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NERVOS CRANIANOS Amanda Britto Odontologia Unichristus @HimeTiger ✓ 1.º nervo craniano Nervo olfatório (olfativo) (NC I) - sensorial ✓ 2.º nervo craniano Nervo óptico (NC II) - sensorial ✓ 3.º nervo craniano Nervo oculomotor (NC III) - motor ✓ 4.º nervo craniano Nervo troclear (NC IV) - motor ✓ 5.º nervo craniano Nervo trigêmeo (NC V) - misto ✓ 6.º nervo craniano Nervo abducente (NC VI) - motor ✓ 7.º nervo craniano Nervo facial (NC XII) - misto ✓ 8.º nervo craniano Nervo vestibulococlear (NC VIII) - sensorial ✓ 9.º nervo craniano Nervo glossofaríngeo (NC IX) - misto ✓ 10.º nervo craniano Nervo vago (NC X) - misto ✓ 11.º nervo craniano Nervo (espinhal) acessório (NC XI) - motor ✓ 12.º nervo craniano Nervo hipoglosso (NC XII) - motor Amanda Britto I - Olfatório 1.º nervo craniano, ✓ Nervo aferente somático especial, sensorial, responsável pela condução de impulsos olfatórios ! Os diversos ramos do nervo olfatório são chamados de fila olfatória. Estes saem da cavidade nasal através da placa cribiforme do osso etmoide e terminam no bulbo olfatório , que seguem no trato olfatório. Dentro do cérebro, as fibras do trato olfatório se dispersam e acabam no córtex olfatório -córtex piriforme, amígdala, córtex entorrinal. O nervo olfatório não tem um núcleo específico para sí. Diferente de seus corpos celulares são encontrados na região olfatória da mucosa nasal, que cobre o teto da cavidade nasal. Obs: Os nervos aferentes conduzem sinais de neurônios sensoriais ao sistema nervoso central. Amanda Britto II – Óptico 2.º nervo craniano, ✓ Nervo aferente somático especial que inerva a retina do olho e traz informação visual ao cérebro através de impulsos. O nervo óptico é formado pela uniãos dos axônios ganglionares que partem a retin. Depois esse nervo óptico deixa a órbita através do canal óptico. Então no assoalho da fossa média do crânio, a parte nasal de cada nervo cruza para o lado oposto, formando o quiasma óptico. Estas fibras nervosas seguem como as duas vias ópticas e atravessam o quiasma óptico dirigindo-se até a região occipital do córtex. Obs: Os axônios das células ganglionares levam as informações visuais da retina para o LGN, o colículo superior e a área prétectal do tronco encefálico. Os axônios do nervo óptico são remanejados do quiasma óptico, de forma que a imagem visual de uma metade do campo visual é levada para as estruturas centrais contralaterais, de qualquer que seja o olho de origem. Os campos visuais são mapeados em estruturas receptoras em organização retinotópica precisa. Amanda Britto A atitude de olhar, decorrente do alerta ao II par, dispara no psiquismo os processos introspectivos emocionais, mentais e volitivos, levando novas informações ao self, através da ativação do dinamismo psíquico. Outra característica do olhar é sua relação com o aqui e agora. O olhar traz a consciência a um tempo presente. No momento do olhar, em que as imagens estão, de fato, sendo vistas, qualquer desvio do foco da visão interrompe a atitude, levando ao devaneio ou a outros pensamentos. II – Óptico Amanda Britto III – Oculomotor 3.º nervo craniano, ✓ Nervo eferente motor tanto somático quanto visceral. Isto quer dizer que ele tem dois núcleos e contém dois tipos de fibras eferentes. Responsável por executar movimentos oculares, como a rotação dos olhos para cima e para baixo, assim como para dentro, e enerva quase todos os músculos rotatórios oculares (exceto o reto lateral e o obliquo superior). Se origina do mesencéfalo e deixa o crânio através da fissura orbitária superior, para entrar na órbita, onde ele vai permitir a movimentação dos olhos, a constrição da pupila (miose) e a acomodação do cristalino. Obs: Os nervos eferentes conduzem sinais do sistema nervoso central ao longo dos neurônios motores para os músculos e glândulas alvo. Amanda Britto Inerva os músculos: ✓ Levantador da pálpebra ✓ Reto inferior ✓ Reto superior ✓ Reto medial ✓ Obliquo inferior. NÃO INERVA: × Reto lateral × Obliquo Superior Amanda Britto IV – Troclear 4.