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Trabalho Acadêmico - Teologia e História - Conceituando a importância da formação do pensamento teológico

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Volta Redonda, RJ 
2021 
 
 
 
 
WESLEY DE BRITO BARBOSA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BACHAREL EM TEOLOGIA 
 
TEOLOGIA E HISTÓRIA: 
CONCEITUANDO A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DO 
PENSAMENTO TEOLÓGICO 
Volta Redonda, RJ 
2021 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TEOLOGIA E HISTÓRIA: 
CONCEITUANDO A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DO 
PENSAMENTO TEOLÓGICO 
Trabalho apresentado à Anhanguera, como requisito 
parcial à aprovação no 3º semestre do curso de Teologia. 
 
 
 
WESLEY DE BRITO BARBOSA DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 3 
2 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 4 
2.1 História da Teologia .............................................................................................. 4 
2.2 História da igreja ................................................................................................... 5 
2.2.1 Cisma ................................................................................................................. 6 
2.2.2 Guerras Santas e a Inquisição ........................................................................... 6 
2.2.3 Reforma .............................................................................................................. 7 
2.2.3 Liberalismo religioso ........................................................................................... 7 
2.3 Religiões na atualidade ......................................................................................... 8 
2.3.1 Ecumenismo e Diálogo inter-religioso ................................................................ 8 
2.3.3 Missões .............................................................................................................. 9 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 10 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 11 
 
