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WARNINGLEISHMANIOSELEISHMANIOSELEISHMANIOSE LEISHMANIOSE RESUMO DE LEISHMANIOSE GABRIELE DURANTE O que é leishmaniose? A Leishmaniose é uma doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. Tipos de Leishmaniose: Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. Leishmaniose Tegumentar ou Cutânea: Leishmaniose tegumentar (Cutânea) é uma doença infecciosa que acomete o homem e provoca úlceras na pele e nas mucosas das vias aéreas superiores e é transmitida por diversas espécies de protozoários do gênero Leishmania. No Brasil, há sete espécies de leishmanias envolvidas na ocorrência de casos de LT. As mais importantes são: Leishmania (Leishmania) amazonensis; L. (Viannia) guyanensis e L.(V.) braziliensis. A doença é transmitida ao ser humano pela picada das fêmeas de flebotomíneos (espécie de mosca) infectadas. Os insetos pertencentes à ordem Diptera, família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente, dependendo da localização geográfica, como mosquito palha, tatuquira e birigui, são os principais vetores da Leishmaniose Tegumentar. Período que corresponde ao tempo decorrido entre a picada do inseto e o aparecimento da lesão inicial, varia entre duas semanas e três meses. Período de Incubação: Quais são as espécies da Leishmaniose Tegumentar? Leishmania (Leishmania) amazonensis – distribuída pelas florestas primárias e secundárias da Amazônia legal (Amazonas, Pará, Rondônia, Tocantins e Maranhão). Sua presença amplia-se para o Nordeste (Bahia), Sudeste (Minas Gerais e São Paulo), Centro-oeste (Goiás) e Sul (Paraná); Leishmania (Viannia) guyanensis – aparentemente limitada à Região Norte (Acre, Amapá, Roraima, Amazonas e Pará) e estendendo-se pelas Guianas. É encontrada principalmente em florestas de terra firme, em áreas que não se alagam no período de chuvas; Leishmania (Viannia) braziliensis – foi a primeira espécie de Leishmania descrita e incriminada como agente etiológico da LT. É a mais importante, não só no Brasil, mas em toda a América Latina. Tem ampla distribuição, desde a América Central até o norte da Argentina. Esta espécie está amplamente distribuída em todo país. Quanto ao subgênero Viannia, existem outras espécies de Leishmania recentemente descritas: L. (V) lainsoni identificada nos estados do Pará, Rondônia e Acre; L. (V) naiffi, ocorre nos estados do Pará e Amazonas; L. (V) shawi, com casos humanos encontrados no Pará e Maranhão; L. (V.) lindenberg foi identificada no estado do Pará. Principais Sintomas: entupimentos; sangramentos; coriza; aparecimento de crostas; feridas. dor ao engolir; rouquidão; tosse. De duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca. Os sintomas da Leishmaniose Tegumentar (LT) são lesões na pele e/ou mucosas. As lesões de pele podem ser única, múltiplas, disseminada ou difusa. Elas apresentam aspecto de úlceras, com bordas elevadas e fundo granuloso, geralmente indolor. As lesões mucosas são mais frequentes no nariz, boca e garganta. Quando atingem o nariz, podem ocorrer: Na garganta, os sintomas são: Diagnóstico: O diagnóstico da Leishmaniose Tegumentar (LT) é feito por métodos parasitológicos. Essa confirmação laboratorial é fundamental, tendo em vista o número de doenças que fazem diagnóstico diferencial com a LT - como, por exemplo, sífilis, hanseníase e tuberculose. A utilização de métodos de diagnóstico laboratorial é importante não apenas para a confirmação dos achados clínicos, mas também pode fornecer informações epidemiológicas - por meio da identificação da espécie circulante -, fundamentais para o direcionamento das medidas a serem adotadas para o controle do agravo. Suspeita clínico-epidemiológica associada a dados laboratoriais. Exame parasitológico direto, através de exame do raspado da borda da lesão, ou “in- print” feito com o fragmento da biópsia; histopatologia, intradermorreação, reação de Montenegro-IRM. Sorologia pode ser útil. https://antigo.saude.gov.br/saude-de-a-z/sifilis-2 https://antigo.saude.gov.br/hanseniase https://antigo.saude.gov.br/tuberculose A leishmaniose é contagiosa? A doença não é contagiosa nem se transmite diretamente de uma pessoa para outra, nem de um animal para outro, nem dos animais para as pessoas. A transmissão do parasita ocorre apenas através da picada do mosquito fêmea infectado. Tratamento: O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento específico e gratuito para a Leishmaniose Tegumentar (LT). O tratamento é feito com uso de medicamentos específicos, repouso e uma boa alimentação. A droga mais utilizada é o antimonial pentavalente, mas existem outros esquemas terapêuticos, alguns sugeridos pela OMS para padronizar o tratamento. Recomendações: – evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata; – fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde; – evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata; – utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença; – usar