º nervo craniano, ✓ Nervo motor somático geral, que controla o músculo oblíquo superior. Ele se origina do mesencéfalo e entra na órbita através da fissura orbitária superior. É o único a ter origem posterior no tronco encefálico. Amanda Britto V – Trigêmeo 5.º nervo craniano, ✓ É um nervo misto, que contém tanto fibras viscerais especiais, quanto fibras somáticas gerais. É predominantemente um nervo sensitivo, porém possui também função motora. Estas fibras se originam do tronco cerebral, formando o gânglio trigeminal, próximo ao ápice da parte petrosa do osso temporal. O nervo trigêmeo se divide em três ramos: -Nervo oftálmico (NC V1) -Nervo maxilar (NC V2) -Nervo mandibular (NC V3) Cada um deles deixa o crânio por uma abertura diferente: o oftálmico sai através da fissura orbital (orbitária) superior, o maxilar através do forame (buraco) redondo e o mandibular se exterioriza através do forame (buraco) oval. Amanda Britto O nervo trigêmeo é responsável pelas sensibilidades geral e proprioceptiva da cabeça, da face desde a parte frontal do couro cabeludo até o queixo, como a cavidades nasal e oral , inervação dos músculos da mastigação (m. masseter, m. temporal, m. pterigóideo lateral e m. pterigóideo medial), e ventre anterior do músculo digástrico. Obs: A neuralgia do trigêmeo é uma dor lancinante, em metade da face, que dura alguns segundos e pode ser desencadeada por estímulos sensitivos simples, como escovar os dentes, comer, uma rajada de vento ou o toque. A dor pode se parecer um choque, uma pontada ou uma agulhada, e é de tal intensidade que frequentemente leva a pessoa a procurar atendimento hospitalar, sendo até considerada uma das piores dores do mundo. - O padrão atual de tratamento para a neuralgia do trigêmeo é o tratamento com os bloqueadores dos canais de sódio, carbamazepina e oxcarbazepina, que, embora eficazes, estão associados a baixa tolerabilidade e necessidade de titulação. Todas as divisões são sensitivas, exceto a V3 que é mista (motora e sensitiva). - Ofltálmico (primeira divisão do trigêmeo V1) - Maxilar (segunda divisão do trigêmeo V2) - Mandibular (terceira divisão do trigêmeo V3) Amanda Britto VI – ABDUCENTE 6.º nervo craniano, ✓ Nervo eferente somático geral, que inerva o músculo reto lateral (extraocular). Ele se origina do tronco encefálico e sai do crânio através da fissura orbitária superior, responsável pela abdução do olho (desvio lateral). O nervo abducente em seu trajeto intra-craniano, passa no interior do seio cavernoso. Amanda Britto VII – Facial 7.º nervo craniano, ✓ Nervo misto, multimodal, que contém tanto fibras gerais como especiais. Possui funções sensitivas, sensoriais e motora. • Além do nervo facial propriamente dito, que é o responsável pelas funções motoras, há também o nervo intermédio, que realiza as funções sensoriais. • A sua função sensitiva se dá pela inervação das glândulas salivares. Já a sua função sensorial corresponde a inervação de 2/3 anteriores da língua, conferindo a gustação. E, por fim, a função motora, realizada pela inervação dos músculos da mímica facial. Amanda Britto O Nervo Facial se origina do tronco encefálico como duas divisões separadas: • Uma raiz primária maior carregando fibras motoras . • Um nervo intermediário menor carregando fibras sensoriais e parassimpáticas. As duas divisões deixam a cavidade craniana através do meato acústico interno e depois seguem pelo canal facial. Aqui elas se juntam, formando o nervo facial propriamente dito, e juntas, deixam o crânio através do forame (buraco) estilomastoideo. Quando o nervo facial chega até a face, ele tem várias funções, como expressão facial, secreção de glândulas e sensação de tato. Amanda Britto VIII – Vestibulococlear 8.