 3 
1 INTRODUÇÃO 
 
Teologia é o estudo das manifestações sociais de grupos em relação 
às divindades. Como toda área do conhecimento, possui então objetos de estudo 
definidos. Como não é possível estudar Deus diretamente, pois somente se pode 
estudar aquilo que se pode observar, o objeto de análise seriam as representações 
sociais do divino nas diferentes culturas. 
A incorporação do termo teologia pelo cristianismo teve lugar na Idade 
Média, entre os séculos IV e V, com o significado de conhecimento e saber cristão 
acerca de Deus. No entanto, o seu estudo abrange criticamente a natureza dos 
deuses, seres divinos, ou de Deus, seus atributos e sua relação com os homens e 
diversas religiões. Sendo assim, não limita-se ao Cristianismo, mas em sentido amplo, 
aplica-se a qualquer religião. 
Desta forma, o termo se refere ao estudo de uma doutrina ou sistema 
particular de crenças religiosas. Existem, portanto, a teologia hindu, a teologia judaica, 
a teologia budista, a teologia islâmica, as teologias de credos latinos e indígenas, as 
teologias de credos africanos, a teologia cristã que engloba a teologia católica-
romana, a católica-ortodoxa, a católica-carismática, a da libertação, a anglicana, a 
protestante, a pentecostal, a mórmon, a adventista, a kardecista, entre outras. 
O Ph.D. em teologia Faustino Teixeira (2012) define o pluralismo 
religioso como: 
"A teologia do século XXI encontra-se diante de um desafio fundamental que 
pode ser traduzido como a acolhida do pluralismo religioso enquanto valor 
irredutível e irrevogável. Trata-se de um novo horizonte para a teologia, um 
singular e essencial paradigma que provoca uma profunda mudança na 
dinâmica da autocompreensão teológica no tempo atual. O pluralismo 
religioso deixa de ser compreendido como um fenômeno conjuntural 
passageiro, um fato provisório, para ser percebido na sua riqueza como um 
pluralismo de princípio ou de direito". (TEIXEIRA, 2012) 
Sobre este tema, vamos analisar o sentido que o fenômeno religioso 
traz para o cotidiano do ser humano e como a religião como um sistema de crenças e 
práticas determina a cosmovisão de uma sociedade ou comunidade. Vamos passar 
pela teologia na história, as influências culturais pelas guerras e imposições religiosas 
até a contemporaneidade na qual se obteve a liberdade religiosa, o diálogo inter-
religioso e como hoje são realizadas as ações missiológicas.
 4 
2 DESENVOLVIMENTO 
“Acreditando, como Marx Weber, que o homem é um animal amarrado a teias 
de significados que ele mesmo teceu, assumo a cultura como sendo essas 
teias e a sua análise; portanto, não como uma ciência experimental em busca 
de leis, mas como uma ciência interpretativa, à procura do significado. É 
justamente uma explicação que eu procuro, ao construir expressões sociais, 
enigmáticas na sua superfície." (GEERTZ, Clifford. A Interpretação das 
Culturas. LTC, 1989, pg. 15.) 
Segundo Geertz, a cultura e sua análise são essas teias e nos adverte 
contra os perigos de tentar interpretar e compreender uma cultura sem conhecer sua 
história, sem considerar realidades geográficas, contextos sócio-políticos e outros. 
Para se falar de Antropologia Religiosa e das Religiões, entramos em 
um terreno delicado onde algumas vezes a fronteira entre o que realmente é cultural 
e o que pode ser identificado como fenômeno religioso é tênue. Sem contar que nas 
