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EXERCÍCIOS DE REVISÃO NP1 MONITORIA PARASITOLOGIA BÁSICA (UFPR/2015) Leia a notícia abaixo: Leishmaniose na mira: famosos se unem em campanha contra a eutanásia canina Uma campanha realizada em conjunto com as ONGs paulistanas Arca Brasil e Ampara Animal tem como objetivo mudar as políticas públicas que dizem respeito à leishmaniose em animais. As indicações atuais são de que todos os cães afetados sejam eutanasiados, muitas vezes sem contar com a chance de tentar um tratamento. Revista Veja São Paulo. https://vejasp.abril.com.br/blogs/bichos/2013/08/leishmaniose-eutanasia- campanha-famosos/. 27 ago.2013. A razão do sacrifício dos cães é que esses animais oferecem riscos à população, pois apresentam o parasita: Na saliva e pode ser transmitido por meio da mordida Nas fezes e pode ser transmitido pela ingestão de alimentos contaminados Nas fezes e pode ser transmitido pela penetração ativa através da pele No sangue e pode ser transmitido pela picada de um carrapato No sangue e pode ser transmitido pela picada de um mosquito A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é uma antropozoonose causada por protozoários do gênero Leishmania. Sobre a LTA, avalie as afirmações e classifique cada uma delas como verdadeiro ou falso. A LTA é caracterizada por lesão de pele, que pode ser única ou múltipla. A forma mucosa de LTA surge em poucos dias após a picada do inseto vetor. A LTA é uma doença infectocontagiosa de grande importância na saúde pública. Conhecida como úlcera de bauru, a lesão na forma cutânea de LTA é uma ulceração com bordas elevadas. Assinale a alternativa que apresenta apenas as afirmações verdadeiras: a) I, II e III b) I e IV c) I, II e IV d) II, III e IV e) II e III A Leishmaniose Tegumentar se subdivide em diferentes formas clínicas. Em Bauru, cidade endêmica para Leishmaniose, dois pacientes foram atendidos em um hospital e apresentaram os sinais abaixo: - Paciente 1: mulher, 43 anos, com múltiplas nodulações não ulceradas em grande extensão do corpo. - Paciente 2: homem, 52 anos, que teve leishmaniose cutânea há alguns anos e agora apresenta lesão desfigurativa na mucosa nasal. Diante dos sinais apresentados pelos pacientes, é possível suspeitar de quais formas clínicas da leishmaniose tegumentar, respectivamente? a) Cutânea difusa e cutaneomucosa b) Mucosa e cutaneodifusa c) Visceral e mucosa d) Mucocutânea e visceral e) Cutânea difusa e cutânea Sobre o diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar, assinale a alternativa correta: a) Após o período de 4 – 6 semanas depois do aparecimento da lesão, a intradermoreação de Montenegro (IDRM) é positiva na maioria dos pacientes. b) Pela demonstração direta do parasito, quanto maior o tempo da evolução da lesão, maior a probabilidade de encontrar o parasito. c) O isolamento em cultivo, além de confirmar a presença do parasito, permite a identificação da espécie de Leishmania envolvida. d) A PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) permite que o DNA do parasito seja detectado mesmo em situação de baixa carga parasitária. e) Na leishmaniose cutânea difusa o resultado da intradermoreação de Montenegro costuma ser negativo. A Leishmaniose Visceral, também conhecida como Calazar ou Febre Dundun, é uma doença crônica que apresenta manifestações como febre de longa duração, perda de peso, anemia, entre outros. Sobre essa importante forma clínica da leishmaniose, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de V ou F, considerando V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas. ( ) Se não tratada, a Leishmaniose Visceral pode evoluir para óbito em grande maioria dos casos. ( ) A suspeita clínica da doença é levantada quando o paciente apresenta febre e esplenomegalia. ( ) Mesmo em casos assintomáticos o paciente deve ser tratado ( ) Hemorragia digestiva e icterícia, se presentes, indicam menor gravidade. a) F – V – F – V b) V – F – V – F c) V – V – F – F d) V – V – V – F e) F – F – V – F Avalie as sentenças abaixo e assinale a alternativa que apresenta as medidas profiláticas da leishmaniose: I. Usar repelentes e telas de proteção em janelas e portas. II. Evitar acúmulo de matéria orgânica (folhas, frutos, lixo orgânico em processo de apodrecimento). III. Tratar a água para impedir a contaminação hídrica. IV. Utilização de coleira repelente de insetos em cães suspeitos. V. Em áreas onde há flebotomineos, eutanasiar cães com sorologia positiva, sejam sintomáticos ou não. São medidas de controle para leishmaniose apenas: a) I, III, IV e V b) I, II, IV e V c) I, II e IV d) II, III e IV e) II, III e IV Dependendo da espécie, parasitos do gênero Leishmania podem levar a quadros clínicos diferentes. Sobre um paciente que foi diagnosticado com leishmaniose visceral, considerada