º nervo craniano, ✓ É um nervo aferente somático especial, é um nervo sensitivo, em que a porçãovestibular é a responsável pelo equilíbrio, enquanto a porção coclear está relacionada à audição. Ele é formado de duas partes: - Nervo vestibular - Nervo coclear. Eles fazem sinapse com seus respectivos núcleos no tronco encefálico. O componente coclear permite a audição, enquanto que a parte vestibular medeia o equilíbrio e o movimento. No fundo do meato acústico interno, as duas partes se unem e entram no crânio através do meato acústico interno. Amanda Britto Para que você não se confunda, note que a terminologia dos núcleos cocleares ventral e dorsal varia. Às vezes, você vai encontrar eles como núcleos cocleares anterior e posterior e em outros lugares agrupados como núcleos auditivos. Vestíbulo = Postura/Equilíbrio Coclear= Auditivo • Parte inferior do gânglio vestibular • Gânglio espiral • Corda do tímpano • Porção superior do gânglio vestibular • Nervo ampular anterior • Nervo ampular posterior Amanda Britto IX – Glossofaríngeo 9.º nervo craniano, ✓ Nervo multimodal, misto, pois promove a inervação sensitiva especial e geral do 1/3 posterior da língua. Também inerva a faringe e suas estruturas. Ele se origina do tronco encefálico e deixa o crânio através do forame (buraco) jugular. - Permite a deglutição, salivação e sensação gustativa, assim como sensações viscerais e gerais da cavidade oral. Amanda Britto X - Vago 10.º nervo craniano, ✓ Nervo misto, realiza a inervação das vísceras, garante a inervação parassimpática aos órgãos , além de inervar partes da laringe e da faringe Se origina de múltiplos nervos no tronco encefálico e deixa o crânio através do forame (buraco) jugular. Ele é o nervo craniano mais longo e o único a deixar a região da cabeça e do pescoço. Ele vai até as cavidades torácica e abdominal, levando inervação parassimpática para os órgãos viscerais. O nervo vago tem dois gânglios, chamados de gânglio superior do nervo vago e gânglio inferior do nervo vago (gânglio nodoso). O primeiro fornece fibras para a função sensorial geral, enquanto o último dá origem a fibras sensoriais especiais e viscerais. O nervo vago controla um grande número de funções, incluindo secreção glandular, peristalse, fonação, gustação, sensação visceral e geral da cabeça, tórax e abdome (abdómen). Amanda Britto Nervo Vago Nervo Vago Estômago Enquanto o alimenta ainda está na boca, o sistema nervoso por meio do nervo vago envia estímulos, iniciando a liberação do suco gástrico e antecipando-se para a chegada do alimento. Amanda Britto XI - Acessório 11.º nervo craniano, ✓ Nervo eferente que se origina do tronco encefálico e da medula espinhal, nervo misto. Sua principal função é motora, sendo responsável pela inervação de alguns músculos próximos ao ombro por exemplo. Mas, além dessa função motora, possui ação sensitiva especial também por auxiliar o vago na inervação de algumas vísceras. Ele sai do crânio através do forame (buraco) jugular e permite a fonação e movimentos da cabeça e dos ombros. Fibras sensoriais do plexo cervical se juntam ao nervo acessório para transmitir as sensações dos músculos por ele inervados. Obs: nervo acessório (espinhal) é interessante, pois os anatomistas ainda não entraram em um consenso de onde exatamente suas fibras se originam. -Alguns debatem que ele é um nervo EVE, acreditando que o núcleo espinhal acessório se continua com o núcleo ambíguo (que é EVE). Enquanto outros o descrevem como um nervo ESG, que fornece inervação motora para os três músculos, sem envolvimento com o núcleo ambíguo. Existem também outros anatomistas que acreditam que o NC XI contém tanto nervos EVE como ESG, recebendo fibras de ambos os núcleos. Amanda Britto XII - Hipoglosso 12.º nervo craniano, ✓ Nervo eferente somático geral, motor que se origina no tronco encefálico. Ele deixa o crânio através do forame (buraco) hipoglosso. Cuja função se relaciona principalmente à movimentação da língua, mas também faringe e laringe. O nervo hipoglosso é muito importante para o bom funcionamento de cada pessoa no dia-a-dia, uma vez que ele tem importante papel na fala e na deglutição. Similarmente ao NC XI, o nervo hipoglosso também interage com o plexo cervical. Ele recebe fibras ESG dos nervos espinhais C1 e C2 e fibras ASG do gânglio espinhal do nervo espinhal de C2. Amanda Britto Fim! Amanda Britto