garimpagens por uma teoria interpretativa, enfrentaremos também grandes desafios, 
tais como os etnocentrismos, fundamentalismos, pluralismos e outros. 
Segundo o Dr. José Lisboa Moreira de Oliveira, professor titular de 
Ética e Antropologia da Religião na Universidade Católica de Brasília, a Antropologia 
da Religião, partindo de uma reflexão sobre a humanidade e sobre a cultura como 
realidades complexas, busca compreender como o ser humano foi e continua sendo 
visto por ele mesmo e por uma das suas mais significativas e originais manifestações 
– a religião”. 
A experiência religiosa é a experiência do transcendente e da 
transcendência na busca por sentido da vida, a religiosidade é a manifestação da 
experiência religiosa em um determinado grupo e a religião é a institucionalização da 
experiência religiosa. 
2.1 HISTÓRIA DA TEOLOGIA 
Segundo o Mestre em história Claudio Fernandes Ribeiro, ao longo 
da história no desenvolvimento das mais variadas culturas, sempre houve um esforço 
de compreensão do sentido da presença humana na Terra. Acompanhando esse 
esforço, sempre esteve presente a confluência entre as habilidades intelectuais (como 
os saberes científicos e a filosofia) e os exercícios espirituais, sendo esse último, obras 
dos sistemas religiosos. 
 5 
Contudo, não há nenhum outro sistema de pensamento que tenha se 
desenvolvido no interior de uma religião que procurou explicar a fundação do mundo, 
a criação do homem e o seu destino futuro, levando em conta o fato de que um Deus 
tenha se feito homem, habitado a Terra e se sacrificado em prol da salvação do próprio 
homem. O cristianismo é a única, em toda a história humana, que concebe isso. 
Para a teologia da história – a disciplina que estuda a centralidade de 
Cristo na história –, é na vida, na morte e na ressurreição de Jesus Cristo que estão 
os mistérios e a fonte de sabedoria para o entendimento da própria história da 
humanidade. 
Desde as origens do cristianismo, na era dos apóstolos, há uma 
tentativa de sistematização dessa concepção. São Paulo, o apóstolo que expandiu 
consideravelmente o cristianismo ao pregar a mensagem dos evangelhos nos 
domínios de cultura helenística e romana, foi o grande catalisador da compreensão 
histórica da religião cristã. 
Das cartas paulinas, os chamados “pais da Igreja”, bispos como 
Orígenes, Santo Agostinho etc.,procuraram dar prosseguimento a essas reflexões. 
2.2 HISTÓRIA DA IGREJA 
Segundo Leandro Carvalho, Mestre em História, após a perseguição 
e morte de Jesus Cristo, Pedro foi o principal apóstolo responsável por difundir o 
cristianismo. Posteriormente, durante o auge da civilização romana, o apóstolo Paulo 
teve fundamental importância para a expansão do cristianismo e da filosofia cristã. A 
partir da influência de Paulo, a religião desenvolveu-se inicialmente de forma 
incipiente entre os romanos, pois os cultos cristãos eram proibidos em Roma e, nessa 
época, a grande maioria da população romana era pagã. 
Durante o governo do imperador romano Nero, os cristãos sofreram 
uma das maiores perseguições em Roma: foram torturados, empalados e hostilizados 
nas arenas durante espetáculos públicos. No ano de 313, o imperador Constantino 
deu liberdade de culto aos cristãos e, a partir de então, o cristianismo passou a 
agregar novos adeptos em Roma, tornando-se a religião oficial do Império Romano 
em 390, ato instituído por Teodósio. 
 