a forma de maior letalidade da doença, assinale a alternativa correta: a) O paciente foi infectado pela Leishmania guyanensis a partir da picada de um flebótomo. b) O paciente foi infectado pela Leishmania infantum chagasi pela ingestão de cistos do parasito. c) O paciente foi infectado pela Leishmania braziliensis a partir da picada da fêmea do mosquito Lutzomyia longipalpis. d) O paciente foi infectado pela Leishmania chagasi a partir da picada de um mosquito Anopheles. e) O paciente foi infectado pela Leishmania infantum a partir da picada de um flebótomo. A leishmaniose visceral pode ser diagnosticada laboratorialmente por testes imunológicos, parasitológicos e moleculares. Com base no diagnóstico da forma visceral da leishmaniose, qual das alternativas abaixo está incorreta? a) A imunofluorescência indireta e o ELISA são testes imunológicos comumente utilizados no Brasil, ajudando a reforçar o diagnóstico da leishmaniose visceral, quando o resultado é reagente, na presença de sintomas. b) O diagnóstico parasitológico pode ser feito através de punção do baço, medula óssea, fígado ou linfonodos. c) No exame direto se buscam formas amastigotas do parasito, a partir da observação de gotas do aspirado colocadas e coradas em lâminas. d) A intradermorreação de Montenegro na leishmaniose visceral é positiva durante o período da doença, sendo por isso utilizada para o diagnóstico. e) Entre os métodos moleculares, a PCR (Reação em Cadeia da Polimerase) é utilizada, porém o custo é um limitante e algumas variáveis como tipo de amostra podem interferir. Sobre a Leishmaniose Tegumentar, analise as assertivas abaixo: I. A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. II. Os vetores da Leishmaniose Tegumentar são caramujos gastrópodes aquáticos, pertencentes à familia Planorbidae e ao gênero Biomphalaria, que habitam coleções de água doce, com pouca correnteza ou parada. III. A úlcera típica da leishmaniose tegumentar é extremamente dolorosa e secretiva; costuma localizar-se em regiões de dobras cutâneas, apresentando formato arredondado ou ovalado, com bordas rasas e ausência de granulações. IV. A leishmaniose tegumentar é considerada, pela OMS, como uma das seis mais importantes doenças infecciosas, devido ao alto coeficiente de detecção e capacidade de produzir deformidades. É correto o que se afirma em: a) I, II e III, apenas b) II e IV, apenas c) I e III, apenas d) I e IV, apenas e) II, III e IV, apenas Leia as informações para responder à questão: “Modo de transmissão: pela picada da fêmea d e insetos flebotomíneos das diferentes espécies de importância médico-sanitária do gênero Lutzomyia. São conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros”. Baseando-se nas informações acima, marque a alternativa que corresponde à doença infecciosa:a) Linfogranuloma venéreo b) Leishmaniose tegumentar americana c) Oncocercose d) Paracoccidioidomicose e) Malária A leishmaniose visceral (LV) ou Calazar é uma zoonose que afeta o homem, além de outros animais. Apresenta-se sob a forma de doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia, adinamia, entre outras manifestações. Em relação a essa doença NÃO é correto afirmar que: a) A leishmaniose é uma doença grave que, se não for tratada, pode levar à morte até 90% dos casos humanos. b) Os sinais e sintomas da doença no homem são: febre irregular de longa duração, inapetência, emagrecimento, fraqueza e barriga inchada, pelo aumento do fígado e do baço. c) Os sinais e sintomas da doença nos cães são: apatia, lesões na pele, queda de pelos inicialmente ao redor dos olhos e nas orelhas, emagrecimento, lacrimejamento e crescimento anormal das unhas. d) A prática da eutanásia canina é recomendada para todos os animais infectados, pois eles continuam transmitindo a doença mesmo depois de tratados. e) A transmissão da doença pode ocorrer diretamente de pessoa para pessoa. O calazar, ou leishmaniose visceral, apresenta-se atualmente como uma emergente endemia de urbanização recente. A doença antes restrita a determinadas regiões geográficas do norte e nordeste brasileiros, expande-se para outras regiões do Brasil, incluindo sudeste e centro-oeste. Em relação aos aspectos epidemiológicos, clínicos e terapêuticos dessa doença, assinale a alternativa correta: a) O calazar acomete geralmente jovens imunossuprimidos que apresentam picos febris a cada 48 horas, com adenopatia generalizada. Seu tratamento é feito com artesunato endovenoso. b) A leishmaniose visceral é transmitida por picada de insetos e atualmente acomete principalmente crianças e jovens, que apresentam um quadro de febre prolongada, hepatoesplenomegalia e pancitopenia. O tratamento para formas graves é feito com formulações lipídicas de anfotericina B. c) O calazar é uma forma de leishmaniose adquirida