#:~:text=Os%20principais%20medicamentos%20utilizados%20para,por%2020%20a%2030%20dias.

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