 6 
2.2.1 Cisma 
O imperador Constantino, para evitar a crise e a decadência do 
Império Romano, dividiu-o em duas partes: a ocidental, com a capital em Roma, 
representava o Império Romano do Ocidente; e a parte oriental, com a capital em 
Constantinopla (capital da civilização bizantina), representava o Império Romano do 
Oriente. 
Com o decorrer dos séculos, criaram-se grandes diferenças entre a 
Igreja bizantina e a Igreja romana, culminando, no ano de 1054, no primeiro Cisma do 
Oriente. As principais consequências desse cisma ocorreram por divergências 
políticas entre os romanos e bizantinos. O papa (bispo de Roma) resistiu às insistentes 
tentativas de domínio do imperador bizantino, ao mesmo tempo em que os bizantinos 
não aceitavam e não acreditavam na figura do papa como chefe de todos os cristãos. 
Eles divergiam também em relação ao culto a imagens, às cerimônias, aos dias 
santificados e quanto aos direitos do clero. 
2.2.2 Guerras Santas e a Inquisição 
Desse modo, adentramos a Idade Média, período que a Igreja 
Católica se confirmou como uma das maiores instituições religiosas e políticas do 
mundo ocidental. Sendo a grande detentora de propriedades de terra e dominando o 
campo do saber, as grandes bibliotecas medievais e os estudos filosóficos ocorriam 
quase sempre nos mosteiros medievais. Nesse período, surgiram os monges copistas 
(que reproduziam vários exemplares da Bíblia) e o movimento conhecido como 
Cruzadas. 
Durante a Idade Média, a Igreja Católica, a fim de demonstrar seu 
poder político e também levando em conta a crença da salvação das almas dos 
hereges, instalou a Santa Inquisição ou Tribunal do Santo Ofício. As pessoas 
acusadas de heresias eram interrogadas por membros do clero, podendo ser 
torturadas ou queimadas nas fogueiras. 
A Santa Inquisição foi estabelecida por dois principais motivos: 
primeiro, a efetivação do poder político católico (as pessoas que questionassem a fé 
católica eram consideradas hereges); e segundo, os católicos acreditavam estar 
libertando as almas dos hereges, portanto, o corpo pereceria, mas a alma considerada 
 7 
eterna estaria salva. Com essas justificativas, os católicos torturaram e mataram um 
grande número de pessoas. 
2.2.3 Reforma 
No século XVI, principalmente na região norte da Europa, alguns 
monges pertencentes à Igreja Católica (Martinho Lutero e João Calvino) iniciaram 
tentativas de reformas na doutrina católica. Deve-se ressaltar que os dois monges não 
tinham a pretensão de iniciar o movimento conhecido na história por Reforma 
Protestante, mas apenas solicitavam mudanças nos ritos católicos, como a cobrança 
de indulgências, a usura, entre outros. 
O movimento de reforma iniciado por Lutero e Calvino alcançou uma 
dimensão que os próprios monges não haviam planejado. A reforma foi decisiva, não 
por romper com a fé cristã, mas por contestar as doutrinas e os ritos católicos, 
fundando posteriormente o gérmen inicial da Igreja Protestante (que, atualmente, 
concorre plenamente com a Igreja Católica quanto ao número de fiéis e adeptos pelo 
mundo). 
2.2.3 Liberalismo religioso 
Lutero proclamou o livre exame da Bíblia, ou seja, a recusa de 
qualquer autoridade visível que orientasse a leitura das Escrituras Sagradas; cada 
crente deveria perceber dentro de si, pelo testemunho meramente interno do Espírito 
Santo, o sentido da Palavra de Deus. Com isto Lutero deu início a uma nova 
mentalidade dentro do setor religioso — mentalidade subjetivista e individualista. Eis, 
porém, que, quando a fé no testemunho interno se atenuou (como no protestantismo 
do séc. XVIII), cada indivíduo ficou com a liberdade de julgar os valores da Religião 
sem controle superior à sua própria razão; daí dizer-se que tanto faz abraçar esta 
como aquela religião ou mesmo recusar qualquer religião. Em última análise, todas as 
Religiões seriam boas; dir-se-ia que é o homem quem as faz, quem as julga, quem as 
condena, em vez de ser condenado pela Religião. 
 