por estadia prolongada nas regiões endêmicas, ocorrendo mais em trabalhadores rurais. Clinicamente, caracteriza -se por febre alta, calafrios, adenopatias e manifestações respiratórias. O diagnóstico se faz pela biópsia de gânglios e sorologia. Seu tratamento é feito com pirimetamina e sulfadiazina. d) O calazar é uma protozoose transmitida por dípteros do gênero Phlebotomus, caracterizando-se clinicamente por lesões ulceradas em pele e mucosas. Sua profilaxia é feita com vacina específica e o tratamento com metil-glucamina. e) O calazar é uma antropozoonose transmitida por mosquitos que acomete, preferencialmente, pacientes com AIDS e outras doenças depressoras da imunidade celular. O quadro inicia-se com tosse seca, dor torácica, podendo, posteriormente, haver episódios de hemoptise. Em fase avançada, os pacientes apresentam hepatomegalia volumosa e icterícia de padrão obstrutivo. O tratamento é feito com anfotericina B em desoxicolato e a manutenção com trimetoprim sulfametoxazol. E m qual alternativa há maior chance de resposta negativa à reação de Montenegro em paciente com Leishmaniose tegumentar? a) Leishmaniose mucosa. b) Leishmaniose recidivante. c) Leishmaniose cutânea difusa. d) Leishmaniose cutânea localizada. Descreva o ciclo biológico de Leishmania spp diferenciando como ocorre no vetor e no hospedeiro vertebrado. Quais as características da imunologia de Leishmania spp? Quais as três formas clínicas da Leishmaniose tegumentar? Diferencie-as. Quais as três formas morfológicas de Leishmania spp? GABARITO 1. E 2. B 3. A 4. B 5. C 6. B 7. E 8. D 9. D 10. B 11. E 12. B 13. C 14. No vetor: A infecção do Lutzomya longipalpis por Leishmania chagasi ocorre quando as fêmeas, hematófagas, se alimentam em hospedeiro vertebrado infectado e ingerem, com o sangue, macrófagos parasitados com a forma amastigota. Durante a passagem pelo intestino do vetor, ocorre a diferenciação em formas promastigotas e a multiplicação por divisão binária. No esôfago e na faringe são encontradas paramastigotas fixadas ao epitélio pelo flagelo, em reprodução intensa. O processo de metaciclogênese culmina na formação de promastigotas metacíclicas, que são a forma infectante do parasito. No hospedeiro vertebrado: Ao picar um hospedeiro suscetível, o mosquito infectado poderá regurgitar as formas promastigotas metacíclicas, as quais, por fagocitose, são internalizadas pelos macrófagos, reduzem de tamanho, perdem o flagelo e se transformam em amastigotas. Estas se multiplicam até o rompimento do macrófago, quando podem infectar outras células ou serem ingeridas pelo flebotomíneo, viabilizando a manutenção e o prosseguimento do ciclo. 15. Macrófagos parasitados e outras células apresentadoras de antígeno apresentam antígenos de Leishmania aos linfócitos TCD4+. Dependendo do perfil estimulado, ocorre o desenvolvimento de duas subpopulações de linfócitos: TH1, associada à capacidade do hospedeiro em controlar a infecção e TH2, relacionada ao processo progressivo da doença. Há a inibição do C3b e do C3bi e a produção de citocinas pró-inflamatórias. 16. Leishmaniose cutânea: Caracterizada pela formação de lesões únicas ou múltiplas confinadas na derme, com a epiderme ulcerada. Provoca lesões conhecidas como Úlcera de Bauru. As lesões inicialmente são únicas ou em pequeno número, dependendo da quantidade de vezes que o inseto pica o pacientes, mas frequentemente são de grandes dimensões, com úlceras em forma de cratera. Leishmaniose cutânea difusa: É caracterizada pela presença de lesões não ulceradas por toda a pele contendo elevado número de formas amastigotas. Envolve amplas áreas da pele, onde é possível a observação de numerosas erupções papulares. A multiplicidade das lesões não se deve somente às múltiplas picadas do inseto, mas sim, ao resultado das metástases do parasito de um sítio para outro através dos vasos linfáticos ou por migração de macrófagos infectados. A LCD também está diretamente relacionada à deficiência imunológica do paciente com relação a antígenos de Leishmania, levando-o a um estado de anergia imunológica frente à infecção estabelecida. A doença também possui curso crônico e progressivo, não respondendo aos tratamentos convencionais. Leishmaniose mucocutânea: Essa forma clínica é conhecida por espúndia, nariz de tapir ou nariz de anta. Meses ou anos após a lesão inicial, esse parasito produz com frequência lesões destrutivas nas mucosas do nariz, da boca, da faringe e de cartilagens. É um processo lento e crônico. Sintomas iniciais: ardência e obstrução nasal, aumento da produção de secreções nasais, febre, mal-estar, anemia, disfagia (dificuldade de deglutição), odinofagia (dor ao engolir), dispneia e tosse. 17. Amastigota, promastigota metacíclico e paramastigota
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