mosquiteiros para dormir; – usar telas protetoras em janelas e portas. OBS: Roedores, marsupiais silvestres e animais domésticos podem servir de reservatório para os parasitas. A transmissão ocorre tanto nas matas quanto nas imediações dos domicílios, especialmente nas proximidades das áreas em que foi destruída a vegetação nativa. Uma vez inoculados no corpo humano, os parasitas se desenvolvem nos macrófagos, células que fazem parte do sistema de defesa do organismo. Leishmaniose visceral ou calazar: Leishmaniose visceral, ou calazar, é uma doença transmitida pelo mosquito- palha ou birigui (Lutzomyia longipalpis) que, ao picar, introduz na circulação do hospedeiro o protozoário Leishmania chagasi. Esse tipo de leishmaniose afeta os órgãos internos, geralmente baço, fígado e medula óssea. O ciclo evolutivo apresenta duas formas: amastigota, que é obrigatoriamente parasita intracelular em mamíferos, e promastigota, presente no tubo digestivo do inseto transmissor. Período de Incubação: Na maioria dos casos, o período de incubação é de 2 a 4 meses, mas pode variar de 10 dias a 24 meses. O principal reservatório dos protozoários responsáveis pelo calazar são os cachorros e, por isso, são também considerados a principal fonte de infecção do inseto. Ou seja, quando o inseto pica o cachorro infectado, adquire o protozoário, que se desenvolve em seu organismo e pode ser transmitido para a pessoa através da picada. Nem todos os cachorros são portadores da Leishmania chagasi ou Leishmania donovani, sendo isso mais comum de acontecer em cães que não são desparasitados regularmente ou não recebem o cuidado ideal. Sintomas: Calafrios e febre alta, que vai e volta, de longa duração; Aumento do abdômen, devido ao aumento do baço e do fígado; Fraqueza e cansaço excessivo; Perda de peso; Palidez, devido a anemia causada pela doença; Sangramentos mais fáceis, pela gengiva, nariz ou fezes, por exemplo; Infecções frequentes, por vírus e bactérias, devido à queda da imunidade; Diarreia. Diagnóstico: O diagnóstico da leishmaniose visceral é feito por meio de exame parasitológico, em que é feita uma cultura de medula óssea, baço ou fígado com o objetivo de se observar uma das formas evolutivas do protozoário. Além disso, o diagnóstico pode ser feito por meio de exames imunológicos, como o ELISA, ou imunocromatográficos, que são popularmente conhecidos como testes rápidos. Tratamento: O tratamento para o calazar deve começar o quanto antes e podeser feito com o uso de medicamentos específicos, como os Compostos Antimoniais Pentavalentes, Anfotericina B e Pentamidina, que devem ser indicados pelo médico e usados de acordo com a sua orientação. Ao iniciar o tratamento também é importante ter alguns cuidados, como a avaliação e estabilização das condições clínicas, como desnutrição e sangramentos, além do tratamento de outras infecções que acompanham. Recomendações: Mantenha a casa limpa e o quintal livre dos criadores de insetos. O mosquito-palha vive nas proximidades das residências, preferencialmente em lugares úmidos, mais escuros e com acúmulo de material orgânico. Ataca nas primeiras horas do dia ou ao entardecer; * Coloque telas nas janelas e embale sempre o lixo; * Cuide bem da saúde do seu cão. Ele poderá transformar-se num reservatório doméstico do parasita que será transmitido para pessoas próximas e outros animais não diretamente, mas por meio da picada do mosquito vetor da doença, quando ele se alimenta do sangue infectado de um hospedeiro e inocula a Leishmania em pessoas ou animais sadios que desenvolvem a doença; No caso da leishmaniose cutânea ou tegumentar, aqui no Brasil, é geralmente causada pela Leishmania braziliensis, mas existem outros protozoários causadores da doença, como a Leishmania amazonensis e L. guyanensis. Já a leishmaniose visceral é causada pelos parasitas Leishmania chagasi, L. infantum ou L. donovani, que são parasitas do mesmo gênero (Leishmania), mas possuem origens distintas. O que diferencia as formas da doença é o parasita que será introduzido no corpo do hospedeiro. Em relação à transmissão também há diferenças. Na Leishmaniose cutânea, os parasitas podem se alojar em roedores silvestres, tamanduás e bichos-preguiça. Já a manifestação da leishmaniose visceral é muito comum em raposas do campo e, no ambiente urbano, no cachorro. Dessa maneira, quem vive perto de matas que contam com esses animais, deve redobrar os cuidados. De modo geral, essas enfermidades se dividem em leishmaniose tegumentar americana, que ataca a pele e as mucosas, e leishmaniose visceral (ou calazar), que ataca órgãos internos. Quais as diferenças entre leishmaniose tegumentar e leishmaniose visceral? GABRIELE DURANTE
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