 8 
2.3 RELIGIÕES NA ATUALIDADE 
"Todas as expressões religiosas devem ser igualmente respeitadas e 
protegidas, assim como a opção de não ter nenhuma religião", afirmam a ministra da 
Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, e o secretário Nacional 
de Proteção Global, Sérgio Augusto de Queiroz, em nota oficial. 
Desde de a Constituição de 1824 o culto de outras religiões já era 
permitido, porém deveria ser feito de maneira doméstica, não podendo haver a 
identificação oficial de igreja ou centro religioso de qualquer que não fossem católicos. 
A Constituição brasileira de 1988, consagrou de forma inédita como 
direito fundamental a liberdade de religião, prescrevendo que o Brasil é um país laico, 
ou seja, nosso Estado não pode adotar, incentivar ou promover qualquer deus ou 
religião, embora propicie a seus cidadãos uma perfeita compreensão religiosa, tanto 
para quem acredita em deus(es) como para quem não acredita neles, proscrevendo 
a intolerância e o fanatismo. 
2.3.1 Ecumenismo e Diálogo inter-religioso 
A socióloga Sandra Ferreira explica que ecumênico pode ter, na 
verdade, um sentido popular e um religioso, mesmo que o religioso seja o mais 
utilizado e conhecido. 
“No sentido popular significa aberto ao diferente, disposto ao diálogo 
com quem pensa diferente. No sentido religioso e acadêmico indica o diálogo entre as 
Igrejas cristãs em vista da reconciliação entre os cristãos.” 
Enquanto o ecumenismo diz respeito ao diálogo entre Igreja cristãs, o 
diálogo inter-religioso busca uma relação de diálogo e respeito entre religiões e grupos 
religiosos. 
Essa busca tem como base a conhecida Regra de Ouro, ou a 
chamada Ética da Reciprocidade, presente nos mais diversos credos, como 
imperativo moral: “Faça aos outros o que gostaria que fosse feito a você e não faça 
aos outros o que não gostaria que fosse feito a você”. 
A partir dela, são baseadas todas as ações em prol do respeito mútuo 
e do diálogo entre os mais diferentes grupos religiosos. 
 9 
2.3.3 Missões 
Segundo o Dr. e Missionário Ronaldo Lidório, Doutorado em 
Antropologia, falando especificamente da transmissão do Evangelho para diferentes 
culturas, precisamos considerar que muitos erros aconteceram no passado e ainda 
podemos pontuar hoje tais situações que tem ocasionado silenciamentos culturais, 
colonização evangélica, sincretismo religioso e outros. 
Lemos na história que alguns missionários não conseguiram expor a 
mensagem do evangelho com uma fundamentação bíblico-teológica, e também 
considerar a singularidade da cultura receptora, mas levaram seus padrões culturais 
e estilo de vida da cultura enviadora. 
Entretanto um dos grandes perigos atuais é a contextualização 
baseada em uma interpretação e avaliação sociológica e não nos conteúdos bíblicos 
e suas recomendações de ação missiológica que são supracultural – explicao 
homem, sua identidade e o propósito (2Tm 3:16,17), multicultural – atrai pessoas de 
todas as línguas, tribos e nações à Jesus (Ap 5:9), transcultural – enviado de uma 
cultura a outra até que todos ouçam (At 1:8), cultural – tendo sido revelado à 
humanidade em sua história, Jesus encarnado em nosso tempo e espaço (Jo 1:14), 
intercultural – à medida que promove comunicação, entendimento e comunhão entre 
pessoas de diferentes culturas (Cl 3:11) e contracultural – confronta o homem em sua 
própria vida e cultura, produzindo real, pessoal e eterna transformação (At 26:18). 
Portanto, o estudioso da Bíblia, especialmente o missionário, em sua 
comunicação com o outro precisa lembrar constantemente a importância de buscar 
uma adequada interpretação para uma boa compreensão da cultura receptora e então 
estabelecer pontes com ênfases teológicas adequadas para conseguir abordagens 
eficazes. 
Ronaldo Lidório pontua a experimentação como fator decisivo tanto 
para a livre escolha, como rejeição de uma religião que lhe é apresentada, sendo o 
processo de conversão formado de 4 passos, que são: a observação; a assimilação, 
a experimentação e por fim a conversão (experiência final com Deus). 
“todo o processo de transformação social se dá de maneira paulatina e 
gradual. Isto, pela necessidade cultural que há de validar a transformação a 
partir da experimentação”. (LIDÓRIO, Ronaldo. Introdução a Antropologia 
Missionária, pg. 213). 
 10 
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
“Nessa nova vida já não há diferença entre grego e judeu, circunciso e 
incircunciso, bárbaro e cita, escravo e livre, mas Cristo é tudo e está em 
todos.” Colossenses 3:11 
A severidade e a dureza com as quais o cristianismo foi pregado e até 
imputado por muitos séculos pela igreja foram palco de muitas perseguições, 
inquisições, torturas e destruições culturais. A grandíssima problemática de quererem 
além de humilhar os povos com a derrota e a perda territorial nas guerras, ainda terem 
toda sua cultura rebaixada, desrespeitada e sufocada pela imposição de uma 
catequese traumática, indo completamente na contramão do evangelho de amor que 
foi pregado por Cristo. 
Desde os primórdios da igreja, na época dos apóstolos, Paulo já 
defendia e lutava contra membros da igreja que se opunham a pregação e a 
conversão dos gentios. Afinal, Jesus já havia os direcionado a levar suas palavras de 
amor para todo mundo: 
“Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do 
Pai, e do Filho, e do Espírito Santo;” Mateus 28:19 
“e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e 
Samaria, e até aos confins da terra.” Atos 1:8b 
Temos um exemplo notório do Apóstolo Paulo pregando o evangelho 
em Atenas e após apresentar suas ideias que diferiam da cultura local, alguns 
discordaram e outros aceitaram e o seguiram: 
"Alguns filósofos epicureus e estóicos começaram a discutir com ele. Alguns 
perguntavam: "O que está tentando dizer esse tagarela? " Outros diziam: 
"Parece que ele está anunciando deuses estrangeiros", pois Paulo estava 
pregando as boas novas a respeito de Jesus e da ressurreição. Então o 
levaram a uma reunião do Areópago, onde lhe perguntaram: "Podemos saber 
que novo ensino é esse que você está anunciando? Você está nos 
apresentando algumas idéias estranhas, e queremos saber o que elas 
significam. Alguns homens juntaram-se a ele e creram. Entre eles estava 
Dionísio, membro do Areópago, e também uma mulher chamada Dâmaris, e 
outros com eles." Atos 17:18-20,34 
Em suma, na atualidade, somos uma sociedade mais avançada, mais 
elucidada e livre. Ainda existem nações e culturas das quais se opõem e até 
radicalizam a recepção de novas ideias, mas tudo deve ser feito com respeito, 
diligência e com uma teologia incultural, da qual encarna a mensagem em outras 
tradições, sem a necessidade da desconstrução da sociedade local. A ideia principal 
é o bem-estar comum intercultural, através de práticas missionárias descolonizadas, 
e a revalorização da diversidade, pluralidade e o respeito mútuo. 
 11 
REFERÊNCIAS 
TEIXEIRA, Faustino. Teologia e Pluralismo Religioso. 1ª edição. São Bernardo do 
Campo: Nhanduti, 2012. 
GEERTZ, Clifford. A Interpretação das Culturas. 1ª edição. Rio de Janeiro: LTC, 
1989. 
LIDÓRIO, Ronaldo. Introdução à Antropologia Missionária. 1ª edição. Manaus: 
Vida Nova, 2011. 
UNISINOS, Instituto Humanista. Pluralismo religioso: desafio para a teologia do 
século XXI. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/noticias/505706-pluralismo-
religioso-desafio-para-a-teologia-do-seculo-xxi. Acesso em: 05 mai. 2021. 
WEBPORTAL, Faculdade Teológica Batista de São Paulo. Introdução a 
Antropologia Religiosa. Disponível em: 
http://www2.teologica.br/webportal/home/images/stories/enade/introducao_antropolo
gia_religiosa.pdf. Acesso em: 04 mai. 2021. 
RIBEIRO, Claudio Fernandes. História e Teologia da História. Disponível em: 
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/historia-teologia-historia.htm. Acesso 
em: 04 mai. 2021. 
CARVALHO, Leandro. História da Igreja Católica. Disponível em: 
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/influencia-igreja-historia.htm. Acesso em: 04 
mai. 2021. 
BRASIL, Governo do. Liberdade religiosa é direito constitucional dos cidadãos. 
Disponível em: https://www.gov.br/pt-br/noticias/assistencia-
social/2019/01/liberdade-religiosa-e-direito-constitucional-dos-cidadaos. Acesso em: 
04 mai. 2021. 
BRASIL, Governo do. Constituição da República Federativa do Brasil 1988. 
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. 
Acesso em: 04 mai. 2021. 
NOVA, Cidade. Você sabe a diferença entre ecumenismo e diálogo inter-
religioso? Disponível em: https://www.cidadenova.org.br/editorial/inspira/3701-
voce_sabe_a_diferenca_entre_ecumenismo_e. Acesso em: 04 mai. 2021. 
 
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/505706-pluralismo-religioso-desafio-para-a-teologia-do-seculo-xxi
http://www.ihu.unisinos.br/noticias/505706-pluralismo-religioso-desafio-para-a-teologia-do-seculo-xxi
http://www2.teologica.br/webportal/home/images/stories/enade/introducao_antropologia_religiosa.pdf
http://www2.teologica.br/webportal/home/images/stories/enade/introducao_antropologia_religiosa.pdf
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiageral/historia-teologia-historia.htm
https://brasilescola.uol.com.br/historiag/influencia-igreja-historia.htm
https://www.gov.br/pt-br/noticias/assistencia-social/2019/01/liberdade-religiosa-e-direito-constitucional-dos-cidadaos
https://www.gov.br/pt-br/noticias/assistencia-social/2019/01/liberdade-religiosa-e-direito-constitucional-dos-cidadaos
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm
https://www.cidadenova.org.br/editorial/inspira/3701-voce_sabe_a_diferenca_entre_ecumenismo_e
https://www.cidadenova.org.br/editorial/inspira/3701-voce_sabe_a_diferenca_entre_ecumenismo_e

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